Que estranho fazer calor em novembro, né mesmo? Não entendo esse trauma todo da população, mas enfim. TL de Facebook vira minha Disney particular de "hides" quando há este tipo de comoção enchendo meu SACO 24/7. Claro que está calor, olha a folhinha, pô. Todo mundo morava na Groenlândia e chegou aqui semana passada?
E é assim: já que eu nasci neste país horroroso e sou obrigada a viver minha vida carregando nas costas a eterna vergonha de ser brasileira, o mínimo que espero desta joça de lugar é que aqui faça calor. Essa tragédia é ou não é uma selva tropical, afinal?
Se o frio não me despertasse a mais nítida vontade de morrer, eu já habitaria Londres há eras. Se frio me fosse agradável, eu passaria minhas férias em Cortina d'Ampezzo, não em Caraíva. Minha casa de veraneio seria em Zürich, não em Ubatuba.
Se bem que por Londres eu até aprenderia a monitorar e conviver com tendências suicidas numa relax, numa tranquila, numa boa, mas como não é o caso, considero o ponto elucidado.
Portanto, parem de postar comentários indignados sobre a temperatura. Estamos a um passo do início do verão brasileiro, ceis são coió ou o quê, por favor.
E saibam que aquela coisa branca colada perto do teto (olhem agora, vocês vão ver) é um troço chamado AR CONDICIONADO. Foi inventado em 1902 por um moleque genial chamado Willis Carrier - talvez no seu aparelho até esteja escrito "Carrier" olha que louco - e pasmem: o negócio tem o poder de controlar a temperatura! Tá fazendo 45° na rua? Foda-se. Tu entra, aperta o botão do controle remoto e escolhe a quantos graus quer viver. Põe 8 lá, se assim for de seu desejo. Tem em tudo que é lugar, juro.
No verão faz calor. No inverno faz frio. Eu sei que é difícil de entender, mas tentem memorizar. Vocês passaram de ano em química durante toda a vida escolar decorando a tabela periódica, não foi? Então. Decorem isso também.
Verão te amo, calor vem na minha.
Bjs
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Motivos pelos quais eu mereço a MEGA SENA - III
Mando dois de meus mais importantes clientes para um grande e conceituado hotel 5 estrelas no litoral carioca. Os dois senhores chegam ao local com suas respectivas bagagens e vouchers em mãos e a PALERMA da recepcionista, ao receber os documentos que identificavam a reserva, solta:
"Aíam, tem reserrrva ninhuma pra voceix não, sacou? Esse voucherrrr nem é daqui, isso aqui é um voucherrrr falso e quem feix essa reserrrva enganou voceixxx"
PUTA
QUE
PARIU
Quem contrata esse tipo de idiota? É uma questão que me tira o sono, honestamente.
Meus clientes educadamente explicam que a reserva foi efetuada através da agência de viagens e não contente, a IMBECIL me telefona aos berros dizendo que se eu não sei que uma reserrrva tem que serrr real, que não forrrrjasse doix voucherx pra essex carax tentando hoxpedá-lox no hotel sem seguirrrr ox procedimentox padrão; ox voucherx genuínox vêm no impresso do extabelecimennnto e aquilo que elex tinham em mãox extava com meu logo e nenhuma inforrrrrmação confiável.
E meus clientes lá, no lobby, pagando de estelionatários, enquanto eu aqui pagava de maluca perante ambos. Gostaria de salientar que estes homens não são "esses caras". São Dr. Fulano e Sr. Beltrano, no mínimo, minha Nossa Senhora Aparecida Mãe de Jesus Cristo. De que cova saiu essa mulher filha da puta?
