Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mais um integrante perdido da família EINSTEIN

De acordo com um desocupado que estava comprando no meu estabelecimento hoje de manhã e resolveu (claro!) encostar no meu balcão para me importunar com imbecilidades diversas, eu deveria comer mais maçãs. COM casca.



Porque ele notou que eu passo muito tempo no celular (se ele trabalhasse ao invés de gastar sua energia pentelhando terceiros, talvez também precisasse fazer uso de tal artefato com mais frequência) e "todo mundo sabe" que telefones móveis emitem raios assassinos que causam câncer no cérebro. Atendeu, morreu.



E ele leu (gente burra tem mania de dizer que leu algum absurdo em algum lugar pra tentar dar uma de esperto, notem) que a casca da maçã possui uma enzima capaz de anular o efeito mortal da radiação que os celulares mandam direto para nossos cérebros.

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Ou seja, quem come maçã, COM CASCA, pode falar no celular, pois o câncer, não vai, seu cérebro arruinar. Bom slogan, não?



Agora me diga se um sujeito que aparece com uma conversa desse tipo sabe ler? É claro que este bobo misturou uma série de informações sobre assuntos soltos e sua mente lenta, no final, formou esta cena. E eu, a otária do balcão, como sempre, estava lá para ser a participante principal da conversa esdrúxula.


É claro, assim que o tio BrainTumor começou a se empolgar na explicação da "cura", usei minha velha tática: fingi ter ouvido meu celular tocar e saí com ele pendurado na orelha, saltitando com meu cérebro canceroso em direção à rua.


Eu não sou obrigada.

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