Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Engrish

Discussão que aconteceu hoje naquele hospício de loucos onde trabalho:

"Esse cara quer me zoar, uma hora me dá um valor em LIBRAS, em seguida me fala a mesma coisa em POUNDS"

[outro dia recebemos um valor em RUPIAS. Enfim. Are Baba]

"Pound é Libra em inglês, inteligência rara"

"E desde quando eu sou obrigado a saber?"

"Desde que você nasceu, sua besta quadrada. Pra quê falar inglês direito, né?"

"Ah, eu tentei, mas inglês não é pra mim. Muito difícil [MUITO]. Esse verbo to be é esquisito"

"Esquisito é você. Conjugar o to be é mais fácil do que escrever 'mongolóide'"

"Ah, sei lá, é muito confuso"

"Confuso como? O to be é SER ou ESTAR, caramba"

"Aí que tá! É ser ou estar, mas STAR também pode ser ESTRELA, né tio?"

NÉ. TIO.

Descoberta do dia: to be é confuso pois não significa apenas duas coisas - ser e estar -, mas sim três, uma vez que star pode ser estrela, percebe? Tio.

Às vezes eu tenho a nítida impressão de que há uma entidade Patropi guiando essa gente com quem convivo.

Tem nego que quer ser infame sozinho.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aquele momento da vida.....

.... em que você está dentro da sala onde trabalha com Flavia Isabel, diante da mesma, CONVERSANDO com ela face to face na tentativa de resolver uma situação absurda e percebe que a sujeita está com um telefone na orelha, como se você estivesse do outro lado da linha.

Risos, meus caros.

Bem vindos ao fim de dia/semana mais estranho dos últimos tempos.

Falar aqui de burrice, falta de talento, insistência e consequências.

Dentre os meus tantos desvios de comportamento/inabilidades já identificados e catalogados pela comunidade científica, a mania que eu tenho de insistir em apostar meu dinheiro sempre na alternativa errada tá lá no Top 5 junto com......bem, deixa pra lá. O que importa aqui é que sou fiel ao preceito "bolão - to dentro, mas só se for pra me dar mal" e foi assim que eu perdi uma fortuna naquela bosta de Chelsea X Barcelona, apenas para citar o exemplo recente mais grave.

Enfim.

Depois de ler sobre as tantas tentativas e modalidades de invasão relatadas pela segurança do Planalto quando aquela nuts que alega ser o marido da presidente deste país estranho foi pega pelos bombeiros do lugar, a primeira coisa que pensei foi que ali deve ser um bom local para se trabalhar. Imagina:

"Você acha que aparece algum louco hoje?"

"Acho que não"

"To com o pressentimento que vem maluco por aí"

"Manso?"

"Aposto que o de hoje é louco perigoso em veículo motorizado"

"50 paus que é manso e cai na água"

"100 conto que não cai mas atravessa a porta de vidro"

"Fechado"

"Fechado. 100 conto"

"Ô Joel! Corta aqui!"

Este posto é o Paraíso, imaginem.

No último 9-11 a Xará foi incisiva no lembrete "hoje é dia de todo mundo contar o que estava fazendo na hora dos ataques" e lançou uma história formidável sobre a ocasião.

Isso tudo me fez lembrar sobre o que EU estava fazendo quando as torres gêmeas caíram. Adivinhem.

Meu alarme já estava tocando desde 7h45 e às 8h00 liguei a televisão enquanto sofria no limbo usual que enfrento diariamente para abandonar minha cama, quando de repente, BUMBA! Primeiro avião entra no prédio. Não podemos dizer que aquilo foi bom, porque BOM mesmo não foi, mas podemos afirmar que o movimento suicida do maluco contribuiu em muito para o meu processo de despertar. Nessas, eu já estava apostando 200 paus que era acidente e quando eu menos esperava, me aparece a merda do segundo jato explodindo a Torre Sul diante da minha cara de cu perplexo. Como assim, Bial?

Começava ali o dia em que fui rapelada com honras, pois vejam: nem 10 da manhã e eu já tinha perdido minha primeira aposta.

Ok. Era um ataque, estava claro. Diante dessa constatação, apostei que o próximo avião ia para a Estátua da Liberdade e perdi novamente, pois ele foi parar no Pentágono.

Daí eu apostei que o quarto avião cairia no Capitólio, mas né? Os passageiros derrubaram o voo num descampado e deu no que deu, só tive mesmo tempo de ver minha grana criando asas.

Alguém levantou a hipótese dos prédios desmoronarem e eu apostei que isso jamais aconteceria. Emendei com um "imagina, que ideia ridícula" e arrematei dizendo que SE algum prédio viesse a cair, seria a Torre Norte, pois os danos eram visivelmente maiores. Me fodi duas vezes pois: 1) caiu tudo; 2) O outro edifício foi o primeiro a desabar.

Ou seja: traumas do 9-11, cada qual com o seu; não confiem em meus palpites; talvez apostando comigo mesma eu algum dia encontre o empate.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vida: esse eterno aprendizado

Hoje descobri que além de "merda", "bosta", "caralho", "PQP", entre tantas, "CU COM QUEIJO" é também uma expressão chula que você pode e deve utilizar para exprimir seu ódio em relação a algo ou alguém.

Parabéns a todos os envolvidos. Essa equipe ainda me mata de orgulho.

Meanings

Dizer que uma pessoa está "de oposto ao vértice" é uma afirmação de muito significados. Tudo depende do que está sendo analisado. Ocorre que a expressão tem uma vasta abrangência, meio que serve para tudo e vai do seu bom senso saber empregá-la corretamente.

Você pode tomar 17 Gin-Tônicas e comentar que ficou de oposto ao vértice, por isso subiu na mesa e plantou uma bananeira logo após derrubar a mãe da noiva na pista de dança com um passo de break. É apenas um exemplo ilustrado, mas cabe dizer o mesmo se estiver mal humorado, em crise obsessiva depressiva, doente, tentando o suicídio, puto ou de ressaca - com aquele SINO no lugar onde originalmente deveria estar sua cabeça.

O conceito é amplo.

Ontem mesmo vi um post da Sams no Facebook onde o GPS determinava que ela estava "near Cordovil, Rio de Janeiro". Eu li "near CLODOVIL, Rio de Janeiro" e passei as 2 horas subsequentes tentando compreender o que havia de errado com a sentença.

Hoje Flavia Isabel me disse, durante o horário comercial, que havia feito uma bateria de exames pela manhã e passou por diversos procedimentos, dentre eles um XEROX DO TÓRAX.

Creio eu que ela tenha feito mesmo um Raio X, mas não posso garantir nada. Vai saber.

