Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"I had sex with BigFoot!"

Há um programa que passa nas madrugadas de terça para quarta-feira no History Channel que, apesar de possuir um tema absurdamente abestalhado, despertou minha curiosidade devido aos "personagens reais" - os humanos - que o ilustram.

Trata-se de uma produção norte-americana que ocupa uma hora na programação do referido canal. Seu nome: Monsterquest. Mote: pessoas que juram ter visto, interagido, fotografado, tomado uma muca e até levado um lero com criaturas extremanente conhecidas do imaginário popular. Mundial.

O show consiste na apresentação de uma série de depoimentos de pessoas adultas que, num belo dia, saem na rua e dão de cara com o Pé Grande, a Mula sem Cabeça, o Lobisomem e até o Bicho Papão. Todos made in USA. Não os monstros, os manés. É impressionante a completa boçalidade de certos habitantes da maravilhosa fatia norte de nossa grandiosa América.

Há um caso de um véio que viu e fotografou o Monstro do Lago Ness. Mas ele estava na Escócia a passeio, era americano of course. Infelizmente a fota do tio queimou-se. Mesmo assim, o cidadão exibiu um papel preto em frente às câmeras como prova de que o retrato foi realmente tirado. Louco porém honesto.

Voltemos ao script: após a breve descrição do encontro, a equipe do programa leva cada um dos malucos de volta ao ponto onde tudo aconteceu. Invariavelmente uma floresta ou descampado qualquer. Na minha opinião, o babaca que se mete num lugar desses para acampar merece ser atacado pelo Macaco Louco mesmo.

Neste momento é realizada uma reconstituição dos fatos. Com direito a iluminação e trilha sonora sombrias e atores falidos trajando fantasias, geralmente de macacos, que são a cara do primo pobre da Monga do Playcenter. Parece que para eles, Monstro = Gorilão de pelúcia vagabunda.

Se perigar, aquilo é gravado no cenário Amazônico de Days of Our Lives. Onde Roman, Stefano DiMera e mais alguns personagens protagonizavam o drama da Jungle Fever. Só eu consumia isso? Ninguém, além de mim, é cafona de dar dó?

Ok. Bom, no final de tudo, vem um cientista qualquer, que, de maneira simples e óbvia, prova que aquilo tudo não passa de sandice e que aquela pessoa que fez amizade com o monster em questão, provavelmente consumiu drogas. Ou esqueceu de tomar a dose. Ou é amigo do Ney da Sauna Gay e sonha diariamente com um peludão grandão e fortão para chamar de seu.

Assistam e verão.

sábado, 27 de setembro de 2008

Um poste no caminho

Hoje à tarde, Rita, uma de minhas vendedoras e santa de plantão, veio até mim queixando-se de muita dor de cabeça. Na hora, sugeri que tomasse um Tylenol, uma Neosaldina, 120 gotas de Novalgina, uma vodka, porque dor de cabeça enche o saco e eu não faço o menor esforço para suportá-la.

Ela me respondeu que não podia tomar tais medicamentos pois analgésicos normalmente baixam a pressão. Como a sua é muito baixa, ela costuma desmaiar sempre que consome pílulas desta natureza. A vodka, não tomaria pois é evangélica e sua religião não permite.

Me disse, inclusive, que havia tomado um Buscopan há dois dias e isso lhe causou um desmaio, por isso preferia a dor ao risco. E isso me fez lembrar da única vez em que desmaiei na vida. Não foi por reações à remédios, nem por susto, muito menos por mé, que não sou mulher de ser sensível a este tipo de composto.

Foi por imbecilidade completa, pura e verdadeira. Aliada à existência de uma porra de um poste no caminho. Dei a este acontecimento o auto-explicativo nome de "O Mico do Milênio. E do Próximo Também".

Eis o ocorrido:

Eu era uma jovem e contente assessora de imprensa naquela época anterior ao advento da internet. Logo, para enviar fotos, convites, produtos......TUDO, para as redações, era necessária a existência de motoboys. Para mandar fotolitos (há um caso famoso de um cliente da W/Brasil, que solicitou o fotolito por fax.....JURO), cromos, provas de material de divulgação para aprovação de clientes, havia também a necessidade da contratação de um motoboy. Ou seja, eu dependia quimicamente deles para executar o meu trabalho. Tanto que havia dois exemplares da espécie no quadro de funcionários da empresa.

Uma bela manhã, após duas horas organizando o roteiro do dia, consegui, finalmente, despachar o motoqueiro. Eram tantos os destinos que ele só retornaria no final da tarde. Vale lembrar que naquela época galera não tinha celular, portanto só haveria comunicação com o maluco quando E SE ele quisesse.

Minha sala localizava-se no sexto andar de um prédio na Rua Maria Antônia. Logo que ele saiu, vi que todos os envelopes destinados à redação do Estadão haviam ficado sobre uma das mesas.

Pânico.

Com a pilha gigantesca nas mãos, saí correndo, mas não consegui chegar a tempo de pegá-lo no elevador. Minha única opção eram as escadas. Desabalei escadaria abaixo em direção ao térreo, mas o motoca acabara de bater a porta. Que destravava internamente através de um botão que eu não conseguia apertar, devido à existência de 130 envelopes grandes em meu poder. Joguei tudo no chão, apertei  a bagaça, peguei tudo do chão e saí desembestada, Maria Antônia acima, berrando para o doido do motoqueiro que, com fones de ouvido, não me notava.

