Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Da série "Diálogos Neuróticos"

Eu e Flavia Isabel fomos a um lindo evento no Baretto oferecido pelos Hotéis Fasano para os top clients.

Na saída da bela recepção, ganhamos Panettones Fasano. Um para mim, um para Flavia Isabel. E partimos.

Larguei Flavia Isabel em sua residência e fui embora para casa. Logo que abri a porta do apartamento, recebi um telefonema dela:

"Esqueci meu telefone no seu carro."

"Vixe.....onde está?"

"No chão."

"Tá, vou descer e pegar."

"Não precisa, amanhã você leva lá para o hospício."

"Acho melhor já descer e colocar na bolsa. Vai que eu esqueço de tirar do carro. Vou ter que voltar lá no estacionamento, vai estar chovendo, vou descer, melhor."

"Mas como você vai colocar na bolsa?"

"Como. Eu abro a bolsa e coloco ele lá dentro, ow Joselita."

"Gente, que loucura, não precisa, não estou entendendo....."

"Tchau Flavia. To descendo e VOU colocar na bolsa. E se alguém ligar?"

"Ligar? Pra onde? QUÊ?"

"Não pira, já estou descendo, beijo tchau."

"Tchau..."

Entro no carro e começo a procurar um telefone. Não encontro. Olho para o chão e vejo um Panettone.

Risos, amigos. Muitos risos.

Ligo de volta para a mulher e pergunto "meu, você disse TELEFONE ou PANETTONE?" Resposta:

"Não sei. Mas o que eu esqueci foi o Panettone."

Alguém aqui é mais louca do que a outra e não sabemos quem é quem. Nunca desvendaremos este mistério.

Agora pensem na cena de Flavia Isabel tentando descobrir COMO eu enfiaria um Panettone na bolsa. Ou  imaginando de onde veio minha apreensão em relação a alguém ligar para o quitute natalino.["e se alguem ligar?" Oi?].

Tamo bem da cachola não, viu. Tá grave.

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