Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Resumindo minha segunda-feira

A pessoa emite uma passagem para um aeroporto brasileiro daqueles bem infames, estrutura ZERO. Pede um transfer para uma localidade próxima, cuja estrutura, colegas, também é zero. Eu vou lá e contrato o transfer, que não é um carro de alguma empresa grande e renomada, pois como foi explicado logo acima, tudo ali conta com que nível de estrutura?

ZERO

Isso foi no mês passado. E não, esta pessoa não sou eu. É alguém com problemas mentais infinitamente maiores que os meus.

O cara responsável por transportar a criatura é um motorista local, conhecido, de confiança, porém sua tolerância é, seguindo as normas locais.....ZERO.

No dia 23 de dezembro a humana em questão muda o voo. Antecipa para o dia anterior. Falo com o supra citado motorista e ele rearranja seus horários para atender a fidalga.

HOJE, dia do suposto voo, ela me liga às 10 da manhã para avisar que vai num jato particular, não mais pegará o voo de carreira. Maravilha. A que horas sai o avião?

NÃO SABE.

Muito bom, amigos. Ela não sabe. Outra questão importante: tratando-se de um avião particular, pousará no aeroporto local ou em alguma outra pista próxima?

TAMBÉM NÃO SABE.

São 17h12 e até agora ninguém sabe se ela já foi, se ela irá, a que hora chegará e onde aterrizará. Mas deixou um recado impertinente exigindo um carro para buscá-la não sei aonde e sei lá que hora.

Eu mesma quero que todos morram. Quarta-feira estarei tomando Netuno aos litros na beira do Rio Caraíva. Tomara que ela esteja enraizada em alguma pista de pouso deste Brasil.

Feliz ano novo para todos. Menos para ela.

Beijos.

Anarfas do Brasil

Semana passada esta pobre criatura que vos posta passa em frente à FMU da Rua Iguatemi, caminho obrigatório que me leva do trabalho até meu carro, e ouve o seguinte diálogo entre um suposto estudante de direito - o cara estava de terno, todo fantasiado de estagiário em escritório de advocacia - e uma baranguinha, provavelmente, colega de classe do distinto:

- "O cara é um suicídio, ele é muito louco"

- "Peraí, ele se matou?"

- "Não, mas ele é mó suicídio"

- "Então você quer dizer que ele é SUICIDA, veja."

- "Mas qual a diferença?"

Obviamente parei no meio da rua porque precisava saber até onde ia a idiotice mórbida do cidadão. Apostei que era sem fim. E ganhei, pois notem:

- "Suicida é alguém com tendências suicidas. Alguém que praticou ou pode vir a praticar o ato do SUICÍDIO"

O que eu, particularmente estava prestes a convidar a garota a me acompanhar. Nos mataríamos juntas para nunca mais sermos obrigadas a olhar para a cara de um imbeciloide como aquele. Duas SUICÍDIAS no Itaim Bibi. Segue:

- "Ahhhhhnnnnn, sei. Deixa eu ver se entendi....pera.....o cara que é suicida é o que pratica o AUTO do suicídio, então!"

E os ônibus ali passando rentes ao meio fio. E eu neste momento desenvolvendo uma nova vontade: chamar a coitada para me ajudar num AUTO de homicídio contra aquele débil mental.

Esse porra ainda vai passar na OAB em sua 14ª tentativa e teremos o quê, minha gente?

Um ADEVOGADU. Palmas para ele, amigos.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A prova cabal

Pirei de vez. O que era um suspeita já pode ser tratado como fato. Comprei um chapéu. Devia ter parado da Drogasil e ter comprado uma caixa de Topamax 500 mg.

"o meeeu chapéu tem 3 pontas, tem 3 pontas o meeeu chapéu..."

Comprei um chapéu. Agora só me falta o carrinho de supermercado cheio de entulho pra empurrar pelas ruas de NYC.

Feliz Natal.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Festa Virtual

Em versão corna/fofa/detonada pelo todo. Cante aí, meu filho, que você ganha mais. Isso aqui vale a pena bradar com tais acordes ao fundo.


O vídeo ilustrado é tosco, ok, vamos todos concordar que este é um fato incontestável. Mas até aí, é também incontestável o fato de que minha vida como um todo é conduzida pela tosquice. Estamos entendidos, então. Beijos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Espirito Obsessor - Esclarecimentos

Ocorre que eu e a Reds fomos possuídas por um espírito demoníaco e não estamos cogitando a hipótese de libertação.

Desde que abrimos o canal de comunicação com a entidade aguardávamos por este momento. E a manifestação paranormal finalmente aconteceu. Estamos oficialmente tomadas por Sheila e não vejo previsão para um desenconsto.

Se é que essa palavra existe.

Claro que existe a possibilidade de "O Grande Surto" ter nos acometido e a falta total de razão tenha, por fim, tomado as rédeas do nosso estado psicológico como um todo. Em suma, talvez estejamos completamente loucas. Ou não. Como garantir? Tenho a impressão de que nunca enlouqueci. Diagnosticadamente, eu digo. Ou tenha e não me lembre. Sequelas fazem com que nos sintamos assim, sem memória, de vez em quando. Ou sempre. Não sabemos ao certo. De qualquer forma, era isso que esperávamos para este fim de ano, logo, como dizemos sempre lá na sede da agremiação, tá tudo nos conforme.

E isso não tem a menor importância, porque, afinal de contas, sinceramente eu estou completamente irritada. Não sou de falar palavrão e me deu vontade de falar um palavrão: POXA! Eu fui nos Jardins trocar um bracelete, sentei DOIS minutos no meu carro e já estava completamente encharcada de suor. Essa cidade é um verdadeiro matadouro para uma pessoa fina.

Quem pode usar um casaco de pele aqui? Francamente, poxa!

Chego nos Jardins, absolutamente esburacado e quebro meu Prada. Quer dizer: fancamente! Ou se tem um lugar decente para se andar no Brasil ou não tem!

Por isso que eu prefiro Paris.

Paris é um dos lugares mais maravilhosos do mundo. Eu me lembro que a primeira vez que fui a Paris, fui a uma cidade maravilhosa chamada Gardiseville. Poucas pessoas talvez conheçam, uma cidade finíssima, fica no sul da França. E é uma loucura porque foi lá que eu conheci uma grande amiga chamada Narcisa.

Nós estávamos hospedadas num hotel chamado Gardalavoule, que é um dos hotéis mais maravilhosos de Paris. Eles hospedam lá, no máximo, 4 ou 6 pessoas por temporada, quer dizer: é uma loucura você conseguir pelo menos uma vaga num lugar como esse.

Aliás, nós estávamos lá nos divertindo muito e eu lembro que ela estava me oferecendo um champagne chamado Gardine au von  Bouche. O Gardine au von Bouche é um dos champagnes mais maravilhosos, de um conde chamado Ledoux Voulorde. Ele tinha um vinhedo em casa e ele tinha uma espécie de uva geneticamente modificada que dava uma uva em cada cacho, quer dizer: imagine para fazer o champagne. É um absurdo, custava cerca de 20 ou 30 ou 40 mil dólares, enfim, não me lembro. E ela é uma louca, bebíamos que nem dois desesperados. Enfim.

Eu lembro que uma vez nós estávamos em Nice e eu disse: "vamos esquiar?" Aí nós fomos esquiar, mas eu não tenho muita paciência para essa coisa de gelo. Eu lembro que eu estava morrendo de frio e comprei um casaco chamado DrodurJeville e era um casaco que eles tinham lá no sul da França, maravilhoso. Por quê? Veio do Afeganistão e era feito de uma raposa? Não.....o que era aquilo? Não sei se era uma raposa. Enfim.

Ah!! Um carneiro do Afeganistão! E era uma coisa de louco, porque era um carneiro geneticamente modificado e ele era albino. Lhe caíam todos os pelos e o único pelo que restava era o pelo mais resistente, que é o pelo.......como se chama? Pelo Rei? Enfim, não me lembro. E eu lembro que desse único pelo é que eles faziam o casaco. E era um absurdo, porque é absolutamente caro aquele casaco.

A única vez...e o único lugar que eu gosto de passar calor é numa ilha no sul de Caribe que chama Tracurdavalle. É uma loucura, porque essa ilha fica submersa a maior parte do ano. Então, você imagina que quando dá a temporada e ela emerge é uma loucura encontrar o quê?

Uma vaga no hotel do lugar.

Bom....é absolutamente....como eu posso dizer? Difícil você conseguir se refinar no Brasil.

Ai....estou um pouco alta.

Pardon.

Porque incorporar CABOCLO é coisa de brasileiro, diz aí povo refinado.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Breja no Sacha

Então né. Outro dia aí fez uma bela noite de verão, coisa que não acontecia em São Paulo há 412 eras, e achamos por bem juntarmos o povo que presta em alguma calçada paulistana tendo como objetivo principal consumo ilimitado de álcool e frituras em imersão.

Isto posto, tomamos a sábia decisão de montarmos uma mesa mafiosa no Sacha com os seguintes participantes: minha pessoa, Carlota Pavolak, Lelê e Pijama. Em uma palavra: pedigree. O sucesso nos aguardava.