10 da manhã. Sol. Praça de alimentação do lado da calçada onde eu corria e gritava. Mac Fil apinhado de Mackenzianos vagais e bêbados do outro lado, bem em frente à praça. Quando a velocidade da minha corrida já atingia os 100 km/h, minha estagiária, sentada na praça de alimentação grita:

"Aê! É do cachorro ou da polícia??"

Sem interromper os 100 metros com barreiras, virei meu rosto em sua direção com o objetivo de mandá-la à puta que o pariu em vôo direto; mas não houve tempo para tanto.

Ao virar a fuça para a praça, perdi o foco dos obstáculos e dei com a cara no poste. Um poste daqueles de concreto. Caí dura, desmaida, e quando recobrei os sentidos vejo um tumulto sobre meu corpo desfalecido. Basicamente era o Mac Fil inteiro, mais o motoboy e a prostituta da estagiária.

Fora o traumatismo craniano que sofri, o lado esquerdo da minha cara sofreu todo tipo de escoriações. Foram dois cortes sobre a base ralada, alguns roxos, uns verdes e uns pretos também.

Claro que fiquei famosíssima entre os universitários e demais frequentadores da região. Virei um tipo de mito, lenda.

Creio que muito do meu comportamento atual seja resultado de sequelas.

As aventuras de um menino estabanado

Já que a pauta está em Lulis, vamos aproveitar o momento para conhecer melhor este importante agregado da Grande Família.


Lulis, esposo de minha irmã e, consequentemente, meu cunhado, é um menino gordinho. Quando digo que Lulis é gordinho, não me refiro ao tamanho de sua circunfererência, que encaixa-se tranquilamente na categoria "normal", e sim à sua filosofia de vida.


Tudo o que Lulis come, pede ou prepara, por padrão, contém cheddar ou bacon. Ou os dois. Se alguém está ingerindo qualquer tipo de alimento que entupa veias, ele, com seu toque pessoal, tem o poder de piorar em mais ou menos mil vezes a qualidade do grude.


Nos churrascos, Lulis não pega um bife ancho, taca na grelha e serve mal passado. Ele recheia com roquefort, cobre com cheddar e salpica com bacon frito.


Quando efetuamos pedidos de pizzas, um dos sabores obrigatórios é a porra da pizza de cheddar com bacon.


Ele também tem o hábito de derreter camemberts inteiros e incorporá-los à pratos "sem graça".


Certa vez, quando fazíamos um pedido de sanduíches em sua casa, Lulis ficou em dúvida entre quatro sabores. Solução: pediu os quatro. Para ele. Apenas para ele. Todos dele. Quatro cheese-corvos.


Já comentei aqui que Lulis e Gabi estão temporariamente hospedados em minha residência por motivo de mudança. Pois bem. Ontem, Lulis e Gabi chegaram em casa de madrugada e Gabi se dirigiu direto ao quarto que eles estão ocupando, tendo como objetivo, dormir. Lulis, sabendo que havia um belíssimo e cremoso petit gateau na cozinha, desviou o caminho e foi até lá preparar um pratinho para degustar no quarto.


Prato na mão, subiu para seus aposentos mas, chegando lá, lembrou-se que havia esquecido sua jarra de Coca-Cola. Deixou o prato sobre a cama e retornou à cozinha. Coca-Cola providenciada, subiu novamente.


Entrou no quarto, colocou a Coca sobre a mesa de cabeceira e resolveu trocar o jeans por uma confortável calça de moletom. Tirou as calças e, acometido por um súbito surto de amnésia + imbecilidade galopante, sentou sua bela bunda, não na cama, mas exatamente sobre o prato que continha o petit gateau.


Cena grotesca e inimaginável. Claro que o casal não dormiu nunca mais.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Máximas - Tema musical

"Me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu! Maria Lúcia começa a cantar......."

Lulis, meu belo cunhado, tentando reproduzir, bêbado de dar dó, o conhecido refrão de famoso samba de enredo da Mangueira, cujos versos reais são:

"Me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai que já morreu! BAHIA É LUZ DE POETA AO LUAR....."

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

É véio, mas é bom

Grau que caracteriza "novidade" relativo a este vídeo: 0

Ano de lançamento: 1612

Quantos já o viram: 257 milhões de pessoas

Quantos já viram pelo menos um minúsculo trecho: 432 milhões de pessoas.

Mas como eu sou assumidamente abobada, toda vez que o vejo, meu riso ataca.

Portanto.....

http://br.youtube.com/watch?v=MhkTR_d84_M

Farofada Pictures


É possível notar que sua vida caminha para o caos quando sua irmã e seu cunhado hospedam-se em sua imaculada residência por prazo indeterminado.


E quando, apenas dois dias depois, seu irmão e sua cunhada grávida também chegam à cidade com o mesmo objetivo.


A partir deste ponto, a última providência a se tomar, é seu cunhado comprar um táxi e, todos juntos, cantarmos:


"Essa família é muito unida, e também muito ouriçada......"

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Uma vodka para mim também

Como muitos puderam claramente notar, Mari não é a única mentalmente prejudicada aqui neste puteiro.



Eslareço que a rua localizada na Vila Olímpia em questão possui o nome de CARDOSO DE MELO, e não CARDOSO DE ALMEIDA.



