Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Episódios corporativos

Não sei se vocês sabem, mas aqui no hospício temos uma cozinheira baiana doidona, bem doida. Louca mesmo. Ela existe pois possuímos um belo jardim onde se localiza nossa sala de almoço. Com estas informações em mãos fica fácil concluir que lunch breaks divertidos são uma constante neste estabelecimento, sim?

Ok.

Ontem estávamos todos reunidos na grande mesa quando Big Boss recebeu o espírito da Palmirinha e resolveu se exibir, exaltando seu suposto talento culinário. E entrou numas de passar receita para Diva, a cozinheira pancada.

"Diva, vou te ensinar um prato ~daora~ que é super fácil de fazer, se liga: você pega ricota, tempera com cebolinha, pimenta, sal, azeite e faz tipo um patezinho. Daí, é só pegar um tomate, tirar a tampa dele, esvaziar o recheio e colocar o patê lá dentro. Então é só colocar no forno por 15 minutos que fica irado"

"Ah, mas essa receita eu conheço, fazia muito lá na casa onde eu trabalhava"

"Opa, viu como a gente entende mesmo de fogão? Faz amanhã então."

"Faço sim. Conheço muito bem esse prato, como é que chama mesmo?"

"Daí eu já não sei, me diz, que agora fiquei curioso"

Ela pensou por alguns instantes, arregalou os olhos, estampou na cara a mais nítida expressão de vitória e disse, estalando os dedos:

"Tomate Recheado!" - falando sério, gente, entendam, ela falou se-re-o.

Silêncio.

Ataque de riso.

Gritos.

Mais risos.

Gente cuspindo Coca.

Muitos engasgados.

Pessoas deitadas no chão.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mais cenas caraivanas

Auge do verão, semana do Réveillon, cidade apinhada, praia lotada, guerra de foice para conseguir uma VAGA no restaurante do esplendoroso Bar da Praia.

Galera esperando mesa tomando uns mé nas tendas, na praia ou ali no maravilhoso gramado do lugar, já com os pratos devidamente pedidos, comandados e na linha de produção.

Eu e a Jana entornávamos cerveja aos litros sob o sol num canto dessa grama. Ao nosso lado, uma turma que estava na situação descrita acima. Eles já tinham feito os pedidos e enchiam a cara enquanto esperavam sua mesa.

Lá pelas tantas, o líder do grupo chamou o garçom e olha a conversa dos cara:

"Você tem uma previsão de quanto tempo ainda demora? Assim, mais ou menos, só pra gente saber?"

"Tenho"

"Ah, tá. E quanto tempo ainda demora? Assim, mais ou menos, só pra gente saber"

"Muito. Demora muito. Muito. Muito"

"Ah, sei, então você traz mais 4 caipirinhas, um balde com 10 cervejas e 2 frozens de limão com vodka?"

"Opa"

E assim permaneceram esperando a mesa, alegres a cantar, enquanto gorozeavam profissionalmente.

Mais um tempo se passou e o cabeça da turma dos famintos chamou o garçom novamente:

"Então amigo, você tem uma previsão de quanto tempo ainda demora? Assim, mais ou menos, só pra gente saber?"

"Tenho sim"

"Ah, tá. E quanto tempo ainda demora? Assim, mais ou menos, só pra gente saber"

"Muito. Muito mesmo, viu. Lembra que eu te disse?"

"Sim, sim, claro, mas me conta uma coisa: tem como a gente cancelar? Porque tá todo mundo bêbado e na verdade a gente não quer mais almoçar"

"Querem sim"

"É que na verdade a gente bebeu muito e agora não estamos mais com fome e...."

"Estão sim"

"Sério mesmo, a gente realmente não que comer nada agora e..."

"Querem sim, claro que querem, to VENDO que querem, vai por mim"

E saiu andando.