A coisa começou a degringolar logo no início, quando descobrimos fisicamente que os 247 caras "sou riponga style" da mesa ao lado estavam ali para cantar. Detesto parecer repetitiva, pois venho citando Ventania em diversos posts aqui nessa birosca, mas a realidade é que estas criaturas cantavam sem parar num timbre que olha: os pais desses moleque deveriam tê-los colocado para estudar em algum desses lugares que formam gente apta a cantar em óperas. Repertório: Ventania e similares. Aos BERROS.

Tal situação prejudicava nossa conversa particular, de modo que fomos obrigados a subir 3 tons também, pois não conseguíamos ouvir uns aos outros. 4 nego numa mesa. Ensurdecidos pelos palermas ali ao lado.

Em determinado momento o assunto tomou o rumo "relacionamento entre pessoas" e debatíamos o que é ou não excesso de liberdade, invasão de intimidade, intransigência, burrice, essas coisas que tornam os seres humanos uma espécie peculiarmente agradável para se conviver. Pijama argumentava que o que incomoda algumas pessoas não atinge outras e exemplificou com as seguintes hipóteses:

"[cantoria rolando ininterruptamente na mesa ao lado] Tem cara que chega em casa e joga o paletó no sofá e a mulher fica puta. Tem cara que guarda o paletó no armário, mas a mulher nem ligaria se ele tivesse largado no chão da sala..."

[o volume da cantoria sobe mais]

"...tem mulher que é neurótica com limpeza, mas não quer ter empregada e o cara aguenta a paranoia dela na boa [batuques são adicionados ao canto hippie. Pijama passa a falar mais alto] e tem mulher que nem liga se há dois pratos sem lavar na pia..."

[a gritaria aumenta e Pijama prossegue seu discurso gritando mais alto]

"...não tem regra pra isso. Gente, tem cara que sai com a mulher e no primeiro dia fala pra ela:..."

[a cantoria e os batuques PARAM por completo, silêncio ABSOLUTO]

"...ENFIA O DEDO NO MEU CU." A 1800 decibéis.

Ou seja: teria o Sacha inteiro certeza de que aquele cara estava pedindo para alguma de nós enfiar o dedo no cu dele? Penso que sim.

Logo em seguida os retardados mentais voltaram a cantar e batucar, mas o pior ainda estava por vir, porque aquela história toda de maravilhosa noite de verão foi arruinada por um temporal que despencou sobre nossas cabeças e fomos obrigados a mudar para uma mesa interna.

No início achamos uma bosta, mas em seguida demos de cara com isso aqui


E descobrimos que o Sacha é um excelente local para eu marcar minha confraternização de fim de ano com o Pedro do 122, já que perdi a oportunidade de fodê-lo no Halloween. Mano, a forca tá pronta, nem preciso pensar no método, olha que povo eficiente esses meninos do boteco.

Daí, eu é que não sei o porquê, mas começamos a falar de ballet. Pijama dizia que todos os bailarinos eram viados e eu discordei, embasada no fato de que estudei ballet por muitos anos. Explicava para ele que, muito pelo contrário, a maioria dos bailarinos não é gay e na verdade são mesmo grandes comedores, já que companhias de ballet, ópera, circo e similares são umas grandes de umas putarias. Só tem louco e é legal pra cacete.

O cara me corta violentamente com "minha filha, não me venha com essa, o maior bailarino do século XX, Mikhail Baryshnikov, morreu de SIDA. SIDA."

Povo brasileiro: tem algo mais infame que chamar AIDS de SIDA? Não tem. Cuspi cerveja na cara da Lelê.

SIDA. Desde quando Misha morreu, Deus Pai? Muitos risos, colegas.

Após nos recuperarmos desta merda proferida pelo distinto, o telefone do cara toca. Era alguém que o alugou por horas e horas e horas, e na minha opinião, ele preferia que fosse o Renato Russo à pessoa que estava de fato do outro lado da linha. Ausentou-se da mesa durante este período e retornou tomado pelo ódio. Só o que saía da boca dele era "eu fico puto, PUTO, P U T O. PUTO!!! PUTO. Eu fico puto." Não havia previsão de que ele parasse de gritar tais palavras. Não para as próximas 48 horas.


Na tentativa de acalmá-lo, sugeri que ele respirasse "in out in out". Resposta: "in out é o seu cu, sua vaca! eu to puto! PUTO, P U T O!"

Cuspi cerveja na cara da Carlota. 

Do nosso lado tinha uma roda de 3 japinhas gordinhos super fofos, porque japa gordinho é uma figura fofa, diz aí gente. Com a maior cara de bonzinhos. Os coitados acharam que Pijama iria me esganar, estripar ou algo do gênero e assumiram posição de alerta, prontos para me defender. Um à frente, os outros dois flanqueando, horrorizados. Eles se acalmaram apenas quando viram que após o acesso de riso que tomou a mim, Lelê e Carlota, citamos o Seu Túlio do 16, a Dona Neli, a dona Clarice, a beócia da Dona Lurdes e a Dona Misidia andando com a Sayonara SEM COLEIRA, SEM COLEIRA.

E aí, alguém topa uma breja semana que vem? 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Como identificar um LOUCO

Darei alguns exemplos citando situações que vivi/presenciei hoje:

Eu e Frávia, minha parceira de trampo e dona daquele Império do Turismo onde trabalho, fomos a uma reunião hoje pela manhã. Nove e meia, deveríamos estar no escritório de um cliente importantíssimo, localizado ali na Chucri Zaidan logo ao lado da Av. Morumbi. E aquela chuva filha de uma puta caindo desde a madrugada. Pensem o quão agradável foi nosso trajeto desde o Jardim Europa até aquela pororoca maldita de carros, ônibus, táxis desgovernados, bicicleteiros, motoqueiros, hordas de pessoas e similares correndo pela tempestade.

Uma delícia. Não sei como tal programa não consta como opção para dias chuvosos em São Paulo nos mais conceituados guias do mundo. Arranjem um tempinho e dêem um pulinho lá, gente. É mágico.

Entramos na BOSTA do prédio já com aquele início de ódio brotando no coração e fomos atendidas por uma imbecil, funcionária da recepção. Típica. Só faltou estar lixando a unha. Que teria um tom laranja cintilante, florzinhas desenhadas e 12 cm de comprimento. O que não faltou: cara de cu murcho, muxoxos e telefonema com colega.  Amassou meu documento, fez cara de merda e bufou para tudo, uma vaca. Tomara que ela tenha perdido tudo na enchente hoje.

Enfim.

Nosso compromisso era com o Sr. Chucrutes Amaral Pereira Goés em seu escritório, no nono andar. Entramos no elevador junto com outras pessoas e apertamos o botão onde lia-se “9”. O elevador parou, saímos do aparelho e entramos pela porta que dava acesso ao interior da empresa. Todos nos olharam com uma interrogação na testa e voltaram a exercer suas funções. Ficamos lá, prostradas como duas bromélias, paradas no meio do salão. Olhamos uma para a outra, pessoas olharam para nós, olhamos novamente uma para a cara da outra até que uma gentil moça aproximou-se:

“Oi, posso ajudar?”

“Sim, temos uma reunião com o Sr. Chucrutes agora.”

“Qual Sr. Chucrutes?”

“O Sr. Chucrutes Amaral Pereira Góes.”

“Mas de que área ele é?” – testa franzida deixando nítido que nunca havia ouvido falar no cara.

“Facilities....”

 E emendou: “de que empresa ele é?”

“Da Chucrutes Corporations...”

“Olha, aqui é o HSBC [a parede à nossa frente adesivada de ponta a ponta com a logomarca da instituição], a Chucrutes Corporations fica no nono andar.”

DESCEMOS DO ELEVADOR NO 4.

Pessoas saíram, saímos atrás e invadimos o HSBC perguntando por um ser inexistente naquela empresa sem mesmo notarmos a presença das letras H, S, B e C ocupando uma parede inteira de 3 metros de altura.

Bem: não estamos. Se tem uma coisa que não estamos é bem.

Corta.

Algumas horas depois, já de volta à sede do Império do Turismo, estou eu tranquilamente operando milagres em minha mesa quando ouço berros. Um misto de pedido de socorro com demonstração de pânico e pavor que quase fez com que eu grudasse no teto. Vou verificar o ocorrido e dou de cara com Frávia, de quatro, sob uma mesa. Ela estava sem cabeça.

Se enfiou atrás de um móvel FIXO para arrancar um fio da CPU e ficou presa lá. Agora imaginem a cena do Abulcacys chegando para serrar um móvel porque uma mulher maluca meteu a cara onde não devia e agora está prensada contra a parede. Eu é que não ia receber este homem. Muita gente no espaço aéreo sul americano já me acha desorientada, não preciso de mais membros não. A propósito, ela foi salva por interferência divina. Era pra estar entalada até hoje. Nem sei como passou a cara pelos 4cm que separam a bancada da parede.

Juro.