Tamo assim. De oposto ao vértice. ;-)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Ruthinha é boa, a Raquel é má

Seguinte: recebi 18 convites de casamento, tudo ao mesmo tempo. Fui obrigada a criar uma planilha para conseguir organizar este schedule, pois daqui até dezembro teremos um evento matrimonial por fim de semana,  em média.

Mentira, não tem planilha nenhuma porque não sofro de desvios obsessivos compulsivos, mas é como se tivesse, gente. E também não são assim DEZOITO convites mesmo, mas posso fazer drama? OPA, valeu. Na minha cabeça sei que tenho o casamento da Andreia, o da Mirella, o do Paulo Henrique, o da Claudia, o do Peão e mais uns dois aí, entenderam? São estes.

Daí estou aqui com 2 dos convites abertos para tentar assimilar nomes dos noivos, data, local e horário para a programação, quando toca meu celular. Do outro lado, uma gentil senhora me pergunta se pode confirmar minha presença no casamento de "Marcelo e Beatriz". Tomada pelo pânico (quem são estas pessoas??), peço para ela aguardar um minuto e respondo:

"Marcelo e Beatriz? Não seria Claudia e Adolpho?"

A LOUCA. Pensem na cara que a mulher fez do outro lado, apenas tentem imaginar. Coloquem-se no lugar dessa mina.

"Não, Paula. Seria Marcelo e Beatriz mesmo, viu..."

"Marcelo e Beatriz? [muitas interrogações voando em torno da minha cabeça]. Não é Joana e Paulo Henrique, não?

"Não, não. Não é. É MARCELO E BEATRIZ MESMO." - já demonstrando uma certa falta de paciência na voz.

"Mas.....Marcelo e Beatriz? Eu não conheço essas pessoas", afirmei incisivamente.

"A senhora não se chama Paula Scarcelli?"

"Sim, sou eu. Paula Scarcelli." [creio. tenho que confirmar, querida]

"E a senhora não recebeu o convite para o casamento do Marcelo e da Beatriz?"

"Não, não recebi não. Nunca vi esses dois na vida."

"Que estranho. Tenho seu nome aqui."

"Muito estranho. Beijo, tchau."

E emendei discursando sobre como a qualidade de qualquer serviço que você queira contratar neste país é inclassificável, sobre como são estúpidas as pessoas em geral, nem telefonar para os outros são capazes, que bando de imprestável, e é assim que querem sediar uma Copa etc.

Dez minutos depois, encontro com a minha irmã e ela me pergunta: "e aí? o RSVP do Peão te ligou?". Quase tive um derrame cerebral, pois notem que:

O Peão é o Marcelo, no caso. Claro que Peão é apelido, nada mais óbvio. Esse cara é amigo da família há 20 anos, ok? Não estamos falando aqui do primo da vizinha da amiga do sobrinho do cara que trabalha com o cunhado da secretária da tia da empregada de uma amiga de um amigo meu. Estamos falando aqui de um nego que é quase da família, entendem?

No dia seguinte liguei para a mulher tentando disfarçar a voz e confirmei minha presença.

Situação vexaminosa.

Tenho certeza absoluta de que a lista interna está sinalizada assim:

PAULA SCARCELLI (*louca; **mesa 12; ***controlar a bebida; ****redistribuir os seguranças pelo salão, de modo que tenhamos sempre 2 a seu lado; *****danger)

Ou algo semelhante.

Vou começar a assinar "Tonho da Lua".

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Máximas - Pérolas do Portuga.

Conversava eu com Gabrielo e o Portuga sobre assunto de máxima prioridade que decidiria o futuro de nossas vidas enquanto humanos: onde iríamos beber à noite.

Daí começou o tradicional bate boca sobre bar, localização do bar, a que hora invadiríamos o bar e determinou-se que apropriarmo-no-íamos de uma mesa em agradável esquina muito próxima à residência de ambos. Tanto Portuga como Gabrielo habitam aquela vizinhança.

Ótimo. Portuga decidiu-se por ir até o local caminhando e Gabrielo disse que não faria o mesmo: aguardaria que eu fosse resgatá-lo em sua casa pois o trajeto LAR/BAR envolve a travessia de uma grande avenida paulistana que é famosa por não ser lá muito bem frequentada no período entre o pôr do sol e o amanhecer. Consumidores de drogas pesadas se escondem no vão que existe entre os lados da via - um córrego canalizado - e brotam dali como monstros do pântano quando precisam assaltar transeuntes para refazer o caixa, digamos assim.

Diante deste comentário, iniciou-se a troca de gentilezas entre o meninos com mensagens como:

"Tá com medinho?"

"Tem que ser português mesmo para andar ali."

"Corintiano tem medo de assalto?"

"Não, vascaíno que é burro"

ETC.

E eu dizendo:

"Resolvam-se e me avisem porque sou ocupada. Tchau."

Quando volto para a conversa, tendo como fim checar se os dois retardados haviam chegado a algum acordo, me deparo com a solução proposta pelo Portuga:

"Eu to indo aí te pegar vestido de Sassá Mutema. Se veste de Maitê Proença e me espera, Gabriel."

Daí você faz piada interna na TL do Facebook e uns e outros se ofendem, achando que o post é para eles, sem nem mesmo imaginar que temos conosco a filial lisboeta da Revista Minha Novela.

É o poder da Globo Internacional criando experts deste nível no além mar.

bjs.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Festa Virtual - A um passo de ligar o estrobo

Festa Virtual - Prosseguindo

ANIMEI



bjs

Festa Virtual

Para berrar:

"But don't forget who's takin' you home and in whose arms you're gonna be, so darling, save the last dance for me"



Isso é coisa daquele livro que eu li, viu. Agora só falta descobrir se eu queria só ouvir Drifters mesmo ou se também sou suicida, vou morar em Roma e gosto de Charleston (A CIDADE, PORRA. Antes que alguma anta venha cantar Simony na minha orelha).

Veremos.

Mentes Doentias

Eu tenho um amigo retardado chamado Charlie Brown. Estranho isso já que, se tem um detalhe nessa minha vida claro como a luz do sol, vocês já devem até ter reparado, é justamente o fato de eu apenas me relacionar com pessoas normais e confiáveis. Enfim. vai entender. DIVERSIDADE.

O nome que consta em sua certidão de nascimento é Rodrigo Barretti (acho eu, não posso garantir nada), mas isso não vem ao caso. Charlie Brown lançou uma anedota no Facebook e eis aqui a prova física de que louco atrai louco:

  • BA DUM TSS
    (quem quer malhar o judas?)













