Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tá assim, viu xent

Apreciem que maravilha este trecho da peça Feminina Lunar do queridíssimo Marcus Vinicius Arruda Camargo e também, por acaso, estrelada pela atriz teza da família, minha irmã Gabriela Scarceli - com um L só desde que um numerólogo disse que os dois LL iam foder com a vida dela.


"Como no doce,
o amor acabou num pio triste de pardal.
Guardei o carinho restante
num vidro de perfume - que você quebrou.
No amor não se raspa,
nem se lava a tigela.
Deixa-se uma réstia de saudade;
um sonho bonito para quando estiver só.
O doce acabou e não se deu por conta,
na gula febril de mais um bocado - deixou nada.
E assim me sinto.
Sem doce, sem amor, sem carinho,
sem um pio triste de pardal
para me consolar.
Tinha uma foto sua e não tenho mais.
Sem nada."


Reflitam sobre a síntese do momento.

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