Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cenas de um carnaval

Este post é de caráter exclusivamente ilustrativo. Para que algumas cenas descritas anteriormente tornem-se visíveis. O álbum com todas as baixarias carnavalescas estará disponível na rede em 24 horas.



Aqui temos a vista de nossa sala, momentos antes da Banda de Ipanema invadir a avenida. Notem que nem banda havia e a rua já estava totalmente tomada. Claro que ficamos ilhados até o final da coisa.






Nesta imagem é possível admirar a criatividade dos foliões. Vejam o bom gosto da fantasia deste senhor logo em frente. Sim, o do fio dental. E, sim, é um senhor. Assim como a pomba-gira em frente à Kombi.




Tava muito calmo. O povo quase não prestigia a Banda. Isso aí é um pessoalzinho esperando a massa, que vinha aqui pela esquerda.




É fácil perceber que os frequentadores não gostam muito de tumulto. É impressionante o vídeo que fizemos na hora que a Banda passou de fato. Assim como o resto das fotos, os vídeos também estarão disponíveis na internetis como um todo.



Aqui, se prestarmos atenção, notaremos que, além do punk mais à direita, temos um chapéu de Pica-Pau bem ao centro. Lembrei tanto da Red e o cara da buzina....






Estes são os chapéus de cones dos quais eu havia falado. Quero morrer porque não consegui uma foto dos chapéus de caneca de chopp. E também do cidadão que transitava com uma vara de pescar em punho. A isca era um Visa e a chave do carro. Amei.





"Oi, eu sou uma libélula e não nasci. Fui inaugurada. E quando eu morrer, vou virar purpurina". Aliás, vou falar um pouco mais sobre a face gay do carnaval quando contar sobre o choque elétrico que quase me matou na rua Farme de Amoedo.





Sim, me rendi aos acessórios. Não falei que tinha uma Branca de Neve? E essa maçã pendurada no pescoço??? Mas, calma. Isso ocorreu no Jardim Botânico. Não tem nada a ver com a história da Farme. E eu estou lindíssima no retrato. Notem o olhar "tomei 75 cervejas".





Olha o que eu e Sam achamos! Walt Disney está até agora revirando no túmulo.

Ainda bem que além de ser frequentadora assídua, este é mais ou menos meu 15º carnaval no Rio. Certas coisas não mais me assustam.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sobre a Ipanema Carnavalesca

Nada mais incrível que um carnaval no Rio de Janeiro, principalmente quando se tem Sam Sam como anfitriã em seu fantástico apê à beira mar.

Ocorre que nesta época do ano, o Rio costuma sofrer uma espécie de invasão dos visigodos. Essa gente baixa na cidade dotada de empolgação grau 10, o que faz com que participem de todos os blocos, bandas, batucadas e esbórnias que costumam acontecer em praça pública. Estes eventos diários acontecem em diversos pontos da cidade, como Gávea, Santa Tereza, Jardim Botânico, Copacabana.

Mas a maior concentração de bárbaros fantasiados e bêbados tem dia e hora marcados. BANDA DE IPANEMA. Adivinhem de onde sai a banda? Da porta de Sam Sam. Salvador? Não é tumulto. Recife? Que nada! A maior putaria do Brasil está aqui, na minha janela.

Anteontem transformamos esta casa numa filial do camarote da Brahma. Eu e K até ganhamos uma música de transeuntes que portavam tamborins. A canção era mais ou menos assim:

"Tátátátátátátá! Desce! "Tátátátátátátá! Desce! "Tátátátátátátá! Eu vou subir! "Tátátátátátátá! Eu vou subir!"

Daí o Benjamin, querido amigo que também está neste albergue, surge na janela.

""Tátátátátátátá! Tira esse brocha daí! "Tátátátátátátá! Tira esse brocha daí! "Tátátátátátátá! Liga pro porteiro! "Tátátátátátátá! Eu vou subir! "Tátátátátátátá! Brocha! "Tátátátátátátá! Brocha! "Tátátátátátátá! Beijo me liga! "Tátátátátátátá! Beijo me liga!"

["tátátátátátátá = tamborins tocando, que fique claro]
Pura poesia.

Os adornos são um caso à parte. Há chapéus que imitam chopps e cones de trânsito, homens de camisola, de toalha na cabeça, de Minnie e Branca de Neve entre outros clássicos. Mas até agora, nada superou um nariz de plástico com o formato de um, como dizer.............um pinto.

A pessoa se transforma no famoso "cara de pau". Tentarei fotografar o artefato.