Não sei se esta cafusão que habita meu cérebro está diretamente relacionada à idade, saco cheio, ou falta de psicotrópicos.



A única defesa que tenho em mãos é revelar que nem Mari, nem ninguém mais presente na referida mesa dominical, notou a troca de nomes. E bairros.



Foi o que eu disse para Lelê:



"Só Caraíva salva."

Sintoma estranho # 12

Fico maravilhada cada vez que descubro uma nova reação corporal gerada pelas variações climáticas que somos obrigados a enfrentar diariamente vivendo em São Paulo. Classifico tais oportunidades como "pura magia".

A novidade desta semana, impressionantemente, não está relacionada aos tão comentados problemas que vinham afetando minhas vias respiratórias. Trata-se de algo novo, único, raro, exótico, eu diria.

Devido ao ar frio e seco ao qual fui exposta em breve passagem pela cidade de Ibiúna no último sábado, informo que minha face sofreu queimaduras. Sim, a pele da minha cara queimou-se com o frio - vai explicar...- e agora, descasco como algum farofeiro recém chegado de.......Mongaguá, sei lá.

Abstenho-me de proferir comentários sobre a ardência da cútis. Apenas digo que não é aconselhável mexer muito a musculatura local através de expressões faciais básicas, como um sorriso, por exemplo. Cada vez que a pele já danada é esticada, a sensação obtida é aquela que temos ao raspar a cara no asfalto. E espremer um limão por cima, na sequência.

Pelo menos, economizarei nos ácidos. Descamou-se tudo e logo terei uma pele novinha , esticada e lustrosa para o verão.

Creio que o clima desta cidade precise de um psicólogo.

Para efeito de esclarecimento

Informo que o Génésio em questão, nada mais é do que corruptela de Jesus.

Jesus interjeição; não o messias, de acordo com importante lição que aprendi com o Thiago.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cocktail de vodka tripla, please.

Quando eu digo que pessoas que trabalham sofrem danos mentais irreversíveis, causados por chefes burros, clientes babacas, eventos cretinos, funções inadequadas e problemas indescritíveis é porque vejo, constantemente, os sintomas se manifestando e prejudicando o cérebro de pessoas, originalmente, normais.

Já houve, inclusive, comentários sobre esta epidemia aqui.

Mari é uma amiga lúcida, competente e bem sucedida, como grande parte das vítimas deste retardo mental específico. Mari é gerente de uma grande revendedora de veículos alemães e ontem, durante um agradável jantar dominical, nos contava sobre um cocktail que ocorreria hoje, em função do lançamento de um novo modelo de luxo da marca.

Falava sobre a pressa como tudo fora organizado, sobre a falta de tempo hábil para confirmar a presença das celebridades convidadas, sobre a pressão de seu chefe, questionando-a em relação aos "fotografáveis" pela Caras, enfim, sobre como o lançamento da porra do carro havia transformado sua bela vida em uma existência infernal e sem sentido.

Paralelamente, tentava me explicar um trajeto que havia realizado na noite anterior, assunto sem a menor importância. Nem me lembro porque ela me descrevia com detalhes vias por onde passara na Vila Olímpia.

Foi quando, veio a luz. Ela, enfim se lembrara do endereço em questão. Transbordando segurança, interrompeu o assunto de toda a mesa e esclareceu a dúvida:

"Ali, na Cocktail Cardoso, Paulinha!"

Sem entender, os presentes se puseram à questioná-la. Sobre o que falava? Ninguém compreendera sua última frase. E Mari, sempre segura:

"Não estou falando sobre o que vocês falam...." - referindo-se ao assunto daquele momento, na mesa.

"..... tentava explicar um endereço para a Paula, mas já me lembrei, podem continuar a conversa. Tentava lembrar o nome da Rua Cocktail Cardoso, ali na Vila Olímpia..."

Creio que ela tentava se referir à Rua Cardoso de Almeida.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sam cover

Venho através desta, me defender das acusações levianas que venho sofrendo por parte de pessoas interessadas apenas em me "defamar", que adotaram como prática diária, comentários sobre exageros cometidos por mim, esta pobre, porém honesta blogueira.

Desde que minha perspicácia natural fez com que eu facilmente notasse a incrível semelhança entre minha amiga Sam e a bela modelo/atriz/apresentadora/empresária, manicure e pedicure Fernanda Mota, não faltou quem contestasse o óbvio.

Incansavelmente, insisti na genuinidade de minha afirmação, aguardando o momento em que uma prova irrefutável surgisse e mostrasse ao mundo a veracidade de meu comentário.

Semana passada, ao praticar minha leitura diária da Folha de São Paulo, vejo esta foto estampada na coluna de Mônica Bergamo e, automaticamente, penso:

"Génésio, se o motivo não foi prisão, o que esta desorientada da Sam está fazendo no meu jornal?"

Passado este breve momento de lapso, "caí em si" e me dei conta de que a pessoa da foto era, na realidade, aquela que, tantas vezes citei como sendo quase um duplo de minha bela amiga.

Viram como eu não minto?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Abaixo-assinado para a execução sumária dos babacas

Detesto gente que manifesta, que exige 'seus direito', panfleta, faz piquete e abaixo-assinado. Creio que este sentimento seja decorrente de sequelas causadas pelos longos anos em que o centro da cidade sediava meu local de trabalho.

