Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

domingo, 28 de dezembro de 2008

Adeus civilização

Em duas pequenas horas estarei com minha bunda devidamente assentada em uma das poltronas do Gol que me arremessará em Caraíva.

Tchau turma! Se meu plano não der certo, dia 15 estarei de volta........

Christmas Gift






Eu ganhei um panetone do Corinthians.

Acabou o post.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Meus 15 minutos de fama

Só para avisar que, muito provavelmente, nos próximos dias vocês me verão no Jornal Nacional. Na principal pauta da noite, já que assuntos babacas são uma peculiariedade do noticiário, principalmente nesta época do ano.

Será uma tropa do Greenpeace desembarcando em Caraíva para resgatar uma baleia encalhada na praia. No caso, eu.

Até explicar que meu objetivo era aquele mesmo - a areia e o encalhamento - já terei dado a entrevista à Fátima.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Procura-se professor(a) de auto-controle

Se alguém conhecer algum tipo de método eficaz contra descontrole e mudança de personalidade diante da oferta de bens de consumo em geral, favor entrar em contato.

Esta pessoa impedirá que eu seja obrigada a vender meu corpo ao relento - já que não podemos mais contar com a hospitalidade do finado Bahamas - quando receber as faturas dos cartões de crédito que ando estourando.

Mas o fato é que os acontecimentos estão me sabotando:

Tudo começou na semana retrasada, quando fui obrigada a entrar no shopping - pois havia uma porra de um amigo secreto cuja existência eu ignorara até então - para comprar um presente. Não, não tinha como me safar. O evento teria inicio em meia hora e eu não tinha um presente em mãos. Sim, pensei em fugir, entrar no carro, dirigir sem destino, comprar um RG falso, jogar meu telefone celular em algum matagal e adquirir um aparelho pré-pago que seria trocado a cada mês para nunca mais ser encontrada por aqueles que fizeram parte de minha antiga vida, mas meu devaneio rebelde foi interrompido com um telefonema e a ordem: "ESTEJA AQUI EM MEIA HORA!"

Ok. Voltei a 'si', entrei no shopping, comprei o presente e, na mesma loja, aproveitei para ME comprar um biquini lindo e verde.

No dia seguinte, constatei que o estrupício que me atendeu me embrulhou uma peça tamanho M. Em se tratando de biquinis, M é um tamanho, meu amor, que nem com reza nem despacho. Nem que dois bois saiam voando. Nem que eu me perca na floresta e passe dois meses sem água nem comida. A possibilidade M não existe nesta vida que compartilho com minha ampla tise.

"Tudo bem. Voltarei ao shopping para trocar por um G", pensei. E lá fui eu. Peça trocada, caminho da roça tomado, quase no acesso ao estacionamento lembrei que precisava de acetona. Minhas unhas vermelhas pareciam recém-saídas de um tanque com soda cáustica. Ou de um acidente com o processador. Adentrei a farmácia e comprei: 1 vidro de acetona e algodão; shampoos; condicionadores; piranhas, elásticos, fivelas, tiaras; escova e pasta de dentes; escova de cabelo; pente anti-estática; remédios a granel; sabonete líquido; bucha esfoliante; hidratante; esponja vegetal para banho; manteiga de cacau; aquele brilho que é um moranguinho; uma escova de cabelos para praia; um creme para os pés suspeitíssimo chamado "pé feito".

Não, minha casa não foi arrasada por uma manada de elefantes. Fora a acetona, os outros itens já constavam em meu aparador e nècessaire. Este evento significou apenas a fúria consumista se manifestando.

Semana passada fui comprar um presente para a querida Lu. Isto não significaria obrigatoriamente uma ida ao shopping - programa que acho um puta saco, inclusive - mas eu queria comprar para ela um daqueles sapatinhos liiindos da Puket e, me digam? Onde tem loja da Puket? Juro que não foi minha culpa.

Desnecessário comentar que comprei o papato da Lu e mais: 12 calçolas, meinhas e sapatinhos para o Flolfo, biquini, camisola, top.............Quando cheguei em casa, o choque. A puta da vendedora colocou na sacola o quê? Hein? Hein? Tudo M! Esta vaca, que deve ser da mesma ninhada da vendedora do biquini. Gorda e feia.

VOLTEI ao shopping no dia seguinte, TROQUEI tudo por G e, passando em frente à mesma loja do biquini, o problema primordial, vi um vestido incrível. Não poderia levar a vida adiante sem ele. Se não o comprasse, seu fantasma me perseguiria por toda a eternidade e NUNCA MAIS eu conseguiria um vestido preto que prestasse. Com medo da praga, entrei na loja e adquiri aquela belezura, não sem antes notar a presença de umas Havaianas de onça que gritavam para mim:

"Eu! Eu! Me leva!! Eu, eeeuuu!!! Eu!! Aqui!"

O que fiz em solidariedade à pobre sandália. CHEGANDO EM CASA - de novo, porra - abro a sacola e o que vejo? Um vestido. Só um vestido e nenhum par de Havaianas. Quer dizer: tudo isso é um plano muito bem bolado contra mim, não?

VOLTEI AO SHOPPING no dia seguinte, resgatei minhas Havaianas, respondendo com um latido o pedido de desculpas da monga da vendedora, passei em frente à vitrine da ótica e me lembrei de meu saudoso Ray-Ban, perdido tão jovem no mar de Angra dos Reis. Sim, já entendi. Não preciso dizer o que aconteceu. Só digo que meus sentimentos pelo Ray Ban não incluem mais "saudades".

Mas o grande desafio ainda está por vir. Há alguns meses me proibi terminantemente de acessar o Submarino devido aos problemas psicológicos relacionados a consumismo que o site me causa. A questão é que preciso de uma bateria extra para meu Treo e parece que lá é o caminho mais fácil para se adquirir o utensílio.

Portanto, se alguém tiver uma camisa de força - esta pode ser tamanho M - e puder me emprestar para que eu use enquanto estiver no site, já adianto que auxiliará em muito minha vida futura.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A quem possa interessar

Em 15 dias, eu não serei mais eu.

Eu serei uma pessoa paralela, encalhada na areia de Caraíva. Uma nova pessoa que se alimentará exclusivamente de cerveja e similares, e jamais fará uso de espécie alguma de protetor solar. Torrar o couro será pouco.

Aquela que passa noites inteiras tomando Netuno com o Tazinho. Aquela que faz amizade com pessoas que moram em Milho Verde - MG. E que, por muitas vezes, ignora seu fabuloso bangalô à beira mar para pousar na própria areia da praia.

Está iniciado o processo de mutação Paulinas/Freak Absoluta.

São Paulo natalina

Se tem uma coisa que não é legal, é habitar Moema durante o mês de dezembro. Ontem à noite, saí de casa às 9 horas da noite e só consegui cruzar a Ibirapuera, via Eucaliptos, às 9 e 30.

Porque a anta aqui, num surto de amnésia, se equeceu de que a Eucaliptos é uma rua proibida no fim do ano. Principalmente depois do pôr do sol. Motivo: a agradável via pública é uma das portas de entrada para aquele inferno na terra ao qual se resume a peregrinação de desocupados babacas à Rua Normandia.

Por quê o cara sai de casa para se engalfinhar com 25000 pessoas em um corredor estreito e minúsculo durante as festividades de final de ano? Para ver luz? Luz? Uma pessoa que mora em São Paulo? Uuuuuuia, que novidade! Luzes! E elas piscam!

Além daquela neve sintética, cuja composição deve ter em sua base, cola. Ridículo e emporcalhador de carros e calçadas. Se me dissessem que aquele povo todo veio do Xingu, eu até admitiria tamanha comoção.

"Luzes! 'Indio-ó'!"

Mas não. São apenas farofeiros urbanos que executam sua arte estacionando ônibus no bairro para se acotovelar em grande forró a céu aberto. Um bom ninho para ambulantes.

É a maldição do faraó do Egito que caiu sobre a cidade de São Paulo. Jingle Bells para vocês também.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

About men

Espécime "Radião de Sítio"

É grandão, bonitão, referência cultural admirável para gerações futuras ......................

......................mas não pega nada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Falando em Didi Mocó......

Sou babaca e adoro:

http://br.youtube.com/watch?v=vt3CGkXBSJU

É necessário prestar atenção no Mussunzis. Risos infinitos.

"O vizinho mora ali no Marumby!"

Hoje de manhã, ao sair de casa e me dirigir à Avenida dos Bandeirantes rumo à São Caetano via Rua Inhambú, avistei um caminhão de mudança com o nome da empresa responsável pelo serviço estampado na carroceria:

"Marumby Mudanças."

Achei super Didi Mocó.

Eu me remexo muito


O McDonald´s está dando os bichos do Madagascar 2 dentro do McLanche Feliz.


Quero a Gloria, o Marty, o Melman, o Alex, o Maurice, o Julien, todos! Eles são de pelúcia e passarei a me alimentar exclusivamente do combo a partir de amanhã. Estou eufórica.


Fico extremamente orgulhosa de mim mesma quando noto que estou regredindo a olhos vistos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sobre o clima agradável da cidade de São Paulo

Dia após dia, minha relação com o clima de São Paulo vem se deteriorando de forma tão rápida, que não sei se posso me considerar uma pessoa com futuro.


Não, eu não estou reclamando do calor, estou in love com a sensação de habitar um forno de microondas. Atualmente, acoisa se assemelha mais a um crematório, mas não há queixas. Consigo me levantar pela manhã, minhas juntas não dóem, não há pânico quando tiro as meias.....inclusive, não há meias, enfim, o inferno na terra em que se transformou esta cidade me devolveu a alegria de viver.


Não sei se todos já notaram, mas tal calor tem como consequência ressecamento completo e absoluto do ar. Não sobra nem uma gotícula para a tentativa de salvamento de meus pulmões. Pois só nestas condições é que temos o calor africano que tão feliz me faz.


A questão é que fui tomada por um ataque de asma e não sei se tenho muito tempo antes de ir parar numa tenda. Ou de me intoxicar com Berotec. Overdose.


A parte interessante dessa conversa toda é concluir que já passei por esta situação alguns meses atrás. No inverno. Procuro um pico onde haja primavera eterna para eu fazer uma maleta e me mandar pra lá. Sem a merda do inalador.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Resumo de um Domingo quase feliz

Após um belo dia de sol à beira d'água....................

.............fui obrigada a conviver com 'miguxas' e são paulinos campeões.

Quer dizer: tive problemas dominicais, sim?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Alucinados ao volante

Estou desconfiada de que algum hospital psiquiátrico para portadores de desvios mentais automobilísticos nível 5 fechou suas portas, e por falta de vagas em outras instituições, a direção decidiu soltar todos os pacientes na rua. E isto ocorreu ontem. Tenho certeza.

Porque ontem à noite, eu e Carlota transitávamos pela Cidade Jardim com destino à casa de Muso, quando notamos a presença de um ser humano suspeitíssimo bem ao nosso lado. Ele dirigia um Gol fabricado na década de 90 no qual instalou um turbo. E luzes estranhas. O encosto de seu banco estava deitado num ângulo de 160 graus, portanto a figura encontrava-se pendurada no volante. Esta pessoa aproximou-se de meu veículo com esta joça à distância de 3 cm e começou a acelerar. Suas expressões sexies foram observadas por mim e Carlota através do vidro traseiro, tamanho o espaço que o separava do local originalmente destinado para o motorista.

Neste momento, pensamos: "Morram, pés-de chinelo alucinados!!!"