Eu e Jana entramos em processo de ataque infinito e rimos até morrer, nem sei como eu to aqui viva escrevendo essa merda, os caras também, a comida deles chegou e eles foram felizes para sempre, porque passar horas sentado no Bar da Praia esperando aquelas maravilhas que eles servem enquanto tu seca o bar diante da faixa de areia mais deusa da Bahia, meus amigos, é um luxo para POUCOS.

Pouquíssimos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Repetição do tema

Ontem fui tomar uns chopps com a Lelê e a Sissi ali no nosso querido Quitandinha. Fomos embora quando o bar encerrou as atividades, mas nem estávamos numas de ir pra casa, o que configurava um problema pois ficamos cara a cara com aquele obstáculo chamado 'falta de opção'. Afinal, quem nos acolheria àquela hora da madrugada?

Considerando o fato de que eu e a Lelê não temos lá um bom histórico em se tratando de frequentar estabelecimentos suspeitos quase aceitamos resignadamente a interrupção de nossa corrida rumo ao álcool. A realidade é cruel, todos sabemos disso.

Foi quando, transitando pela Faria Lima, a sorte nos sorriu na forma do luminoso que identifica nosso botequim muso, onde sempre esperamos ser aceitas, o lugar cuja imagem nos maravilha e que por tanto tempo lutamos para conseguir as tão cobiçadas 5 bolas vermelhas, ao mesmo tempo em que temíamos em silêncio receber 3 pretas.


Foi a realização de um sonho antigo. Estávamos radiantes. Devo confessar que comi um kibe estranhíssimo, afinal foi o único petisco que consegui identificar dentro da vitrine, mas na minha opinião, as pessoas têm o dever de aceitar, se adaptar e participar ativamente das peculiaridades responsáveis pela construção de grandes ícones como o Guela. Adianto que provavelmente contraí leptospirose ou AIDS porque vocês nem imaginam o aspecto e a textura do quitute, mas enfim. When in Rome...

Daí a Sissi já tinha pedido um cheese corvo e nossa integração estava absolutamente completa.

Então eu e Lelê fomos até a calçada e selamos amizade sincera e verdadeira com uma prostituta travesti surda muda que faz ponto ali no Largo da Batata.

Faltam-me palavras para continuar a narrativa mas vou repetir: Era uma prostituta. Travesti. Surda muda.

Má só faltava ser argentina, meu povo.

Fim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Metamorfose, essa coisa complexa

Contar pra vocês que eu só não abandono essa minha vida cosmopolita e vou para a beira de alguma praia viver à base da comercialização de artesanato e objetos práticos ou talismãs produzidos a partir de Durepoxi, como maricas e duendes, pois uso muito ouro para passar por hippie, viu.

Vai colar não.

Pensar em outra saída aqui.


Nem tenho como entitular isso, mas vamos lá


Noite passada sonhei que eu e amiga Nicole estávamos em um restaurante que ficava dentro de uma galeria na Oscar Freire. Acho que era aquela perto da Consolação mas enfim, que diferença isso faz, pelo amor de Deus. Ela era super amiga do dono da parada e o lugar era um point ultra da moda. Um dia antes havíamos comemorado seu aniversário lá com uma grande festa e voltamos ao local para o enterro dos ossos, digamos assim.

Daí, enquanto a gente comia uns brioches ou algo do gênero, eu abri minha bolsa e encontrei uma caixa inteira, fechada, lacrada, de Bubblicious de melancia. Ela me disse: "isso é coisa da Gabi". Gabi é minha irmã, ceis sabem, certo?

No mesmo espaço Oscar Freirense tinha uma espécie de galeria de arte meio misturada com loja de antiguidades que era vizinha ao restaurante do colega e ela me disse "vamos levar estes vasos para a loja". Tipo na surdina. Começamos a arrastar os vasos do cara pelo corredor em direção ao outro estabelecimento no melhor estilo FURTO.