Trata-se, obviamente, de uma criatura completamente desavisada pois quem, em sã consciência, teria coragem suficiente para pegar o próprio dedo, discar meu número e proferir este texto? Satã não faria; T-X nem cogitaria; Átila também não ousaria. Nero, Hitler, Mengele, Bundy, Manson, Ramirez, Drs. Kevorkian e Farah - nenhum deles teria a audácia. Sou uma pessoa desequilibrada e essa gente não seria louca o bastante para correr o risco. São sábios, tiveram seu lugar de destaque na história da humanidade, jamais comprometer-se-iam física e psicologicamente neste nível. Mas a menininha do hotel FEZ.
Acontece, meus amigos, que os vouchers emitidos para a agência - com códigos de confirmação, códigos de reserva, cóóóódigos oficiais de todo o necessário - , saem mesmo com nosso logo, compreendem? Não é difícil entender o conceito da exposição de sua marca em documento de um fornecedor parceiro, sim? Ou é? Não, não é.
Como lidar com uma maldita dessa categoria? Empalar? Estapear? Dependurar de ponta cabeça ali mesmo em um dos coqueiros no belo jardim do estabelecimento que a emprega? Imprimir uns adesivos com nome e telefone e os dizeres 'carioca safada, SM/Anal/Oral baratinho' e colar nos orelhões do Largo da Batata? Todas as alternativas?
Acompanhem o noticiário. Tenho nome, sobrenome, endereço comercial, latitude e longitude dessa garota. Dependendo do que vocês vejam pela TV [mergulhadores da Petrobrás encontram corpo de jovem estagiária do ramo hoteleiro, desaparecida desde 31/10/2012. São evidentes os sinais de tortura], não tenham dúvidas: fui eu. Não fui treinada para interagir com humanos que encontram-se dois estágios evolutivos atrasados.
Que este episódio seja registrado sob o título de prova #3. A partir de hoje, estou pleiteando a Mega Sena da virada, negociar isso aí.
E deixo aqui meu apelo, Senhor do Céu e da Terra: tire de meu caminho esses retardados analfabetos inconsequentes. A chance de uma coisa dessa terminar mal é de 98 em 100.
"Aíam, tem reserrrva ninhuma pra voceix não, sacou? Esse voucherrrr nem é daqui, isso aqui é um voucherrrr falso e quem feix essa reserrrva enganou voceixxx"
PUTA
QUE
PARIU
Quem contrata esse tipo de idiota? É uma questão que me tira o sono, honestamente.
Meus clientes educadamente explicam que a reserva foi efetuada através da agência de viagens e não contente, a IMBECIL me telefona aos berros dizendo que se eu não sei que uma reserrrva tem que serrr real, que não forrrrjasse doix voucherx pra essex carax tentando hoxpedá-lox no hotel sem seguirrrr ox procedimentox padrão; ox voucherx genuínox vêm no impresso do extabelecimennnto e aquilo que elex tinham em mãox extava com meu logo e nenhuma inforrrrrmação confiável.
~ESSEXXXX CARAXXXX~
Trata-se, obviamente, de uma criatura completamente desavisada pois quem, em sã consciência, teria coragem suficiente para pegar o próprio dedo, discar meu número e proferir este texto? Satã não faria; T-X nem cogitaria; Átila também não ousaria. Nero, Hitler, Mengele, Bundy, Manson, Ramirez, Drs. Kevorkian e Farah - nenhum deles teria a audácia. Sou uma pessoa desequilibrada e essa gente não seria louca o bastante para correr o risco. São sábios, tiveram seu lugar de destaque na história da humanidade, jamais comprometer-se-iam física e psicologicamente neste nível. Mas a menininha do hotel FEZ.
Acontece, meus amigos, que os vouchers emitidos para a agência - com códigos de confirmação, códigos de reserva, cóóóódigos oficiais de todo o necessário - , saem mesmo com nosso logo, compreendem? Não é difícil entender o conceito da exposição de sua marca em documento de um fornecedor parceiro, sim? Ou é? Não, não é.
Como lidar com uma maldita dessa categoria? Empalar? Estapear? Dependurar de ponta cabeça ali mesmo em um dos coqueiros no belo jardim do estabelecimento que a emprega? Imprimir uns adesivos com nome e telefone e os dizeres 'carioca safada, SM/Anal/Oral baratinho' e colar nos orelhões do Largo da Batata? Todas as alternativas?