Logo em seguida, descobrimos que a paquera do desgraçado envolvia colisão E meu carro, ou seja, ele pretendia bater aquela merda na gente para, a partir daí, estabelecer algum tipo de contato.

Fui obrigada a frear e esperar o louco sumir para seguir meu caminho. Alguns metros adiante, já na entrada da marginal Pinheiros, um vulto. Desviei com tal violência que Carlota deu com a crina no vidro lateral. Tratava-se de um cara que cruzou transvesalmente a pista sobre uma bicicleta motorizada. Não, não era uma mobilete. Não, ele não estava aproveitando o impulso e por isso não pedalava. Era, de fato, uma bicicleta tosca com um motorzinho. Conseguimos ouvir o "pépépépépépépépépépépé" que a máquina emitia.

Hoje, lá pelo meio dia, estava eu no meio da loja quando ouço: "Escatabláááááft!". Uma anta de botas que dirigia um Fox na incrível velocidade de 5 km/h, subiu na calçada, passou por cima de um canteiro - com árvores e plantas altas - arruinou a lateral de um carro que estava estacionado no meio fio, continuou pela calçada, entrou na oficina mecânica em frente à loja - sempre desgovernada - e porrou seu carro contra um veículo que estava parado lá justamente para conserto.

Isto, para mim, está com cara de teaser.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Remem! Remem!

Vale lembrar que minha presença neste blog é inversamente proporcional à quantidade de horas gastas com aquela atividade desgastante e imprópria chamada TRABALHO.

Portanto, sendo este o mês em que até minha mãe será comercializada - FATO - , se ficar por mais de 5 minutos parada dentro de meu estabelecimento, é fácil concluir que minha diversão neste local será bastante restrita.

"O trabalho enobrece o homem". Tá bom então......seu corno.

Atrocidade

Vou te dizer o que eu acho daquela árvore de Natal do Ibirapuera:

Digo "árvore de Natal", porque é assim que as pessoas em geral se referem àquela aberração da natureza fincada ao lado do parque.

Enquanto moradora de Moema, sou uma pessoa que utiliza bastante o trajeto da árvore e nunca entendi o porquê de o povo achar que aquele entulho localizado no meio da praça do Obelisco, poder vir a ser semelhante - infimamente, de longe, no escuro, talvez - a qualquer tipo de decoração natalina. De qualquer origem.

Amontoado de arame. Uma porcaria.

Pitoresco

Nome do infeliz que fazia compras nesta tarde em minha loja:

"Lébson"

Quer dizer: nego se esforçou, trabalhou pesado e parece que não conseguiu chegar nem perto do clássico 'Clébson'.

Que espécie de múmia tem tal tipo de idéia? Digo, para o nome de um descendente?

Lébson?

Ideiazinha de merda hein, rapá?

sábado, 29 de novembro de 2008

Virei o Robert Smith

Ontem à noite, houve uma grande festa na pacata cidade de São Paulo e eu era uma das seletíssimas personalidades que possuía um convite para o disputadíssimo evento. Coisas de Muso e sua turma.

Enquanto trabalhava na produção de meu lay-out, empolgada com o arrasta pé que estava por vir, me lembrei que algumas semanas atrás eu havia sofrido um surto, acesso este que me obrigou a gastar um bom montante adquirindo produtos para maquiagem. Entre tantos itens, me veio à memória um deles, especificamente. No momento em que efetuava a compra, pensei: "Aí ó...um lápis preto.....tenho 478, mas.....vou levar..."

Pensamento este, que foi interrompido pela fulana detrás do balcão:

"Este lápis é um kajal no tom preto noite para o contorno dos olhos, enriquecido com 'blevers' e fórmula 'cluvers', que tem em sua composição, 'chevers' e é feito com matéria prima 'blonvers'......."

O que ela descrevia ali estava mais parecido com uma vara de condão do que com a merda do lápis. Mas levei o treco mesmo assim.

Pois bem. Lembrando desta ladainha enquanto me arrumava, decidi que estava curiosa e o momento era propício para estrear o tal lápis. Pintei os olhos, fui para a festa, voltei, tirei a maquiagem da fuça e o que descobri? Que além de todas as maravilhosas características descritas pela tchonga do balcão, o lápis era também indestrutível. Ou seja: a partir do momento que você passa aquilo na cara, a única certeza que há, é a de que você nunca mais apagará o traço.

Estou até agora com esta poha borrada na cara e começo a me achar muitíssimo parecida com o Alice Cooper.

Minha próxima tentativa de dissolver os restos do lápis envolverá acetona.

domingo, 23 de novembro de 2008

Táubas de Frio

Sexta-feira à noite, eu e K fomos à padaria localizada na esquina de sua casa, tendo como objetivo encomendar frios, queijos e pães para completar a grande variedade de quitutes que seriam servidos em sua festa de aniversário, evento este, ocorrido ontem à noite.

Encostamos no balcão dos pães e um ser bigodudo veio nos atender. Importante esclarecer que, apesar de ostentar o referido bigode, o ser em questão era uma moça.

"Vocês queriam uma táubas de frio?" - com sotaque típico carregadíssimo. E tom de voz bastante elevado. Vamos dizer que ela berrava. Era mais ou menos assim.

"Ahnnnn..............sim"

"Qual frio vai na táubas?"

E por aí foi a conversa com a exótica atendente. Lá pelas tantas, ela quis saber em nome de quem o pedido seria tirado.

"Karin", disse K.

"Carmen?"

"Não. Karin."

E a moça anotou: "Cari". Ok, previsível. E K peguntou:

"E o seu nome, qual é?"

"Rizeuda. Com Z."

A partir do momento em que seu nome é RIZEUDA, a grafia correta da coisa é algo absolutamente irrelevante, não?

Prestando atenção às vitrines da padoca, descobri a relação entre o local e este papo de grafia correta. Lá eles vendem 'Croaçãn', 'Carmafel' e 'Brauner'. Tudo servido pela Rizeuda.

A MÁ-drasta de Karin

Vejam se é possível ganhar ISTO de sua madrasta por ocasião de seu aniversário.

Notem como a peça em pelúcia combina com a jovem senhora. Sim, ISTO ocorreu com K durante as celebrações em torno de seu último aniversário. E, sim, isto fez com que ela passasse o período de um ano completo sendo alvo de chacota em nível mundial.

Já que ontem a data se repetiu, estamos todos sob intensa crise de ansiedade, apenas aguardando para ver qual merda Eliane, a madrasta, planejou contra a pobre K.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Quero ser o Fabinho

Alguns eventos protagonizados por clientes da espécie "pentelho master" que ocorrem dentro de meu estabelecimento comercial me fazem pensar em como aquilo acabaria se eu não fosse eu, e sim o Fabinho.

Fabinho vem a ser um grande amigo da família infinitamente mais esperto do que eu, o que o tornou o feliz proprietário do Bar da Praia em Caraíva, cujas dependências abrigam também seu fabuloso hotel, Casas da Praia. Puro luxo à beira mar.

Fabinho é um lord, uma simpatia, solícito, divertido, animado, um doce de pessoa. Tudo isso vem dentro de sua respeitável envergadura. O rapaz é enorme, um T-Rex. No último verão, uma de suas hóspedes comentou que tinha a clara impressão de que o chão tremia sempre que Fabinho se aproximava. E ele está sempre lá, no balcão do Bar, com seu jeito bonachão, confraternizando com hóspedes, clientes e suas respectivas cervejas.

Mas se tem uma coisa que acaba com o bom humor de Fabinho, é o cliente "pentelho master"em ação. Não ouse fazer reclamações descabidas, destratar funcionários, implicar ou não cumprir as normas da casa e, principalmente, nunca, jamais aja da maneira "estou pagando, exijo absurdos".

Você provavelmente será expulso após um belo esporro. Nos casos mais complexos, você será arremessado na areia. Se for hóspede, sua bagagem também será arremessada deck abaixo. Já vimos esta cena algumas vezes e sempre houve total aprovação dos convivas pela eliminação do chato. Quando notamos uma crise em andamento é regra procurar pelo melhor ângulo para assistir ao arremesso. Porque, quem sai de São Paulo para infernizar a vida alheia no sul da Bahia, merece. Merece coisa pior. Penso que Fabinho usa de muita bondade para com os farofeiros.

Esclarecida a razão deste cara ser meu ídolo, voltemos ao meu "pentelho master":

No início desta semana, apareceu em minha loja um japonês idoso e mal educado que, obviamente, não gostou de nada.

"Vocês nem trabalhar sabem. Como, em uma loja deste tamanho, não há nenhuma camisa com mangas 3/4?"

De nada adiantou a explicação do santo vendedor que o atendia sobre o final do estoque destas peças e sua reposição, que se daria em 10 dias.

"Bando de vagais. Não quero esperar nenhum dia. Vim até aqui para comprar a camisa e quero hoje. HOJE! Que falta de respeito fazer uma pessoa que quer gastar dinheiro com esta porcaria de loja, esperar! Quer dizer que eu perdi a viagem? Hein? HEEEINNN?"

Foi quando o vendedor, pensando melhor e largando a foice que planejava usar para decapitar o japonês, sugeriu que a criatura escolhesse alguma camisa de mangas longas para que uma de nossas costureiras transformasse a peça em um modelo de mangas 3/4. Todo o processo demoraria apenas 3 dias.

Incrivelmente, o japa topou. Hoje à tarde Fukushima retornou à loja para buscar a porra da camisa. Sempre reclamando, queria abrir a peça para ver se o serviço fora executado corretamente, porque aquela era uma roupa muito cara (59 real) e que nós não tínhamos vergonha na cara de cobrar tal fortuna por um pedacinho de pano, que ninguém faz ele de trouxa não e ele só pagaria se aquela fosse a camisa que ele escolheu, que não adiantava tentarmos enganá-lo repassando alguma peça de coleção antiga................mwaaaahhhhhhhhhh! Ódio.

Constatando que tudo estava certo, o japonês solta a pérola:

"Agora vá lá e me traga meus punhos", para o vendedor.

"Punhos? Que punhos?"

"Não se faça de bobo. Os punhos que foram cortados. Eles são meus, quero levá-los."

"Mas os punhos foram jogados no lixo. Nós reformamos a camisa, não há como reutilizar punhos, logo, os jogamos fora."

"Vá logo! Tenho pressa! Traga meus punhos já!"

"Mas......mas......"

Foi quando eu me meti:

"SENHOR, NÃO CONSERVAMOS LIXO EM NOSSO ESTOQUE. OS PUNHOS FORAM PARA O LIXO, ENTENDEU? Inclusive, quem os colocou no lixo fui eu. Vi dois punhos cortados e pensei: oba, punhos! Vou colocá-los no lixo!"

E ele, respondendo para mim:

"Vá buscar! Vá logo, tenho pressa! Agora!"

E desapareceu, largando a camisa lá. Quero contratar o Fabinho para me ensinar sua arte em 5 lições.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Máximas - Juntatudo

"Ai, gente...... estou sem 'ÁLEGO'........"

Por amiga Déia, devidamente alcoolizada, após piada retumbante em tradicional churrasco dominical, querendo informar aos presentes de que, riu tanto, que encontrava-se sem ar. Ou sem fôlego, para quem assim preferir.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Objetos potencialmente dispensáveis

Meu próximo objetivo de vida é entrar na casa de K, arrancar o grande espelho pregado na parede da sala e submetê-lo a minuciosa análise científica.

Se for confirmado que o espelho é bom, que está bem-feitinho, que funciona e que não há nada de torto nos reflexos produzidos pelo artefato, eu me mato. Me suicido, tomo creolina. E depois me jogo contra um ônibus em movimento.