Daí, esta espertalhona que vos fala, resolveu ir embora no meio daquela chuva horrorosa e saiu correndo pela Faria Lima. Foda-se, só tem doido na rua mesmo, né? Não, não é. Na esquina da Gumercindo Saraiva havia uma PISCINA de lama e elementos radioativos entre uma calçada e outra. A desembestada aqui, cagando e andando para a água, já que nada mais podia ser feito, foi furando o cerco dos pedestres que fechavam meu caminho e, ao chegar ao meio fio, fez a grande descoberta: os ônibus que ali viravam jogavam cataratas de água na galera que esperava o sinal abrir. Ao me deparar com a cena, o grito:

“AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! Leptospiroooooooseeeeeeee!”

E saí correndo para o outro lado. 100 nego me olhando e pensando algo como “....................”

Nem sei com que cara passarei por lá na segunda feira. Por que estes malditos mercados acabaram com aqueles sacos de papel, meu Deus? Seriam ideais. Pelo menos ainda temos chapéus e jornais. E é assim que eu vou.

Cheguei ao meu carro, na Rua Escócia, parecendo uma galinha murcha depenada, com minha camisa absolutamente cara de Reinaldo Lourenço pingando água tóxica [esta cidade é um verdadeiro matadouro para uma pessoa fina] e confesso que até Domingo devo começar a sentir os primeiros sintomas. Da leptospirose, claro.

Entenderam? Um dia, duas loucas.

Beijos. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Estabelecendo a relação entre o ketchup Heinz e meu desprezo por tapados

Dizem por aí que inteligência nada mais é do que a capacidade inata que os seres vivos têm de adaptar-se a novas situações. Conhecer, compreender, aprender. Parece inclusive que tal definição consta como um dos significados do termo numas paradas como Houaiss e tal.

Comenta-se também que a espécie humana tomou o poder neste planeta devido à superioridade de seu intelecto em relação aos outros quadrúpedes e samambaias da floresta. Tamanho de cérebro, processamento de informações, compreensão da lógica, essas coisas todas.

Diante de tais conceitos, alguém pode me explicar o mistério que leva a população como um todo em manter a embalagem do ketchup Heinz de ponta cabeça, caralhos voadores?

Por. Quê. Por quê, Senhor? Por quê?
O Tio Heinz vai lá e contrata um designer que faz uma embalagem daora: a tampa do frasco contendo o produto fica posicionada em sua parte inferior. Isso garante que o molho SEMPRE saia pelo buraco que há nesta extremidade do tubo.

Cena clássica do nego batendo no fundo do pote de vidro e ganhando uma ketchupada no olho, nunca mais.

Daí entra em cena a insensatez humana. O desgraçado apóia a embalagem de ketchup com a tampa virada pra cima, quer dizer....cadê o sentido? Afinal de contas, as tampas sempre ficaram na parte de cima, TODOS os ketchups têm suas tampas localizadas no topo, logo, como é que o Heinz, especificamente, pode ser invertido?

Não pode. Conclusão da humanidade.

O que mais me tira a alegria de viver é o fato de existir um rótulo com o nome do treco seguido de diversas especificações ESCRITAS. Será que esse povo infeliz não vê que aquela porra tá de cabeça pra baixo, caramba? Tá ao contrário, meu, tá lendo não?

Ando observando tal comportamento há meses em locais como Stop Dog e Hamburguinho, ambos frequentados assiduamente pela rainha da alimentação leve aqui. Sento no balcão e aposto quem vai ser o primeiro retardado a pegar a parada, tacar no sanduíche e apoiar o tubo na mesa com a tampa pra cima. Também faz parte de meu jogo pessoal contar quantos otários hão de fazer o mesmo. Digo com tristeza que a média está em 80% do público. Claro que não incluo crianças menores de 10 anos, mas parto da prerrogativa que, se elas fazem é porque adultos ao redor assim as ensinaram.

A TAMPA BRANCA É PRA BAIXO, NATIVOS DE CRETA.

Por essas e outras que minha teoria sobre o fim do mundo não inclui o fim do mundo em si. O fim do mundo foi mal definido. Eu conto mesmo é com a extinção da raça humana. Que regride a olhos vistos. Em todos os quesitos. Deus errou e tá ciente da cagada que administrou. Galera tá emburrecendo, presta atenção.

OU TALVEZ eu seja a reencarnação de Napoleão e sofra de um complexo de superioridade incurável. Claro que sou aberta a considerações e penso ser viável lidar com tal hipótese. A psiquiatria conta com isso.

Ando naquela fase em que minha vontade é esculhambar o cara que põe o ketchup do contrário. No meio do Hamburguinho da Faria Lima. Aos berros.

“Aê palhaço, você é cego ou o quê, seu burro, essa merda é do outro lado, não tá vendo o troço escrito ao contrário aí no pote, imbecil?”

Pensei em algo nessa linha, inicialmente. Acho incisivo.

E não. Não sei porquê a mostarda Heinz não segue o padrão e tem uma embalagem tradicional, foca aqui que o papo é KETCHUP, pombas.

Estou descontrolada? Sejam sinceros, reajo bem a criticas. Por mais incrível que isso possa parecer.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vamos analisar o texto

Olha que eu não sou disso e prefiro infinitamente falar mal da minha própria existência manca e pobre, MAS A RED ME OBRIGOU. Juro que ela jogou esta...hããã..... matéria na minha cara e uma força maior me impeliu a analisar o conteúdo. Parece que trata-se de uma tal bacalhoada servida por nosso querido Conde Chiquinho Scarpa e sua nova namorada, Marlene Sei-Lá-Das-Quanta. Tá no UOL, será possível que só nós estejamos espumando pela boca?

Apenas uma consideração antes de iniciarmos o estudo: penso que nosso nobre foi maquiado na mesma ocasião em que Meryl Streep e Goldie Hawn passaram pelas mãos de Bruce Willis enquanto Dr. Ernest Menville para retoques. Campeonato de esconde-esconde: se o cara entrar no Madame Tussauds é campeão do mundo. Encontrarão a caveirinha do fidalgo daqui 30 anos. O que ele fez com aquela cara, minha Santa Maria Mãe de Jesus Cristo? Este homem está precisando de um amigo que o oriente, mas vamos aos highlights, meu povo:

"...Recém chegados de um tour de 12 dias por Lisboa e Porto, o casal recebeu cerca de 50 socialites na noite de sábado para um cardápio típico português." - CINQUENTA SOCIALITES. Gente, nem há 50 socialites vivos neste país. Quem eles estão considerando, por Deus do céu? Quem usa a palavra 'socialite'? Tem treco mais anos 80 do que isso? Esse povo nunca viu um socialite de verdade, sabe do que se trata não. Prossigamos.


"...Essa moça é autêntica, empreendedora, levanta às 7 horas para fazer ginástica, trabalha o dia inteiro e volta 8 da noite pra casa. Ele diz que liga para ela e pergunta: ‘Já passei todas as suas camisolas, quando é que você vai chegar’?”, conta, gargalhando, a empresária Helena Mottin. Com o pé quebrado, Helena usa uma bota de trekking para imobilizá-lo." - Vamos por partes. 1)Levanta às 7 para fazer ginástica, trabalha e volta pra casa às 8 da noite. Caralho, que estranho. Que comportamento surreal. QUEM além dela faz isso? Ninguém. Trata-se de uma jóia rara; 2)A parte de passar camisolas dispensa comentários. Ou devo fazê-los? Por qual motivo eles passam pijamas uns dos outros e contam para a Helena Mottin? Talvez seja pelo fato de a julgarem uma socialite digna de tal confidência; 3)A véia tá com 112 anos, quebrou o pé e anda por aí gargalhando com uma bota imobilizadora na pata. Será que ela sabe que jamais voltará a andar?? Não nesta vida? Vai rindo, palhaça. Socialite bom era no meu tempo, viu.


".....Estavam na festa também o decorador Jorge Elias e a mulher, Lucila; o empresário Paulo Veloso; a dona de laboratórios  Amanda Delboni, que mora no 5º andar do mesmo prédio de Marlene, os apresentadores Ronnie Von e Ciro Batelli, entre outros." - O Ronnie Von é cantor e apresentador, além de ter aquele cabelo. Se não me engano, seu pedigree o impede de auto classificar-se como um SOCIALITE. Amanhã perguntarei para mamãn, mas me parece que ele sempre foi um menino fino, duvido que seja conivente com tal rótulo. Ciro Batelli é uma maravilha, não perde uma. Se você for dar uma festa, caro amigo, e precisar de quórum, não titubeie. Liga pro Cirão que ele pinta. Antigamente ele levava umas ficha de 10 mil dólares do Caesars para o anfitrião. Vai saber se continua com agradável costume. Aconselho pesquisar. Cada convidado mama mais de um litro de álcool em festas, pensem bem. COITADA DESSA AMANDA DELBONI, meu Jesus, imagina morar no prédio desses crazy?


"...Socialite recente, Marlene foi apresentada a Chiquinho há cinco meses, pelo amigo Fábio Arruda ("A Fazenda")..." - tudo errado, tá tudo errado, minha gente. Socialite / recente / A Fazenda / Fábio Arruda.....nada casa, nada faz sentido, parece letra de música do Ventania, Brasil.