Acontece que no meio do caminho entre o restaurante que estávamos roubando e o antiquário/galeria de arte, tinha uma OUTRA loja que vendia de um tudo, como roupa, biquini, jóia, tiara, tintura de cabelo, tauagem de verão, quadro, esponja de banho, tapete, computador, maquiagem, caneta, bebida, livro, negócio de cachorro, grampeador, sarongue, etc, mas as sapatilhas eram maravilhosas e não dava para sair de lá sem elas. Eram todas metade de couro metade de crochê, com muitas cores misturadas e a gente pirou. Compramos o estoque completo, mas a minha bolsa com o pacote de Bubblicious de melancia tinha ficado no restaurante porque a Nicole mandou eu deixar lá, já que o dono era amigo e não tinha problema. Então a gente levou todas as sapatilhas exóticas da loja da mulher e saímos sem pagar, uma vez que Nicole era amiga da dona desse lugar também. No melhor estilo CALOTEIRAS.

Importante lembrar que, lá no início de tudo, ainda no restaurante, antes dos brioches, nós almoçamos e a Marli, mãe da Nicole estava com a gente. Comemos agrião.

Fim.

A que ponto chegamos

Minha insônia chegou num estágio tão trágico que eu já estou assistindo a Patricia Arquette dormir naquele seriado mei retardado em que ela sonha com as coisas que acontecem. Pelo menos ALGUÉM dorme, enfim.

Jamais pensei em participar de uma cena como essa.

Mas já que estamos aqui, há uma dúvida: ela sempre foi uma bola ou é recente esta baleice? Não lembro dessa mulher andando por aí antes de hoje. Sou louca?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Aquele momento da vida

em que você é obrigado a calar a boca e restringir-se à sua infame insignificância.

Tarra aqui vendo um treco no NatGeo e não achei relevante prestar atenção ao tema central do programa. Erro crasso, pois notem:

Havia uma mulher na tela dizendo " é, eu costumo tomar  6 cervejas, duas doses de vodka e um shot de tequila...."

Imediatamente pensei "ah tá, Ó Grande Junkie, isso aí eu tomo no meu café da manhã e..."

"....diariamente, antes das 9 da manhã."

Fuéin.

Desculpaê tia, quando eu disse café da manhã foi meio que de brincadeira e tal, longe de mim querer fazer pouco do talento alheio, hein. Você é a mestra e eu nem passei no teste pro seu curso, malzaê, malz mesmo.

Espero que ela me perdoe.

Em tempo, o nome da atração televisiva é VICIADOS - METANFETAMINA. Percebam.

Por outro lado....

Se eu fosse tentar descobrir qual seria meu respectivo maníaco, sendo EU o psicopata e não a vítima, a coisa ia ficar difícil, viu.

Porque estou quase certa de que nem um mix completo dos piores elementos que já passaram pelo corredor da morte dariam uma de mim neste belo 18/02/2013.

Hoje os sociopatas são pequenos poodles diante do meu descontrole mental e maravilhoso bom humor para com a humanidade.

Após 17 - DEZESSETE - tentativas de contato seguidas pela completa falta de êxito com aquela birosca maldita que se diz 'operadora de telefonia móvel' autodenominada Claro, será uma tarefa árdua achar um doido que me retrate com excelência.

Veremos se o Discovery me ajuda nessa busca pelo meu EU.

Mente vazia

Sabe aquelas paradas ridículas que traçam seu perfil usando como base parâmetros totalmente desprovidos de relevância, estilo "se você fosse um filme seria Endless Love, se você fosse uma cor seria amarelo canário, se fosse uma música seria Infinita Higway dos ~maravilhosos~ Engenheiros do Havaí, se fosse um bicho seria uma PACA?"

Então. Eu tava ocupadona no final de semana e descobri via Discovery Channel que, se eu fosse assassinada por algum serial killer famoso, seria vítima de Ted Bundy.

Sério. Só resta-me saber a utilidade prática de tal revelação. Talvez venha com o tempo, claro.

Prometo melhorar. Ler um Goethe para aprofundar o conteúdo dessa trolha, quem sabe.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

FYI

Seguinte: minha cabeça está prestes a explodir, desprender-se do pescoço, cair no chão e sair rolando.