Like ·  ·  · 



Gustavo Mesaggi - eu gosto de montanha o Marcelo Caverna

Gustavo Mesaggi - eu nao faria, Manu Farias

Rodrigo Barretti - eu prefiro Itaipava, a Larissa Schincariol

Gustavo Mesaggi eu vo de cavalo o Mailson Ribeiro Chiaretti

Rodrigo Barretti - para mal olhado eu uso sal grosso, a Danielle Arruda

Filipe Orrai - eu vou mais tarde, a Glaucia Cavalcante Macedo

Gustavo Mesaggi - tenho uma Kombi al Jéssica Santana

André Vítor Peres - eu arremesso, João Felipe Lança

Gustavo Mesaggi - eu sou de Sao Paulo , Ricardinho da Bahia

Rodrigo Barretti - eu sou padre, Augusto Freire

Gustavo Mesaggi - eu comi macarrao o Rodrigo Nocchi

Gustavo Mesaggi - eu prefiro os sabados a Juliana Domingos

Danielle Arruda - eu faço acadimia onde o Tim Maia

Filipe Orrai - me apresento de Frente, o Giuliano Costa

Rodrigo Barretti - eu prefiro o Wolverine, a Luciana Xavier

Filipe Orrai - eu uso Armani, o Marcelo Caverna Prado

André Vítor Peres - eu gosto de coxinha, Paula Kirsche

Filipe Orrai - e a Audrey Fogaça

Rodrigo Barretti - eu jogo Polo, o Daniel Goffi

André Vítor Peres - eu só tenho uma casa, Georgia Palacio

Augusto Freire - Eu uso a privada, o Bruno Matos

Augusto Freire - Eu não me apaixono, A Mariane Gama

Rodrigo Barretti - eu não valho nada, ja a Renata Lisboa Valle

Augusto Freire - Eu curto fusca, o Joao Paulo Ferrari

André Vítor Peres - enquanto eu ias.... Vanessa Vinhas

Rodrigo Barretti ... - eu préfiro Caétano, Juliana Gil

André Vítor Peres - o Rodrigo Barretti é véiote, Luiza Arman Jovita

Rodrigo Barretti - eu prefiro lugares com areias, Paola Neves

Filipe Orrai - eu prefiro o Silvio Luis .. mas a Larissa Galvão

Rodrigo Barretti - eu prefiro bergamota, o Souzalima

Filipe Orrai - Raphael Mattos Brasil, a Deka Allemand

Rodrigo Barretti - I'm an animal, but Paula Pearson

Rodrigo Barretti - eu faço o batente, a Cintia Solera

Filipe Orrai - eu gosto dos Orixás ... o Jean Michel Dos Santos

André Vítor Peres - minhas vilas foram ruins, Mariana Vilas Boas

Rodrigo Barretti - eu não gritei muito, só fiz um barulinho, mas a Paula Scarcelli (OI)

André Vítor Peres - minha marmita ta boa, da Mariana Azedo

Rodrigo Barretti - eu nunca falo palavrão, ja a Cristiane Shiga todo mundo

Filipe Orrai - eu tomo goró forte, o Laércio Suquim

André Vítor Peres - eu uso qualquer azeite, Isadora Borges

Cristiane Shiga - Eu non marco ninguém nas fotos, mas Pedro Marques....

Glaucia Cavalcante Macedo - no fds vou p praia tomar sol, já o Rodrigo Mix Surf

Filipe Orrai - eu uso Michaelis, o Marco Aurélio

André Vítor Peres - eu gosto de nachos, Ferdinando Tilli

Rodrigo Barretti - no xadrez eu jogo bem com o cavalo, Filipe Torre

Glaucia Cavalcante Macedo - eu escolho os pisos e a Cintia Soleraa

Filipe Orrai - na minha opinião o maior navegador foi Colombo, mas pro Sandro Cabral 

Rodrigo Barretti - eu tenho um monte de cachorro, a Eloisa Monegato

Eloisa Monegato - eu gosto de café, mas a Laís Leite

Filipe Orrai - eu sigo Buda .. a Maíra Cristo

Filipe Torre - Eu prefiro anel prateado, Filipe Dourado.

Rodrigo Barretti - eu sou meio escurinho, a Maria Clara

André Vítor Peres - prefiro cúpulas, Cora Campanaro

Sandro Cabral - eu falei "vai tomar no cu" mas Filipe escutou "vai pro Orraii que parta"

Filipe Orrai - to lendo Engels, a Andreia Marx

Rodrigo Barretti - eu prefiro a praia da Joaquina, ja a Marisa e o Luciano Silveira

*****Sandro Cabral - Meu pai era amigo do Mussum. O nome do meu pai é José Basildo mas Mussum so o chamava de Basildes. ****** [DESAFIO ALGUÉM FAZER MELHOR QUE ISSO]

Filipe Orrai - em Carga Pesada eu prefiro o Stênio Garcia, a Fabíola Fagundes

André Vítor Peres - eu uso cortinas, Felipe Veneziani

Filipe Orrai - eu toco bongô, o Bruno Carron

Rodrigo Barretti - o meu sempre funciona, mas as vezes o do Edmar Piffer

Filipe Orrai - eu prefiro garrafa de vidro, a Juliana Pete

Filipe Orrai - eu curto truco .. a Laís Caixeta

Rodrigo Barretti - eu prefiro Gilberto Gil, Luiz Fernando Caetano

Fabíola Fagundes - Eu dei dois cachorros Giovanna Delgado.

Rodrigo Barretti - eu fiquei com dó, Jéssica Pena

André Vítor Peres - fiz um deposito, Thomaz Sacchi

Rodrigo Barretti - fui na olimpíada e ganhei medalha de ouro, Alexandra Prata

André Vítor Peres - eu nao quero, Allan Kern

Filipe Orrai - prefiro Einstein, Benjamin Newton

Rodrigo Barretti - eu bebo água em bicas, Marco Antonio Fontes

Rodrigo Barretti - eu faço academia onde o Marcelo Maia

André Vítor Peres - eu to mó acordado, Larissa Sonim

Marcelo Maia - I like Blue. Charlie Brown

Rodrigo Barretti - para agilizar o trabalho um vai separano, eu vou pregano e a Mayra Serrano

Rodrigo Barretti - pra dormir eu gosto da cama, Marco Duchon


Filipe Orrai - eu vou no show do Sepultura, o André Pantera

Filipe Orrai - deram vexame, a Tatiane Firmo e postou no youtube

Filipe Orrai - yo dice Si, Luis Fernando Teles Nô

    Galera do Charlie tava ocupadaça, notaram?

    Parabéns a todos os envolvidos. 

    quarta-feira, 12 de setembro de 2012

    Deu no Estadão Online

    "Mulher que invadiu palácio afirma ser 'marido' da presidente Dilma

    Segundo a PM, Edmeire Celestino da Silva é uma mulher, não um homem como se acreditava
    11 de setembro de 2012 | 20h 19


    Edmeire Celestino da Silva, que tentou invadir o Palácio do Planalto nesta terça-feira, 11, dizendo ser "marido" da presidente Dilma Rousseff é, na verdade, uma mulher. A informação foi repassada pela Polícia Militar e pelo Hospital Regional da Asa Norte.