"....Estava toda a sociedade. A Beth Szafir, a Marina de Sabrit, a Adriane Galisteu...Aquele outro da Record, meu Deus, como é o nome dele...? O Vildomar Batista... E também o Carlinhos, sabe? Da 'Fazenda'?" - TODA A SOCIEDADE: a Galisteu, o cara que a mina não sabe o nome e o nego d'A Fazenda. Quer dizer: toda a sociedade. Eu queria aproveitar a ocasião e mandar um recado pra Carmem Mayrink Veiga - Carmem, querida, acabo de descobrir que suas recepções sempre foram um fracasso. Nunca vi a sociedade presente nos imponentes salões do apartamento do Flamengo e você enganou a todos nós. Onde estava a Galisteu? E esse outro cara aí? E o moleque que fez A Fazenda? Você nunca convidou  Marina e Thierry!!! Por quê? Falsa, tratante, dissimulada! Aposto que aqueles Givenchys eram cópias também. Onde estava a sociedade, minha senhora? Nunca mais me ligue, adeus.


"Marlene contratou os serviços do assessor de imprensa Paulo Sanseverino. Ele organiza também sua agora movimentada agenda social. “A Marlene, como pessoa, é um ser humano fantástico." - Olha o que o assessor de imprensa da criatura proferiu, gente bonita. 'A Marlene, como pessoa, é um ser humano fantástico'. Na minha humilde opinião faltou o 'sei lá, entende?' para finalizar. Acabamos de descobrir o nome e o sobrenome do grande Patropi.


"Marlene circula entre os convidados, de salão em salão, dentro de um tomara-que-caia  Balenciaga roxo. Decorado com sofás brancos, tapetes orientais, um piano de cauda e móveis clássicos, o apartamento de mais de 500m2 fica em um chamativo prédio nos Jardins." - de salão em salão, AIAI. AI. Sofás brancos, tapetes orientais........piano de cauda. Meu cu se essa cidadã souber ler uma partitura. Fale em solfejo e ela responderá 'sou loira' pensando entender espanhol. E olha: chamativo prédio nos Jardins quer dizer 'Padrão Lindenberg'. Padrão, eu disse. Lindenbergs genuínos não são chamativos, atenção.


"....quando era estudante de medicina e ganhou um Porsche conversível branco do pai, saiu com uma amiga de Santana, na zona norte, onde a família morava, e rumou para Alameda Gabriel Monteiro da Silva, que na época era o ponto de encontro da playboyzada, disposta a chamar a atenção de Chiquinho: "Pensei: 'Agora, com um Porsche, ele olha pra mim", lembra. - Gabriel Monteiro da Silva / PLAYBOYZADA / chamar atenção de Chiquinho Scarpa / com Porsche ele olha / puta que o pariu, tudo errado de novo. Quem, em sã consciência, atravessa a cidade num Porsche exclusivamente para chamar a atenção de Chiquinho Scarpa, Senhor Deus Pai? Me ajuda aqui que tô sentindo minha veia da testa latejar.


"O Chiquinho é bem humorado, carinhoso, surpreendente. Dizer que ele é um gentleman é chover no molhado: chega sempre lindo nos lugares, uma roupa espetacular, enfeita qualquer ambiente ." A paixão a levou a uma certeza que ninguém tira: a de que Chiquinho é um dos homens mais atraentes de São Paulo. "Se eu fosse ciumenta, já estava dentro de uma camisa de força", brinca." - Rá. Rárá! RÁRÁRÁRÁRÁ!!!!!! RÁ! Rá........Chiquinho enfeita qualquer ambiente. Chiquinho é um dos homens mais atraentes de São Paulo. Declarações de uma senhora que não vê motivos para estar dentro de uma camisa de força, por favor, notem. Ela diz que deveria ser amarrada apenas se fosse ciumenta. O que essa muié tomou, que eu quero arranjar pro Réveillon, minha gente. Esse é daqueles que toma e nunca mais volta, vai por mim. 


" Ronnie Von diz “odeio socialite, sempre fugi do rótulo de grã-fino”. O comentário soa estranho na festa da namorada de Chiquinho Scarpa - um  dos colunáveis mais emblemáticos de São Paulo -,  a quem Ronnie diz que foi apresentado há 40 anos. Para o cantor de Meu Bem, “a elegância vem de dentro para fora”: “Minha mãe, que só se vestia na Casa Canadá e era a mulher mais chique que eu conheci , dizia que elegância é não fazer o ser humano sofrer.” - GRAÇAS A DEUS!!! Percebam que o comentário sensato de Ronnie Von foi entrecortado pelo parecer imbecil do autor do texto original. Mas o 'cantor de Meu Bem' (taqueosparius.....) retomou as rédeas da razão e finalizou bem. Palmas para Ronnie. Alguém tem que ser normal, olha o cara representando o movimento aí. 


"...Ciro Batelli contava que acabou de voltar da China, onde jantou em um restaurante em que só serviam testículos e pênis de animais. “E tudo era caríssimo. A sopa de pênis de foca custava R$ 600”, diz." - Querido, lá em Tracurdavalle, no sul do Caribe, também é tudo caríssimo. Quando a Ilha emerge é uma loucura conseguir o que? Uma vaga. O Champagne Gardine & Bombouche, produzido pelo Conde Ledoux Voulorde a partir de uvas geneticamente modificadas, também é absolutamente CARO. Custa 20, 30 ou 40 mil dólares a garrafa. Não sei, não me lembro. Isso sem citar o Hôtel Gardalavoul, no sul da França, numa das cidades maaaaaaais maravilhosas que existem, Cardiseville.


"Chiquinho passa e pergunta: “Qual é o nome do meu avô?” Ele mesmo responde “Nicolau”. E continua: “Qual é o sobrenome de solteira da Marlene?” Responde: “Nicolau”. “Se ela casar comigo, vai ficar: Marlene Nicolau Scarpa.” - sei.......e o que o se avô tem com isso, meu senhor? Essa bebida tá batizada hein ow. Pra quê falar coisa com coisa, né? Puta perda de tempo, também acho. ANARQUIA CONDUZINDO!! Todo mundo nu!


"Pele muito branca, maçã do rosto rosada e lábios vermelhos, Chiquinho é vaidosíssimo, afirma Marlene. Ela elogia o “colorido do namorado”.  “Você viu a boca?", indica. Ele se maquia? "Imagina! Você pode passar um guardanapo ali, não sai nada, ele realmente não pinta. Eu olho e digo: 'Queria ter esse tom'." - Não sai nada porque foi o Bruce Willis que pintou, porra. Falei ali no início. É tinta automotiva essa bosta, assistam o filme e aprendam.. Ela queria ter esse tom. Cada um escolhe a cara de bosta que melhor lhe encaixa, né, turma? Ela acha bonito. Ué. Eu, por exemplo, acho o Clive Owen lindíssimo, mas com que direito eu poderia impor minha opinião? Afinal de contas, pessoas como Clive Owen, Isabeli Fontana, Cindy Crawford e Reynaldo Gianecchini, de repente só são belos diante de meus olhos. Não há padrão, pensem. Muitos cidadãos devem achá-los horríveis, segundo a lógica que acabo de fundar aqui na minha cabeça diante do comentário desta mulher maluca.


"Chiquinho passa de novo e oferece seu cartão a um fotógrafo. Sugere que ele o leia, e todos em volta riem. Praticamente em branco, o cartão não tem nome, telefone ou endereço. Está escrito apenas: “Meu cartão”. É um truque para despistar inconvenientes, explica Chiquinho: “Em geral está escuro, a pessoa não olha direito, leva.” - É PIADISTA NOSSO LORDE!!! Mas que genial, nunca uma anedota contou com tanta perspicácia em seu conteúdo e execução. Ele executa a piada, gente, espia [vocês não imaginam minha expressão facial. Fui me olhar no espelho. Ânus não define].


"Em uma sala arredondada que interliga outras três, o endocrinologista Eduardo Gomes, famoso por aplicar injeções de procaína em clientes famosos....." - Parei. Sala arredondada que interliga outras três. Daí passou dos limites, vão se foder todos. Sala arredondada. Me respeita. Acabou o post, vou-me embora.


Voltei. Algo me capturou. Por favor, atenção:


"Embora diga que não tem “um décimo” da vaidade do namorado, Marlene  não nega o gosto por roupas. Seus modelos favoritos são os “Chanéis..." - CHANÉIS. CHA-NÉIS. Mademoiselle Chanel acabou de ressuscitar, apenas para ter o prazer de morrer novamente. Desta vez, de desgosto. Chanéis. Chanéis. Chanéis..........Chanéis.


"A filha de Marlene, Nathalia (“com h”), chega à festa." - COM H. Segue:


"Pelo menos um final de semana por mês, Nathalia leva um grupo grande de amigos para passar o final de semana na fazenda da família, em Espírito Santo do Pinhal, interior do Estado. [Chanéis.....] "Ainda bem que temos 24 [Chaaaanéis.....] suítes na casa, porque a Nat nunca leva menos de 100 amigos. Eles fretam dois ônibus para ir" - A Nat tem 100 amigos. Eles vão de buso ocupar 24 suítes. Não há mais o que dizer.