Eu poderia alegar TUMOR mas, conforme comentado no post anterior, a ralé já explorou o tema e detesto correr o risco de ter minha imagem associada a pessoas de estirpe duvidosa. Além de que para mim tumor no cérebro não é objeto de piada, também conforme explicado no mesmo post anterior.

Estou apostando alto em algum tipo de disfunção neurológica com base biológica multifatorial. Talvez um desequilíbrio químico bestial envolvendo neurotransmissores, neuropeptídeos, essas coisas que as pessoas normais têm em ordem.

A segunda e mais provável hipótese fica por conta de entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro. Talvez devido a algum coágulo misterioso, quem sabe até congênito, mas o resultado costuma ser sempre o mesmo: derrame.

Resta-me saber se haverá de ser isquêmico ou hemorrágico.

E divido isso com vocês pois, caso eu venha a desaparecer, as chances de eu ter ido para aquele retiro no Tibet, cá entre nós, são meio que nulas.Olha bem pra minha cara. Se eu sumir é porque morri mesmo.

Até breve. Ou não.

#enxaquecadocaralhoaquatro

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Motivos pelos quais é legal optar por NÃO mentir para mim

Motivo #1 - Eu sou muito sortuda e meio esperta. Logo, informações cruciais PULAM na minha cara e eu não perco a chance de absorvê-las para em seguida interpretá-las e assim pegar o loroteiro no flagra. Ou ceis acham mesmo que gasto meu valioso tempo livre stalkeando a vida dozotro? Não, meus amores. Costumo utilizar meu tempo livre bebendo muito, vendo novela antiga no Viva, lendo os 5 livros que tenho por costume consumir simultaneamente, postando merda nessa joça, frequentando meu absurdamente vasto círculo social, no cabeleireiro, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé.

Veja lá se sou mulher de gastar horário vasculhando a pífia existência de outrem. Ora, me respeitem.

O caso é que hoje uma informação crucial PULOU na minha cara e eu gostaria muito que vocês me ajudassem a elucidar este que, se não for um caso clássico de viagem no tempo, trata-se na realidade de milagre. Pena que estamos temporariamente sem Papa, pois na ausência do sumo pontífice não sei como comunicar o ocorrido à Santa Sé e adoraria que os católicos praticantes me dessem um help aqui porque não podemos deixar de entrar com o pedido de canonização desta PESSOA.

Vamos supor que, por motivos particulares e estranhíssimos, digamos que por ter sido contrariada, uma PESSOA simulou sua quase morte no dia 18 de Janeiro de 2013. Suponhamos também que fui informada pessoalmente sobre sua hospitalização em caráter de emergência devido a um tumor gravíssimo no cérebro que precisava ser extirpado. Presumamos que a cirurgia era algo terrível e teria como consequência sua morte. Ou cegueira irreversível. Uma parada hipoteticamente cascuda, dizaê. Ou morre ou fica cega, treta loka, mano. Tenho inclusive a mensagem que me foi enviada via FB contando a trágica história. Quando eu digo que tenho a mensagem, trato o objeto como "mensagem", pois lembrem-se de que este relato é todo baseado em suposições e quaisquer semelhanças com fatos reais são mera coincidência, claro. Até parece que algo assim aconteceu mesmo, IMAGINA. Porque é super normal mesmo a gente inventar um tumor cerebral seguido por morte devido a fatores externos que vieram a alterar nossa programação para Fevereiro, né?

PARÊNTESE: não vem brincar de tumor no cérebro comigo, pois tenho uma historinha bem grave envolvendo tumor, cérebro, amigo queridíssimo e um falecimento muito sentido. Tudo muito recente, tudo muto triste, tudo entrecortado por tragédias paralelas que culminaram com a morte de quase todos os jovens e crianças de uma família inteira, ÓKEI? Mexe com isso não, venha falar bosta envolvendo tal assunto NÃO. Aqui não. Obrigada. Babaca. Mas voltemos:

Já no início achei tudo muito estranho, pois parece que ninguém de suas relações tinha conhecimento sobre a probabilidade de uma morte iminente e confirmei minha desconfiança quando soube que no dia seguinte a PESSOA já estava pendurada em FB e telefone celular infernizando a vida de terceiros, a minha inclusa. Alto lá. Um cara portando uma motosserra abre seu crânio, tu quase morre/fica cega, etc e 24 horas depois está toda serelepe, enchendo o saco de geral na internet e confirmando uma viagem internacional para dali a um mês?