    Edmeire tem uma página no site de relacionamentos Facebook e ali surgiu a dúvida. Apesar da aparência, da voz e de se dizer "marido" da presidente, na foto do site Edmeire aparece de cabelo curto. Todas as mensagens de sua página falam da paixão pela presidente. Às vezes, Edmeire se refere a si como homem, outras como mulher.

    De acordo com os seguranças, Edmeire andava rondando o Planalto há dois dias, mas não havia feito nenhuma outra tentativa de entrar até esta terça. Sem meias, de camiseta e calça jeans, a mulher repetia que era apaixonada pela presidente, que tinha vindo "chamar a Dilma para casar comigo" e que ela era "seu coração"."Eu ia sequestrar ela (sic) e não ia soltar nunca mais, ela é o meu amor", dizia.

    Os bombeiros do batalhão presidencial foram chamados e levaram Edmeire para o Hospital Regional da Asa Norte, próximo ao Planalto. De acordo com a segurança do Palácio, a mulher estava desarmada, não tinha machucado ninguém e parecia apenas perturbado. Por isso não haveria necessidade de prisão.

    Tentativas de invasão do Planalto não são incomuns. Apenas na gestão da presidente Dilma Rousseff esta é a sexta tentativa de invasão. Em março deste ano, uma mulher que queria uma casa do programa Minha Casa Minha Vida tentou entrar no Planalto. Ela já havia conseguido chegar até o Salão Nobre em abril do ano passado, levando um filho junto. Em setembro de 2011, um homem armado tentou entrar ameaçando se matar. Em julho do mesmo ano, um homem subiu a rampa de moto e caiu no espelho d'água. Em janeiro do ano passado um homem subiu parte da rampa de carro."


    Estou aqui tentando fazer qualquer tipo de comentário mas faltam-me palavras. Tudo o que espero da vida neste momento é poder confiar na sabedoria Maia e aguardar ansiosamente pelo 21/12. Que venha a grande onda. SERVE QUALQUER OUTRO CATACLISMA, MEUS FILHOS, TANTO FAZ, SÓ NÃO DÊEM O VEXAME DE ENTRAR PARA AS ESTATÍSTICAS DE PROFETAS INCOMPETENTES, PORRA. Tamo junto, conto com vocês pra dar jeito nessa merda.

    Obrigada.

    Há sim amor em SP

    Seguinte:

    Eu acabei de ver Mars EM SÃO PAULO, não me perguntem o porque, mas creio que isso tenha ocorrido devido a uma posição privilegiada do semáforo no qual parei.

    Não, não era um para-raio; não, não era a antena do prédio; não, não era a sinalização do aeroporto e não, não foi uma alucinação. Eu sou bêbada. Sou uma alcoólica. Não consumo produtos alucinógenos. Isso é démodé.

    Não tenho fotos, não há nada palpável [conclusão de uma vida: preciso de uma câmera potente. Muito potente, pois notem: tenho fotos oriundas de câmeras potentes, as quais todos duvidam que sejam reais e ainda bem que tenho testemunhas com nome e endereço para comprovar que aquilo é verdade. Quem quiser tais documentos, fineza manisfestar-se].

    O caso é que não tive como registrar, mas a comprovação da minha sanidade mental veio através dos 27 carros parados no mesmo lugar, mirando seus iPhones na caceta de Marte, tentando obter a prova da BOLA IMENSA VERMELHA que estava no céu há meia hora.

    Unnnnbelievable.

    Boa noite.

    segunda-feira, 10 de setembro de 2012

    Sinuca e absurdo: todo mundo pode e tem direito A.

    Aquela coisa que a parcela da humanidade à qual pertenço - o ser humano imbecil -  tem de não se deixar abater, né. Não basta ir pro baixo (BAIXO) Augusta outro dia aí e participar de uma experiência antropológica digna de ser estudada. Tem que voltar no lugar pra ver se tudo continua estranho mesmo ou se foi só impressão.

    Pois bem. Foi assim que na sexta-feira passada eu e Lelê (quem mais poderia me acompanhar nesta jornada, pergunto eu) fomos parar no requintadíssimo Bar do Matão. 3 estrelas no Michelin, uma loucura. Pelo menos não cometemos a sandice de repetir a Isaura, uma vez que nossa última incursão ao estabelecimento deu no que deu. Sabedoria é realmente um treco que vem com a experiência, não há como negar tal fato.

    O fabuloso Bar do Matão situa-se bem ao lado da portinhola que dá acesso a um daqueles puteiros que eu nem saberia descrever. [Detesto parecer repetitiva, mas insisto] E OLHA QUE EU JÁ VI DE UM TUDO NESSA VIDA. Tenho para mim que foi um lugar como esse que inspirou Tarantino na construção de seu memorável strip club mexicano "Titty Twister". Pelo que dá ali na rua, é igualzinho, só que sem a Salma Hayek nem o George Clooney. Ali, quem protagoniza o Satánico Pandemónium certamente é o travesti vestido em couro cas bunda de fora com o qual fizemos uma linda e profunda amizade, que nem mesmo a força do tempo irá destruir.

    Bem. Muito bem. O segurança da porta do Matão não estava lá muito bem entendendo qual era nossa relação com aquela figura estranha, mas isso realmente não importa, pois a frequência do bar em si é um caso a parte. Perdidos na noite, mendigos, bichas, putas, muitas putas seminuas, punks, travecos, freaks,  gente fantasiada e o interessante nisso tudo é que não existe um banheiro feminino e outro masculino. Você desce uma escadaria, dá de cara com 3 mesas de sinuca e lá no fim do corredor há 2 portas. Dane-se. Escolha no uni-duni-tê, pois nem sempre a menor fila é a que te levará ao......toilette, digamos.....mais rapidamente.

    Pessoas entram aos grupos ali dentro e VAI SABER o que estão fazendo e quanto tempo hão de se demorar. Foi assim que Lelê arranjou uma briga (nossa, que situação impensável, hã? logo ela, a pessoa que tem por princípios não tretar com seres suspeitos no Baixo Augusta) justamente com uma parte da turma que ocupava a mesa logo atrás da nossa. Com a outra metade, os que permaneciam sentados, eu, concomitantemente, acabava de fazer uma amizade pura e verdadeira, que nem mesmo a força do tempo iria destruir, vejam que COISA. Quase fui obrigada a fazer a pomba da paz com as mãos, mas enfim. A gente sabe lidar com esse tipo de ocorrência, isso é o que realmente importa aqui.