Nem sei dizer quantas vezes cheguei atrasada, perdi reuniões de pauta, de planejamento, com clientes ou simplesmente enraizei dentro do meu carro, mesmo não tendo porra alguma para fazer, devido à alguma passeata organizada por algum sindicato ou associação, que vinha pela Av. Paulista e descia toda a Consolação em direção ao centro.

Nessa época, quase efetuei a compra de um megafone. Ele estaria sempre no porta-luvas de meu automóvel e, ao menor sinal de manifestação, eu descobriria o mote da baderna, abriria meus quatro vidros e, com o megafone, passaria a gritar palavras de ordem contrárias.

Quando a assessoria de imprensa onde trabalhava transferiu-se para a Rua Maria Antônia, quase não contive minha emoção. Estaria eu, enfim, livre das passeatas?

Não.

Era ali, no meio da rua, que aconteciam todas as manifestações do Mackenzie. Professores, alunos, secretários, faxineiros, ex-alunos, repetentes, inadimplentes, o bloco de carnaval.........tudo lá. Na minha Rua Maria Antônia. Da concentração à dispersão. Nestas datas, ficávamos presos dentro da redação, sem poder tirar os carros da garagem, sem poder sair andando, sem poder chamar um táxi. Ilhados. Com um carro de som e sua acústica típica berrando bem defronte à nossa janela. Se eu tivesse comprado aquele megafone.....

Esta foi apenas uma breve explanação sobre o porquê do meu ódio em relação às pessoas que reivindicam. Qualquer coisa. Usando qualquer método. Corta.

Hoje, realizando minha corrida diária, reparo que estava prestes a cravar 1 hora ininterrupta esbaforindo-me na esteira. Aproveitando um ataque de ânimo raro e repentino, decido fazer os próximos 15 minutos utilizando do recurso do aparelho que me permite inclinar a plataforma. Ou seja: num surto, resolvi correr na ladeira. Legal, bom pra bunda.

*Vale dizer que a academia onde corro (ou tento), acabou de passar por uma grande reforma. O ambiente foi modificado por completo e, devido ao fato desta obra ter sido concluída há menos de um mês, alguns detalhes ainda não estão totalmente em ordem. Há menos bebedouros do que o necessário na musculação, as TVs ainda não foram todas instaladas e o jardim ainda não está completo. Incluso um belo espelho d'água, de efeito exclusivamente decorativo, é obvio, que ainda não possui.........a água.

Foi quando uma PESSOA, claramente aluna da academia, cola ao meu lado com uma prancheta na mão e, inadvertidamente, diz:

"Oi, amiga! A gente tá fazendo uma pesquisa entre os alunos pra saber o que a galera tá achando que tá mais faltando aqui, tipo, na musculação, né? Então, tipo, você pode continuar correndo, mas você responde umas perguntinhas pra mim?"

Com um calhamaço de papel apoiado na prancheta

-"Não".

E a mocinha 'nada a ver', insistindo:

"É só pra, tipo, melhorar a qualidade da nossa malhação, amiga! Você não acha que tem, tipo, um moooonte de coisa que pode ser feita aqui, agora que, tipo, a gente está com essa estrutura i-r-a-d-a?"

-"Não." (Fora, tipo, arrancar sua língua, pisoteá-la, e depois jogar longe?)

E eu, correndo na subida.

"Ahhhhhnnnnnnnnnn.........então você poderia só assinar esta lista? Ela é para, tipo, uma reinvidicação específica, sabe? A gente tá, tipo, pedindo isso aqui à parte do resto...."

Pensando em me livrar da cretina, disse:

"Tá boooooom, escreve meu nome aí, que eu estou correndo!! Maria....Trubirina...Prostituta....Cata Erva, pronto, nome e sobrenome. O que é que tu tá querendo com esse abaixo-assinado?"

-"Ah, a gente tá precisando de, tipo, um moooooonte de assinaturas para que coloquem patos no espelho d'água ali do jardim!"

..............................................(cara de: "hein? Patos? Patos patos, os bichos?)

Será que uma pessoa não consegue nem fazer seu jogging em paz, cacete?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Coma ela; degluta ela; estou deglutindo; já degluti.

Coisas que NÃO dever ser feitas por alguém que pretende permanecer com uma bunda de dimensões aceitáveis, levando em consideração nossos costumes e cultura:

a) Pedir um cheese-salada no New Dog para representar o almoço de Domingo e solicitar ao atendente não uma, mas DUAS porções de maionese à parte.

b) Emplastrar o referido sanduíche com uma porção completa da maionese trash temperada. Fora o bacon frito, catchup, mostarda e tudo o que completa o grande leque de adereços que fazem de um simples cheese-salada, um maravilhoso e eficiente poço de banhas.

c) Conservar em seu refrigerador o que restou da maionese fabricada no New Dog. Ou seja, uma porção inteira, já que a gula que me consumia no momento do pedido impossibilitou a compreensão do fato de que um sanduíche apenas não comporta duas porções de maionese.

d) Na segunda-feira à noite, abrir a geladeira em busca de água, devido à corrida de 1 hora e 15 minutos recém concluída, deparar-se com a porção de maionese extra do New Dog e confeccionar um totem com incontáveis fatias de pão, frios variados e uma camada de 12 centímetros do ingrediente em cada um dos pedaços do pão.

e) Não interromper a alimentação, que nesta fase já pode ser caracterizada como "compulsiva", até findar-se o último resquício da merda da maionese do New Dog.