SEI.

ARRÃN.

TÁ.

Daí que hoje me SURGE das profundezas do infinito do quinto dos inferno uma foto postada pela caozeira moribunda exatamente na data e horário da cirurgia gravíssima que a mataria ou a deixaria cega e adoraria saber se alguma lei da física caiu por terra ou se preciso sair berrando pela rua VOLTA PAPA VOLTA. Ou se esse hospital onde ela foi internada aceita que os pacientes terminais entrem nos centros cirúrgicos com seus telefones, laptops ou iPads, sei lá, de repente é uma parada de respeitar a última vontade, vai saber.

Porque lá nionde eu moro, quando a gente opera as parte, nem água pode tomar antes, sabe?

Enviarei uma reclamação formal à junta médica do Sírio-Libanês. Como assim, eu não posso levar meus gadgets para a sala de cirurgia? Esta equipe já me atendeu melhor, façam-me o favor. Pagando o que eu pago, quero no mínimo um Galaxy Note enquanto abrem meu peito e afastam minhas costelas, o esterno ou seja lá no que esses carniceiros mexem em tais situações, estamos combinados? Pelo menos vou checando meu Instagram, afinal.

Para quem não aprendeu com a avó, vamos lá: mentira tem perna curta. É feio, pega mal e as pessoas descobrem. E vamos consensualizar que issaê tem nome e se chama MALUQUEZ.

[maluquez - expressão cunhada por nosso querido Raul em parceria com Claudio Roberto ali nos anos 70. Bons tempos. Referência direta ao vocábulo 'maluco' - no caso aqui, por motivos óbvios, trabalharemos com 'maluca' - cujo verbete é composto pelas definições: s. f. || mulher alienada. || (Fig.) Mulher estorvada, de mau comportamento || Maníaca .|| adj Adoidada, louca || sm 1 Mentecapta || 2 Aquela que parece alucinada || 3 Indivíduo apalermado || 4 Demente || 5 Anormal || 6 Tola]

Me fiz clara? Ótimo.

Enquanto boa cristã que sou, nem sonho em levantar falso testemunho contra essazinha. Então posso concluir que: OU tenho essa conversa pendente com a Igreja Católica, pois longe de mim apontar meu dedo e acusar o próximo; OU devo falar com algum estudioso da teoria da relatividade e seus efeitos na vida cotidiana; OU vou quebrar o pau lá no Sírio mesmo.

Em tempo - não há Motivo #2. Nem #3. E se existisse algum mecanismo catalisador de desprezo em fonte de energia afirmo que eu, sozinha, seria capaz de abastecer o Canadá e adjacências durante 3 meses. No inverno.

Beijos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Estava aqui pensando

que seria super bacana aproveitar os últimos momentos do horário de verão estatelada em alguma faixa de areia ubatubana, tostando o couro até aquele nível onde se pega câncer.

Seria, do verbo poderia ser mas não será, já que a vida programou para mim um fim de semana em São Paulo, certamente debaixo de chuva, depois do qual terei que morar dentro de um pote de Sanol Sec para sempre.

Querer não é poder, aprendam esta lição.

Oportunidade de trabalho

Procura-se pessoa agressiva, destemida, com tendências homicidas e disponibilidade imediata para viagem internacional. Para candidatos brasileiros é necessário RG válido. Interessados de outras nacionalidades devem possuir passaporte em dia e visto para o Cone Sul. Prioridade para corinthianos. Detalhes sobre este importante quesito serão explicados no primeiro contato. Todas as despesas correrão por conta da contratante (EU). Cachê a combinar. Depende da qualidade do serviço que tu vai me apresentar, malandro.