    Mas o mais interessante de se ir ao....hã....toilete no Matão é a oportunidade única de observar a sinuca que rola no dito salão e descobrir que nem sempre o objetivo do jogador é encaçapar a bola da vez. Foi ali que me elucidaram no sentido de que, dependendo das regras, você tem mesmo é que arremessar a bola longe, mirando a cara de alguém que está na fila, ou algum ponto pré estabelecido (ou não) no teto.

    A vida é mesmo um eterno aprendizado.

    Você também descobre que esse negócio de bola preta, bola branca é tudo frescura. Vi no lugar mesas com 37 bolas vermelhas e 4 amarelas; 18 bolas brancas e 8 verdes; 12 bolas pretas e só....quer dizer: taca as bola na mesa e vai jogando longe, rapá. Tem essa de corzinha não. Apenas garanta que ela voe alto. Eu ia perguntar qual era o nome exato dessa adaptação da modalidade, mas chegou minha vez de adentrar o......hum.....toilette e perdi a chance.

    Preciso voltar lá e me informar direito. Parece que alguns participantes devem tentar matar quem passa pelo corredor dando com o taco na têmpora do cara, mas realmente tenho que perguntar de forma mais específica sobre esta norma em si. Conhecimento nunca é demais.

    Afinal de contas, Lelê acaba de adquirir uma belíssima mesa de sinuca para sua nova residência.

    Tamo aberto etc. Bolas defenestrar-se-ão.

    bjs.

    A ciência em torno do auto-rebaixamento dentro da hierarquia corporativa

    Você é obrigado a dar um passa fora em determinado sujeito que NÃO ESTÁ LEVANDO A SÉRIO o problema insolúvel que acaba de apresentar. O cara faz piada da desgraça, coloca um vídeo engraçaralho pra cadinho enquanto o que ele deveria mesmo era tentar uma saída para a situação, diz que vai te retornar e não retorna porra nenhuma, enfim: o Joselito está fazendo zoeira com um treco que pode comprometer a todos.

    Daí, você decide dar um basta naquilo, resolve se impor de maneira curta, grossa, objetiva, para ver se o cérebro do infeliz volta a rodar o sistema e diz:

    "Não estou aqui de brincadeira."

    E mentalmente emenda:

    ".....quero lhe dizer que sou Mangueeeeiraaaaa, quero lhe dizer que sou Mangueira, tum tum, pá pum!"

    Neste momento, surge a inimaginável situação onde tu perde a autoridade para você mesma. Ela cai por terra diante daquilo que lhe parece seu incrédulo reflexo no espelho e vossa pessoa é obrigada a dar as costas pro piadista sem noção e sair andando enquanto o cara te chama de Carmen Lúcia.

    Boa segunda feira a todos. Que a terça chegue recheada de capacidade para o comando.

    beijos.

    quinta-feira, 6 de setembro de 2012

    E está novamente aberta a temporada de distribuição gratuita de carapuças. Garanta a sua!

    Dizer pra vocês que os únicos europeus para quem eu devo satisfações são meus bisavós, mas OOOPS! Eles já morreram. Isso inviabiliza um pouco a nossa comunicação no sentido da possibilidade de ser inquirida e fornecer a informação solicitada.

    Eu daria algum tipo de satisfação também para o Clive Owen, sem dúvida. Aliás, para ele, eu daria satisfações e muito mais, viu. MUITO. MAIS.

    Acabou a lista de europeus para quem eu devo qualquer tipo de satisfação, anotado? Ótimo.

    Beijos

    Motivos pelos quais eu mereço a MEGA SENA - II

    Ser humano me liga solicitando um serviço. Importante comentar que tratava-se de um senhor gentil, educadíssimo. Até me assustei com tanta fineza. Porque a galera não pratica muito, né. Essa parada de EDUCAÇÃO, mas enfim. Ele conversou comigo durante vários quartos de hora, falando pausadamente e utilizando aquele tom de voz exigido pelo protocolo Real Britânico. Sabe quando a gente vai à Buckingham tomar um chá com Bessie e o cara manda você não gesticular, fazer a reverência, falar baixo, essas coisas?

    ESSE.

    Eu mesma sempre passo vergonha lá no Palácio porque minha cruza de Calábria com Sicília meio que me torna inapta ao cumprimento de determinadas normas disciplinares, mas isso não é fonte de muitos problemas, já que a Rainha me a-do-ra e morre de rir daquilo que ela considera "a excentricidade dos brasileiros". Ah! A gente se diverte, viu. Até já ensinei alguns palavrões em português para ela e fui prontamente advertida pela equipe do lugar, mas Her Majesty sempre comenta que eles são mesmo uns chatos de galocha.

    Pois então. Este senhor me ligou com seus bons modos que matariam de emoção Madame Yufon, pediu tudo o que queria, forneceu todos os dados, explicou que gostaria de pagar pelos serviços prestados dentro de duas semanas, pois estava aguardando o recebimento de um novo cartão de crédito com limite beirando o infinito, solicitado justamente para isso tudo, e pediu inclusive que eu o lembrasse sobre o negózdo pagamento, pois é muito ocupado, trabalha o dia inteiro, não dispõe de tempo livre e costumeiramente só chega em casa após as 20h30 Um exemplo a ser seguido, treco impressionante esse véio.

    OK.

    Ontem era o dia em que eu precisava falar com ele sobre o referido pagamento, este assunto MENOR. Imaginem só o que aconteceu:

    "ESCUTA AQUI MINHA FILHA, VOCÊ USA MEU NOME E MEUS DOCUMENTOS PARA ME EMPURRAR ESTE SERVIÇO GOELA ABAIXO SEM O MEU CONSENTIMENTO E LIGA PRA ME COBRAR? EU SOU UM APOSENTADO QUE NEM CONDIÇÕES DE PAGAR POR ISSO TEM, TÁ ESCUTANDO? [opa, e o trabalho infinito, o cartão com limite até 21h00? estaria eu em surto? ouvindo vozes?] QUEM TE AUTORIZOU A USAR MEEEEEU NOME E MEEEEEEUS DOCUMENTOS? VOCÊ É UMA LOUCA ESTELIONATÁRIA, HHOOOWARRRRRRRRRRRR, GRUNFRAAAWWWW, EU ACHEI A MESMA COISA NA INTERNET POR METADE DO PREÇO, VOCÊ ESTÁ ME ROUBANDO E EU VOU TE DENUNCIAR POR USAR MEUS DOCUMENTOS E MEU NOME E MEU NOME E MEUS DOCUMENTOS ISSO É UMA PALHAÇADA, HAWWWRRRRR ACHFSRRRRRAWWWW, VOCÊ É UMA IRRESPONSÁVEL EU POSSO TE PROCESSAR POR VÁRIOS MOTIVOS EU JÁ COMPREI TUDO PELA METADE DO PREÇO NA INTERNET E VOCÊ ESTÁ ME ACHACANDO E QUEM TE DEU AUTORIZAÇÃO PARA LIGAR PARA MINHA CASA ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM" [gritos, gritos, muitos gritos e mais gritos com grunhidos]

    Só faltou o cara dizer que ia me matar, picar e fazer strogonoff. E eu, do outro lado da linha pensando "Jesus Cristo, pra quem eu liguei, quem é essa pessoa, ajudaí, uma luz, meu filho!". Reação:

    "........mas.......quem fala?"