[Chanéis......]


"Não gosto de ostentação. Para mim, o meio termo foi a grande invenção do homem." - E eu aqui, a tonta, achando que havia sido algo como ar condicionado, Gin&Tonica, CreditCards, CHANÉIS ou sites suspeitos que tratam da vida de pessoas idem.....Na minha época diziam que era a roda, ou a pólvora, coisas assim, simplinhas.


A vida é realmente um eterno aprendizado. Quem imaginaria que o plural de Chanel viria a ser CHANÉIS? Quem? Quando? Onde? Nunca! Nasci de novo. Beijos.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Lê Internê

Para quem acha que a minha vida é fácil:

Antes de tudo, gostaria imensamente de esclarecer que este texto cretino e absolutamente desprovido de conteúdo para os escafandristas que virão explorar nossa casas, quartos, coisas, almas, desvãos, antigas civilizações e aquele papo todo do Chico, está sendo escrito offline.

Porque algum gênio da humanidade, uma pessoa cujo intelecto certamente pode ser comparado ao de Beethoven, concluiu que a rede de fibra ótica que abastece com internet a Avenida Faria Lima e adjacências necessitava de alguns reparos E MANDOU UNS CARAS VIREM REPARAR AGORA.

Na verdade já estamos há 2 horas sem internet e qual o problema, né. Imagina. Posso tranquilamente deixar para depois as 8475 coisas que tenho para resolver hoje e trabalhar ao sábados e domingos pelos próximos 25 anos. Não vejo problema algum nesta pequena adaptação.

Fomos pesquisar o ocorrido. Afinal de contas estamos todos olhando para o teto, esperando que ele caia sobre nossas cabeças e assim tenhamos alguma ocupação real socorrendo uns aos outros. Decidimos ficar a par de qual tragédia havia causado a interrupção do fornecimento de internet para o Itaim Bibi. Explosão? Atentado? Invasão alienígena? Uma manada de elefantes? John Connor e T-X ? Alguém que tenha caído no tonel da Coca Cola e foi triturado durante o processo de fabricação e agora todo mundo anda tomando Coca com pedaço de nego moído dentro?

NADA

Operação de rotina.

Porque, na verdade, aqui na Faria Lima nem é tão necessário assim ter internet 24/7, né gente. Porra, que exagero de vocês cobrarem isso dos coitados.

Juro que passarei as próximas 7 décadas pensando sobre o que tem na cabeça um desgraçado mongolóide e absolutamente imbecil como este cidadão que autorizou tal intervenção. Na quarta. Às 3 da tarde. Seria a massa encefálica deste senhor composta de merda, bosta, mijo, vômito, ou de quê? Neurônios eu sei que ele não possui, mas tenho certeza sobre sua alimentação: pasto.Ou talvez merda, bosta e mijo. Com vômito de sobremesa. Para quem duvidava da classe "perfeito idiota" dentro da espécie humana, apresento-lhes um genuíno exemplar.

Pelo menos anteontem recebemos de um cliente uma garrafa contendo 4,5 litros de vodka. Tirem suas próprias conclusões.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

DORGAS

Ontem eu lavei o cabelo e enrolei a toalha no tradicional turbante maçarocado sobre o cocoruto.

DORMI

Acordei hoje com meus travesseiros parecendo uma esponja de banho e uma samambaia alucinógena geneticamente modificada no lugar onde deveria estar o meu cabelo. Minha imagem assemelhava-se em muito à Elba Ramalho selvagem no vento noroeste. Uma coisa meio leão eletrocutado. Foi um início maravilhoso de manhã.

Após usar um serrote para me livrar daquele xaxim amontoado que coroava minha cabeça, descobri que havia jogado meu aparelho Nextel fora, já que não o encontrava em canto algum. Após muito refletir, lembrei-me realmente de ter jogado o telefone fora durante um surto psicótico causado por uma cliente de comportamento bastante....hã.....peculiar. Tentei não pensar no assunto para que o grave acontecimento não destruísse minha auto-estima e confiança em meu ser adulto e responsável.

Chegando ao escritório, o primeiro objeto que avisto é o referido aparelho celular.

Preciso explicar? Não, né. Preciso de tratamento.

Depois conto para vocês como é ir no psiquiatra, mesmo desconfiando que a maioria desta corja provavelmente já tenha o seu de confiança.

Se vocês puderem, por favor, me mandem seus contatos médicos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Adendo

Para quem pensa que meu espírito natalino está adormecido:

Imagina. To até aceitando presentes e tudo mais.

Itaú
Ag 8654
CC 029266

Colocarei sob minha arvore um pacote em homenagem a cada mimo recebido via instituição bancária. Quanto maior o valor depositado, maior será o embrulho com seu nome. Envelopes contendo dólares ganharão uma fita vermelha bem brilhante.

Beijos.

Considerações sobre o Natal

a) Começaram a empilhar aquele bando de ferro retorcido no Obelisco do Ibirapuera. Quando menos esperarmos aquela bosta toda estará montada e teremos um emaranhado de arame parcamente iluminado que a prefeitura chamará de "Árvore de Natal da cidade". O entroncamento de vias onde há anos plantam essa joça é congestionado por natureza devido à porcaria do Monumento às Bandeiras que, por algum motivo desconhecido, desperta em transeuntes a necessidade de parar, olhar, escalar a estátua e tirar fotos. Ou seja.

b) A montagem da "Árvore" implica no início daqueles shows de água no lago do Ibirapuera. Com cores e músicas. Essa gente não teve infância, nunca viu o Illuminations no Epcot Center e fica lá, babando e fazendo bolha de cuspe em frente às águas dançantes. É agua, turma! Não tem na torneira de vocês não? Água, tipo essa baba que tá escorrendo pelo canto direito da sua boca e você nem percebeu! Então vamos juntar tudo: Monumento às Bandeiras, águas dançantes e "Árvore". Pensem no tamanho da piromba.

c) Em questão de dias todos aqueles infelizes sediados na Av. Paulista estarão com suas fachadas devidamente iluminadas. Como aqui em São Paulo não estamos acostumados com esse negócio de LUZ, né, a galera tem que ir lá ver. Porque, gente. É luz!!! Tem coisa mais fantástica nesse mundo do que lâmpadas? Na minha opinião os responsáveis pela lista das sete maravilhas do mundo tinham a obrigação de tirar o Colosso de Rhodes dali e colocar as lâmpadas da Paulista no lugar. Nada mais justo parar a cidade para que a população limítrofe admire tamanha genialidade.

d) O Iguatemi já está com sua parafernália kitsch posicionada na fachada e praça central. Aquele Papai Noel filha da puta já está na porta com os cães labrador. Logo em frente, cruzando a avenida, a Kitchens também já ostenta sua decoração escalafobética. Considerando o importante fato de que eu resido em Pinheiros e trabalho na rua Iguatemi, por favor: parem tudo e pensem quão trágico é meu futuro. Tentem visualizar minha triste pessoa dentro de um carro ESTACIONADO no meio da Faria Lima tentando ir ou vir enquanto essa brasileirada louca tira fotos com bonecos de neve, renas e aqueles pirulitos coloridos em forma de bengala bons de enfiar no cu de gente otária.

e) Saibam que há uma obra da COMGAS escavando a Faria Lima em toda sua extensão. Tapumes, cavaletes, cones, buracos, calçadas inteiras interditadas.

Se explodisse tudo acho que ficava bom pra todo mundo, hein?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Se arrependimento matasse eu tava esticadinha no varal

Hoje encontrei Pedro do 122 no elevador. 12 andares juntos. Foi tenso.

Refleti muito sobre meu momento de agonia e concluí que perdi a chance de uma vida neste Halloween que passou:

Tocaria a campainha dele fantasiada de Jack Nicholson em O Iluminado empunhando um balde de sangue, elemento que comporia meu traje.

Ele abriria a porta e eu diria "TRICK OR TREAT!!!" e TCHÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ.

Sangue.

Cada oportunidade que a gente perde por pura falta de atenção ao calendário e datas festivas que o pontuam.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sobre a VAGABUNDAGEM

Hoje surgiu um tópico de suma importância no Facebuken. Reds comentou algo sobre a necessidade de um ano sabático e iniciou-se um debate. Resumindo, alguns elementos a apoiaram - eu, por exemplo sugeri uma VIDA sabática. Com vodka. Num copo decorado. Outros a classificaram como vagal. Melhor dizendo: como alguém com grande tendência a desenvolver a indolência, a tal vagabundagem.

O assunto seguiu e chegamos ao ponto onde ela explicou que estava ali, lamentando a própria sorte, pois um acidente quase fatal arruinou o que restava de sua unha purulenta do dedão do pé. Naquele momento ela estava no Hospital Sírio-Libanês, em uma cadeira de rodas, sem autorização para apoiar a pata fodida no chão, aguardando atendimento médico. Provavelmente aquele cotoco podre seria amputado e ela passaria o dia lá, tomando antibióticos intravenosos.

