Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Gás tóxico

Pessoas pobres - incluo aqui todos aqueles que são obrigados a trabalhar para produzir dinheiro - submetem-se frequentemente a situações imbecis que poderiam ser evitadas com uma bela herança ou golpe e a garantia de permanência na piscina de casa durante o dia.

Não há quem saia ileso. Eu, por exemplo, tenho uma horda de clientes para me fritar o cérebro. O cadastro que todos possuem na loja será muito útil no dia em que botocarei minha cara. Vou cobrar um por um, já que não haveria necessidade da aplicação de tal produto sem a grande parcela de culpa destas pessoas.

Tive esta conversa recentemente, durante um jantar com saquê e minha amiga K. K detém importante cargo na diretoria de uma grande agência de internet e também não para de pensar em opções viáveis para um golpe do baú.

Além de herdar uma funcionária mal vestida, de cabelo sujo e que usa faixas de mau gosto na cabeça (certa manhã, a sujeita apareceu com uma faixa branca que cobria desde a testa até o cocoruto. K não se conteve e perguntou se ela havia quebrado a cabeça), eis o que acabara de acontecer com ela:

Surgiu um problema totalmente impróprio e K foi obrigada a levantar a bunda de sua cadeira e se dirigir à "tecnologia", área da empresa localizada em outro andar do edifício.

Chegando lá, reuniu a equipe à sua volta e deu início a uma breve reunião. Dois minutos após começar a falar, PRRRRRRRRRRRRR! O ser humano em frente.....peida. Na cara dela. Olhar de ódio lançado, prosseguiu a reunião. Mais 40 segundos e PRRRRRRRRRRRR!!!! Outra bufa. Nova encarada e K voltou a falar, já planejando como mandaria matar o cidadão. Mais 3 minutos de conversa, PRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!

Aos gritos: "Caralho, amigo! Você está passando bem??? O que você almoçou, hein??? Comeu merda e tomou mijo?? Porque eu acho que não te fez bem, não!! Precisa de um banheiro? Vamos que eu te levo!!!"

Catou o cara pelo braço e o conduziu, aos trancos, até o toilete masculino. E, claro, foi embora sem terminar o assunto, missão transferida ao trouxa mais próximo, por ela própria.

Um comentário:

Red disse...

Além do Botox, inclua Prozac.