Susto. Porque não é possível que minha bunda esteja, realmente, do tamanho da bunda que vi refletida ontem, durante minha incursão noturna à casa de KK. Minha cara não é redonda como a que vi ontem. Aliás, minha cara NÃO é redonda. Os braços de ontem eram como os da Joana Prado no período "Waldemar" de sua vida. Tudo grande, tudo torto, uma merda. Me senti na "casa dos espelhos", clássica atração de parques de diversões furrecos.

Pensando melhor, meu próximo objetivo de vida é entrar na casa de K em poder de um robusto taco de beisebol e, usando de violência e golpes certeiros, tranformar em migalhas a porra do espelho. Antes que ele se quebre sozinho, em virtude das imagens suspeitas que produz.

"Créc! Tá biita hein, fia?"

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eu menti

Quando disse que não me alimentaria novamente durante esta semana do Senhor, iniciando jejum absoluto a partir de hoje, 11 de novembro, confesso que menti.


O Javali Calabresa à Parte de ontem, que tanto traumatizou minha mente, já perdeu o efeito e, considerando que não pretendo dormir tão logo, receio admitir que penso em confeccionar uma comidinha gorda, cremosa e gostosa para minha pança.


Estou quase concebendo a idéia de um miojo duplo com requeijão. Ainda bem que minha ruindade consome as calorias provenientes de tais mimos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A base de uma alimentação saudável

Como já comentei, há uma semana, mais ou menos, tiveram início as festividades em comemoração ao 31° aniversário de Gabi, adorada irmã. Aniversário este, que ocorreu de fato no dia de hoje, bela segunda feira chuvosa.

Já que a festa de sábado deixou a todos com olheiras e tremedeira, o conselho familiar decidiu que hoje, a celebração oficial deveria ocorrer em clima mais ameno e civilizado, caso contrário a coisa fatalmente se desvirtuaria e alguém teria um treco saindo pela porta do Filial às 5 e 15 da manhã. Um restaurante, por exemplo, seria um bom local para comemorarmos data tão querida sem graves consequências.

E lá fomos nós. O jantar foi esplêndido, mas creio que não conseguirei dormir nesta noite. Supondo que, sim, eu durma, é capaz que a onça venha me atacar novamente.

Depois do Javali Asterix Bacon Mortadela Tártaro Egg Duplo que eu comi, duvido que haja espaço em meu corpo para comportar qualquer outra coisa. Como sono, por exemplo. Precisava, inclusive, que um eunuco surgisse aqui na porta com umas plumas para me abanar.

Considerei a esteira como uma chance de diminuir este paralelepípedo que se formou em meu estômago. Mas, se há uma certeza no universo, neste momento, é a certeza da congestão. Qualquer esforço físico maior do que o ato de digitar, fará com que minha digestão seja interrompida pelo desvio do fluxo sanguíneo o que, no mínimo, entortará minha cara, como naquela história que nossas mães contavam sobre crianças que almoçavam, pulavam na piscina e ficavam com suas caras tortas.

Declaro que não pretendo me alimentar novamente durante esta semana. É oficial. E concluo que deveria ter me dirigido às mesas internas do Filial, e lá, sentado minha buzanfa.

domingo, 9 de novembro de 2008

A alcunha

Hoje, o tema do tradicional almoço familiar dominical na casa de vovó, evento que integra o calendário da família há 30 gerações, foi 'a escolha do nome do bebê'.

Flora e Dodô lançaram o assunto, por já existir uma disputa interna entre 'Lorenzo' e 'João'.

Quatro horas de conversa depois, tudo o que o grande grupo de adultos reunidos conseguiu em termos de sugestões para o nome da criança foi 'Bigode' e suas variações:

'Chefe';

'Chefia';

'Grande';

'Primo';

'Mestre';

'Ceará';

'Campeão';

'Xará';

'Rapá';

'Gavião';

'Manôôôôô!!!!!!'

Seguido pelos fabulosos 'Long Dong', 'Corinthians', 'Braddock', 'Damien', '13', 'Erro', 'Mara' (em alusão ao personagem interpretado por Ítalo Rossi em humorístico de sexta categoria exibido às terças-feiras na TV Globo), 'Gráubi', 'Crébis', 'Azambuja', 'Flolfo' - a clássica junção realizada a partir dos nomes dos progenitores, aqui, no caso, FLOra e RodoLFO - ou seja...................

O futuro de meu sobrinho é algo obscuro.

sábado, 8 de novembro de 2008

Modo de vida

"Ai, amor....vamos fazer um workshop em New York?"

- "Como assim, benhê?"

"YOU work, I shop."

Basicamente.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O taxista pop

Gostaria de deixar claro que, quando digo que as pessoas com quem convivo são uma fonte inesgotável de barbaridades, este comentário não possui dose alguma de exagero.

Vejam que interessante este episódio da vida de Mari:

Alguns (muitos alguns) anos atrás Mari, em processo de loucura gerado por excesso de trabalho (alguém?), decidiu se jogar em um avião rumo à Escócia e lá permanecer enquanto durassem suas férias. Alone.

Logo que seu vôo aterrisou em Edimburgo, Mari caiu em si com a recordação de quão pífio seu inglês era. Uma merda, mesmo.

Enquanto caminhava em direção aos táxis, pôs-se a pensar:

"Phodeu. Como vou falar com esses saiotes? Tudo bem, não falo inglês....mas qual a diferença, porra? Nem que eu falasse um inglês porco! Esses caras são escoceses! Eu não entenderia nada mesmo.....bom, foda-se. Vou entrar neste taxi.....uhmmmm......ããããããã.......neste aqui. E, qualquer coisa, me jogo porta afora quando avistar um orelhão, me conecto com a Embratel e mando a telefonista explicar onde fica meu hotel. Será que a telefonista da Embratel fala inglês? Se ela ao menos entender escocês........."

Toda esta divagação foi interrompida pelo simpático motorista que abriu a porta de seu carro para que ela se acomodasse.

Motorista ao volante, Mari no banco de trás, ela precisava informar seu destino ao homem. Gaguejando, com muito esforço para se fazer entender, começou:

"Hello, Sir.......I'm from Brazil......"

Aos gritos, o motorista a interrompe:

"Brasil????? Cara, eu sou primo do Ritchie!!!!"

Sacou uma fita K7, enfiou no som, e foi assim que Mari chegou ao hotel. Ao som de 'Menina Veneno'. Cantando. Com o taxista. Que era primo do Ritchie.

Incrível.

A finesse da torcida

Autódromo de Interlagos, Domingo, 2 de novembro de 2008. Duas horas da tarde. Nossa localização privilegiada permitia que aguardássemos o início do GP consumindo toda sorte de drinks e petiscos, observando a movimentação ao redor do camarote acomodados em agradáveis sofás de rattan. Tudo muito fino.

Bem em frente a este belo lounge, tínhamos a visão de uma das arquibancadas do autódromo. Apinhada, todos os torcedores bastante empolgados, iniciou-se uma pequena queima de fogos. Seguida pelo aparecimento de uma faixa. Nela, devidamente estendida pelos entusiastas de nosso querido piloto Felipe, era possível ler claramente a seguinte mensagem:

"CHUPA HAMILTON!"

Tudo isso, ao som de "ô Lewis, viaaaaadooo!"

Que delicadeza para com o moço. Ri durante 10 minutos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Conversas de salão

Estou eu, sentada no cabeleireiro, fazendo as patas. Manicure Marli executando sua arte. Em minha lateral esquerda, uma garota também fazia as unhas com Manicure 2.

Marli comenta comigo que uma cliente a quem atende em casa havia telefonado, mas que ela estava morta de preguiça de ir lá fazer azunha da mulher. Mesmo porque, a tal cliente havia sumido e já estava há mais de 3 meses sem atender suas ligações, o que desenvolveu nela bode pela sujeita cujo nome, coincidentemente, é Paula.

Marli: "A Paula ligou e quer que eu vá lá, mas não sei se vou. Você iria?"

Nem respondi à questão e a manicure ao lado diz:

"Vai onde, a Paula? A Paula (eu) tem sobrancelha marcada com a Nani (a sobrancelheira da casa) agora. "

Marli: Não é esta Paula! É a Paula Bêbada, aquela cliente de quem estou fugindo!"

Manicure 2: "Ahnnn tá! Ela veio aqui outro dia te procurar...."

Marli entra em pânico diante da possibilidade de Paula Bêbada surgir a qualquer momento e obrigá-la a fazer suas unhas. E emenda:

"Mas ela nem tem o endereço daqui.....só falo com ela pelo celular.....só a atendo em sua casa....."

Manicure 2: "Tá esclerosando, Marli? A nega aparece aqui toda semana e você passa o dia inteiro reclamando!"

Marli: "Nãããão! Essa não é a Paula Bêbada! É a Marli Louca!"

Nani, a sobrancelheira, entra na sala e pega a conversa andando;

"Credo, Marli! Não chegou nem o sábado e você já ta ficando louca?"

Manicure 2: "Não é sobre ela que falamos. Falamos sobre uma cliente de quem ela foge!"

Nani: "Ah, eu sei quem é. É aquela Paula Bêbada..."

A garota que fazia as unhas com a Manicure 2, claramente perdida, retruca:

"Não, Nani! ESTA aqui (apontando para mim) é a Paula Bêbada! A Marli Louca deve ser aquela que sempre se atrasa quando marca horário..."

Marli, tentando acabar com a confusão, elucida:

"Esta atrasada não é a Marli Louca, é a Ricarda!"

Ricardo, o cabeleireiro 'tricha' que finalizava o brushing de uma cliente na bancada da frente, berra:

"Eu não estou atrasada cooooisa nenhuma! A Marli é que está louca!"

Conclusões

Certas coisas me fazem pensar em como seria a vida comandando uma barraca de churros no litoral; ou uma canoa pesqueira no sul da Bahia; ou, ainda, na possibilidade de aprender a ciência que envolve a escalada de coqueiros tendo como finalidade a comercialização dos frutos.

Porque certos detalhes desta vida empreendedora que levo, envelhecem. Causam úlcera. Despertam instintos criminosos. Surtam alguém aparentemente normal. Desenvolvem epilepsia.

Funcionários e suas frases típicas, por exemplo:

- "Ô Paula, amanhã eu não vou vim!" - Se alguém pensar algum comentário para tal sentença, favor efetuar.

- "Já é meio dia e meio! Tá na hora de comer!" - Desconsiderando o 'meio dia e meio', já que o erro gramatical jamais será assimilado como tal, o fato é que não importa a presença ou ausência de fome. É 'meio dia e meio' e o sujeito TEM que comer. Porque a palavra almoçar também não consta do vocabulário típico.

- "Eu não quero o que é dos outros. Só quero o que é meu" - Reiterando sua suposta honestidade, quando questionados sobre algum erro no caixa, falta de mercadoria, diferença no estoque. Se eu não puder fazer tais perguntas aos funcionários, poderei fazer a quem? Ao vizinho? Ofensa mortal.

- "Preciso passar com o médico" - SAP: Marquei uma consulta médica. Ou, simplesmente, 'vou ao médico'. Fora o amor que cultivam por hospitais. Tropeçou? Hospital. Tossiu? Hospital. Acordou com o cabelo ruim? Hospital também. Saco.

- "Aceito Credicard" - Quando questionados por algum cliente sobre quais cartões de crédito são aceitos na loja. O fato - explicado didaticamente incontáveis vezes - de que 'Credicard' não define porra nenhuma, em nada interfere. Nego não assimila a existência de Visa, Mastercard, Amex, Diners. Se for débito então................vai explicar a relação entre Redeshop e Maestro, vai lá.