Dipromada

Estou sentada na casa de Sam, Rio de Janeiro, assistindo com ela ao cultural TV Fama para atualizarmos nosso conteúdo carnavalesco. De repente um filhote de avestruz com cruz credo surge na tela. A pessoa, uma versão humana do Primo It com tetas assassinas, atende pelo nome de Sabrina Boing Boing. Cada coisa que a gente aprende assistindo à shows de variedades na Rede TV.

A matéria falava sobre um certo diploma que a sujeita recebeu. Parece que ela escreve uma coluna sobre sexo - oh, que improvável - em alguma publicação suspeita e, devido ao sucesso e reconhecimento profissional obtido, algum retardado concedeu à figura um diploma em......sexo, obviamente.

A parte interessante, porém, veio em forma de entrevista. Logo após a pobre repórter questionar sobre o sentimento de Boing Boing em relação à honra conquistada, veio a bomba:

"Eu estou muito feliz, pois acabo de receber meu SEGUNDO diploma. O primeiro é de datilografia."


DATILOGRAFIA

Foi o que Sam disse: essas pessoas são celebridades em um universo paralelo. A propósito, descobri o nome do transformista que trabalha de madrinha de bateria da Porto da Pedra no carnaval. A pessoa tem o nome de Valesca Popozuda. Sério.

Não pulo pela janela porque estou no primeiro andar.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Outra do Feliz Trabalhador

Há um tempo comentei aqui sobre o cara que efetua a leitura de meu relógio de luz a serviço da Eletropaulo. Eu, carinhosamente, o apelidei de Hardy.

Pois bem. Hoje foi dia de leitura da Eletropaulo. Hardy estava.....como poderia descrever? Revoltado. Ele dizia que queria ter 100 leituras para fazer durante o dia. Assim chegaria de volta na empresa às 10 da noite e meteria um processo quando saísse de lá.

"Quem não faz isso é trouxa!"

Prosseguiu discursando sobre como a Eletropaulo era melhor quando era estatal. Mas em 96, sempre segundo Hardy, o Banco do Brasil emprestou dinheiro para os americanos comprarem a empresa.

"E americano não presta!"

Ainda por cima, eles acham que porque "ele" é terceirizado, é trouxa.

"Mas eles vão ver só........."

E foi embora montado em sua nuvem negra.

Já que a pauta é Carnaval...

Meus clientes são realmente incríveis. Não me canso de afirmar. Certamente alguém andou distribuindo cartões de desconto para compras em meu estabelecimento dentro de alguma instituição especializada no tratamento de deficientes mentais. É a única explicação que me vem à cabeça para que tantos deles frequentem minha loja.

Minha fábrica funciona em um prédio de 4 andares, cuja frente tem uns 120 metros. Por se tratar de uma empresa que produz CAMISAS, minha fachada é coberta por uma imensa.........camisa. Importante explicar que a peça decorativa pende do alto do último andar ocupando toda a frente do imóvel, ou seja, é do tamanho de um prédio de 4 andares.

Nesta semana - que graças à Nossa Senhora das Empadas acabou, o que possibilita que eu me jogue no Rio de Janeiro - enquanto eu realizava alguma atividade realmente relevante para o futuro da indústria têxtil, um ser invade a sala. Aliás, adoro a facilidade com que essa gente invade minha sala. Sempre. Certamente eles pensam: "Sou cliente, estou pagando, vou lá importunar aquela otária".

Enfim, esta sujeita entrou na minha santa sala e lançou:

"Paula, queria te pedir um favor..."

Disse isso toda serelepe, quase saltitando.

"É que estou indo passar o carnaval lá em Puta que Pariu do Norte e o baile de carnaval é animadíssimo, todo mundo vai fantasiado....."

E eu, já prendendo a respiração, olhos ebugalhados, trilha de "Jaws" tocando em minha mente, sem saber o que esperar daquela fulana.

"E como no carnaval o lema é 'bota a camisinha', eu pensei em botar o camisão!"

E minha cara adquiriu a seguinte forma: "?". Fora o fato de a palhaça se achar a gênia da tirada inteligente. Morra.

"Então, eu queria saber se você não poderia me emprestar o seu camisão lá de fora! Eu uso no carnaval, lavo e te trago de volta!"

E eu: "Mas...........a camisa é do tamanho do PRÉDIO........não dá para você VESTI-LA.......tipo não dá, não cabe.......não!"

Ao que a pessoa retruca: "Mas eu dou um jeito, eu amarro ela do lado!"

E eu: ".............................................................................................."

Eu PRECISO da minha foice!

Gente coisa é outra fina

Enquanto a pobretada se prepara para passar 4 incríveis dias se acotovelando em alguma praia de terceira linha do extremo sul do litoral paulista, ou está apta a desperdiçar 9 horas de sua vida atrás de um volante para atingir o distante destino de uma chácara em Socorro ou algo do gênero - todos acreditando que vão se divertir a valer, Muso pega um avião e se manda para Veneza.