Acompanhem o noticiário. Tenho nome, sobrenome, endereço comercial, latitude e longitude dessa garota. Dependendo do que vocês vejam pela TV [mergulhadores da Petrobrás encontram corpo de jovem estagiária do ramo hoteleiro, desaparecida desde 31/10/2012. São evidentes os sinais de tortura], não tenham dúvidas: fui eu. Não fui treinada para interagir com humanos que encontram-se dois estágios evolutivos atrasados.
Que este episódio seja registrado sob o título de prova #3. A partir de hoje, estou pleiteando a Mega Sena da virada, negociar isso aí.
E deixo aqui meu apelo, Senhor do Céu e da Terra: tire de meu caminho esses retardados analfabetos inconsequentes. A chance de uma coisa dessa terminar mal é de 98 em 100.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Diálogo neurótico
Duas pessoas à beira de um colapso nervoso. Em uma mesa de trabalho, esta sofredora que vos posta. Na mesa em frente, Flavia Isabel e uma questão absolutamente grave aguardando solução: precisávamos de um quarto com cama de casal, mas o luxuoso e conceituadíssimo hotel que viria a nos atender possuía vaga apenas uma bela suíte com duas camas de solteiro.
Não havia o que fazer. Era isso ou nada. Diante da situação irremediavel, e já com os nervos à beira de um ataque de Paula, questionei:
"Mas por qual motivo esses infelizes não juntam as camas, como fazem todos os hotéis, meu Deus do céu?"
"Pois é impossível. Há uma fiação sei lá de quê entre as duas camas"
"Mas é um hotel. Quem foi o IMBECIL que planejou esse apartamento?"
"Philippe Starck"
"Ah..."
Me desculpem a ousadia, mas eu e minha incompetência mórbida faríamos melhor, ok?
Fiação? Porra.
Imagina na Copa.
Não havia o que fazer. Era isso ou nada. Diante da situação irremediavel, e já com os nervos à beira de um ataque de Paula, questionei:
"Mas por qual motivo esses infelizes não juntam as camas, como fazem todos os hotéis, meu Deus do céu?"
"Pois é impossível. Há uma fiação sei lá de quê entre as duas camas"
"Mas é um hotel. Quem foi o IMBECIL que planejou esse apartamento?"
"Philippe Starck"
"Ah..."
Me desculpem a ousadia, mas eu e minha incompetência mórbida faríamos melhor, ok?
Fiação? Porra.
Imagina na Copa.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
A verdade por trás de uma imagem
Enfim.
Seguindo este padrão, de tempos em tempos eu desenterro este maravilhoso retrato tirado na Marquês de Sapucaí, pois eu vou dizer uma coisa para vocês:
 |
| "a amizaaaaaade, nem mesmo a força do tempo irá destruir....." |
Passei quase todos os carnavais de minha vida adulta enfurnada no camarote nº1, garanto que por umas 50 vezes estive presente no grande evento, mas se há uma ocasião memorável, que resume como um todo o sucesso absoluto das tantas incursões à passarela do samba, meus amigos, a ocasião foi esta.
Gostaria de esclarecer que eu e Debis não fomos ali tietar Dercy e pedir uma foto. Eu e Debis estávamos já absolutamente alcoolizadas, que é justamente o comportamento esperado para pessoas que estejam dentro de um lugar onde a cada 10 passos tropeça-se em uma chopeira Brahma, entoando sambas de enredo dependuradas na janela do recinto. EIS QUE Dercy surgiu e pediu "um espaço pra ver o desfile, suas filhas da puta".
Assim nasceu a mais pura e verdadeira amizade de uma noite só que a humanidade já presenciou.
