Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 6 de dezembro de 2008

Alucinados ao volante

Estou desconfiada de que algum hospital psiquiátrico para portadores de desvios mentais automobilísticos nível 5 fechou suas portas, e por falta de vagas em outras instituições, a direção decidiu soltar todos os pacientes na rua. E isto ocorreu ontem. Tenho certeza.

Porque ontem à noite, eu e Carlota transitávamos pela Cidade Jardim com destino à casa de Muso, quando notamos a presença de um ser humano suspeitíssimo bem ao nosso lado. Ele dirigia um Gol fabricado na década de 90 no qual instalou um turbo. E luzes estranhas. O encosto de seu banco estava deitado num ângulo de 160 graus, portanto a figura encontrava-se pendurada no volante. Esta pessoa aproximou-se de meu veículo com esta joça à distância de 3 cm e começou a acelerar. Suas expressões sexies foram observadas por mim e Carlota através do vidro traseiro, tamanho o espaço que o separava do local originalmente destinado para o motorista.

Neste momento, pensamos: "Morram, pés-de chinelo alucinados!!!"

Logo em seguida, descobrimos que a paquera do desgraçado envolvia colisão E meu carro, ou seja, ele pretendia bater aquela merda na gente para, a partir daí, estabelecer algum tipo de contato.

Fui obrigada a frear e esperar o louco sumir para seguir meu caminho. Alguns metros adiante, já na entrada da marginal Pinheiros, um vulto. Desviei com tal violência que Carlota deu com a crina no vidro lateral. Tratava-se de um cara que cruzou transvesalmente a pista sobre uma bicicleta motorizada. Não, não era uma mobilete. Não, ele não estava aproveitando o impulso e por isso não pedalava. Era, de fato, uma bicicleta tosca com um motorzinho. Conseguimos ouvir o "pépépépépépépépépépépé" que a máquina emitia.

Hoje, lá pelo meio dia, estava eu no meio da loja quando ouço: "Escatabláááááft!". Uma anta de botas que dirigia um Fox na incrível velocidade de 5 km/h, subiu na calçada, passou por cima de um canteiro - com árvores e plantas altas - arruinou a lateral de um carro que estava estacionado no meio fio, continuou pela calçada, entrou na oficina mecânica em frente à loja - sempre desgovernada - e porrou seu carro contra um veículo que estava parado lá justamente para conserto.

Isto, para mim, está com cara de teaser.

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