Estas são apenas dicas consideradas úteis por mim.

bjs.

Alimentando compulsões

Acabo de assistir a Closer, segundo meus cálculos, pela nonagésima oitava vez em minha vida.

Esta obsessão teve início quando adquiri, via internet, o DVD do referido filme. Desde então, na maioria das oportunidades em que estou sem função específica, num ato quase inconsciente, me pego inserindo o disco no DVD player.

Já reproduzo quase todos os diálogos - até hoje, isto aconteceu apenas com Harry e Sally, cujas frases sei todas - e sempre canto no final. Além de babaca, também estou ficando brega, notem. E, claro, quero dar para o Clive Owen.

Na minha opinião, esta atitude é grave e deve estar diretamente relacionada a algum vazio interior incurável e ainda obscuro.

Nada que não se resolva administrando Prozac com vodka. Na veia.

sábado, 13 de setembro de 2008

Dinorá Dinorá é a puta que o pariu

Não citarei nomes, mas acabo de ser obrigada a realizar um longo trajeto dentro do carro de uma certa pessoa que, durante os 40 minutos relativos à viagem, ouviu e me tacou à força tímpanos abaixo.......IVAN LINS.

Ivan Lins faz parte de uma lista de minha autoria que inclui artistas indigeríveis. Aqueles que, além de canastrões e pentelhos, são também desprovidos de talento. Aqueles que correm o risco de sofrer uma agressão física, caso venham de encontro a mim em via pública.

Compartilham o posto com este senhor, Daniel, Jorge Vercilo, Dinho Ouro Preto, Kenny G (irc) e similares.

Isto foi um momento de revolta. Merecido.

Possibilidades

Comentário de cliente velha, azeda e alterada sobre o fato de meu estabelecimento comercial não estar, temporariamente, operando com cartões de crédito:

"TODAS as lojas aceitam cartões, e não cheques. Só você faz o contrário! Essa sua loja está totalmente na contra-mão do mundo!"

A cena terminou com um sorriso radiante colado na minha cara e um empolgado "bom fim de semana" para a bruxa.

Eis aqui o que faria para dar continuidade ao diálogo se este, fosse o Mundo de Paula:

"TODAS as pessoa que conheço têm uma cara normal e uma bunda de tamanho aceitável. Só você é feia pra caralho e parece um ornitorrinco! Este seu aspecto geral está totalmente na contra-mão do mundo!"

Seria um sonho realizado.

Dr. Paulinas, M.D.

Deu. O prazo aceitável para repouso, doença, remédios com hora marcada, expirou. Se o destino reservado para mim for a morte, que venha com categoria. Mesmo porque, nenhuma das providências que tomei durante esta semana visando minha cura, surtiu efeito algum.

Portanto, ontem, uma bela noite de sexta-feira, me enfiei no cabeleireiro, retoquei a peruca, e me juntei ao animado grupo que consumia drinks no Alucci Alucci.

"Mas você está tomando antibióticos, anti-alérgicos, anti-gripais, anti-tussígenos, anti-rábicos, anti-tetânicos......não pode beber!"

Revelo aqui que interrompi, sem ordens médicas, o uso de todos os meus medicamentos atuais. Minha vodka com cranberrie vale mais do que um tratamentozinho xexelento qualquer.

"Mas a tradição manda que a turma sente-se em uma das mesas da calçada, ao relento! Você não pode pegar friagem!"

Foda-se. Depois, a quantidade de álcool que programei para ingerir, tem o poder de aquecer uma foca lustrosa recém saída das águas do Oceano Ártico.

Pois bem. Acabei com o marasmo, jantei que foi uma maravilha, tomei minhas vodkas, emendei a noite no Passatempo - onde dei cabo do que restava de minha garrafa de whisky - e me retirei do recinto apenas às 4 horas da manhã, quando tomei o rumo de casa.

Hoje pela manhã, acordei disposta, sem dores, curada, como se nada houvesse ocorrido.

Ou seja: álcool conserva; álcool cura; álcool renova; álcool é vida. Troque seu analista por um bom Logan. Como já dizia o grande filósofo Mussum da Mangueira, "Traz um méziz, cacilds!"

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Algumas razões para a irritação de uma garota

1) Após um período de 640 anos, meu carro saiu do conserto. A frição está excelente, parece tratar-se de um exemplar com apenas 20 km rodados. Classificaria sua condição como "perfeita", não fosse o motor acelerado. Transitei com esta bosta hoje beirando a casa dos 3000 rpm. Com meu talento nato para previsões futurísticas, afirmo que enxergo um Astra prata fazendo uma curva, tomando a pista oposta, e retornando à oficina.

Não é necessário comentar que estarei presente durante todo o processo, que por minha própria determinação, ocorrerá entre 10 da manhã e 6 da tarde de amanhã, e nem mais um minuto sequer. Providenciarei uma foice para que o mecânico, intimidado, cumpra o prazo.

2) Estou em busca de um par de muletas para alugar. Fui fazer os pés no salão e quem me atendeu foi uma estripadora. A tarada conseguir arrancar todas as peles planejadas por Deus para nunca deixarem o corpo humano. Se subir em uma balança agora, certamente estarei pesando uns 600 gramas a menos. Porque a carniceira simplesmente subtraiu esta quantidade de massa corporal ao fazer minhas unhas. Esta vaca. A minha sorte - mais da esquartejadora do que minha - é que não estou praticando exercícios nem corrida durante esta semana. Devido ao laudo médico que me diagnosticou uma pré-pneumonia, fato que me obrigou a sentar a bunda na cadeira. Ao final da sessão, ela me perguntou, sorrindo:

"Tem algum cantinho doendo?"

