Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

domingo, 14 de dezembro de 2008

São Paulo natalina

Se tem uma coisa que não é legal, é habitar Moema durante o mês de dezembro. Ontem à noite, saí de casa às 9 horas da noite e só consegui cruzar a Ibirapuera, via Eucaliptos, às 9 e 30.

Porque a anta aqui, num surto de amnésia, se equeceu de que a Eucaliptos é uma rua proibida no fim do ano. Principalmente depois do pôr do sol. Motivo: a agradável via pública é uma das portas de entrada para aquele inferno na terra ao qual se resume a peregrinação de desocupados babacas à Rua Normandia.

Por quê o cara sai de casa para se engalfinhar com 25000 pessoas em um corredor estreito e minúsculo durante as festividades de final de ano? Para ver luz? Luz? Uma pessoa que mora em São Paulo? Uuuuuuia, que novidade! Luzes! E elas piscam!

Além daquela neve sintética, cuja composição deve ter em sua base, cola. Ridículo e emporcalhador de carros e calçadas. Se me dissessem que aquele povo todo veio do Xingu, eu até admitiria tamanha comoção.

"Luzes! 'Indio-ó'!"

Mas não. São apenas farofeiros urbanos que executam sua arte estacionando ônibus no bairro para se acotovelar em grande forró a céu aberto. Um bom ninho para ambulantes.

É a maldição do faraó do Egito que caiu sobre a cidade de São Paulo. Jingle Bells para vocês também.

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