Eu mesma não resolvo isso sozinha pois tenho alergia a mulher feia e tudo o que me falta é uma glote fechada a milhares de kilometros do Sírio-Libanês.

Aguardo CVs.

Obrigada.

Reavaliando conceitos

Se tem uma coisa que nunca compreendi na vida são aqueles nego que, por opção própria, rodam meio mundo dentro de um avião para se enfiar em algum descampado qualquer de lugares como a India, tendo como único intuito o isolamento absoluto.

Pois saibam que passei a entender. Um treco que eu toparia agora, sem pestanejar, era vestir uma túnica salmon e me inscrever (seria este o termo correto?) em um daqueles retiros hard core no Nepal, onde nem comida os caras te dão.

Obviamente iria negociar álcool diretamente com o monge responsável. Claro.

Porque férias sociais não envolvem elevação espiritual. To falando aqui de minimizar as probabilidades de cometer homicídio doloso.

Explorando novos nichos no mercado

Pensando aqui em abrir uma tenda e começar a ministrar cursos básicos sobre temas cotidianos pouco explorados por instituições como universidades, SENACs, Instituto Universal Brasileiro entre outros.

Módulo I - "A ciência em torno de se falar corretamente ao telefone com estranhos, seus caipiras mal educados e analfabetos";

Módulo II - "Aprendizado completo sobre como meter-se apenas com sua vida, que é essa merda aí e você continua cuidando da minha";

Módulo III - "Mapa Mundi, este mistério que abala a sociedade moderna e a ainda desconhecida importância em dominá-lo";

Módulo IV - "Motivos pelos quais e-mails comerciais devem ser lidos e respondidos. A revelação em torno da real essência de sua caixa de entrada enquanto instrumento de trabalho";

Módulo V - Estágio Avançado - "Explicando a fundo o Módulo I: você sabe de fato quem está do outro lado da linha? Audiovisual englobando prós e contras em utilizar predicados como idiota/imbecil/similares ao dialogar via Embratel com seu interlocutor".

ESSAS MERDAS ESTÃO ME TIRANDO DO SÉRIO EM ESCALA BESTIAL, NÃO SEI SE VOCÊS NOTARAM.

Ainda não tenho o planejamento pedagógico completo, mas creio que a base está formada.

Talvez fique milionária. Talvez não. Tenho dúvidas quanto ao interesse da população em evoluir socialmente.

Veremos.

Ponto de vista

O que é "depois do Carnaval" para vocês?

HOJE é depois do Carnaval, certo?

Errado.

Para a galera de um grande complexo hoteleiro cearense, "depois do Carnaval" fica em início de Março.

Pelo menos foi isso que contaram hoje para Flavia Isabel, que havia combinado de telefonar "depois do Carnaval" para fechar uma negociação iniciada no fim de Janeiro.

Detesto ser repetitiva mas não dá para finalizar esta bela história sem o já clássico imagina na Copa.

Detesto ser repetitiva novamente, mas este país NÃO vai pra frente. Percam as esperanças.

Beijos.

E está aberta a temporada

dos CHATOS virtuais postarem "Feliz Ano Novo"/"Agora o Ano Começou"/"Chegou 2013", entre tantas outras bestalhices sem fim.

Se é que essa palavra existe.

Nunca vou entender essa tendência que as pessoas têm de repetir exaustivamente tudo aquilo que é totalmente desprovido de graça.

Dá uma vontade de morrer, né?

E sinto informá-los que o ano começou às 00h00 de 01/01. Como costuma acontecer. Sempre.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Nota Oficial

Já que passarei este carnaval em São Paulo e nem camarote na Avenida tenho mais, uma vez que meu anfitrião era o PSD no belo espaço que acomoda os convidados da prefeitura da cidade e essa nova gestão me transformou em uma Sem Anhembi, preparem seus corações pois vocês nem calculam o tamanho do cocar que usarei como adereço no tradicional Baile do Club Athletico Paulistano.