- "Você pode fazer em vezes" - Sobre a possibilidade de parcelamento do valor total da compra. Que ódio.

- "Ô Paula! Vou levar uma sacolinha hoje, tá?" Como se nos outros dias a mesma pergunta não tivesse sido feita. É uma mania de carregar itens esquisitos na mão, parecendo o Homem do Saco, que acaba com meu estoque de sacolas.

- Ô Paula, será que a menina lá de cima já calculou minha férias?" - Sim, 'minhA fériaS' é uma expressão corriqueira. Por mais incrível que possa parecer.

Sinto William Foster tomando conta de meu corpo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Me exprica direito essa história véia

Da série "É velho, mas é bão", eis informação repassada por Clau, via Twitter:

(Eu não conhecia....)

Estudante processa prefeitura por não ter beijado ninguém em micareta

Revoltado por não ter conseguido beijar ninguém em um carnaval fora de época promovido pela Prefeitura de Guararapes do Norte (230 km de Rio Branco - Acre) no último mês de maio, o estudante universitário J. C. A. ajuizou uma ação judicial bastante inusitada. Ele foi à Justiça pedir indenização porque "zerou" na micareta.

JCA pediu indenização por danos morais, alegando que "após quase dez horas de curtição e bebedeira não havia conquistado a atenção de sequer uma das muitas jovens que corriam atrás de um trio elétrico". Ainda segundo o autor, que diagnosticou na falta de organização da Prefeitura a causa de sua queixa, todos os seus amigos saíram da festa com histórias para contar.


E por aí vai.

Resumindo, este ser humano da espécie otária, foi aconselhado pela prefeitura a cultivar tubérculos e a coisa não vingou.

Não sendo o processo em si bizarrice suficiente, o imbroglio terminou com saldo positivo para esta múmia paralítica. Ele não pegou ninguém na micareta, mas pegou a menina do setor de aconselhamento psicológico do município.

Segundo a própria Municipalidade, tal acontecimento afetivo ocorreu sem nenhuma participação do Estado.

Leia na íntegra: http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matler.asp?newsId=18679

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E de quem é, de quem é, Sou negão!

Desde ontem à noite tento me adaptar ao novo reflexo que produzo quando me ponho diante do espelho.

Calculando que 7 meses se passaram desde que eu, pessoa praiana, torrada de sol, senti os últimos raios UVB sobre minha pele, posso dizer que ontem foi um dia transformador.

A questão é que, apesar de possuir uma simpática casa na praia - constantemente tomada por todos aqueles que conheço, importante comentar - não a frequento com a devida assiduidade, já que meu trabalho saudável e quaaaase escravo me impede de viajar nos finais de semana. E durante a semana também. E em qualquer feriado que não aconteça no sábado, especificamente. Portanto, esqueçamos "praia".

Levando em consideração o fato de que tenho os Domingos livres (opa! valeu, hein!) e minha residência paulistana ser equipada com bela piscina no ensolarado jardim, podemos, otimistas, pensar:

"Do que esta anta reclama? Sua situação não é tão grave assim..."

Não seria. Se, de março para cá, tivéssemos presenciado algum - unzinho apenas - Domingo COM sol, tudo estaria relativamente sob controle. Eu haveria sentado minha bunda na beira d'água e teria preservado um tom pelo menos aceitável para a cútis.

Como isto não ocorreu, passei metade do ano com um colorido muito especial, cujas nuances variam entre cinzas e verdes. Pela manhã, é uma beleza. Transeuntes que cruzam seu caminho não conseguem definir se aquela é uma pessoa viciada que há tempos perdeu as cores ou se é alguém com olheiras jamais vistas, a quem a ciência deveria dar atenção (em todos estes anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isto me acontece).

Até ontem.

Logo que despertei e notei a presença de sol na cidade, me joguei sobre uma cadeira da piscina e de lá, so me retirei para votar. Fried Paula. Como manda minha tradição pessoal, saí correndo, esbaforida, sem ao menos pentear o cabelo. Caso contrário, não chegaria em tempo de cumprir meu dever cívico.

O primeiro espelho que cruzou meu caminho, foi o do Mercearia São Roque, à noite. Dei um grito. Quem era aquele ser zulu? EU??? Champagne!

Quanto orgulho de mim mesma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Um feliz trabalhador

Todos os meses, recebemos na loja a visita de um funcionário da Eletropaulo, cuja função é realizar a leitura do relógio de luz para que a referida empresa calcule o valor de meu gasto no período e assim, possa, finalmente, enviar a conta para que paguemos.

Trata-se de uma pessoa nada otimista, digamos assim. De acordo com a opinião de mamãe, "é uma figura esdrúxula".

Além de sua aparência exótica - ele é altíssimo, magérrimo, seus cabelos são longos e desgrenhados no melhor estilo ninho e presos em um malfadado rabo de cavalo; possui também olhos esbugalhados, que saltarão de sua cara a qualquer momento, atacando, assim, a pessoa logo em frente -, o que faz de seu jeitinho algo fofo e especial é sua personalidade, regida pelos princípios básicos da liderança sindical revoltada.

Enquanto pluga o apetrecho que faz a leitura no relógio, discursa. Sempre.

Mês passado, a pauta foi a dificuldade que enfrenta para executar o serviço, causada pela falta de equipamento. 30 minutos completos, falando, falando, falando.....

Importante informar que sua voz poderia ser facilmente confundida com à de um tenor histérico. E seu linguajar é todo baseado em gírias da classe "mano".

Neste mês, chegou lá feliz, com um cabo moderníssimo que faz todo o trabalho so-zi-nho!!! Seu problema, porém, consistia em saber SE daria certo. SE aquele treco funcionaria.

"Me deram essa parada aqui, mano, dizendo que a parada é de lei, mas vamo vê se funciona, né mano! Vamo vê se a chefia não tá quereno só dá um calaboca em nóis né, mano!"

Funcionou. Em 2 segundos a leitura estava completa. Sendo assim, Feliz mudou o rumo da conversa para o risco de ser eletrocutado pelo tal cabo, o que, em seu entender, gera processo trabalhista por periculosidade, como fizeram os carteiros, bla, bla, bla......

"Vamo vê se essa parada não vai me grudá na parede quando eu for tirá dali, mano. Se essa parada me fritá, eu coloco no pau, mano. Vão ter que me pagá!"

Ele, porém, não é sindicalizado por prestar um serviço terceirizado ("eles não ligam pra gente, mano, a gente é terceirizado, certo..."). Mesmo assim, continua afirmando que quando sair, vai colocar a Eletropaulo no pau, embora esta tenha afirmado que o material não oferece risco algum. Se assim for, há perigo ainda por ele ter que caminhar no sol - câncer de pele.

"Periculosidade, mano!"

Conversinha matinal que quase fez com que minha mãe arremessasse o cidadão contra um ônibus em movimento.

Quem sai aos seus, degenera

Venho, por meio deste fantástico brog, comunicar à parentes, amigos, vizinhos, membros da associação do bairro e entusiastas em geral, a confirmação da suspeita que pairava no ar:

O mais novo integrante da máfia é um mino. Um mini Dodô está confirmado e vem para completar esta ninhada masculina que assa dentro da barriga de tantas procriadoras da turma.

É óbvio que, tão logo vazou-se a informação, a primeira decisão que tomei em relação ao futuro desta criança foi adquirir um pequeno uniforme do Corinthians.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Juma

Noite passada - inteira - sonhei que havia um onça embaixo da minha cama. Onça esta, que de mim, até gostava um pouco. Seu objetivo era dar cabo dos meus cães, o que me deixou em pânico, já que eles apareciam a todo momento para atacá-la.

Como eu sabia que os caninos agiam daquela maneira por pura estupidez, não me restava outra opção, senão segurar a onça, impedindo assim a chacina.

E foi o que fiz durante toda a noite. Segurei a onça. Ela até tentou me morder, mas segurei firrrrme.

Acordei pela manhã destruída. Arrasada. Com dores em todos os ossos, juntas, tendões e músculos do meu corpo. Parecia que eu havia sido atropelada por uma manada de elefantes. Tudo por causa da onça.

Parece que confundi os comprimidos. Provavelmente ingeri um ecstasy pensando se tratar de um Diazepan.

Fuerza Bruta

Domingão, minha pessoa completamente desprovida de condições que me permitissem levantar de minha king size, recebo um telefonema. Na linha, Muso, comunicando que iríamos comparecer ao espetáculo Fuerza Bruta, em cartaz na arena montada no meio do Parque Villa-Lobos.

Confesso que hesitei. Minha preguiça, unida ao vendaval que certamente enfrentaria naquele descampado dos infernos, quase me obriga a declinar o convite. E, vamos combinar, não sou alguém que associe vanguarda e surrealismo à entretenimento. Acho papo planta, mas vá lá, ok. Fui, pricipalmente para escapar da conversa "você perdeeeeeuuuuu, é o máximo, nunca mais haverá na terra algo semelhante, a partir de agora você é um ser inferior, como ousou dar as costas a tal genialidade, yada, yada, yada".

Se vale a pena? Se é bão mesmo?

Depende. Se você é uma menina de bom gosto, além de se divertir com toda a engenhosidade do espetáculo e não estar nem aí para a história da "natureza poética violenta e bela", você terá o prazer de reparar que, no grupo de 11 atores que integram a trupe, há uns 3 ou 4 cucarachos moooito bonitos. Daqueles que não encontramos com facilidade vagando por aí. Daqueles que te fazem pensar em como seria viver na Argentina.

Se o espetáculo consistisse nestes meninos cantando "A perereca da vizinha" num palquinho de circo, o esforço continuaria valendo.

Que mané "linguagem e propósito abstratos"!

sábado, 18 de outubro de 2008

Vizinhança Phyna

São Caetano do Sul, 18 de outubro de 2008. Horário: 4 e meia da tarde; loja apinhada, as tia tudo fazendo compras, fato que me fazia muito feliz naquele momento, já que adotei um método de trabalho baseado em equivalências, cujo mecanismo me permite vizualizar quanto dinheiro torrarei em pinga durante minha estada em Caraíva no longo e belo verão sob tendas/beira rio.

Subitamente, gritos desviaram minha atenção. Associei, em primeiro momento, tal manifestação de estirpe duvidosa ao grande evento esportivo que ocorria naquele espaço de tempo, contando com a participação do soberbo clube de futebol conhecido mundialmente como Corinthians. (Ê Ô!)

Mais alguns instantes se passaram, e notei a aproximação física dos tais berros. Percebi que eram emitidos por um grande e unido grupo de descontrolados. Havia, inclusive gritos femininos saindo ali do tumulto.

Foi quando uma horda de pessoas suspeitíssimas chegou em frente à minha bela loja. Eram uns 20 ou 30 varzianos que se estapeavam em praça pública. Eram homens, mulheres, velhos, moleques e crianças, protagonizando aquilo que chamamos de pancadaria. Porrada pura, UFC a céu aberto. Alguns já estavam até ensanguentados (JURO).

Tendo esta cena única acontecendo ali na porta, a reação de TODOS os meus clientes - eram umas 50 pessoas comprando - foi a de largar tudo o que experimentavam, escolhiam, pagavam ou desejavam, e se dirigir à porta para apostar em quem morreria primeiro. QUEM GANHARIA. Papai, teletransportado à Disney - quer fazer o dia do meu pai? arranje uma briga para ele se meter. Presente de aniversário ou Natal? Descola uma briga e mete ele no meio- , se meteu no quiprocó e, devido à sua estatura intimidadora, obteve sucesso em conter o hã......desentendimento, digamos assim.

