Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia dos Namorados - Módulo I

Há, na vida terrena, mico maior do que participar de comemorações públicas da merda do Dia dos Namorados? É o seguinte: se você possui um macho que preste e quer aproveitar o ensejo para dar um presente bem legal pro cara, dou o maior apoio. Aliás, vamos combinar que ele nem precisa ser seu namorado, não é, minha filha? Aproveite a onda e agrade o homi bão.

O que não me desce é o tom imposto pelo dia. Se você tem namorado, atente à programação:

O feliz casal sai pra jantar e passa 64 horas numa fila de restaurante (não me venha com esse papo-engodo de "reserva"), junto com outros 712 casais babacas que não param de se lamber com o objetivo de demontrar o seu amor eterno amor verdadeiro. O restaurante escolhido pode até ser muito bom, como é o normal em São Paulo. Mas, provavelmente, o maitre vai tentar te empurrar uma porcaria de um "Menu do Amor", ou algo semelhante que, normalmente, inclui alguma gororoba cafona que nenhum ser em sã consciência consumiria pelos 378 reais cobrados. E tu, cururu, vai topar assim que ele te explicar que os pratos que não constam do "Menu Te Amo Gata" estão demorando, em média, 200 horas para sair. Legal, vamos lá: "Menu Coma-me Hoje".
Depois de comer esse treco, virá a sobremesa (outro grude) e.....SURPRESA!!!!!! O brinde da casa para os casais que tanto se amam. Uma taça contendo algum tipo de bebida alcoólica escrota (provavelmente de cor vermelha ou azul) que você e toda a horda de manés presentes no local, vai deglutir. Parabéns. A chance de ocorrer vômito durante sua noite no Asturias já está garantida.

E vamos supor que duas pessoas que não possuam nenhum tipo de envolvimento amoroso e/ou sexual estejam a fim de jantar fora neste dia tão feliz. NÃO PODEM. Ou você acha que alguém, que não seja parte integrante de um típico casal FELIZ, planeja realmente se acotovelar com gente se lambendo em algum restaurante, bar ou risca faca da cidade? Creio que não.

Agora vamos supor que na data em questão você seja sequestrada no estacionamento do Pão de Açúcar. O cara te levando pelo braço e o povo em volta dizendo:

"Olha que casal FOFO, gente. Não se largam nem por um segundo! OHHHHHHHHHHHHHHHH!"

Te contar, viu.

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