Naquele ano, os copos de chopp eram todos decorados com desenhos de algum artista como Gustavo Rosa, Romero Britto, alguém desse nipe, não me lembro. Claro. Estranho mesmo é quando a gente lembra dos detalhes de um carnaval na Brahma. Mas voltemos. Os copos eram todos decorados e a Debis entrou numa paranoia bebum que envolvia pegar um copo de cada modelo, guardar na bolsa e levar pra casa. Típica decisão ~racional ~ que pessoas tomam após atingirem determinado grau de intoxicação alcoólica.
Nessas, a Dercy já estava aboletada ali do nosso lado assistindo as escolas e tecnicamente nossa relação havia atingido o status de "turma". Só sei que o garçom que levava mé pra galera da janela sacou que Debis estava a confiscar os copos e lançou uma "olha, eu não posso mais servir aqui, tem que ir pegar bebida no bar". E é um cu esse negócio de sair da janela pra ir no bar porque sempre tem um retardado que vai roubar seu lugar, a dinâmica da coisa é complexa, tu tá cas perna dependurada pra fora, simplesmente não dá pra ir e voltar a cada 5 minutos, puta trampo, arranja-se brigas, é um inferno.
Foi aí que Dercy notou a tristeza no semblante de Debis e decidiu tomar as rédeas da situação, interferindo em nosso favor diretamente junto ao homem da bebida:
"Me traz uma bebida aí, ô viado! 3 copos hein, filha da puta!"
Digamos que ele ficou de mãos atadas. Como negar um pedido de Dercy Gonçalves, efetuado assim, da forma mais clássica possível, proferido com este grau de purismo? Não dá pra contrariar, ponto final, fim de discussão, assunto encerrado e resolvido.
E assim a noite transcorreu. Dercy providenciava os drinks, Debis empilhava copos dentro da bolsa e cantávamos como umas desesperadas. Adotamos o vocabulário típico e chamávamos todos de filha da puta, foi um troço mágico.
Resumindo, é essa a origem da foto. Eu, Debis e Dercy, BFFs. Não nos largamos nem por um segundo. Aquela velha história, né: cada qual com seu semelhante etc, não há como negar as grandes verdades da vida.
No final da noite, após o desfile da última escola, nos preparávamos para ir embora quando Debis tropeçou - claro - derrubou a bolsa, caiu estatelada sobre ela, esmigalhou os copos todos em mais de mil pedaços e nunca rimos tanto desde que nascemos.
Fim.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Entrevista com o headhunter do Orlando Orfei
"Olha, eu to vendo aqui que você pretende ser contratada pela nossa corporação visando ocupar a vaga de palhaço, certo?"
"Sim, isso mesmo."
"Mas me diga: você tem experiência na área? Graduou-se por onde?"
"A experiência é vasta, infelizmente não tenho uma graduação formal, mas posso afirmar que sei muito sobre 'ser palhaço', entende?"
"Ah, quer dizer que você já trabalhou como palhaço anteriormente"
"Descreveria esta atividade como um exercício diário, algo muito presente em meu cotidiano, compreende?
"Interessante. E qual é exatamente seu tempo de experiência profissional?"
"Já tenho 37 anos no ramo, viu"
Daí eu apresento os registros que provam a grande piada infame que é minha vida e tenho até medo do cara sentar, chorar e me arranjar uma receita de Prozac tão logo ele constate que jamais pisei em um picadeiro.
Estilo depressão alheia, sabe? Como vergonha alheia, só que depressão? ISSO.
"Sim, isso mesmo."
"Mas me diga: você tem experiência na área? Graduou-se por onde?"
"A experiência é vasta, infelizmente não tenho uma graduação formal, mas posso afirmar que sei muito sobre 'ser palhaço', entende?"
"Ah, quer dizer que você já trabalhou como palhaço anteriormente"
"Descreveria esta atividade como um exercício diário, algo muito presente em meu cotidiano, compreende?
"Interessante. E qual é exatamente seu tempo de experiência profissional?"
