Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Falar aqui de burrice, falta de talento, insistência e consequências.

Dentre os meus tantos desvios de comportamento/inabilidades já identificados e catalogados pela comunidade científica, a mania que eu tenho de insistir em apostar meu dinheiro sempre na alternativa errada tá lá no Top 5 junto com......bem, deixa pra lá. O que importa aqui é que sou fiel ao preceito "bolão - to dentro, mas só se for pra me dar mal" e foi assim que eu perdi uma fortuna naquela bosta de Chelsea X Barcelona, apenas para citar o exemplo recente mais grave.

Enfim.

Depois de ler sobre as tantas tentativas e modalidades de invasão relatadas pela segurança do Planalto quando aquela nuts que alega ser o marido da presidente deste país estranho foi pega pelos bombeiros do lugar, a primeira coisa que pensei foi que ali deve ser um bom local para se trabalhar. Imagina:

"Você acha que aparece algum louco hoje?"

"Acho que não"

"To com o pressentimento que vem maluco por aí"

"Manso?"

"Aposto que o de hoje é louco perigoso em veículo motorizado"

"50 paus que é manso e cai na água"

"100 conto que não cai mas atravessa a porta de vidro"

"Fechado"

"Fechado. 100 conto"

"Ô Joel! Corta aqui!"

Este posto é o Paraíso, imaginem.

No último 9-11 a Xará foi incisiva no lembrete "hoje é dia de todo mundo contar o que estava fazendo na hora dos ataques" e lançou uma história formidável sobre a ocasião.

Isso tudo me fez lembrar sobre o que EU estava fazendo quando as torres gêmeas caíram. Adivinhem.

Meu alarme já estava tocando desde 7h45 e às 8h00 liguei a televisão enquanto sofria no limbo usual que enfrento diariamente para abandonar minha cama, quando de repente, BUMBA! Primeiro avião entra no prédio. Não podemos dizer que aquilo foi bom, porque BOM mesmo não foi, mas podemos afirmar que o movimento suicida do maluco contribuiu em muito para o meu processo de despertar. Nessas, eu já estava apostando 200 paus que era acidente e quando eu menos esperava, me aparece a merda do segundo jato explodindo a Torre Sul diante da minha cara de cu perplexo. Como assim, Bial?

Começava ali o dia em que fui rapelada com honras, pois vejam: nem 10 da manhã e eu já tinha perdido minha primeira aposta.

Ok. Era um ataque, estava claro. Diante dessa constatação, apostei que o próximo avião ia para a Estátua da Liberdade e perdi novamente, pois ele foi parar no Pentágono.

Daí eu apostei que o quarto avião cairia no Capitólio, mas né? Os passageiros derrubaram o voo num descampado e deu no que deu, só tive mesmo tempo de ver minha grana criando asas.

Alguém levantou a hipótese dos prédios desmoronarem e eu apostei que isso jamais aconteceria. Emendei com um "imagina, que ideia ridícula" e arrematei dizendo que SE algum prédio viesse a cair, seria a Torre Norte, pois os danos eram visivelmente maiores. Me fodi duas vezes pois: 1) caiu tudo; 2) O outro edifício foi o primeiro a desabar.

Ou seja: traumas do 9-11, cada qual com o seu; não confiem em meus palpites; talvez apostando comigo mesma eu algum dia encontre o empate.

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