Data: 11/02/2013

Tema: India-Ota, porque sou fiel às minhas personalidades alternativas.

Estejam emocionalmente programados.

Beijos.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Porque a gente é macho e fala na cara. Mesmo sem perceber

Aquela famosa situação onde alguém está ridicularizando uma terceira pessoa a partir de comentários proferidos em altíssimo e bom tom e, diante da cara de terror de seu(s) interlocutor(es), se vê obrigado a perguntar:

"O cara de quem estou falando está bem atrás de mim, certo?"

Pois bem. Só neste verão passamos por dois eventos desta natureza com o plus de serem globais os alvos de nossa maledicência. Porque a gente fala mal, fala na cara e fala mal de celebridades na cara delas, manja? Aqui é Corinthians, mano.

Cena 1 - Praia de Caraiva lotada. Dois dias faltando para o ano novo. Era gente pra todo lado. Amiga que exerce a profissão de produtora estava ENSANDECIDA atrás de jovens morenos bonitos de cabelo encaracolado para finalizar um casting. Enquanto observava os meninos que iam e vinham, explicava para a turma o que buscava (nega vai pra Bahia com trampo a fazer e ainda brifa os colega para otimizar a relação timing/resultados, vai vendo) no tom de voz '4 acima' que lhe é peculiar:

"Catz (ela chama todos de 'catz', independente de espécie, gênero, idade, animal, vegetal ou pedra, etc), eu to procurando uns meninos bonitos, queimados de sol, como aquele ali, só que mais tostado, cabelo enrolado, cheio de cacho, como era o Marcos Palmeira na época em que ele pisava cacau. Tem que ser um Marcos Palmeira bonito, não esse bagulho em que ele se transformou hoje em dia, DEUS ME LIVRE, com aquela pança mole e gorda, credo, ô dó. A barriga nem é o problema, o Catz tá um bagaço, rapou os cacho, como pode? Me vi [tancinhês] o coitado aqui na praia outro dia e quase dei meus pêsames, pelo amor de Deus hein, não adianta me apontar nada semelhante a essa merda, se eu envelhecer como ele nem sei o que faço, o pobre tá um lixo e...."

Olhares de pavor direcionados a ela.

"Não vai me dizer que ele está aqui?"

Desnecessário comentar que Marcos Palmeira, "o bagulho velho/coitado", estava sentado logo atrás dela. Dispersamos a roda e pensamos na hipótese de inventar um Marcos Palmeira alternativo apenas para nos livrar do CARÃO.

Ele riu. Menos mau. Ou não. Se um dia ele vier me perguntar sobre verão em Caraiva responderei "nossa, nunca fui, me disseram que é ótimo" apenas por garantia.

Enfim.

Cena 2 - Praia de Caraiva lotada. Outra amiga - dessa vez Catz não esteve envolvida aleluia ufa - estende sua canga e inicia breve relato sobre suas peripécias no animadíssimo forró da noite anterior:

"Gente, vocês acreditam que aquele cara ali - apontando um belíssimo exemplar que caminhava pela areia - veio todo cheio de amor para dar, me tirou para dançar e depois de rodopiar pelo salão com ele durante 3 músicas me baixou o encosto 'sou difícil'. Decidi dar-lhe uma canseira e fui ao bar buscar uma bebida. Na hora que eu volto para a pista vocês acreditam que ele estava ENGOLINDO a Helena Ranaldi na minha cara? Sabe, ela não está ruim, mas também não podemos dizer que está bem, porque caída mesmo não está, mas podemos dizer que tá bem antiga, meio amarfanhada até e isso não importa pois não há a menor dúvida de que eu sou bem melhor que ela, oras! Sempre fui, mesmo quando ela era gata, olha para mim e olha para ela, azar dele, porque agora vai rastejar, quem mandou me trocar por uma ex-gostosa, devia mesmo era ter escolhido a gostosa atual que no caso sou eu e...."

Olhares de horror direcionados a ela.

"Por favor, não me digam que ela está aqui."