Daí me chega os puliça. 15 viaturas na minha porta. Fazendo aquele bafafá que eles amam, armas em punho, enfim, eu já estava me sentindo no camarote Brahma de 2002 cantando o samba da Mocidade que dizia "é show, que euforia, festa na cidade, o grande circo místico chegou de mãos dadas com a Mocidade, abra as cortinas do seu coração, nossa arte é vida, cheia de emoção..." e por aí vai. Tive um flashback porque VEJAM:

A confusão estava contida. Meu pai havia separado a briga. Me aparece 300 mil guardinha e adivinhem o que aconteceu? Tudo se descontrolou novamente. Teve policial que apanhou tentando separar briga de mulher, uns moleques batiam nuns véio com pedaços de limpadores de para-brisa, o outro crazy puxando uma mina pelo cabelo, velha desmaiada, fecharam a rua, tipo fim de jogo no Pacaembu.

E meu pai lá, chamando todo mundo de "ô bobão". Meus clientes torcendo para seu maloqueiro favorito, assoviando, participando daquilo como se fosse um De la Hoya X Holyfield na arena MGM em Vegas.

Mais de uma hora se passou até o caos ser controlado e todas as 200 pessoas que se aglomeravam em torno do meu estabelecimento comercial terem o prazer de descobrir o que causara a treta.

Olha que graça:

Toda aquela gente era pertencente à mesma família. Uma parte dessa família vive no poleiro localizado em frente à loja. O atual marido da mulher que vive ali, bateu na filha dela, que vem a ser uma criança de 5 anos de idade. O filho de 15 anos foi tomar satisfação com o padrasto e o cara deu no moleque também. A mãe, ficou puta e ligou pro ex-marido, pai dos dois que tomaram na fuça. Ele foi lá e adivinhem: tomou uma bifa também. Decidiu que era o momento de colocar em prática o "bateu-levou" e assim nos presenteou com tão sublime acontecimento. Não conseguimos identificar, entre os outros arruaceiros quem era quem. Tipo quem era avó de quem, quem eram as noras, as cunhadas, os primos, as comadres. Pesquisarei, obviamente.

Importante informar que o padrasto, protagonista e causador desta demonstração de equilíbrio emocional e respeito à integridade física alheia, tem como emprego o cargo de funcionário do SAMU. Sim, ele trabalha resagatando cidadãos.

Tentem não se acidentar ou ter qualquer tipo de colapso no ABC paulista. Pensem em quem pode vir te resgatar.

bjs.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Máximas - Viva o telemarketing

"A única coisa que eu pretendo junto ao Unibanco é DAR para o Waltinho Salles. Você tem o telefone dele? Se não, minha filha, providencie e só me ligue novamente quando estiver em poder do número!"

Titia, bufando, em resposta à centésima-quinquagézima-oitava tentativa de venda de um cartão de crédito via telefone, efetuada por funcionária da empresa de telemarketing que atende a referida instituição bancária.

Desnecessário comentar que a medida surtiu efeito.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Máximas - Sutilezas

"Se eu tive sooorte? No meu caso acontece o seguinte: eu não nasci com a bunda virada para a Lua. A Lua nasce todos os dias de DENTRO do meu cu."

Minha amiga Tininha, externando, didadicamente e para grande audiência durante certa festa, sua opinião pessoal sobre o marido que possui.

So cute.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Máximas - Mundo cão

"Vamos Nathália! Pinte logo estas unhas! A irmã do meu cachorro está me esperando na loja e preciso ir AGORA!"

Eu pópria, em colapso, berrando com minha manicura logo após ser avisada sobre a presença em minha loja do sujeito que, há 7 anos, comprou uma fêmea da mesma ninhada de meu rotweiller Lui. Ele adquiria um terno em meu estabelecimento comercial e estava devidamente acompanhado pela canina.

Juro que no dia seguinte expliquei a situação para Nathi, a manicure. Fiquei apreensiva em relação à possibilidade de ela desenvolver medo de mim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Atos insanos de uma pessoa idem

Uma pessoa que conheço, alta funcionária de grande empresa de comunicação, recebe um e-mail do cliente "A" confirmando a aprovação de um projeto. Mensagem esta, que era aguardada com enorme e inclassificável ansiedade.

Esta pessoa, a funcionária - vamos chamá-la de K -, saltitando de contentação, larga a tela com a resposta de "A", aquela que tanto esperava, escancarada.

Neste ínterim, seu telefone toca. Trata-se de um subalterno, informando que a reunião pentelha, longe, insalubre com o cliente "B", acabara de ser confirmada e ela, a pessoa a quem chamamos de K, dispunha de pouquíssimo tempo para se organizar e locomover-se até a tal empresa "B", localizada ali, na Puta que o Pariu do Norte.

Ato contínuo, telefone ainda pendurado na orelha, temos a reação da pessoa denominada K.

Ela vira-se para a tela e, utilizando o campo reply da mensagem que cliente "A" enviara há pouco, digita:

"PUTA MERDA!!!"

Clica em send e, quase na velocidade da luz, cliente "A", o cliente bão, recebe em seu endreço particular de e-mail o comentário que, originalmente, a pessoa a quem demos o nome de K pretendia fazer via telefone diretamente para o funcionário pendurado na linha. Funcionário que permanecia lá, aguardando o "PUTA MERDA" que era seu, mas desviou-se.

K só absorveu o que havia cometido quando o telefone de sua mesa tocou e, do outro lado, estava cliente "A", sem entender lhufas.

Foi quando ela soltou o grito de horror.

Levando em consideração antecedentes já divulgados (1 e 2, por exemplo), concluo que esta garota está precisando de Bahia...................

Já que estou com tempo livre......

.........por que será que o relógio do Blogger adiantou-se sozinho em uma hora? Meu laptop marca 4:49 e esta lhuca, 5:49.......

Acho que minha mente está em processo de tilt devido à falta de sono compulsória.

Mente vazia, casa do demônio

Pirei. Surtei e nada pôde me conter. Enfrento mais uma noite de insônia galopante, e como já assisti a todos os programas e suas respectivas reprises, decidi que o momento era ideal para inventar moda.

Situação propícia, refleti, e achei que testar novos layouts para esta joça seria uma atividade mobral que me entreteria até eu decidir qual o próximo estrago a ser executado.

Acho adequado tentar algo na linha gastronômica agora. Para o próximo ato impetuoso desta madrugada arregalada.

Não sei se manterei este design, pois desconheço a origem do santo que baixou em mim. Será que gosto desse lance clean? Amanhã, se concluir que estou com saudades do esporquitcho original, retorno às origens. Que aqui, são cor de laranja-shocking, meu bem.

domingo, 12 de outubro de 2008

Bee Attack

Sabe aquela história de que resquícios de alimentos, como pingos, migalhas e farelos, "juntam bicho"? Provavelmente a avó de todo mundo, pelo menos uma vez na vida, teve a oportunidade de lançar tal profecia com o objetivo de repreender algum incauto.


"Não coma no quarto! Comida no quarto junta bicho!"


"Não leve o prato para o sofá! Senão junta bicho!"


"Não largue o pacote de bolachas aberto! Bichos!"


"Sorvete no carro, pinga e cria bicho!"


Não sei se tais preocupações seriam pura neura de vovó e, o que é realmente importante, nunca foi constatada a veracidade de tais informações, já que nunca juntei, criei ou chamei bichos para dentro de meu lar. Eu diria, inclusive, que minha residência é ambiente inóspito para cobras, lagartos, sapos, insetos e seres rastejantes em geral.


Até hoje.


Todas as definições citadas no parágrafo acima estão com seus conceitos sob questionamento, após o ocorrido neste belo dia de Domingo.


Tradicionalmente, Domingo é dia de party lunch para a família, amigos, agregados e afins, aqui na residência. Hoje, após arrasar preparando seu peixe ao creme de leite e bananas + penne com cenouras e gengibre, Lulis, cunhado e um dos chefs residentes, decidiu flambar umas frutinhas. Para servir com um sorvetinho. Tal procedimento utilizou frutas tropicais, Ballantines, Drambuie e MEL. Que foi, obviamente respingado por toda a cozinha devido ao ateamento de fogo à frigideira, somado à performance estabanada típica deste chuchu de menino que é Lulis.



Em menos de 10 minutos, havia quase 20 abelhas dentro de minha cozinha. Insetos refinados que gostam mesmo é de um bom flambée. Um ataque aéreo, não me perguntem de onde saíram os bichos. Ouvia-se até o barulho das abelhas na cozinha. Pânico.


"Até o Jerry veio na minha festa"


Sim, tenho medo de abelhas de mariposas, de vaga-lumes e de qualquer espécie de bicho voador e insetos em geral. Moro em uma cidade civilizada e não fui criada para dividir meu espaço com criaturas peçonhentas. Mesmo que haja 40 tipos de alimentos melecados, doces, farelentos e esmigalhados expostos em minha cozinha, teoricamente, atraindo tais bichos.


No começo do ano tomei uma picada monstra de uma abelha e quase fui parar no Instituto Butantã, tamanha a inflamação que criou-se na perna mordida. 'Traumatizei'.


Ou seja: a lenda revelou-se real. Vovó sabe tudo.


** Claro que a cozinha passou por um processo de desinfecção neurótico e as abelhas foram devidamente expulsas. Caso contrário, eu estaria em um hotel.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Falando grego - O sobrenome

Já que a questão do sobrenome foi citada por Bibi, em comentário ao post anterior, vamos lá.

SCARCELLI:

"Sargentelli?" - Sim, sou sambista, inclusive.

"Sacacelli?" - Saca. Sem o menor saco pra gente surda.

"Santa Nelli?" - Santa. Protetora dos portadores de saco cheio.

"Saracelli?" - Isso! Para quem tem o primeiro nome confundido com "Sara", fica ótimo. Espia: Sara Saracelli.

"Escandelli?" - Se esse fosse meu sobrenome, faria uma oferta à Lilian Gonçalves - a rainha da noite - pela boite de sua propriedade, Scandall

E o mais constante....

"Cicarelli?" - Tá boa? Eu tô......

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Falando grego

Lia, agora há pouco, o novo brog da Bibi. Neste primeiro dia de atividades, há um post comentando as agruras que uma garota chamada Biessa - no caso, ela mesma - enfrenta para tentar fazer pessoas em geral compreenderem a pronúncia correta de seu nome.

O que poderia tranquilizá-la seria tomar conhecimento do fato que eu, de nome Paula - simples, fácil, comum - também sofro com o mau entendimento (imbecilidade, eu diria) das pessoas carentes de rápida compreensão.

Poderia citar algumas dezenas de diálogos como exemplo. Mas, recentemente, fui premiada com uma interlocutora cuja impressionante performance condensou a situação como um todo.

Numa de minhas crises noturnas de fome visigoda, passei a mão no aparelho telefônico e disquei para o Koi, restaurante japonês que, por ser incrivelmente próximo à minha residência, me entrega temakis gigantes e Luizinhos desde...........que abriu. Ou seja, os tintchureiros me conhecem.

Toquei lá, disse que faria um pedido e a pessoa do outro lado perguntou meu nome. "Paula", respondi sorridente.

"Maura?"

"Não. Paula."

"Laura?"

"Não...Paula!"

"Sara?"

"Não, Paula, porra!!"


"Carla?"


"PAULA! PAPA ALFA UNIFORM LIMA ALFA!"