Sim, Muso foi à Veneza por ocasião do Carnaval. Convidado para o famoso Bal Masqué. Meu local cativo na Sapucaí não chega nem no chulé deste cidadão.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

The Twilight Trilogy

Obcecada. É esta a palavra. Obssessão pura e verdadeira.

Estou devorando a Twilight Trilogy e por mim, não faria mais nada da vida. Me dedicaria a chantagear a autora para que não parasse mais de escrever a série.

Normalmente leio de 2 a 3 livros concomitantemente pois cada um trata de um assunto específico e nada me impede que eu os desfrute ao mesmo tempo. Sou uma variação daquelas pessoas malas que assistem 4 canais ao mesmo tempo na TV. Com a imensa vantagem de não ser mala.

Pois bem. Desde que comecei o primeiro livro da série, não consegui achar nada que me prendesse a atenção como aquilo. Emendei a leitura ao segundo volume - que acabo de finalizar - e já estou entrando no terceiro. O quarto ainda não foi lançado e acho que vou precisar de um grupo de apoio para conseguir aguardá-lo.

A duvida é: estaria eu, esta jovem senhora quase tia, regredindo? Estaria desenvolvendo algum típo de síndrome adolescente? Estaria eu entrando em fase de desenvolvimento da babaquice?

Espero que sim, pois há anos desprendo considerável energia para tal. Para poder dar atenção à temas que não me tocariam, mas que são divertidos por demais. E acho que está nítido meu sucesso.

Será que minha próxima coleção será "Gossip Girl"? Ou "Harry Potter"? Talvez comece a assistir "High School Musical", sei lá. A única coisa que garanto é ki jamaix iskreverei axim. Sou incapaz de tanto.

Podem confiar.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O sorriso do lagarto

Estava eu de bobeira, tempo livre, sem nada de muito útil para fazer quando decidi que aquele era um bom momento para acessar o Terra e checar e-mails.



Na página inicial há a notícia sobre a libertação do Sr. Alan Jara, ex-governador devolvido pelas Farc na Colômbia.



Susto. Espia o sorriso do muchacho:


Eu não sei o que deram de comer para esta pessoa durante os 7 anos de cativeiro. O que eu sei é que essa coisa faz crescer dentes. Dentes assassinos.

A musa do carnaval no Aquém do Além

Sobre o post anterior, Red comentou:

"Porto da Pedra não é aquela em que a "bonita e gostosa" Suzana Vieira desfila?"

Graças a Deus, não. Se, além das duas barangas citadas, a escola colocasse essa velha desorientada na avenida, acho que a Sapucaí derreteria, sei lá.

Essa daí leva todo seu charme e graça ao desfile da Grande Rio. Vamos supor que um dia eu tome o poder da referida agremiação. Agora imagine um abismo. Na minha opinião, essa figura já acumulou idade suficiente para que possamos arremessá-la.

Pois só quem já teve a visão do inferno que é contemplar essa pelancuda cruzando a pista em trajes menores conhece a necessidade de eliminarmos o ser antes do próximo carnaval.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Unidos do Aquém do Além, de onde se vive os Môrto

O bom de você passar seu dia de trabalho sem a menor disposição para a produção, é que esta condição lhe proporciona tempo livre para que você possa fazer coisas realmente importantes. Como assistir ao cultural programa de Sônia Abrão estatelada em seu escritório.

O show é inclusive um ponto de referência do calendário nacional. Por exemplo: como saber se o carnaval está próximo? Simples! Ligue a TV, sintonize na Sônia e se houver uma putada semi-nua chacoalhando uma bunda grande e gorda em frente às câmeras, pronto! Você saberá instantaneamente que a festividade se aproxima!

Hoje a repórter de Sônia estava transmitindo da quadra da Porto da Pedra - que, inclusive é uma fantástica escola de samba, uma das minhas preferidas - uma matéria que girava em torno de duas barangas. Uma delas, a Mulher Moranguinho (vááááááááásifudê!), madrinha das passistas, alfinetava uma outra baranga cujo nome desconheço, mas aposto que ela é traveco da Atlântica nas horas vagas e que vem a ser a madrinha da bateria. Dois tribufus assustadores. Eu sou do tempo em que a Luiza Brunet e a Valeria Valenssa eram rainhas de bateria. Não sei de onde os caras tiram esses bichos. Não servem nem para empurrar carro alegórico.

Como pretendo estar presente na Sapucaí este ano, providenciarei um saco de milho para levar à avenida e atirá-lo de cima do meu camarote sobre essa gente quando por mim passarem.

Medo.