Pensando em possibilidades para afastar o tédio, surgiu a idéia genial. Ela conduziria sua cadeira de rodas até  o saguão principal e procuraria a Monalisa Perrone. Aguardaria o link entrar no ar e, na velocidade da luz - ou quem sabe de um cometa - atropelaria a repórter e berraria para a câmera:


"Batuquêro é batuquêro e cantadô é cantadô, viu lôra? BEIJO PRA PAULINAS!"


[PELO AMOR DE DEUS, MINHA GENTE: quem não entendeu clique aqui e assista o vídeo. EU aconselho - não sigam meus conselhos. Nunca. Apenas ESTE - ver inteiro e mais a parte 2 e 3. E o "Destino de Miguel" também. Mas no 01:30 vocês captarão a essência da coisa]


Em caráter de protesto. Afinal de contas ela concluíra há pouco que a vagabundagem DEVERIA ser defendida. A tal bandeira que vale a pena ser levantada.


Agora me digam o que aconteceu? Essa mulher apareceu pra dar plantão no hospital hoje? Me fala se a vagaranha foi?


NÃO.


Depois a Red que é vagabunda. Façavô.


E haja amô, viu.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nosso Bar

No caso, uma releitura desse negódi Nosso Lar, já que tá na moda. Nosso Bar, escolham aí com quem vocês querem andar.

Lebre Louca - codinome conquistado com glórias por uma grande amiga após anos de dedicação à presepada sem limites - está causando tumulto em NYC.

Recebo neste momento a seguinte mensagem via whatsapp:

"Acabei de descobrir que já somos donas de um bar e não sabemos. Tem neguinho ganhando dinheiro às nossas custas na 25st. com a 7av. Já te mando fotos."

Comecei a elocubrar: seria o nome da bagaça Carvalho&Scarcelli? Paula&Andrea? Mambo bem Caliente?

"LAS CHICAS LOCAS"

Estou tomando o rumo GRU-JFK. Encontrarei com Lebre na sétima avenida e proporemos sociedade aos donos desta joça. Ou exigiremos royalties, são as opções.

Nada mais justo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sobre o Pedro do 122

Pedro do 122 é meu vizinho de porta, uma vez que sou habitante do apartamento 121. É um moleque imbecil menino que deve ter lá seus 30 anos. Pronto, Pedro do 122 está devidamente apresentado. Vamos aos fatos:

Aqui neste edifício temos mais carros do que vagas na garagem. Aquela pentelhação de todo prédio antigo que não possui 18 subsolos. Em contrapartida, a garagem é ampla o suficiente para que veículos sejam manobrados sem maiores esforços. Claro que estamos falando aqui de pessoas minimamente normais, que não sejam o Pedro do 122 portadoras de qualquer síndrome ou doença degenerativa que lhes comprometa o básico da compreensão, coordenação motora e convivência com outrem.

Partindo do princípio equivocado de que todos os motoristas que aqui residem possuem grau de civilidade medianamente superior ao de uma lagarta no casulo e não sofrem de problemas mentais que poderiam vir a afetar seu comportamento perante a sociedade, ficou combinado (e sacramentado, porque né: vocês sabem como funcionam essas paradas de prédio. blé) que o morador de cada apartamento dividiria sua vaga - elas são duplas, um carro fica à frente e o outro logo atrás, assim como aquela história da feira de pássaros onde um vai com o canário na frente e o outro vai com o tucano logo atrás.

VOLTA

Ficou combinado que o morador de cada apartamento dividiria sua vaga com o desgraçado seu vizinho de andar. Decisão lúcida, simples, eficaz, inteligente acima de tudo, pois pensem: se o cara que está parado atrás de mim trocou de carro e aquela bosta explodiu em algum momento, ou está como pneu furado o que de fato é mais provável,  impedindo minha saída da vaga e não há regras sobre quem deve ou não dividir o estacionamento comigo, olha o tempo que eu demoraria para identificar o habitante do sétimo andar que até ontem tinha um Toyota preto (homenagem subliminar à Sam. Quem entendeu grite "hurray") e hoje resolveu virar hippie e dirige uma Kombi grafitada, por exemplo. Esta informação foi dada pra efeito ilustrativo. Ninguém aqui possui uma Kombi grafitada. AINDA. Porque, né. Se liga no style:

"Oi, eu me chamo Paula. Vamos ser amigos?"

Então, resumindo, o 11 divide a vaga com o 12, o 21 com o 22, o 31 com o 32 e assim sucessivamente. Quem tem mais de um carro aluga a vaga de quem não tem e assume o local do proprietário original. Quem tem mais de dois carros pode tentar a sorte pois duvido que haja mais de UM cara aqui que não tenha carro, pensa. Nego mora no meio de Pinheiros, a piromba do carro vem no pacote.

Mas isso não é um problema para mim, já que o Jaguar décapotable eu só uso nas ocasiões em que me hospedo no Negresco e preciso de um meio de transporte, porque afinal de contas estamos falando aqui de uma cidade grande; com a Mercedes McLaren eu prefiro as autoroutes pois ganha-se um tempo considerável entre Cap D'antibes e Monte Carlo. Faz uma diferença incrível, sempre estou dois drinks à frente de quem veio em um modelo menos ágil; a Guardian não existe, gente. De onde vocês tiraram isso? Pelamordedeus;  Meu 911 quase não uso pois está em Roma e vocês sabem o inferno que é estacionar automóveis naquela cidade de loucos; Ferraris não me atraem. são muito barulhentas para meninas, sinto-me em um liquidificador com aquela suspensão "esportiva", logo, só mesmo pra ir daqui até ali quando em Genebra.

ENFIM

Como meu carro é um só e resido no 121, divido a vaga com o SER que ocupa o 122. E faz parte do combinado o seguinte: quem chega antes estaciona na frente e e pode trancar o carro levando a chave embora. Ou não. Eu mesma nunca tranco, esta paranóia com carros não me persegue. Quem para atrás DEIXA O CARRO ABERTO COM A CHAVE DISPONÍVEL, seja na portaria, seja no para-brisa, na roda ou no contato, o que na minha opinião caracteriza a opção mais inteligente.

Pedro do 122 não deixa o carro aberto. Pedro do 122 tranca o carro e não deixa a chave disponível. Pedro do 122 me deixa presa na garagem constantemente.

Quando essa palhaçada começou, tentei agir de maneira civilizada e Deus é minha testemunha. Acreditem ou não, toquei o interfone na bosta do 122 e questionei o porquê daquela merda estar trancada e eu lá, tendo que sair, caralhos voadores.

Muito solícito, Pedro do 122 desceu à garagem e me explicou gentilmente que "no carro dele ninguém mexe, o carro dele ninguém dirige". Perguntei educadamente qual era a sugestão de corno que ele tinha para me dar. Precisaria obrigatoriamente ser algo que resultasse na minha saída da porra da vaga da frente. Prontamente Pedro do 122 responde:

"Mas perceba que eu deixo o carro alinhado.O freio de mão não está acionado. É só você empurrar o carro, tirar o seu e empurrar o meu para a vaga novamente."

EMPURRAR O CARRO

Alguém, além de mim, achou essa sentença errada do começo ao fim?

Pois ele permanece deixando o carro trancado e agora eu estou praticando bullying contra este boçal aqui no prédio. Todos os funcionários o detestam e querem vê-lo esturricado sob 4 pneus. E assim que começar a temporada da piscina, garanto que colocarei todos os habitantes desse poleiro contra ele.

Atualmente empurro a chimbica desta gracinha utilizando a força motriz do MEU carro, ou seja: Dou ré naquela porcaria "que não está com o freio acionado" até a jabiraca ir parar no meio da garagem e manobro meu belo automóvel sustentada pela segurança de estar infernizando um imbecil que merece.

Estou absurdamente ansiosa em relação ao dia em que ele ousará me abordar para manifestar qualquer tipo de descontentamento. Também estou esperando o dia em que ele trancará meu carro com a chave dentro, pois dirijo um modelo que conta com um sistema inteligentíssimo onde as 5 travas são acionadas mesmo com a chave no contato. Pedro do 122 foi avisado sobre isso através de um bilhete muito carinhoso que escrevi em um guardanapo usado do McDonalds que achei jogado no banco traseiro e foi deixado em seu limpador de para-brisa. Mas ele há de esquecer. Esta falha ele há de cometer.

Em tempo: O carro dessa besta quadrada é um FOX. Azul claro. Metálico. 2003, no máximo. Alguém vê motivos para essa merda não poder ser tocada por ninguém além dele na face terrestre?

Pedro, pode esperar, a sua hora vai chegar. Penso que ele nunca reparou que comemoro gols do Corinthians. Devia ficar esperto, se fosse esperto.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Festa Virtual

Para vocês verem que a parada Jorge Ben é algo real nesse momento. Cantem, porque afinal de contas "quem canta os vizinhos espanta".



<3

A maldição perpetua-se

Juro que não há condições psicológicas para eu falar algo sobre o Pedro do 122, este palhaço anormal que vem a ser meu vizinho. Aberração da natureza.

Bons tempos em que meus problemas estavam em forma de TIAGO.