"Desculpe, Claudia. Não estava entendendo direito..."

Desde então, virei a Claudia Scarcelli, cliente do Koi.

Outro caso aconteceu anos e anos atrás com uma garota que trabalhava comigo. Seu nome: Tuca. Também simples, fácil e prático, não?

Um belo dia, esta cidadã telefonou para algum editor bem importante que aguardava sua ligação. Como o sujeito não estava em seu respectivo aquário na redação, Tuca pediu para a secretária do homem anotar o recado. Foi quando a conversa me chamou atenção:

"Diga que a Tuca retornou, sim?"
- "Suca?"

"Não, meu bem. Tuca. Com T."

- "Cuca?"

"Não. Tu-Ca."

- "Luca?"

"TUCA!" - já grunhindo.

- "Duda?"

"TUUUCAAAA!!!" - Enfurecendo-se

- "Xuxa?"

"Nããããooooo!!! Tuca, sua galinha!!!!!"

E, soletrando, vermelha, urrando, descontrolada:

"P.........

U..........

T............

AAAAAAAAA!!!

TUUUUCAAAAAAAAAAA!!!!!!!!"

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

De onde saem determinadas pessoas?

Na semana passada, Gabi, minha irmã, foi dar uma pinta no Rio por motivo de trabalho. Como samos meninas muito finas e só temos amigas que moram na orla, Gabiroba hospedou-se em agradável apartamento na Av. Vieira Souto.

Sendo assim, a combinação do tempo livre que possuía, aliado ao sol que torrava a todos na cidade, fez com que ela se decidisse por atravessar a avenida rumo à praia de Ipanema em si. Logo que pisou na areia, já avistando um belíssimo local para estender sua canga, foi abordada por um ser:

Ser: "Pô, cara, tava te olhando de longe e fiquei preocupado com você..."

Gabi: "........"

Ser: "Aí gata, tu tá 'meia' pálida, com cara de quem não comeu nada........"

Gabi: "................."

O ser abre um isopor.

Ser: "Aíammm, gata, tu não quer um quiche?"

Gabi: "................"

O ser era, na verdade, um vendedor ambulante de quiches.

Ser: "Tem de alho porró, Lorraine, de vegetaixxxxxxx....."

Gabi conseguiu proferir a primeira frase: "Não! Não quero quiche!"

Ser: "Não pode ficar sem comer não...é medo de engorrrrrrrdarrrrrrr?"

Gabi: "Não! Eu não estou com fome!!"

Ser: "Então posso ficar aqui esperando até você ficar com fome? Tem de alho-porró, Lorraine, vegetaixxxxxxxxxxx...."

Gabi: "................................"

Opinião geral da nação

Ontem, eu e Muso aproveitamos o final de tarde para comer hamburguinhos e tomar vinho no Ritz. Conversávamos sobre amenidades, basicamente listávamos pessoas que havíamos encontrado na noite anterior e metíamos o pau nelas. Nada mais agradável do que sentar em uma mesa com drinks e comidinhas para falar mal dos outros.

Foi quando ele me questionou. Quem eu gostaria que vencesse o segundo turno, já que eu não havia votado em nenhum dos dois concorrentes?

Sem pestanejar, respondi:

"Muso, querido: Você realmente acha que uma pessoa que produziu, criou e, supostamente, educou um ser humano que se transformou no SUPLA, merece a confiança de alguém? Não há duvidas, esta senhora NÃO é capaz. De nada. Nem de criar um punk decente."

Já em casa, enquanto aguardávamos o horário de encontrar sua irmã e nos jogarmos no Gambiarra, aproveitei para fazer a ronda dos blogs. E me deparo com este post de Red no Mesa de Botequim.

Viram como minha teoria tem fundamento?

Ídolos

Saí desembestada de casa ontem para votar. Por alguma disfunção química ainda sem cura, meu potente cérebro não possui a capacidade de se organizar para que meu voto seja computado antes das 4 e 50 da tarde.

Como já estou adaptada a esta condição, sei exatamente onde largar o carro para sair correndo e qual escadaria subir sem enfrentar transeuntes e assim, chegar à tempo de pegar a urna ligada.

Processo "pressa" concluído, adentrei a sala aos tropeços, tomando o cuidado de desviar de um senhor de chapéu que cruzei na porta de entrada. Quando entreguei meu título ao mesário metaleiro trajando uma camiseta do Megadeth que atendia os eleitores, noto que ele olha fixamente através de mim. Na verdade, ele não estava nem me vendo. Sua atenção estava totalmente voltada para a pessoa localizada atrás de mim. O senhor que quase atropelei.

Neste momento, o metaleiro levanta-se e, emocionado, quase gritando, diz:

"Seu Raul!!!!! Deixa eu cantar pro senhor, Seu Raul!! Eu quero ir cantar no seu programa, Seu Raul!!!"

E iniciou a cantoria. Que foi acompanhada por todos com palmas puxadas pelo Seu Raul. Seu Raul Gil.

Ao final, Megadeth foi aplaudido pelo andar inteiro, e formou-se uma balbúrdia que só foi extinta quando Raul Gil deixou o prédio.

Eu sou atrasada, mas me divirto.

sábado, 4 de outubro de 2008

Ténica e tática

Cena:

Festa pau no cu na casa de pessoa idem. Babacas brotando do nada aos montes. Hordas deles invadindo a agradável residência.

Três amigas presentes ao evento, num ato involuntário de busca por isolamento, decidem sentar-se em uma mesa lá no canto, margem oposta da piscina, sob a árvore, atrás da pedra, encoberta pela folhagem.

Devidamente escondidas, iniciam uma descompromissada conversa. Bastou a primeira frase ser proferida para que uma criatura surgisse do vácuo e as interrompesse.

Tendo a originalidade como ponto alto de sua conversa ele, charmosamente, utiliza como introdução do longo papo que previa o tradicional "como vocês se chamam, gatas?"

Sem reação, ainda não crendo que o idiota sorridente estava, de fato plantado ali em frente e concluindo que aquilo não se tratava de uma alucinação chinfrim, a primeira garota diz, mecanicamente:

"Marina........."

O que fez com que a segunda moça reagisse:

"Ana......."

Seguida pela terceira amiga:

"Mariana....."

Ao que o idiota, magoado, respondeu:

"Porra, vocês tão me zoando???"

E saiu, indignado.

É óbvio que estes são, realmente, seus respectivos nomes. Como é fácil eliminar pentelhos em ambientes pau no cu.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Adendo pertinente

Em relação ao penúltimo post, é necessário frisar que, fora o Monstro do Loch Ness, todas as criaturas mencionadas no programa Monsterquest foram avistadas dentro do perímetro dos Estados Unidos da América.

Se os produtores pautassem um "Monsterquest Brazil", acredito que teríamos infinitos relatos e um número quase incalculável de pessoas, aparentemente normais, tentando provar que viram a Havanir.

Encontraram a mãe do Popeye




terça-feira, 30 de setembro de 2008

"I had sex with BigFoot!"

Há um programa que passa nas madrugadas de terça para quarta-feira no History Channel que, apesar de possuir um tema absurdamente abestalhado, despertou minha curiosidade devido aos "personagens reais" - os humanos - que o ilustram.

Trata-se de uma produção norte-americana que ocupa uma hora na programação do referido canal. Seu nome: Monsterquest. Mote: pessoas que juram ter visto, interagido, fotografado, tomado uma muca e até levado um lero com criaturas extremanente conhecidas do imaginário popular. Mundial.

O show consiste na apresentação de uma série de depoimentos de pessoas adultas que, num belo dia, saem na rua e dão de cara com o Pé Grande, a Mula sem Cabeça, o Lobisomem e até o Bicho Papão. Todos made in USA. Não os monstros, os manés. É impressionante a completa boçalidade de certos habitantes da maravilhosa fatia norte de nossa grandiosa América.

Há um caso de um véio que viu e fotografou o Monstro do Lago Ness. Mas ele estava na Escócia a passeio, era americano of course. Infelizmente a fota do tio queimou-se. Mesmo assim, o cidadão exibiu um papel preto em frente às câmeras como prova de que o retrato foi realmente tirado. Louco porém honesto.

Voltemos ao script: após a breve descrição do encontro, a equipe do programa leva cada um dos malucos de volta ao ponto onde tudo aconteceu. Invariavelmente uma floresta ou descampado qualquer. Na minha opinião, o babaca que se mete num lugar desses para acampar merece ser atacado pelo Macaco Louco mesmo.

Neste momento é realizada uma reconstituição dos fatos. Com direito a iluminação e trilha sonora sombrias e atores falidos trajando fantasias, geralmente de macacos, que são a cara do primo pobre da Monga do Playcenter. Parece que para eles, Monstro = Gorilão de pelúcia vagabunda.

Se perigar, aquilo é gravado no cenário Amazônico de Days of Our Lives. Onde Roman, Stefano DiMera e mais alguns personagens protagonizavam o drama da Jungle Fever. Só eu consumia isso? Ninguém, além de mim, é cafona de dar dó?

Ok. Bom, no final de tudo, vem um cientista qualquer, que, de maneira simples e óbvia, prova que aquilo tudo não passa de sandice e que aquela pessoa que fez amizade com o monster em questão, provavelmente consumiu drogas. Ou esqueceu de tomar a dose. Ou é amigo do Ney da Sauna Gay e sonha diariamente com um peludão grandão e fortão para chamar de seu.

Assistam e verão.

sábado, 27 de setembro de 2008

Um poste no caminho

Hoje à tarde, Rita, uma de minhas vendedoras e santa de plantão, veio até mim queixando-se de muita dor de cabeça. Na hora, sugeri que tomasse um Tylenol, uma Neosaldina, 120 gotas de Novalgina, uma vodka, porque dor de cabeça enche o saco e eu não faço o menor esforço para suportá-la.

Ela me respondeu que não podia tomar tais medicamentos pois analgésicos normalmente baixam a pressão. Como a sua é muito baixa, ela costuma desmaiar sempre que consome pílulas desta natureza. A vodka, não tomaria pois é evangélica e sua religião não permite.

Me disse, inclusive, que havia tomado um Buscopan há dois dias e isso lhe causou um desmaio, por isso preferia a dor ao risco. E isso me fez lembrar da única vez em que desmaiei na vida. Não foi por reações à remédios, nem por susto, muito menos por mé, que não sou mulher de ser sensível a este tipo de composto.

Foi por imbecilidade completa, pura e verdadeira. Aliada à existência de uma porra de um poste no caminho. Dei a este acontecimento o auto-explicativo nome de "O Mico do Milênio. E do Próximo Também".

Eis o ocorrido:

Eu era uma jovem e contente assessora de imprensa naquela época anterior ao advento da internet. Logo, para enviar fotos, convites, produtos......TUDO, para as redações, era necessária a existência de motoboys. Para mandar fotolitos (há um caso famoso de um cliente da W/Brasil, que solicitou o fotolito por fax.....JURO), cromos, provas de material de divulgação para aprovação de clientes, havia também a necessidade da contratação de um motoboy. Ou seja, eu dependia quimicamente deles para executar o meu trabalho. Tanto que havia dois exemplares da espécie no quadro de funcionários da empresa.

Uma bela manhã, após duas horas organizando o roteiro do dia, consegui, finalmente, despachar o motoqueiro. Eram tantos os destinos que ele só retornaria no final da tarde. Vale lembrar que naquela época galera não tinha celular, portanto só haveria comunicação com o maluco quando E SE ele quisesse.