Neste momento, avaliei a hipótese de chutar a cara dela.

- "Não...e seu cú, está doendo? Ah, não???? Mas eu posso providenciar!!!"

Imaginem o que eu seria capaz de fazer se houvesse qualquer espécie de arma em meu poder.
Meninas sabidas NUNCA trocam a manicure por motivos fúteis, como falta de horário. Isso é um mantra. Semana que vem, voltarei para minha Nathalia.

3) Quanto mais drogas ingiro, mais tusso. Quanto mais repouso faço, mais meu pulmão direito dói. Resolvi fazer uso de minha sabedoria médica e diminuí o intervalo, estipulado pelo médico, de 8 horas entre as doses das medicações. Desde a manhã de hoje, venho consumindo toda sorte de fármacos de 6 em 6 horas. É muito provável que esteja aí a explicação para minhas tonturas, pontadas no estômago e sonolência grau 10. Se houvesse um prato de sopa na minha frente durante a tarde, teria caído de cara nele. E morreria sufocada ao aspirar o líquido sem despertar.

Bastou, não?

UTI

Devido à gravidade da tosse/gripe que já me persegue há 15 dias, decidi me consultar com Dr. Chucrutes hoje, na hora do almoço.

Tive este ímpeto após constatar que meu pulmão direito está doendo muito, em qualquer ocasião: quando tusso, respiro, ando, falo, emudeço, espirro, mando alguém se fuder.......

Enfim. Lá fui eu para a Av. Paulista, já prevendo o esporro que estava a caminho. Como uma pessoa esclarecida como eu havia deixado os sintomas se agravarem a este ponto? Minha mãe estava há dois dias repetindo este mantra, assim, assumi a personalidade de pessoa relapsa e me dirigi ao consultório médico já sabendo que não ganharia nenhum pirulito ao final da consulta.

Formulei toda esta situação de pânico, me esquecendo de como é, de fato, Dr. Chucrutes. Divulgando uma versão resumida, ele concluiu que meu caso não é de pneumonia, nem nada mais grave.

"Até agora. Às 4 da tarde pode ser! Doença se transforma, você faz um exame às 10 da manhã e não tem nada, mas às 4 da tarde, pode ter. Você pode estar correndo no parque as 10 da manhã, mas às 4 da tarde, pode morrer!"

Muito tranquilizador.

Basicamente, ele mandou eu tomar um remédio para tosse, outro para gripe, e fazer repouso durante 72 horas.

"Repouso é ficar em casa sentada, vendo televisão. Não é deitada, é sentada! Deitada você estará dormindo, não repousando. Sente-se, ligue a TV, e não abra, em hipótese alguma, a geladeira. Peça comida pronta!"

E, com uma grande e reluzente chave de ouro, finalizou o discurso:

"Fazendo certinho, como eu mandei, na sexta-feira à noite você já poderá voltar a beber!" - um sonho este Dr.

Desculpem ordens médicas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Greystoke

Hoje fui contemplada com a honra de ficar cara a cara com ele, o Rei da Selva, marido de Jane, pai da Chita, e agora, candidato a vereador em São Caetano do Sullllllllllll........................................

TARZAN!!!!!

Digitando 44444, cidadãos abecedanos terão a opotunidade de ter uma lenda desta grandeza trabalhando pelos interesses de tão progressista comunidade.

Já que o assunto é novamente este, vamos comentar outras personalidades únicas:

Temos um sujeito de nome Só Love; há também o Brimo Munir, cujo nome de batizmo é, na realidade, Munir Abd Abduni - certamente cearense; Mário Gomes também é candidato - esperamos que não usem o incidente com a cenoura para denegrir sua imagem durante a campanha; Paula Maluf - incrível a capacidade de pegar carona na onda alheia que certos serem têm.

Mas o melhor fica por conta de identificações simplórias adotadas em cidades grandiosas como São Caetano:

Alberto da Ótica;
Toninho das Abelhas;
Cícero do Hospital;
Lola do Centro de Saúde;
Jô do Centro de Saúde;
Calmona da Associação;
Zezito da Auto-Escola;
Luizinho da Farmácia;
Sidão da Padoca.

Se um dia decidir que a política é meu destino, penso em me candidatar como
Paulinas da Puta que o Pariu.

Segundona braba

Inicio esta bela semana em crise pura e verdadeira. O maravilhoso clima que nos cerca fez com que eu tivesse a chance de experimentar aquilo que sente um esquimó ao tomar banho. Cheguei ao final do dia com a boca roxa e fui obrigada a furtar da loja um casaco masculino de numeração 20 vezes superior ao meu manequim. Caiu extremamente bem, adotarei o visual-tendência.

O que antes era apenas um apanhado viral - como gosto de denominar - contendo tosse, espirros, falta de ar gerada por asma e/ou bronquite, rinite e sinusite, transformou-se rapidamente em algo desconhecido, porém dotado de sintoma nível 3, em uma escala de 1 a 5.