Aguardem. Peraê que to numa levada Jorge Ben e, seguindo orientações de seres superiores habitantes de dimensões ocultas para os mortais, optei por não comentar negatividades hoje. HOJE. Só por hoje.

Ceis vão achar que é mentira e tals. É o tipo do cara que não considera a hipótese de eu ser corintiana e ter vantagens inomináveis no caso de a melhor opção para mim, no momento, ser ELIMINÁ-LO. Que é, saibam.

Pedro, pode esperar, a sua hora vai chegar. To quase colando isso no elevador, assim como se fosse uma circular.

Sobre a maldição, apenas para situar aqueles que não conhecem minha saga infinita, por favor:

http://hablaseriopaulinas.blogspot.com/2007/11/aquela-praga-chamada-vizinho.html

http://hablaseriopaulinas.blogspot.com/2008/08/vizinhana-manifesta-se.html

http://hablaseriopaulinas.blogspot.com/2008/06/copamar.html

http://hablaseriopaulinas.blogspot.com/2008/10/vizinhana-phyna.html

Entre tantos outros casos. Meu comportamento suspeito tem origem, compreendam.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AGUARDEM

Ando extremamente estranha. Amanha manifestarei tal composicao, digamos assim. Certeza que um comprimidinho resolvia, mas porra, e o trabalho para adquirir tais substancias. Psiquiatras online, samos carentes, aceitamos receitas.

Caso voces queiram me eliminar, ha duas posibilidades:

a) nunca mais entrar no blog

b) mandar me matar. facil de encontrar. sou tradicional. OU ta no 4square, aquelas merda.

Preparem-se para o pior. Beijos.

[esse teclado nao tem acento nem merdas nenhuma e vcs nem imaginam o grande show do ano. que conste]

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Festa Virtual

ESTIRPE é tudo nessa vida, povo bonito. Absorvam este preceito.



Foreveralonismo de qualidade é tudo o que um nego estranho precisa nessa vida. E vodka.

Cantemos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mas enfim

Olha, eu me lamento porque, afinal de contas, analisemos onde fica o sentido da vida sem a blasfêmia:

PERDIDO

Além disso eu sou carcamana e onde é que já se viu uma pessoa que tem origens no sul da Itália agir sem drama? Não se viu, gente.Não se viu. Nunca.

No que depender de mim e de meu pensamento em foco, essa gente que importuna minha paz em amplas esferas vai arder empalada num espeto chinfrim até virar pururuca. Espeto de churasqueira montada com quatro broco e uma grade, manja?

Pintos cairão.

Do nada, sem prévio aviso, assim, no susto. E eu continuarei alta, magra, rica e de cabelo liso. Bebendo vodka numa quantidade diária equivalente ao volume de água existente no delta do Amazonas.

Está aberta a temporada de distribuição de carapuças.

Nada como uma ressaca desgraçada pra fazer a gente concluir que a vida é mágica.

Beijos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tá assim, viu xent

Apreciem que maravilha este trecho da peça Feminina Lunar do queridíssimo Marcus Vinicius Arruda Camargo e também, por acaso, estrelada pela atriz teza da família, minha irmã Gabriela Scarceli - com um L só desde que um numerólogo disse que os dois LL iam foder com a vida dela.


"Como no doce,
o amor acabou num pio triste de pardal.
Guardei o carinho restante
num vidro de perfume - que você quebrou.
No amor não se raspa,
nem se lava a tigela.
Deixa-se uma réstia de saudade;
um sonho bonito para quando estiver só.
O doce acabou e não se deu por conta,
na gula febril de mais um bocado - deixou nada.
E assim me sinto.
Sem doce, sem amor, sem carinho,
sem um pio triste de pardal
para me consolar.
Tinha uma foto sua e não tenho mais.
Sem nada."


Reflitam sobre a síntese do momento.

sábado, 10 de setembro de 2011

DNA

Da série "Quem sai aos seus DEGENERA":

Meus pais foram viajar. Ligaram da estrada para minha irmã para contar que esqueceram as malas. 


Apenas.


Juro que nunca vi nada semelhante e, na minha opinião, a sociedade está perdida. Que tipo de gente faz uma merda dessa natureza e divulga para o mundo, começando pelos próprios filhos? Penso que é o caso de eu começar a me preocupar com a minha saúde mental, já que minha ascendência não garante total integridade. Porque, se isso não é Alzheimer, e bebida sabemos que não é, me diz o que é então.


Beijos.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mistério

Hoje acordei pela manhã com um belo sol inundando a sala. Fui almoçar com a minha irmã e depois fomos comprar um sofá engolidor de gente pra casa dela.

Fomos para sua residência e chegando lá vimos um belíssimo pôr do sol de camarote VIP, showzinho exclusivo para os moradores daquela colina maluca. Pedimos pizzas e comemos como etíopes desesperados.  

Voltei para casa dirigindo meu carro por ruas calmas, sem trânsito, sem idiotas no caminho. Alguém aí já viu São Paulo sem idiotas no caminho? Eu nunca tinha visto. Marcarei este dia para sempre na memória.

Meus cachorros chegaram de viagem e agora dormem tranquilamente na minha cama.Chegam a roncar. RÓ FIU.

PERCEBAM QUE NADA DE ESTRANHO ACONTECEU.

Conclusão: algo está muito errado, pensem. To aqui só esperando o cosmos perceber que não me zoou hoje. 

Aguardemos o grande evento que virá para vingar tamanha calmaria.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Provando minha teoria

Não sei se vocês se lembram, mas comentei recentemente que, observando o comportamento do frequentadores do Filial, concluí que o bar virou um criadouro de gente pancada sem precedentes. Só dá crazy de primeira linha naquela calçada.

Não que eu inclua a mim e os meus nesse rol, imagina.

Daí que, para endossar minha teoria, eu estava lá na quarta feira às 4 da manhã numa mesa animadona quando uma hippie fantasiada nos avistou e constatou ali na hora que éramos pessoas apropriadas para o exercício diário de seu peace and love.

DECIDIU FAZER AMIZADE

Aproximou-se no balanço do reggae e começou com aquele assunto todo de energia, São Tomé, vamos dar as mãos, seres místicos, cosmos, fonte da vida. Todo mundo bêbado, sem entender nada. Tudo bem, vou falar por mim.

No dia seguinte, descobri que engatei uma conversa com a pessoa sobre cachoeiras. Mais precisamente sobre EU correndo pelada por cachoeiras indeterminadas. Ela deve ter ficado maravilhada com toda essa integração ser-natureza.

Agora imaginem se essa cena é minimamente possível nesta dimensão.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Telefone celular - a saga continua

Estou há horas tentando compreender este tipo de ladrão que me persegue. Que coisa mais chinfrin, povo, nem pra ser roubada eu presto. Estou deprimida e procurando alguém para me assaltar direito, com vontade e dedicação.

Ontem um corno aidético cuja mãe é puta e o pai é brocha roubou meu celular. Estaria tudo bem se a sequência dos acontecimentos não caracterizasse um roubo de celular típico da minha pessoa, digno desta pobre filha de papai noel.

O celular sumiu. Uma hora depois o celular apareceu. Sem o chip.

SEM O CHIP

Esses caras devem estar montando um celular aos poucos, porque num dia me roubam a bateria, no outro a tampa e agora o chip. Não sei o que esse povo tem contra mim e meu celular, mas já estou começando a me sentir rejeitada. LEVA A BOSTA DO CELULAR DE UMA VEZ, CARAMBA. De pensar que eu comemorei quando me roubaram a tampa e deixaram o chip. Rá. Era apenas uma questão de tempo.

Agora tenho que ir a uma caralha de uma loja Claro comprar um novo chip. O importante é ter saúde.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um dia na montanha

Pessoa vai para Portillo e no primeiro dia de trabalhos nas pistas decide que aquela coisa para iniciantes é toda muito tediosa. Faz amizade com uma instrutora suíça alcoólatra e se mete na pista preta. ROLA MORRO ABAIXO e chega no pé do monte toda estropiada.

Não se dá por vencida, afinal de contas não foi até lá para cultivar hematomas. Senta no bar, pede pra bater uma garrafa de whisky com tilex e tandrilax no liquidificador e entorna o conteúdo da jarra. Passa na farmácia e compra um tubo de bepantol. Para as escoriações.

Por não ter morrido na queda, vira lenda. Fica conhecida no hotel como "Habitación 332".

Já no quarto, torta pelo conjunto da obra, inicia o processo de toilette e ESCOVA OS DENTES COM BEPANTOL. Ouve um suave barulho de correnteza e constata que sua roommate faz xixi na calça de tanto rir.

Pelo menos ela tem uma foto com o São Bernardo do resgate.

FIM.

A vida imita a arte. Ou vice versa

"E aí hein? E essa morte da Norma?"

"Peraí...a Norma morreu?"

"Morreu, menina, você não viu não?"

"Não!"

"É, agora a coisa pega fogo...."

"MORREU????"

"Foi! Não acredito que você não viu."

"QUANDO????"

"Ontem, ué."

"Meu Deus, de quê? Como?"

"Assasinada, menina."

"ASSASSINADA!?!?!"

"Pois é..."