Claro que estava. Na canga ao lado. A um metro de distância. A "amarfanhada" também riu mas, se um dia ela vier a mim comentar sobre o verão em Caraiva responderei "nossa, nunca fui, me disseram que é ótimo" apenas por garantia.

Eu detesto ser repetitiva, mas reafirmo: não andem com a gente. Nós não somos bons elementos. Vocês têm opção, coisa que não nos deram.

bjs.

Este país EXÓTICO

Placa avistada pelo amigo Diego na estrada para o litoral:

"VENDE PEIXE-SE"

Adoraria saber detalhes sobre a lógica utilizada pelo autor deste despretensioso informativo comercial.

Adoraria.

Posso afirmar que daria uma mão por esta informação.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

E estamos de volta à programação ~normal~

Estou há uma semana fazendo o papel de palhaça interlocutora com um cliente numa conversa cujo conteúdo é este:

- Qual a diferença entre a suite e o apartamento Premium aqui neste Hotel Blevers, Paula?

- O apartamento Premium é um apartamento de luxo. A suíte é um apartamento de luxo mas tem uma cozinha e uma sala de estar.

- Mas qual é melhor?

- São iguais. Mesma categoria. Porém, o Premium é só o quarto e a Suite tem cozinha e sala de estar.

- E qual a diferença?

- Um é um quarto de luxo. O outro é o mesmo quarto de luxo, mas com cozinha e sala de estar.

- Sei. Mas porque a diferença de preços?

- Porque um é só o quarto [OOOOOOOOOOOOOOOOOO], enquanto o outro é o quarto com cozinha e sala de estar

- Tá. mas qual o melhor?

- O Premium, já que a suite é muito útil para quem precisa da cozinha, o que não é o seu caso. Posso apostar minha mão direita que não a utilizarão para nada.

- Não vejo motivo para essa diferença de preços.

- Eu vejo. Um é SÓ O QUARTO. O outro tem quarto, cozinha e sala de estar. Ocupa maior área. É mais caro por causa do tamanho.

- Mas qual é melhor?

- São iguais.

- Mas porque um custa US$X e o outro US$XXXXXXX?

- Porque um é maior que o outro.

- Mas se é maior é melhor, certo?

- Errado. A área do quarto é igual. Quarto é aquele lugar onde há uma cama, um banheiro, duas mesas de cabeceira, armários e uma pequena mesa para refeições. O que muda é a existência de uma sala e uma cozinha.

- Eu queria saber mesmo qual a diferença entre os dois.

- O Premium é um quarto. A Suite é o mesmo quarto, só que com uma sala e uma cozinha.

- Qual você prefere?

- O Premium.

- Mas o outro não é maior?

- Não! Eu não uso sala nem cozinha! O tamanho do quarto é o mesmo!

- Como eles podem ter o mesmo tamanho sendo que um é apenas um quarto enquanto o outro tem sala e cozinha?

- O QUARRRRTO tem o mesmo tamanho.

- Não consigo entender a diferença.

- Você cozinha? Vai cozinhar? Precisa de uma cozinha?

- Não. Deus me livre.

- Então fique com o Premium.

- Mas a Suite não é melhor?

- Não! São iguais! Mesma categoria! [PORRA]

- E por que os preços são diferentes?

Vou ali na cozinha pegar uma garrafa de álcool e atear fogo às vestes antes que minha cabeça exploda e tenhamos cérebro espalhado pelo chão, mesa, teclado e tela.

Beijos

Verdades Máximas Universais - A Origem

Sempre tive para mim que as grandes verdades da humanidade são construídas ao longo da história e têm como base fatos corriqueiros, considerados banais por grande parcela da população mundial.

Neste réveillon istituiu-se uma nova verdade: festas que começam com "Vai Popozuda" e terminam com "Haja Amor" atingirão um sucesso nunca antes observado e estamos falando aqui daquele tipo de expectativa que gira nos 100%.

Vi pessoalmente esta página ser escrita. Levem esse ensinamento para a vida.

Beijos.