Até esta chuvosa manhã, nunca havia notado a existência de meus pulmões. Até sabia que eles existiam, já ouvira falar que vinham em pares e possuía certa noção sobre sua localização. Foi quando ocorreu a primeira tosse do dia e a dor vinda das profundezas dos purmão. Dor no pulmão, além de ser coisa de velho, é também sintoma de morte certa.

Além disso, fui possuída por uma fome monstra, descontrolada, e sem fim. O que me apareceu, tracei. Mandei pa drento. Desnecessário dizer que, devido ao problema pulmonar, cabulei a corrida de hoje, portanto tudo aquilo que, destrambelhadamente ingeri, já está se transformando em banhas novinhas para minha bunda.

Para completar, desconfio que o moço da oficina, sei lá, perdeu meu carro. Impossível aceitar que uma frição demore mais do que 12 horas para ser substituída. Já faz uma semana que vivo o drama da falta de veículo próprio.

Quando eu insisto em repetir que preciso com urgência me deslocar rumo à Bahia, tem gente que ainda pensa que é frescura. Acudam!

Máximas - Sábio Comentário

Vovó, 95, para Astolfinho, sobre a prenhice de Flower:



"Quem mandou enfiar o que não devia onde não podia?"



Creio que foi o choque gerado pelo fato da descoberta de sua transmutação em 'bisavó'.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Apenas uma ameaça

O próximo idiota que se aproximar de mim para fazer qualquer tipo de piada babaca, brega e desprovida de graça, envolvendo personagens de novelas as quais jamais assisti a um único e mísero capítulo e inclusive não tenho nem pista da emissora que as exibem, vai ter que se entender comigo.

Este elemento será arremessado abismo abaixo tão logo inicie qualquer comentário classificado por mim como imbecil, ignorante ou que demonstre o menor indício de falta de criatividade, quesito sempre em alta entre os burros de plantão. A agressão poderá ser alterada devido ao estado de meu humor no momento em que a pena for aplicada.

Porquê a rabugice? Minha cunhada foi batizada com o nome de Flora. Desde que teve início esta novela das 8, qualquer imbecil que esteja nas proximidades não se contém e, abobadamente diz, aos risos infinitos:

"Você sabia que na sua família tinha alguém tão má?"

Ou

"Não pode confiar na Flora, olha o que ela aprontou com a Donatela!"

Ou

"Fala pro seu irmão tomar cuidado, que a Flora já matou um marido, daqui a pouco chega a vez dele!"

Ou

"Vocês continuam gostando da Flora mesmo depois de descobrir o quanto ela é má?"

Ou

"Se o Dodô soubesse quem era a Flora, não tinha se casado com ela, hein!!!!"

Entenderam?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Pobremas ténicos

Já fazia algum tempo que meu veículo demonstrava sinais de que algo mais grave e, provavelmente mortal, estava prestes a ocorrer com sua frição. Como não havia a mínima vontade de minha parte em encostá-lo em alguma oficina e passar dias sem locomoção, decidi postergar seu conserto tomando algumas atitudes que, teoricamente, prolongariam a vida do câmbio. Quanta sagacidade.


A primeira providência que tomei, foi transferir o automóvel de garagem na empresa. Desde 1845, estaciono o carro na rampa que dá acesso ao subsolo do prédio onde funciona a fábrica. Entro de frente e saio de ré, em uma rampa bastante íngreme. Íngreme para cacete e cheio de pedestres desprovidos de noção, que insistem em se jogar atrás de um carro em marcha ré na ladeira, com o motorista totalmente sem visão traseira.


Pois bem. Achei que seria inadequado forçar desta maneira a já prejudicada frição e me mudei para o estacionamento em frente, o que já planejava há tempos, pois meu carro parado na porta da fábrica diminui o número de vagas disponíveis para clientes e fornecedores. No estacionamento em questão, entra-se descendo uma rampa, e a saída é pela rua paralela, sem nenhum tipo de desnível em relação ao asfalto. Perfeito. Havia boas chances para o carro.


Calculei que, tomando esta medida, a sobrevida do Astra prolongaria-se até o final do ano, quando, logo que ocorresse minha partida para a Bahia, ele entraria na oficina sem que eu sofresse transtornos de qualquer espécie.


Planejei tudo isso sem incluir o manobrista da merda do estacionamento nas possibilidades. Desde que comecei a estacionar o carro no estabelecimento onde este infeliz trabalha, há uma cena que tenho o prazer único de vizualizar diariamente. Diria que mais de três vezes ao dia. TODOS OS DIAS: Meu carro, subindo a ladeira que dá acesso ao estacionamento (mão única, importante dizer), de ré, a mais ou menos 60 km/h.


"Pra gente podermos marnobrar os outro veículo, Paula".

Foi a explicação que obtive quando chamei a atenção do baiano em relação ao fato de meu carro estar lá dentro justamente para NÃO ter que subir rampas de ré.

Pacientemente, após um breve período de concentração, clamando por sabedoria, para não arremessar um paralelepípedo contra o manobra, expliquei os motivos pelos quais eu passara a parar a porra do carro naquele estacionamento, e não na minha garagem particular.

Certa de que ele não havia prestado atenção a nenhuma mísera palavra proferida por mim naquele curto período, resignada, virei as costas e entreguei à Deus, como diz Eunice, empregada de minha residência.