    "A PESSOA EM QUEM VOCÊ TENTOU PASSAR A PERNA SUA ESPERTALHONA, EU QUERO TUDO ISSO CANCELADO, NÃO TO NEM AÍ SE EU AUTORIZEI, GRUUUNFWWWOOORHHHWWHHHH, NÃO TO NEM LIGANDO PRA ESSA HISTORINHA DE E-MAIL, E-MAIL NÃO PROVA NADA, PEGA SEUS E-MAIL E ENFIA ONDE VOCÊ QUISER, NÃO QUERO NEM SABER" [completamente louco maluco possuído pelo demônio não falando coisa com coisa, nunca vi nada parecido e olha que eu já vi de um tudo nessa vida, gente, ceis nem imaginam e eu nem tenho coragem de contar, mas enfim]

    Tomada pelo pânico, pensei ter chamado o numero errado por causa desta porra de nono dígito, vindo assim, através de uma infeliz coincidência, importunar justamente o Deabo, Senhor Absoluto, em horário inoportuno (caralho, liguei pro Inferno, merda). Todo bom cristão sabe que quem manda nesta bosta aqui é ele e pensem na saia justa que eu imaginara ter me enfiado. Mais dia menos dia, eu vou ter que negociar minha vodka eterna com esse cara e Deus me livre de fazer cagada em vida, to aqui pra viver no limbo eterno não. Fui salva pelo gongo, pois já estava começando a me desculpar quando o idiota do meu interlocutor transtornado fez a fineza de identificar-se. Entre um rugido e outro citou o próprio nome, foi algo assim. ACHO. Importa é que eu respirei aliviada por não ter perdido pontos com Satã.

    "Ah, Sr Educação em Pessoa Só que Não, é o senhor mesmo, achei que tinha discado errado, mas veja: podemos cancelar isso sem problemas, há apenas uma pequena multa de R$X. Como o senhor pagou R$XXXXXXXXX pelo serviço e conseguiu algo muito similar pela internet por R$XX, continuas na vantagem, ó gajo. Vamos cancelar? É so pagar os R$X e...."

    "EU NÃO VOU PAGAR NADA NADA NAAAAAAAAAAAADAAAAAAA! EU QUERO QUE VOCÊ SE DANE! VÁ SE DANAR! DANE-SE! GRAAAAAWWWWWARRRRRRRR."

    Ploft, desligou na minha cara. Estão notando um padrão aqui? Pois há um padrão, percebam. A maldita do post anterior fez o mesmo, olha que galerinha coreografada, hein? Todo mundo na mesma wave, uhuuuuu!

    Peço às autoridades competentes que registrem este fato como prova #2.

    Obrigada.

    terça-feira, 4 de setembro de 2012

    Motivos pelos quais eu mereço a MEGA SENA - I

    Antes de externar os motivos que me levam a acreditar no meu mais absoluto merecimento, gostaria apenas de apresentar minhas credenciais, uma vez que tais informações podem alterar em muito a interpretação do que vem a seguir, o fato recém ocorrido em si.

    Por mais incrível que possa parecer, não sou exatamente uma idiota completa. Interessante isso, pois sei que é esta a impressão inicial, mas vejam que incrível a capacidade do ser humano em surpreender quando menos se espera. Inacreditável. Sou uma criatura que formou-se e pós graduou-se, tenho uma vasta experiência profissional, assovio, chupo cana, frito o gato, olho o peixe, enfim: até que sou meio esperta, hã?

    Pode-se dizer inclusive que sou senhora relativamente respeitável. Fui bem educada, bem criada na alta roda, sou um pouco culta, conheço o mundo lá fora, sou trabalhadora, honesta, cumpridora de todos os bilhões de deveres que me enfiaram goela abaixo sem negociação, quer dizer, não sou essa imbecil que aparento enquanto vivo a piada de mau gosto que minha vida é.

    Daí, estou sentada na minha sala trabalhando e toca o MEU RAMAL. O que isso significa? Que alguém, do outro lado da linha, quer falar com quem? Comigo, correto? Correto. Atendo o telefone e poderia ser alguém com quem eu quisesse falar por horas e horas e horaaaaaaaaa-as, mas não.

    "Alô."

    "QUEM É!"

    E a vontade de tapar o nariz e responder "Donald Duck", hein? O que a gente faz com essa vontade que supera o desejo natural de continuar vivendo? Ok, engole e segue adiante:

    "Paula..."

    "CADÊ O BELTRANO!"

    "Quem fala?"

    "MISS SIMPATIA 2012!"

    "Ooooi Miss Simpatia 2012, tudo bem? Ele não está, saiu para almoçar e não deve demorar. Mas quer adiantar alguma coisa comigo?"

    Porque afinal de contas, Miss Simpatia 2012 PEDIU que a ligação fosse transferida para mim, não é mesmo?

    "POR ACASO SEU NOME É BELTRANO?!?!?"

    "Não, não, o meu é Paula mesmo."

    "ENTÃO DE ONDE VOCÊ TIROU ESSA IDEIA? É COM ELE QUE QUERO FALAR, CLARO QUE VOCÊ NÃO PODE ME AJUDAR!"

    Bufou e desligou o telefone na minha cara. Ouvi um "idiota" ao fundo.

    Então? Mereço? Sim, né. Pois isso tudo nos leva à conclusão de que eu e minha estirpe somos obrigadas a lidar com uma maloqueira retardada deste nipe sem ao menos poder finalizar a conversa sugerindo que ela vá dar o rabo na puta que o pariu. Ou iniciar a tal conversa afirmando ser o Pato Donald. Cadê o sentido nisso aí? Não há.

    Que este fato fique registrado como prova #1, Meritíssimo.

    Registrou? Valeu hein? Valeu memo.

    segunda-feira, 3 de setembro de 2012

    Malucos S/A

    Imaginem vocês que eu tinha uma sócia infinitamente mais louca que o palhaço Bozo. Ela fazia - e permanece fazendo - cada merda na vida que nem Deus acreditava. E não crê até hoje. Certamente, lá das alturas, olha e pensa:

    "Putzavida, olhaê, mais uma da safra da Baby Consuelo. Eu SABIA que não devia ter finalizado esse lote durante aquela última temporada terrena em Amsterdam. Esse negócio de menu de psicotrópicos realmente é para os mortais, não para um cara que carrega nas costas a responsabilidade que me foi imputada. Parei com esse negócio de ácido, sério. De agora em diante é vinho e nada mais. Parei MESMO".