Minha sala localizava-se no sexto andar de um prédio na Rua Maria Antônia. Logo que ele saiu, vi que todos os envelopes destinados à redação do Estadão haviam ficado sobre uma das mesas.

Pânico.

Com a pilha gigantesca nas mãos, saí correndo, mas não consegui chegar a tempo de pegá-lo no elevador. Minha única opção eram as escadas. Desabalei escadaria abaixo em direção ao térreo, mas o motoca acabara de bater a porta. Que destravava internamente através de um botão que eu não conseguia apertar, devido à existência de 130 envelopes grandes em meu poder. Joguei tudo no chão, apertei  a bagaça, peguei tudo do chão e saí desembestada, Maria Antônia acima, berrando para o doido do motoqueiro que, com fones de ouvido, não me notava.

10 da manhã. Sol. Praça de alimentação do lado da calçada onde eu corria e gritava. Mac Fil apinhado de Mackenzianos vagais e bêbados do outro lado, bem em frente à praça. Quando a velocidade da minha corrida já atingia os 100 km/h, minha estagiária, sentada na praça de alimentação grita:

"Aê! É do cachorro ou da polícia??"

Sem interromper os 100 metros com barreiras, virei meu rosto em sua direção com o objetivo de mandá-la à puta que o pariu em vôo direto; mas não houve tempo para tanto.

Ao virar a fuça para a praça, perdi o foco dos obstáculos e dei com a cara no poste. Um poste daqueles de concreto. Caí dura, desmaida, e quando recobrei os sentidos vejo um tumulto sobre meu corpo desfalecido. Basicamente era o Mac Fil inteiro, mais o motoboy e a prostituta da estagiária.

Fora o traumatismo craniano que sofri, o lado esquerdo da minha cara sofreu todo tipo de escoriações. Foram dois cortes sobre a base ralada, alguns roxos, uns verdes e uns pretos também.

Claro que fiquei famosíssima entre os universitários e demais frequentadores da região. Virei um tipo de mito, lenda.

Creio que muito do meu comportamento atual seja resultado de sequelas.

As aventuras de um menino estabanado

Já que a pauta está em Lulis, vamos aproveitar o momento para conhecer melhor este importante agregado da Grande Família.


Lulis, esposo de minha irmã e, consequentemente, meu cunhado, é um menino gordinho. Quando digo que Lulis é gordinho, não me refiro ao tamanho de sua circunfererência, que encaixa-se tranquilamente na categoria "normal", e sim à sua filosofia de vida.


Tudo o que Lulis come, pede ou prepara, por padrão, contém cheddar ou bacon. Ou os dois. Se alguém está ingerindo qualquer tipo de alimento que entupa veias, ele, com seu toque pessoal, tem o poder de piorar em mais ou menos mil vezes a qualidade do grude.


Nos churrascos, Lulis não pega um bife ancho, taca na grelha e serve mal passado. Ele recheia com roquefort, cobre com cheddar e salpica com bacon frito.


Quando efetuamos pedidos de pizzas, um dos sabores obrigatórios é a porra da pizza de cheddar com bacon.


Ele também tem o hábito de derreter camemberts inteiros e incorporá-los à pratos "sem graça".


Certa vez, quando fazíamos um pedido de sanduíches em sua casa, Lulis ficou em dúvida entre quatro sabores. Solução: pediu os quatro. Para ele. Apenas para ele. Todos dele. Quatro cheese-corvos.


Já comentei aqui que Lulis e Gabi estão temporariamente hospedados em minha residência por motivo de mudança. Pois bem. Ontem, Lulis e Gabi chegaram em casa de madrugada e Gabi se dirigiu direto ao quarto que eles estão ocupando, tendo como objetivo, dormir. Lulis, sabendo que havia um belíssimo e cremoso petit gateau na cozinha, desviou o caminho e foi até lá preparar um pratinho para degustar no quarto.


Prato na mão, subiu para seus aposentos mas, chegando lá, lembrou-se que havia esquecido sua jarra de Coca-Cola. Deixou o prato sobre a cama e retornou à cozinha. Coca-Cola providenciada, subiu novamente.


Entrou no quarto, colocou a Coca sobre a mesa de cabeceira e resolveu trocar o jeans por uma confortável calça de moletom. Tirou as calças e, acometido por um súbito surto de amnésia + imbecilidade galopante, sentou sua bela bunda, não na cama, mas exatamente sobre o prato que continha o petit gateau.


Cena grotesca e inimaginável. Claro que o casal não dormiu nunca mais.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Máximas - Tema musical

"Me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu! Maria Lúcia começa a cantar......."

Lulis, meu belo cunhado, tentando reproduzir, bêbado de dar dó, o conhecido refrão de famoso samba de enredo da Mangueira, cujos versos reais são:

"Me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai que já morreu! BAHIA É LUZ DE POETA AO LUAR....."

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

É véio, mas é bom

Grau que caracteriza "novidade" relativo a este vídeo: 0

Ano de lançamento: 1612

Quantos já o viram: 257 milhões de pessoas

Quantos já viram pelo menos um minúsculo trecho: 432 milhões de pessoas.

Mas como eu sou assumidamente abobada, toda vez que o vejo, meu riso ataca.

Portanto.....

http://br.youtube.com/watch?v=MhkTR_d84_M

Farofada Pictures


É possível notar que sua vida caminha para o caos quando sua irmã e seu cunhado hospedam-se em sua imaculada residência por prazo indeterminado.


E quando, apenas dois dias depois, seu irmão e sua cunhada grávida também chegam à cidade com o mesmo objetivo.


A partir deste ponto, a última providência a se tomar, é seu cunhado comprar um táxi e, todos juntos, cantarmos:


"Essa família é muito unida, e também muito ouriçada......"

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Uma vodka para mim também

Como muitos puderam claramente notar, Mari não é a única mentalmente prejudicada aqui neste puteiro.



Eslareço que a rua localizada na Vila Olímpia em questão possui o nome de CARDOSO DE MELO, e não CARDOSO DE ALMEIDA.



Não sei se esta cafusão que habita meu cérebro está diretamente relacionada à idade, saco cheio, ou falta de psicotrópicos.



A única defesa que tenho em mãos é revelar que nem Mari, nem ninguém mais presente na referida mesa dominical, notou a troca de nomes. E bairros.



Foi o que eu disse para Lelê:



"Só Caraíva salva."

Sintoma estranho # 12

Fico maravilhada cada vez que descubro uma nova reação corporal gerada pelas variações climáticas que somos obrigados a enfrentar diariamente vivendo em São Paulo. Classifico tais oportunidades como "pura magia".

A novidade desta semana, impressionantemente, não está relacionada aos tão comentados problemas que vinham afetando minhas vias respiratórias. Trata-se de algo novo, único, raro, exótico, eu diria.

Devido ao ar frio e seco ao qual fui exposta em breve passagem pela cidade de Ibiúna no último sábado, informo que minha face sofreu queimaduras. Sim, a pele da minha cara queimou-se com o frio - vai explicar...- e agora, descasco como algum farofeiro recém chegado de.......Mongaguá, sei lá.

Abstenho-me de proferir comentários sobre a ardência da cútis. Apenas digo que não é aconselhável mexer muito a musculatura local através de expressões faciais básicas, como um sorriso, por exemplo. Cada vez que a pele já danada é esticada, a sensação obtida é aquela que temos ao raspar a cara no asfalto. E espremer um limão por cima, na sequência.

Pelo menos, economizarei nos ácidos. Descamou-se tudo e logo terei uma pele novinha , esticada e lustrosa para o verão.

Creio que o clima desta cidade precise de um psicólogo.

Para efeito de esclarecimento

Informo que o Génésio em questão, nada mais é do que corruptela de Jesus.

Jesus interjeição; não o messias, de acordo com importante lição que aprendi com o Thiago.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cocktail de vodka tripla, please.

Quando eu digo que pessoas que trabalham sofrem danos mentais irreversíveis, causados por chefes burros, clientes babacas, eventos cretinos, funções inadequadas e problemas indescritíveis é porque vejo, constantemente, os sintomas se manifestando e prejudicando o cérebro de pessoas, originalmente, normais.

Já houve, inclusive, comentários sobre esta epidemia aqui.

Mari é uma amiga lúcida, competente e bem sucedida, como grande parte das vítimas deste retardo mental específico. Mari é gerente de uma grande revendedora de veículos alemães e ontem, durante um agradável jantar dominical, nos contava sobre um cocktail que ocorreria hoje, em função do lançamento de um novo modelo de luxo da marca.

Falava sobre a pressa como tudo fora organizado, sobre a falta de tempo hábil para confirmar a presença das celebridades convidadas, sobre a pressão de seu chefe, questionando-a em relação aos "fotografáveis" pela Caras, enfim, sobre como o lançamento da porra do carro havia transformado sua bela vida em uma existência infernal e sem sentido.

Paralelamente, tentava me explicar um trajeto que havia realizado na noite anterior, assunto sem a menor importância. Nem me lembro porque ela me descrevia com detalhes vias por onde passara na Vila Olímpia.

Foi quando, veio a luz. Ela, enfim se lembrara do endereço em questão. Transbordando segurança, interrompeu o assunto de toda a mesa e esclareceu a dúvida:

"Ali, na Cocktail Cardoso, Paulinha!"

Sem entender, os presentes se puseram à questioná-la. Sobre o que falava? Ninguém compreendera sua última frase. E Mari, sempre segura:

"Não estou falando sobre o que vocês falam...." - referindo-se ao assunto daquele momento, na mesa.

"..... tentava explicar um endereço para a Paula, mas já me lembrei, podem continuar a conversa. Tentava lembrar o nome da Rua Cocktail Cardoso, ali na Vila Olímpia..."

Creio que ela tentava se referir à Rua Cardoso de Almeida.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sam cover

Venho através desta, me defender das acusações levianas que venho sofrendo por parte de pessoas interessadas apenas em me "defamar", que adotaram como prática diária, comentários sobre exageros cometidos por mim, esta pobre, porém honesta blogueira.

Desde que minha perspicácia natural fez com que eu facilmente notasse a incrível semelhança entre minha amiga Sam e a bela modelo/atriz/apresentadora/empresária, manicure e pedicure Fernanda Mota, não faltou quem contestasse o óbvio.

Incansavelmente, insisti na genuinidade de minha afirmação, aguardando o momento em que uma prova irrefutável surgisse e mostrasse ao mundo a veracidade de meu comentário.

Semana passada, ao praticar minha leitura diária da Folha de São Paulo, vejo esta foto estampada na coluna de Mônica Bergamo e, automaticamente, penso:

"Génésio, se o motivo não foi prisão, o que esta desorientada da Sam está fazendo no meu jornal?"

Passado este breve momento de lapso, "caí em si" e me dei conta de que a pessoa da foto era, na realidade, aquela que, tantas vezes citei como sendo quase um duplo de minha bela amiga.

Viram como eu não minto?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Abaixo-assinado para a execução sumária dos babacas

Detesto gente que manifesta, que exige 'seus direito', panfleta, faz piquete e abaixo-assinado. Creio que este sentimento seja decorrente de sequelas causadas pelos longos anos em que o centro da cidade sediava meu local de trabalho.

Nem sei dizer quantas vezes cheguei atrasada, perdi reuniões de pauta, de planejamento, com clientes ou simplesmente enraizei dentro do meu carro, mesmo não tendo porra alguma para fazer, devido à alguma passeata organizada por algum sindicato ou associação, que vinha pela Av. Paulista e descia toda a Consolação em direção ao centro.