"Já tenho 37 anos no ramo, viu"
Daí eu apresento os registros que provam a grande piada infame que é minha vida e tenho até medo do cara sentar, chorar e me arranjar uma receita de Prozac tão logo ele constate que jamais pisei em um picadeiro.
Estilo depressão alheia, sabe? Como vergonha alheia, só que depressão? ISSO.
Porque pensem na minha situação:
"Oi, é o moço do carro?"
"Sou eu"
"Eu queria um carro em Pirapora"
"Pra que dia?"
"Ah, meu, sei lá, qualquer dia aí, tem como marcar pra mim?"
"................."
"Vai, amigo, agenda o carro lá em Pirapora. Tipos entre 26 de dezembro e 15 de janeiro, algum dia aí no meio MEU NÃO CUSTA NADA VOCÊ RESERVAR SABE QUE MÁ VONTADE VOCÊ NÃO VAI FAZER O QUE EU QUERO POR CAUSA DE UM DIAZINHO? Que frescura essa mania que vocês têm de querer saber sobre datas, francamente. Imagina na Copa."
É meio isso que a pessoa quer que eu faça. Se eu vier a perder meu emprego posso mandar a maravilhosa obra de ficção que é meu CV pro Orlando Orfei almejando o cargo de palhaço, certo?
Os cara me contratam na hora, de fome eu não morro.
"Sou eu"
"Eu queria um carro em Pirapora"
"Pra que dia?"
"Ah, meu, sei lá, qualquer dia aí, tem como marcar pra mim?"
"................."
"Vai, amigo, agenda o carro lá em Pirapora. Tipos entre 26 de dezembro e 15 de janeiro, algum dia aí no meio MEU NÃO CUSTA NADA VOCÊ RESERVAR SABE QUE MÁ VONTADE VOCÊ NÃO VAI FAZER O QUE EU QUERO POR CAUSA DE UM DIAZINHO? Que frescura essa mania que vocês têm de querer saber sobre datas, francamente. Imagina na Copa."
É meio isso que a pessoa quer que eu faça. Se eu vier a perder meu emprego posso mandar a maravilhosa obra de ficção que é meu CV pro Orlando Orfei almejando o cargo de palhaço, certo?
Os cara me contratam na hora, de fome eu não morro.
That's my life
"Preciso de um carro em Pirapora"
"Para quando?"
"Ainda não defini a data, vou resolver chegando lá"
"Então, quando chegar lá, me avise que eu peço para você"
"Mas eu queria já deixar agendado"
"Perfeito. Para que dia?"
"Não sei, vou decidir chegando lá"
"Sem problemas. Chegando lá você me passa a tal data que eu peço"
"É que eu queria fazer isso já"
"Mas para QUANDO? [PORRA]"
"Para quando?"
"Ainda não defini a data, vou resolver chegando lá"
"Então, quando chegar lá, me avise que eu peço para você"
"Mas eu queria já deixar agendado"
"Perfeito. Para que dia?"
"Não sei, vou decidir chegando lá"
"Sem problemas. Chegando lá você me passa a tal data que eu peço"
"É que eu queria fazer isso já"
"Mas para QUANDO? [PORRA]"
"Só vou saber quando chegar"
"Então quando você souber, me conte que eu providencio na hora"
"Não tem como a gente já deixar marcado?"
"Tem se soubermos o diiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaa para o qual agendaremooooossssssss"
"Mas eu só vou saber quando chegar"
"Sim. Daí você me passa o dia que eu peço [CARALHO]"
"Mas e se a gente já marcar?"
"Podemos fazer isso. Só preciso saber pra que dia marco"
"Ah, só vou decidir quando chegar lá"
"Então tá. Assim que você chegar lá, me liga que eu mando um Rolls-Royce grená se assim for de seu desejo"
"Impossível você não conseguir pedir isso com antecedência para mim"
ALGUÉM TEM UM FUZIL PRA ME EMPRESTAR?
Me mato e mato essa criatura na sequência ou alguém tem uma ideia melhor?