    Pensem que Ele botou na Terra, além da Baby e desta minha ex-sócia, gente como o Supla, o Serguei, Michael Jackson, Narcisa......e deve estar caçando os produtos dessa fase onde provou de tudo um pouco até hoje. Porque se olha por nós, se joga pelo Corinthians e se é brasileiro (decisão tomada provavelmente depois de consumir cogumelos alucinógenos), não pode simplesmente eximir-se de cuidar deste rebanho específico, certo? Os crazy também são seus filhos, a parada tá feita, dá pra abandonar não. Danou-se.

    As façanhas dos doido supra citados que alcançaram a fama todos conhecem, correto? Não há necessidade de apresentá-los, já que foi justamente a capacidade de agir estranhamente que construiu suas respectivas reputações e lhes deu a notoriedade que têm. ÓQUEEEI, tá bom, Baby tem um talento incontestável, Michael Jackson atingiu o status de gênio, posição à qual um número irrisório de seres humanos chegou, mas não podemos negar que o comportamento absurdamente anormal de ambos sempre foi um caso à parte e contribuiu em muito para sua presença constante nas pautas. Nos dois casos, sempre comentou-se sobre obras, performances, sucesso E maluquices muito loucas. Impossível ignorar.

    Já minha ex-sócia....bem, se eu fosse contar para vocês as coisas que presenciei, passaríamos 8 dias aqui listando sandices. Nem sei por onde começar, mas acho importante revelar que uma de suas grandes especialidades sempre foi cair (parêntese)

    [quando eu digo cair, estou me referindo a SE ESTABACAR, como rolar em cambalhotas uma escada de 60 degraus chegando lá embaixo sem os sapatos e com a saia suspensa à altura do pescoço, bunda de fora, sendo que um pé do sapato já tinha ido parar no meio da rua entre os carros, ou tomar tropeções que a faziam voar 50 metros, sempre dando com a cara numa porta de vidro, movimento que, invariavelmente, resulta em um estrondo impossível de ser abafado. Claro que estes são apenas DOIS exemplos dentre as milhares de ocorrências do gênero]

    (segue) quando estávamos na companhia de clientes importantes/possíveis clientes importantes. Nem sei como essa gente nos contratava. Devem ser da mesma leva, a tal "coleção Amsterdam século XX". Nada mais explica o fato de os contratos terem sido sempre renovados e de termos vencido concorrências monstruosas que aconteciam em nível América Latina. Nada.

    Outro dia emendamos um lero no Facebook que nos fez relembrar duas de suas atuações memoráveis. Não abordamos os tombos cinematográficos, pois não dá pra competir. Eles são o Clovis Bornay do comportamento estranho.

    Certa vez, essa mulher marcou uma reunião com uma pessoa cuja existência eu desconhecia. Eles iriam resolver um assunto sobre o qual eu não tinha qualquer tipo de informação mas parece que era realmente algo relacionado aos interesses da empresa ACHO EU. Minha ignorância sobre o encontro estava no patamar onde eu não sabia o nome, a função, de onde saiu, onde trabalhava, nacionalidade, se o cara era credor, cliente, fornecedor, traficante, O CABELEIREIRO dela, nada. Porra nenhuma. O nego nunca foi mencionado, nunca. NUNCA.

    Nosso escritório era uma sala num prédio comercial na Vila Nova Conceição e como o espaço era grande, com janelões de ponta a ponta, decidimos por não dividi-lo. Então, ali na grande sala a empresa funcionava sem paredes, com invejável iluminação natural, apesar dos vidros fumê, naquele ambiente livre, amplo, arejado, claro, uma coisa super "loft". Tínhamos nossas mesas próximas à janela, grandes cadeiras de presidência, frigobar, um belo Chesterfield, maravilhosas obras nas paredes, uma beleza. Havia um lavabo e uma pequena área de serviço. Tudo ali, tudo junto, sem fronteiras.

    Tá. Daí, a portaria liga avisando que o Sr. Estranho do Caralho a Quatro estava subindo para reunião com a Dona Sócia. Ela olha para minha cara e sem maiores explicações diz:

    "Deus me livre, não vou falar com esse cara nem fodendo"

    Ao que eu respondi:

    "Beleza, mas QUEM É essa pessoa?

    Segue diálogo entre nós:

    "Não interessa, não vou, não posso, não quero, me ajuda, fala que eu não estou, se livra dele, não, não não!"

    "Mas como eu vou falar que você não está aqui se você está aqui? O cara tá subindo, minha senhora, só se você pular pela janela. Você vai dar de cara com ele no corredor se tentar sair, ELE ESTÁ NO ELEVADOR!"

    "NÃO SEI, NÃO SEI, VOU ME TRANCAR NO BANHEIRO, INVENTA ALGUMA COISA"

    "Mas e se ele pedir para usar o toilette?"

    "Fala que não tem, que essa porta é de mentira, é decorativa, se vira"

    "Mas QUEM É essa pessoa, minha filha? O que eu falo? O que ele quer?"

    "Não sei, não lembro, é um puta chato, tchau"

    Entrou no lavabo e lá trancou-se. Calculem meu bom humor.

    Campainha toca, abro a porta, um cara de terno entra e diz "oi, tudo bem, tenho uma reunião com a Sócia".

    O que me restava? Gritar JERÔNIMOOOO e me jogar pela janela Acomodar o sujeito em uma poltrona, fazer cara de séria, servir um café, uma água e dizer que infelizmente a Sócia faleceu esta manhã teve que resolver um assunto fora da empresa em caráter de urgência, era vida ou morte, por isso foi obrigada a cometer a falta de gentileza de não estar presente. A coisa era tão grave que ela não teve tempo nem de avisá-lo, vejam que loucura. Ela estava muito chateada com tudo isso, por isso pediu que eu o recebesse para explicar pessoalmente e tentar adiantar o assunto, pois sabe como é, deadlines às vezes nos colocam em situações que jamais cogitaríamos. E ele:

    "Nossa, que coisa, não? Eu entendo perfeitamente. Urgências são sempre urgentes, né? [ra...ra...ra...otário] Não temos controle sobre isso, eu realmente compreendo, viu? Não tem o menor problema, mas já podemos deixar um horário agendado para quinta?"

    E eu querendo despachar o fulano antes que algo entregasse o caô, pois conhecendo a sócia que eu tinha, sabia que era apenas uma questão de tempo. POUCO TEMPO.

    "Sim, claro, deixamos para quinta à tarde, ok? Ligo antes confirmando [tipo: tchau]"

    "Perfeito, mas olha: vou aceitar outro café, tá? [MERDA] Muito agradável o escritório de vocês, né? Bem localizado, amplo, que vista!"