Conclusão: Em exatos 30 dias, este baiano produziu o estrago que estava programado para ocorrer apenas no mês de dezembro. O automóvel entrou na oficina na terça-feira e lá permanece até hoje. Além de gastar uma fortuna com os reparos, estou andando por São Paulo devido apenas à boa vontade alheia. Porque já vitimei em sequestro os veículos de minha mãe, meu pai e minha irmã. Por enquanto.

E o mecânico, pertencente à corja de papai, já me avisou que a "coisa tá compricada" e não sabe quando "a viatura vai liberááá."

Estou bem, estou calma.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Elucidando questões

Não, eu não vou me engalfinhar com 800 mil pessoas via internet na tentativa de adquirir um ingresso para assistir à Madonna.

Não, não vou executar 438 tentativas de efetuar o cadastro no site responsável pela venda de bilhetes online.

Não, eu não conheço ninguém que esteja na fila há 4 dias para quem possa implorar a compra de um ingresso que venha a me pertencer. Se conhecesse esta pessoa, seria obrigada a rever nossa amizade, inclusive.

Não, eu não pretendo pagar 2 milhões de dólares por um ingresso proveniente de alguns dos tantos cambistas que atuam como meus fornecedores futebolísticos.

Não, não conheço nenhum patrocinador de camarotes, tampouco possuo cadeira cativa ou sou ilustre torcedora do clube que alugou seu respectivo estádio para o evento. Aqui é Corinthians.

Não, não pretendo ficar horas em pé, sem bebida, sem banheiro, sem NADA, devido ao concerto da cantora em questão. Isto, claro, se houvesse o ingresso. Tenho preguiça, sou dependente de mesas e garçons.

Ainda levando em consideração a hipótese de um ingresso voador adentrar minha janela, não, não pretendo parar meu carro na casa do cacete e andar 200 km em meio à fanáticos rumo ao estádio. E depois voltar. Também não vou tomar van nenhuma, de camarote nenhum, partindo do Jockey Clube, ou similares.

Não, não sofrerei nenhuma perda grave com esta decisão. Já vi a Madonna quando adolescente, época em que meu ser era dotado de disposição para enfrentar aglomerações, guerra e tumulto. Foi válido, porém, bastou.

Sim, me enfiaria em algo semelhante motivada pela presença de outro artista, ou devido à existência de outro evento. Sou chata, mas me adapto. Frequento carnaval, futebol, Skol Beats, Rolling Stones, Bourbon Fest, e por aí vai. Madonna não me convenceu desta vez. Muito trabalho para recompensa modesta.

Prometo guardar a mesa do bar onde estarei sentada, consumindo álcool e frituras na companhia daqueles que possuem a mesma opinião. Então, adoraria ouvir detalhes sobre a apresentação.

Oficialmente, livre do trampo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Os bregas também malham

Ok, paguei minha língua. Fui obrigada a fazer amizade com a Chucky da academia - que, inclusive, estava soberba na noite de hoje, trajando vermelho com cristais e uma touca como aquelas usadas pelas pessoas que praticam natação, adornando sua peruca.


O fato é que surgiu uma figura tão ou mais estranha do que Chucky no recinto da musculação e eu precisava estabelecer contato visual com alguém em caráter de urgência. Como nestes milésimos de segundo, não achei nehuma pessoa de minhas relações, estava muito próxima de desistir de meu comentário ofídico, quando sinto um putucão seguido do comentário:


"E esta infeliz? Aonde vai?"


Era Chucky. Comentando sobre o aspecto físico de outrem, seria esta cena real? Levando em consideração a condição da espécie, me rendi e fiz fofoca alheia com a louca.


A pessoa, pertencente à faixa da terceira idade, tem o físico muito semelhante ao de uma Barbie. Mas não uma Barbie padrão. Digamos que ela seria uma Barbie Biafra. Inteira lipada e siliconada - insto inclui panturrilhas, peitos, bunda e cara - nada impediu que rugas profundas tomassem conta de seu braço de coloração laranja jet bronze. Assim como o resto de sua cútis. Tudo para contrastar com seu cabelo amarelão, beirando as nádegas.


Mas tudo isso veio agravado pelo fato de ela estar vestindo uma roupa de aeróbica totalmente stuck in the eighties, composta pela seguinte combinação de peças: uma bermuda de lycra amarela, daquelas que brilham; meiões amarelos amarfanhados nos tornozelos; tênis pretos de cano alto; maiô preto fio dental colocado por cima da bermuda amarela, estilo marcando o rego; e uma faixa na testa, amarela e preta, obviamente. Para combinar.


Em vista disso, o que me resta? Ficar amiga de Chucky e seus chapéus? Tomar uma vodka? Trocar o figurino e fazer novas amizades? Mandar esta gente se recompor?????

Aproveitando a deixa....

Estava a caminhar por São Caetano no dia de hoje, quando ouço mais um carro de som em operação de campanha eleitoral. A música que saía dos auto-falantes era uma versão política de "A tuba do Serafim", cujo autor desconheço, mas na minha época, era interpretada pela Turma do Balão Mágico. Seus versos diziam mais ou menos assim:

Todo Domingo,
havia banda
no coreto do jardiiiiim

E bem de longe
a gente ouvia
a tuba do Serafiiiiiim

Porém um dia
entrou um gato
na tuba do Serafiiiiiim

E o resultado
desta melódia
foi que a tuba tocou assim:

TUM TUM TUM, Miau!
TUM TUM TUM RUM TUM TUM, Miau!

Desnecessário comentar que o nome do candidato em questão é Dr. Seraphim.