"POR QUEM? QUEM FOI? MEU DEUS!"

"Ah, isso ninguém sabe, mas o fim dela era esse mesmo, né..."

"POR QUE O FIM DELA ERA ESSE? COMO NÃO SABEM?"

"Ih, relaxa que na sexta a gente descobre."

"Na sexta? Porque? Meu Deus, justo a Norminha, tão gente boa, super querida, todo mundo gostava dela, COMO ASSIM, matam a Norminha e ninguém sabe, só na sexta, era o fim dela??"

"Norminha? Tá intima!" [risos]

"A Norminha é minha amiga!"

"Pera, de quem você tá falando?"

"Da Norminha, professora de peteca...."

"EU TO FALANDO DA NORMA DA NOVELA, SUA LOUCA, A GLORIA PIRES!!!"

Cena real ocorrida no Posto 10, e eu quero que vocês adivinhem de quem é a amiga que achou que a Norma assassinada na semana final de Insensato Coração era a professora de peteca e não a Gloria Pires. De quem?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

São Co-Piloto da Gol

Hoje entrei na sala de embarque à qual fui designada no Galeão e logo concluí que o nipe dos seres que embarcariam comigo indicava que a aeronave fazia parte do programa brasileiro de seleção natural. Deixaria ali o meu adeus.

O primeiro grupo que avistei era composto por seres eletrocutados "Neymar Jr. style" que batucavam, cantavam e berravam e jogavam seus iPhones uns nos outros, aquela maravilha que vocês podem imaginar. Não perguntem minha opinião sobre inclusão social. Tenho para mim que ocorreu um erro na hora do check in, já que todos eles deveriam ter sido despachados em caixas específicas para transporte, mas o que vale minha opinião, né? NADA. Quem sou eu, além de uma migalha no universo? Moicanos brasileiros, bah.

À minha frente havia um senhor, uma senhora, ou o que quer que fosse aquilo, um exemplar clássico do "pegou fogo e apagaram com o martelo". Vamos imaginar que era um senhor, já que levantou sobrancelha, lambeu a boca e piscou pra mim. Com um cabelo igual a uma peruca de Eduardo Dusek em 1985, pensem. Em uma palavra, desgosto; em duas, desgosto profundo.

Logo ao lado, a pessoa que se debruçava sobre meu ombro para tentar ler o que estava na tela do BlackBerry trajava uma camisa do Tabajara F.C. Seguindo a tendência dos gramados ele também ostentava um modelo capilar exótico, mas com uma inspiração mais Biro-Biro oitentista, digamos assim. Para ser bem clara, o cabelo do palhaço era um arbusto em coque alto. Vá tomar no cu. Diante do que eu gasto mensalmente no Proença uma cena como essa é uma ofensa pessoal. Tomara que esse cara decida acender um cigarro no fogão e esse xaxim pegue fogo. Daí alguém salvará sua vida apagando o incêndio com um martelo e ele ficará com a cara e o cabelo de peruca do Eduardo Dusek do senhor supra citado. O do "desgosto profundo". Oras.

Ali adiante um crazy vestindo calças e sapatos sociais, gravata e uma JAQUETA DE ONÇA. Me apoiei na possibilidade de ser aposta ou algo do gênero.

Pessoa disfarçada de entidade - inteira de branco, inspiração: Nizan - calçando galochas Burberry's, um cigarro atrás de cada orelha. Mochila felpuda do Barney. Sim, Barney, aquele dinossauro roxo. Essa daí só faltou ser sugada pela luminosidade de uma nave espacial, na boa.

Isso porque estamos falando apenas dos highlights, vocês entendem.

De repente o crew começa a se aproximar e tudo o que eu tenho a dizer é que todos eles estavam maquiados como a Nina Hagen e sua banda. Nunca vi algo semelhante, aquilo dá ataque epilético numa pessoa.


"Favor retornar o encosto de sua poltrona para a posição vertical"

A primeira coisa que me ocorreu foi: "legal, as aeromoças são cegas. E os comissários resolveram sacaneá-las. No próximo vôo estarão com bigodes e óculos pintados na cara."

Foi nesse momento que meu telefone tocou e era um aviso de São Paulo: se eu estivesse em vestimentas muito primaveris, passaria frio. A temperatura havia caido 200 graus na cidade. E eu lá, embarcando de camisetinha e sapatilha, só com a pashmina para o ar condicionado do avião.

MAS GENTE

Foi o que expliquei para meu interlocutor, o discurso inicial: o fato de estar frio em São Paulo não é preocupante. Preocupante é você estar entrando no vôo da seleção natural. Porque eu, se fosse Deus, não teria dúvidas. Aquele avião estava pronto para ser derrubado, Brasil. Não tinha motivos para não fazê-lo.

Era como uma Arca de Noé, só que ao contrário.

Tive certeza de que estava fodida mesmo quando o Kiekeylson acomodou-se na poltrona 8C ao lado da minha 8A e a 8B veio vazia entre nós.

A questão é que fomos salvos e eu creio piamente no co-piloto e sua pronúncia britânica cristalina. Alguém aqui já viu algum membro de tripulação brasileira conseguir pronunciar alguma palavra em inglês, mesmo que "cat" ou "dog"?

Pois bem: nosso co-piloto, ao dar as boas vindas na aterrisagem quase me causou um derrame emocional com seu british accent impecável. Me senti num avião pilotado pelo Michael Redgrave, queria comentar com alguém, mas como vocês sabem, só havia estranhos patológicos ao meu redor.

Não sei como funcionam as contas de milagres e salvações, mas tenho certeza absoluta que esse cara salvou almas hoje falando inglês corretamente em um avião brasileiro.

Se algum espertalhão tiver uma explicação melhor, por favor, manifeste-se.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Amigos do peito

Às vezes eu tenho a nítida impressão de que serei obrigada a me mudar de bar, uma vez que todos os malucos do Universo decidiram fincar acampamento na rua Fidalga, cada qual em sua mesa externa do Filial.

Estou lá eu cumprindo ordens médicas tranquilamente tomando um chopp na calçada, quando um elemento alteradíssimo aproxima-se de mim e me dá o "OI" mais feliz que já vi em toda minha vida. Respondi "oi", olhando para os lados, procurando o real destinatário de tão efusiva saudação.

Parece que tamanha felicidade era mesmo em me ver - vai entender - e o animado exemplar da raça humana não hesitou em prosseguir com a conversa:

"Nossa, né, quanto tempo.....e sua irmã, tá bem?"

Tá.....[QUEM é esse nego?]

"Seu irmão continua LÁ?"

Continua...[Senhor, quem é essa PESSOA?]

"Então vocês estão indo pra LÁ direto?"

É.........[São Longuinho, São Longuinho....]

"Seus pais tão bem?"

Tão.....[um nome, to pedindo UM nome, só isso]

"Estão LÁ ainda?"

Estão, pois é.....[vai Paula, junte o nariz, os olhos, o cabelo, forme as feições, LEMBRE-SE]

"Então LÁ tá tudo bem?"

Tá tudo ótimo.....[já sei, vou tirar uma foto dele, mandar por whatsapp pra Gabi e pro Dodô. Simulo um ataque de tosse enquanto a resposta sobre a identidade deste desgraçado não chega]

"Poxa, que bom te ver, fazia tanto tempo que não tinha notícias de vocês"

~~~LÁ~~~
Sacaram que LÁ pode ser qualquer porra de lugar do mundo, né pupilos. Normalmente, quando o FDP engloba minha família, LÁ é Ubatuba, Caraíva ou a Scarcelli"s Corporations logo, estamos acostumados a dar respostas evasivas sobre LÁ
*

Eu já estava quase pedindo uma tequila com a larva alucinógena para ver se a tradição asteca me auxiliaria abrir meus horizontes e me lembrar desse distinto quando um amigo dele aparece e tcharã:

"Duzão, essa aqui é a Lulu, filha daquele meu amigo tatuador, que mora em NYC..."

Traz a tequila com a larva alucinógena.

Medo. Muito medo.

BZIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII [tatuador húngaro zen-budista rabiscando meu antebraço a toda velocidade. Dó e piedade inexistentes. Faxineira cucaracha do studio adentra a sala montada em sua vassoura]

"Oye menina, a mi, usted me es muy parecida com la CLAUDIA RADJA"

A quem possa interessar: juro por Deus, eu não pareço a Claudia Raia. Nem em pensamento. Tem foto minha aqui na barra lateral do blog, por gentileza.

"La cara no es muy parecida, usted es más guapa que ella"

Bom. O que dizer sobre isso? BOM. Bom é um bom comentário, não?

"No mucho más, un poquito más guapa, pero no mucho más"

Sei.

"Pero la voz....la voz es igualzinha. La voz e las cotchas"

Las cotchas. Está decidido, vou me suicidar. Aceito sugestões de métodos limpos e eficazes. Pensei em Creolina com vodka e gelo, mas a caixa de comentários é toda de vocês.

"Sabes, esta parte de las piernas que vienem aqui para bajo e para cima subindo para la bunda? I-gual-sííí-nia la Claudia Radja"

Daí esses cara querem que a gente seja amigo desse povo latino americano.