Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 2 de agosto de 2008

Queridos clientes

Na minha opinião, uma parcela das pessoas que sai de casa desejando comprar coisas em uma loja, está, na verdade, procurando confusão. Veja se é implicância minha ou se esta pessoa não tem, realmente, medo de morrer:

No mês de maio, MAIOOOOO, uma piranha foi à minha loja e comprou camisas para o corno de seu marido. Muito exigente, o palhaço não gostou das peças e os infelizes retornaram para fazer a troca. Já na loja, ele continuava em desagrado, nada lhe parecia bom, não havia ofertas suficientes para o reizinho. Nada, em uma loja de 250 m², onde se comercializa desde cuecas e meias, até ternos italianos. Passando pela linha completa de camisaria, jeans, bermudas, calças esportivas e sociais, camisetas, sapatos, blasers, jaquetas, tudo.

De saco cheio desse cara, dei meu cartão para o idiota com um vale. Como na loja não tinha "absolutamente nada", ele poderia voltar em algumas semanas para efetuar a troca. Valor do drama: R$190,00. Ainda por cima é pobre. Comprou uma porrada de coisas, tudo o que estava na promoção e não gastou nem 200 paus. Pobre.

Me esqueci da existência destes otários e a vida ia muito bem. Ia. Até que hoje, visualizo a dupla caminhando porta adentro. Foram gastar o vale. "Ótimo", pensei, "assim me livro para sempre".

Quanta ingenuidade........até parece que é facil se livrar de gente pé de chinelo que pensa que gasta pra cacete.

Estes dois alugaram uma das vendedoras por uma hora, em pleno sábado. Eu via a ira nos olhos da menina. Até que veio a bomba. Eles queriam o dinheiro de volta, porque, segundo a puta, na loja não havia nada que "prestasse".

Sim, uma mulher velha, gorda, feia, com um marido magrelo, feio e velho, proferiu tal comentário envolvendo meu estabelecimento.

Abri meu melhor sorriso e disse, transbordando compreensão, que sim, ela teria seu dinheiro de volta, mas que não podia subtrair este valor do caixa na hora, precisava antes fazer uma "ordem de saída". Gente burra nunca questiona burocracia fictícia, lição importante. Mandei voltar na terça (sabendo que nunca a mulher captaria a piada).

Meu plano consiste em fazer esse estrupício percorrer a distância de São Paulo a Manaus entre idas e vindas, na expectativa de reaver seu dinheiro. Quando me cansar, devolvo a quantia. Estou gastando R$190,00 para fazê-los de trouxas. É assim que me divirto.

2 comentários:

Red disse...

A mulher voltou? Voltou? Voltou?

Paulinas disse...

Sim, na terça. Informei que era o dia da minha folha de pagamento (mentira)e que não poderia efetuar a devolução da quantia.
Mandei vir hoje e, sim, ela veio. Disse que devido ao movimento de dia dos pais, houve sangria no caixa o dia todo, e que não dispunha da quantia no momento. Mandei voltar na próxima terça. Tá muito legal isso.