Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 29 de novembro de 2008

Virei o Robert Smith

Ontem à noite, houve uma grande festa na pacata cidade de São Paulo e eu era uma das seletíssimas personalidades que possuía um convite para o disputadíssimo evento. Coisas de Muso e sua turma.

Enquanto trabalhava na produção de meu lay-out, empolgada com o arrasta pé que estava por vir, me lembrei que algumas semanas atrás eu havia sofrido um surto, acesso este que me obrigou a gastar um bom montante adquirindo produtos para maquiagem. Entre tantos itens, me veio à memória um deles, especificamente. No momento em que efetuava a compra, pensei: "Aí ó...um lápis preto.....tenho 478, mas.....vou levar..."

Pensamento este, que foi interrompido pela fulana detrás do balcão:

"Este lápis é um kajal no tom preto noite para o contorno dos olhos, enriquecido com 'blevers' e fórmula 'cluvers', que tem em sua composição, 'chevers' e é feito com matéria prima 'blonvers'......."

O que ela descrevia ali estava mais parecido com uma vara de condão do que com a merda do lápis. Mas levei o treco mesmo assim.

Pois bem. Lembrando desta ladainha enquanto me arrumava, decidi que estava curiosa e o momento era propício para estrear o tal lápis. Pintei os olhos, fui para a festa, voltei, tirei a maquiagem da fuça e o que descobri? Que além de todas as maravilhosas características descritas pela tchonga do balcão, o lápis era também indestrutível. Ou seja: a partir do momento que você passa aquilo na cara, a única certeza que há, é a de que você nunca mais apagará o traço.

Estou até agora com esta poha borrada na cara e começo a me achar muitíssimo parecida com o Alice Cooper.

Minha próxima tentativa de dissolver os restos do lápis envolverá acetona.

Um comentário:

Red disse...

Era pixe. Simples.