Só tem lelé
Ano de fim do mundo é uma maravilha, né gente. Os malucos encontram seu lugar na sociedade, ganham a chance de se expressar, brotam como chuchus na cerca e é uma dádiva estarmos aqui para observar de perto paranoias desenvolvidas à base de muito talento criativo. Cannes devia mesmo era lançar uma categoria para premiar essa galera.
Outro dia vi na TV um crazy que é devoto do Big One. Ouço essa história há 37 anos e não ignoro que aquilo ali tem tudo para dar errado, mas convenhamos que até hoje não tivemos pistas reais de que vai acontecer HOJE ou talvez semana que vem, certo? Previsões são previsões. Apenas.
Mas voltando: ele realmente acredita que o grande terremoto vai rolar e está lá, sentado em sua casa, fantasiado de Crocodilo Dundee, aguardando a Califórnia inteira ruir. Enquanto isso não acontece, se prepara para o fim.
Te dizer que fosse eu moradora do epicentro de uma parada dessa magnitude e acreditasse de fato na tragédia, já tinha feito minha malinha e organizado minha mudança para qualquer parte, pra Prússia, Zâmbia, Puta que Pariu, pros Quinto dos Inferno ou qualquer outro lugar neutro bem longe da falha de San Andreas, sabe? Se não estivesse esperando terremoto nenhum - fora os usuais - viveria minha vida normalmente, correto?
Mas não. Ele não. O homem QUER participar do lendário evento. Para isso, treina diariamente a técnica de matar gansos com seu estilingue [taí um cara OCUPADAÇO] e fabrica aspirina natural (o processo gira em torno de envolver uma certa árvore em plástico e usar o líquido condensado como analgésico, SEI LÁ) para o caso de haver uma briga de facas causada pela disputa de alimentos ou água, não me lembro. Ques mané briga de faca, malandro? Vá se catar, que isso não faz sentido nenhum, caracoles. Nego mora a 4 quarteirões do provável abismo sem fim, acredita piamente que a merda vai acontecer em no máximo 5 anos e fica lá treinando caça ao ganso e fabricando aspirina natural. Será que não passa pela cabeça desta criatura que a chance de não sobrevivência supera todas as outras expectativas? Sai correndo, meu amigo.
Aspirina natural.........oras.
Tem também a turma do pico do petróleo, da terceira guerra, da tempestade solar, todos com seus abrigos, estoques, treinamentos - com 4 meses de vida os bebês já são iniciados na arte da sobrevivência - armas fabricadas à base de pedra lascada, mas o mais legal de todos é o tiozinho da PANDEMIA.
Esse doido aposta todas as suas fichas na hipótese de que o fim se dará por meio de uma pandemia mundial. Não qualquer pandemia. Será uma gripe aviária infinitamente mais hardcore do que a que conhecemos, uma parada mutante originária da evolução do vírus em diferentes espécies, algo assim. Segundo ele, a população vai morrer numa velocidade louca e será um horror, pois covas não serão construídas a tempo e os corpos ficarão empilhados no meio da rua, um troço pavoroso. Ele pinta o retrato da desgraça como nenhum mestre faria e até eu fiquei com medo do discurso do maluco.
Este senhor segue as regras básicas para sobrevivência pós fim do mundo: tem um abrigo secreto, um estoque de comida infinito, armamento militar, máscaras anti gás, anti vírus, anti ar, todo o arsenal padrão. A parte legal é que sua mulher, uma japa mal humorada pra caralho, o considera um retardado mental e deixa isso claro diante das câmeras. Impagável a expressão de desprezo estampada no rosto da fulana enquanto o cara descreve com orgulho o quanto gastou e tudo o que armazenou para que sua família sobreviva por 2 anos no tal bunker.