Nessa época, quase efetuei a compra de um megafone. Ele estaria sempre no porta-luvas de meu automóvel e, ao menor sinal de manifestação, eu descobriria o mote da baderna, abriria meus quatro vidros e, com o megafone, passaria a gritar palavras de ordem contrárias.

Quando a assessoria de imprensa onde trabalhava transferiu-se para a Rua Maria Antônia, quase não contive minha emoção. Estaria eu, enfim, livre das passeatas?

Não.

Era ali, no meio da rua, que aconteciam todas as manifestações do Mackenzie. Professores, alunos, secretários, faxineiros, ex-alunos, repetentes, inadimplentes, o bloco de carnaval.........tudo lá. Na minha Rua Maria Antônia. Da concentração à dispersão. Nestas datas, ficávamos presos dentro da redação, sem poder tirar os carros da garagem, sem poder sair andando, sem poder chamar um táxi. Ilhados. Com um carro de som e sua acústica típica berrando bem defronte à nossa janela. Se eu tivesse comprado aquele megafone.....

Esta foi apenas uma breve explanação sobre o porquê do meu ódio em relação às pessoas que reivindicam. Qualquer coisa. Usando qualquer método. Corta.

Hoje, realizando minha corrida diária, reparo que estava prestes a cravar 1 hora ininterrupta esbaforindo-me na esteira. Aproveitando um ataque de ânimo raro e repentino, decido fazer os próximos 15 minutos utilizando do recurso do aparelho que me permite inclinar a plataforma. Ou seja: num surto, resolvi correr na ladeira. Legal, bom pra bunda.

*Vale dizer que a academia onde corro (ou tento), acabou de passar por uma grande reforma. O ambiente foi modificado por completo e, devido ao fato desta obra ter sido concluída há menos de um mês, alguns detalhes ainda não estão totalmente em ordem. Há menos bebedouros do que o necessário na musculação, as TVs ainda não foram todas instaladas e o jardim ainda não está completo. Incluso um belo espelho d'água, de efeito exclusivamente decorativo, é obvio, que ainda não possui.........a água.

Foi quando uma PESSOA, claramente aluna da academia, cola ao meu lado com uma prancheta na mão e, inadvertidamente, diz:

"Oi, amiga! A gente tá fazendo uma pesquisa entre os alunos pra saber o que a galera tá achando que tá mais faltando aqui, tipo, na musculação, né? Então, tipo, você pode continuar correndo, mas você responde umas perguntinhas pra mim?"

Com um calhamaço de papel apoiado na prancheta

-"Não".

E a mocinha 'nada a ver', insistindo:

"É só pra, tipo, melhorar a qualidade da nossa malhação, amiga! Você não acha que tem, tipo, um moooonte de coisa que pode ser feita aqui, agora que, tipo, a gente está com essa estrutura i-r-a-d-a?"

-"Não." (Fora, tipo, arrancar sua língua, pisoteá-la, e depois jogar longe?)

E eu, correndo na subida.

"Ahhhhhnnnnnnnnnn.........então você poderia só assinar esta lista? Ela é para, tipo, uma reinvidicação específica, sabe? A gente tá, tipo, pedindo isso aqui à parte do resto...."

Pensando em me livrar da cretina, disse:

"Tá boooooom, escreve meu nome aí, que eu estou correndo!! Maria....Trubirina...Prostituta....Cata Erva, pronto, nome e sobrenome. O que é que tu tá querendo com esse abaixo-assinado?"

-"Ah, a gente tá precisando de, tipo, um moooooonte de assinaturas para que coloquem patos no espelho d'água ali do jardim!"

..............................................(cara de: "hein? Patos? Patos patos, os bichos?)

Será que uma pessoa não consegue nem fazer seu jogging em paz, cacete?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Coma ela; degluta ela; estou deglutindo; já degluti.

Coisas que NÃO dever ser feitas por alguém que pretende permanecer com uma bunda de dimensões aceitáveis, levando em consideração nossos costumes e cultura:

a) Pedir um cheese-salada no New Dog para representar o almoço de Domingo e solicitar ao atendente não uma, mas DUAS porções de maionese à parte.

b) Emplastrar o referido sanduíche com uma porção completa da maionese trash temperada. Fora o bacon frito, catchup, mostarda e tudo o que completa o grande leque de adereços que fazem de um simples cheese-salada, um maravilhoso e eficiente poço de banhas.

c) Conservar em seu refrigerador o que restou da maionese fabricada no New Dog. Ou seja, uma porção inteira, já que a gula que me consumia no momento do pedido impossibilitou a compreensão do fato de que um sanduíche apenas não comporta duas porções de maionese.

d) Na segunda-feira à noite, abrir a geladeira em busca de água, devido à corrida de 1 hora e 15 minutos recém concluída, deparar-se com a porção de maionese extra do New Dog e confeccionar um totem com incontáveis fatias de pão, frios variados e uma camada de 12 centímetros do ingrediente em cada um dos pedaços do pão.

e) Não interromper a alimentação, que nesta fase já pode ser caracterizada como "compulsiva", até findar-se o último resquício da merda da maionese do New Dog.

Estas são apenas dicas consideradas úteis por mim.

bjs.

Alimentando compulsões

Acabo de assistir a Closer, segundo meus cálculos, pela nonagésima oitava vez em minha vida.

Esta obsessão teve início quando adquiri, via internet, o DVD do referido filme. Desde então, na maioria das oportunidades em que estou sem função específica, num ato quase inconsciente, me pego inserindo o disco no DVD player.

Já reproduzo quase todos os diálogos - até hoje, isto aconteceu apenas com Harry e Sally, cujas frases sei todas - e sempre canto no final. Além de babaca, também estou ficando brega, notem. E, claro, quero dar para o Clive Owen.

Na minha opinião, esta atitude é grave e deve estar diretamente relacionada a algum vazio interior incurável e ainda obscuro.

Nada que não se resolva administrando Prozac com vodka. Na veia.

sábado, 13 de setembro de 2008

Dinorá Dinorá é a puta que o pariu

Não citarei nomes, mas acabo de ser obrigada a realizar um longo trajeto dentro do carro de uma certa pessoa que, durante os 40 minutos relativos à viagem, ouviu e me tacou à força tímpanos abaixo.......IVAN LINS.

Ivan Lins faz parte de uma lista de minha autoria que inclui artistas indigeríveis. Aqueles que, além de canastrões e pentelhos, são também desprovidos de talento. Aqueles que correm o risco de sofrer uma agressão física, caso venham de encontro a mim em via pública.

Compartilham o posto com este senhor, Daniel, Jorge Vercilo, Dinho Ouro Preto, Kenny G (irc) e similares.

Isto foi um momento de revolta. Merecido.

Possibilidades

Comentário de cliente velha, azeda e alterada sobre o fato de meu estabelecimento comercial não estar, temporariamente, operando com cartões de crédito:

"TODAS as lojas aceitam cartões, e não cheques. Só você faz o contrário! Essa sua loja está totalmente na contra-mão do mundo!"

A cena terminou com um sorriso radiante colado na minha cara e um empolgado "bom fim de semana" para a bruxa.

Eis aqui o que faria para dar continuidade ao diálogo se este, fosse o Mundo de Paula:

"TODAS as pessoa que conheço têm uma cara normal e uma bunda de tamanho aceitável. Só você é feia pra caralho e parece um ornitorrinco! Este seu aspecto geral está totalmente na contra-mão do mundo!"

Seria um sonho realizado.

Dr. Paulinas, M.D.

Deu. O prazo aceitável para repouso, doença, remédios com hora marcada, expirou. Se o destino reservado para mim for a morte, que venha com categoria. Mesmo porque, nenhuma das providências que tomei durante esta semana visando minha cura, surtiu efeito algum.

Portanto, ontem, uma bela noite de sexta-feira, me enfiei no cabeleireiro, retoquei a peruca, e me juntei ao animado grupo que consumia drinks no Alucci Alucci.

"Mas você está tomando antibióticos, anti-alérgicos, anti-gripais, anti-tussígenos, anti-rábicos, anti-tetânicos......não pode beber!"

Revelo aqui que interrompi, sem ordens médicas, o uso de todos os meus medicamentos atuais. Minha vodka com cranberrie vale mais do que um tratamentozinho xexelento qualquer.

"Mas a tradição manda que a turma sente-se em uma das mesas da calçada, ao relento! Você não pode pegar friagem!"

Foda-se. Depois, a quantidade de álcool que programei para ingerir, tem o poder de aquecer uma foca lustrosa recém saída das águas do Oceano Ártico.

Pois bem. Acabei com o marasmo, jantei que foi uma maravilha, tomei minhas vodkas, emendei a noite no Passatempo - onde dei cabo do que restava de minha garrafa de whisky - e me retirei do recinto apenas às 4 horas da manhã, quando tomei o rumo de casa.

Hoje pela manhã, acordei disposta, sem dores, curada, como se nada houvesse ocorrido.

Ou seja: álcool conserva; álcool cura; álcool renova; álcool é vida. Troque seu analista por um bom Logan. Como já dizia o grande filósofo Mussum da Mangueira, "Traz um méziz, cacilds!"

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Algumas razões para a irritação de uma garota

1) Após um período de 640 anos, meu carro saiu do conserto. A frição está excelente, parece tratar-se de um exemplar com apenas 20 km rodados. Classificaria sua condição como "perfeita", não fosse o motor acelerado. Transitei com esta bosta hoje beirando a casa dos 3000 rpm. Com meu talento nato para previsões futurísticas, afirmo que enxergo um Astra prata fazendo uma curva, tomando a pista oposta, e retornando à oficina.

Não é necessário comentar que estarei presente durante todo o processo, que por minha própria determinação, ocorrerá entre 10 da manhã e 6 da tarde de amanhã, e nem mais um minuto sequer. Providenciarei uma foice para que o mecânico, intimidado, cumpra o prazo.

2) Estou em busca de um par de muletas para alugar. Fui fazer os pés no salão e quem me atendeu foi uma estripadora. A tarada conseguir arrancar todas as peles planejadas por Deus para nunca deixarem o corpo humano. Se subir em uma balança agora, certamente estarei pesando uns 600 gramas a menos. Porque a carniceira simplesmente subtraiu esta quantidade de massa corporal ao fazer minhas unhas. Esta vaca. A minha sorte - mais da esquartejadora do que minha - é que não estou praticando exercícios nem corrida durante esta semana. Devido ao laudo médico que me diagnosticou uma pré-pneumonia, fato que me obrigou a sentar a bunda na cadeira. Ao final da sessão, ela me perguntou, sorrindo:

"Tem algum cantinho doendo?"

Neste momento, avaliei a hipótese de chutar a cara dela.

- "Não...e seu cú, está doendo? Ah, não???? Mas eu posso providenciar!!!"

Imaginem o que eu seria capaz de fazer se houvesse qualquer espécie de arma em meu poder.
Meninas sabidas NUNCA trocam a manicure por motivos fúteis, como falta de horário. Isso é um mantra. Semana que vem, voltarei para minha Nathalia.

3) Quanto mais drogas ingiro, mais tusso. Quanto mais repouso faço, mais meu pulmão direito dói. Resolvi fazer uso de minha sabedoria médica e diminuí o intervalo, estipulado pelo médico, de 8 horas entre as doses das medicações. Desde a manhã de hoje, venho consumindo toda sorte de fármacos de 6 em 6 horas. É muito provável que esteja aí a explicação para minhas tonturas, pontadas no estômago e sonolência grau 10. Se houvesse um prato de sopa na minha frente durante a tarde, teria caído de cara nele. E morreria sufocada ao aspirar o líquido sem despertar.

Bastou, não?