    Eu suando frio e o homem emendando o maior papo. Minha veia da testa começava a latejar.

    Cinco cafés depois, nada apontava a intenção do Sr. Estranho em partir. Subitamente, ouvimos um barulho CATAPLOFT PLOFT BUM BAM PÉIN PLOFT PLOFT PLOFT BUM vindo de onde? Me digam? De onde?

    Do lavabo, claro. Barulho seguido de risos descontrolados.

    Expliquei para ele que o prédio estava com um problema no encanamento e às vezes as obras de reparação geravam tais ruídos. Comentário do Sr. Estranho:

    "Mas parece que alguém caiu ali no banheiro....."

    "Pois é. Sempre faz esse barulho, sempre nos assustamos achando que foi alguém que caiu [cara de bunda em pânico]."

    "Estranho, né? Porque realmente parece que algo bateu na parede...."

    "É. É um absurdo. Construções novas, você sabe como é. Por isso que eu prefiro os prédios antigos, com paredes consistentes. Hoje em dia ouvimos tudo o que acontece ao redor e...."

    [pelo amor de Deus, vai embora meu filho, vai embora, vai embora]

    "Sim, tem razão. Eu mesmo sinto isso quando vou à casa de amigos que moram em apartamentos novos. Parecem todos feitos de papelão [ra.....ra....idiota], ouve-se tudo, é um problema, acabou-se a privacidade."

    "É......"

    O CELULAR DA MULHER TOCA. DENTRO DO LAVABO. PORRA.

    Celular tocando e eu fazendo cara de retrato. Como se nada estivesse acontecendo. Quase comecei um "laaararararalalalriririrriiii", mas desisti.

    "É o seu que está tocando?" - pergunta Sr. Estranho.

    "Meu o quê?" - a louca.

    "Seu celular."

    "Celular? Não estou ouvindo."

    "Tem um celular tocando dentro do lavabo."

    "Tem? Que incrível, não ouço..."

    E do lavabo vinha o som: "triiiiiiim, triiiiiiim, triiiiiiiimmmmmmmmm hahahahahahahahahahaha triiiiimmmmm, triiiimmmmm, HAHAHAHAHAHAAHA."

    "Ah, sim! Deve ser o meu."

    "Você não quer atender?"

    "Não, não....."

    E meu celular ali, em cima da mesa, em frente às nossas fuças. Quase disse "olha lá!" para ele virar de costas e eu jogar o aparelho janela abaixo, mas ainda bem que não fiz isso e vocês vão entender o porque quando chegarem à próxima história.

    Enfim, o cara foi embora achando tudo muito, mas muito estranho e quando eu abro a porta da merda do lavabo, encontro a retardada da minha sócia deitada no chão, em estado de histeria causada pelo riso, com a tábua da privada quebrada e o celular na mão.

    De alguma forma, ela estava sentada sobre a tampa do vaso e conseguiu cair (?), quebrar tudo, dar com a cabeça na parede, tentar se apoiar e derrubar tudo o que tinha lá dentro e quando o celular tocou, a miserável já estava administrando o ataque de riso, portanto não conseguiu silenciar o aparelho.

    O que dizer sobre isso? Algo a dizer? Algum comentário? Hein? Claro que não. Não há comentários para ISSO.

    O interessante é que nunca mais ouvimos falar do tal Sr. Estranho, ela realmente não sabe o que ele era, o que nos leva à conclusão de que eu, tampouco. Sei lá. Nunca mais vi. Graças a Deus.

    FIM DA HISTÓRIA CRETINA #1

    Em outra ocasião, estávamos eu e ela sentadas em nossas belas mesas, emolduradas pela magnífica paisagem que nossa parede de vidro fumê nos proporcionava. Conversávamos sobre amenidades, papo furado. Não debatíamos o futuro da empresa, nem fazíamos piadas sobre clientes, conhecidos, inimigos ou nós mesmas. Falávamos sobre algo inócuo. O conteúdo do diálogo não continha nada, absolutamente nada que pudesse causar nenhum tipo de emoção e quando eu falo sobre nenhum tipo de emoção, estou incluindo aqui risos, risadas, sorrisinhos, nada. Era algo como "acho que vai fazer sol esse fim de semana, viu" /"ah, eu ouvi dizer que o tempo muda amanhã" / "não, não, acho que fica firme" / "tomara". Sabe? Papinho planta de gente que tá sem assunto. JURO.

    Ela tomava uma Coca-Cola enquanto levávamos adiante essa profunda conversa e de repente, não me perguntem o que foi pois não tenho a mínima ideia e jamais poderia prestar esclarecimentos sobre o fato, mas algo despertou nesta pessoa uma vontade incontrolável de rir. Rir muito. Pra mim, isso é possessão por espírito zombeteiro pois, sem mais nem porque, ela pôs-se a gargalhar desenfreadamente, me dando a nítida impressão de que estava à beira do sufocamento.

    E estava, já que o ataque começou exatamente no momento em que havia dado aquele grande gole no gargalo da garrafa de Coca. Visando não morrer por falta de oxigenação cerebral, decidiu por cuspir a Coca-Cola que estava em sua boca e arrisco dizer que, pelo tamanho em que suas bochechas estavam dilatadas, havia ali uns 400 ml de refrigerante. Virou de frente para a janela e cuspiu o líquido preto com a força de um hidrante. A janela estava fechada. (Entenderam porque compreendi neste momento que jogar meu celular janela abaixo enquanto estava com Sr. Estranho seria a pior decisão da minha vida? Gosto nem de pensar nisso.)

    Não tenho comentários a tecer. Nunca tive, não é agora que vou arranjar palavras para falar sobre este caso. Quase tive que levar essa descontrolada em um pet shop, pois imaginem o estado da FDP depois que aquilo tudo bateu no vidro e voltou direto em cima dela. Imaginem meu chão (um lago), imaginem o estado da mesa, computador, imaginem o teto (estalactites/goteiras de Coca-Cola). Pensem na CARA e nas roupas, no resultado geral deste ato insano. Como dar jeito? Não tinha como.

    Quase liguei para a família. Um caso desse é assunto para a família. Toda vez que falo sobre isso me choco como se tudo tivesse acabado de acontecer. Nunca hei de me recuperar.

    FIM.

    E não é que na semana passada, DEZ anos depois de tudo isso ter acontecido diante de meus olhos, recebo a seguinte mensagem? Por favor:

    "Paulinas, o que significa sonhar com 2 aranhas de dreadlocks laranja? Elas saíam do meu chuveiro. Eram pequenas e estavam mortas. Eram engraçadas."

    Querida ex-sócia: são seus neurônios. Na verdade, o que restou deles. Agora não resta mais nada. Estão mortos, sim? Keep swimming.

    Beijos