Ele se gaba do estoque de comida e ela emenda com um "não concordo com nada disso". E grunhe. Ele mostra a quantidade de fuzis enfileirados num armário construído especificamente para isso quase saltitando de satisfação e ela comenta "isso é uma aberração". E bufa. Ele exibe uma quantidade de antivirais armazenados que, se empilhados, dão a altura do Kilimajaro e ela diz "gente normal não faz isso". Latindo. Deixa claro que acha um desmando gastar 500 milhões de dólares com uma imbecilidade imbecil como essa e convenhamos, há que se concordar com a japa. Ela tem colada na face aquela eterna cara de saco cheio. E bufa, sem parar. Como não ser solidária a esta pessoa?
Dou 6 meses para este ser um cara divorciado.Gastando toda a grana destinada à salvação com advogados, pensão alimentícia e indenizações. E a japonesa sapateando e tocando castanholas enquanto ri da cara dele e nada em uma montanha de dinheiro. Mas vai ser uma Birkin de cada cor ca grana dos feijão enlatado, viu. Só de raiva. Certeza.
Eu acho vital ter acesso a este tipo de informação. Me dá a segurança necessária para não ter dúvidas sobre minha sanidade mental, condição que questiono constantemente.
Outro dia vi na TV um crazy que é devoto do Big One. Ouço essa história há 37 anos e não ignoro que aquilo ali tem tudo para dar errado, mas convenhamos que até hoje não tivemos pistas reais de que vai acontecer HOJE ou talvez semana que vem, certo? Previsões são previsões. Apenas.
Mas voltando: ele realmente acredita que o grande terremoto vai rolar e está lá, sentado em sua casa, fantasiado de Crocodilo Dundee, aguardando a Califórnia inteira ruir. Enquanto isso não acontece, se prepara para o fim.
Te dizer que fosse eu moradora do epicentro de uma parada dessa magnitude e acreditasse de fato na tragédia, já tinha feito minha malinha e organizado minha mudança para qualquer parte, pra Prússia, Zâmbia, Puta que Pariu, pros Quinto dos Inferno ou qualquer outro lugar neutro bem longe da falha de San Andreas, sabe? Se não estivesse esperando terremoto nenhum - fora os usuais - viveria minha vida normalmente, correto?
Mas não. Ele não. O homem QUER participar do lendário evento. Para isso, treina diariamente a técnica de matar gansos com seu estilingue [taí um cara OCUPADAÇO] e fabrica aspirina natural (o processo gira em torno de envolver uma certa árvore em plástico e usar o líquido condensado como analgésico, SEI LÁ) para o caso de haver uma briga de facas causada pela disputa de alimentos ou água, não me lembro. Ques mané briga de faca, malandro? Vá se catar, que isso não faz sentido nenhum, caracoles. Nego mora a 4 quarteirões do provável abismo sem fim, acredita piamente que a merda vai acontecer em no máximo 5 anos e fica lá treinando caça ao ganso e fabricando aspirina natural. Será que não passa pela cabeça desta criatura que a chance de não sobrevivência supera todas as outras expectativas? Sai correndo, meu amigo.
Aspirina natural.........oras.
Tem também a turma do pico do petróleo, da terceira guerra, da tempestade solar, todos com seus abrigos, estoques, treinamentos - com 4 meses de vida os bebês já são iniciados na arte da sobrevivência - armas fabricadas à base de pedra lascada, mas o mais legal de todos é o tiozinho da PANDEMIA.
Esse doido aposta todas as suas fichas na hipótese de que o fim se dará por meio de uma pandemia mundial. Não qualquer pandemia. Será uma gripe aviária infinitamente mais hardcore do que a que conhecemos, uma parada mutante originária da evolução do vírus em diferentes espécies, algo assim. Segundo ele, a população vai morrer numa velocidade louca e será um horror, pois covas não serão construídas a tempo e os corpos ficarão empilhados no meio da rua, um troço pavoroso. Ele pinta o retrato da desgraça como nenhum mestre faria e até eu fiquei com medo do discurso do maluco.
Este senhor segue as regras básicas para sobrevivência pós fim do mundo: tem um abrigo secreto, um estoque de comida infinito, armamento militar, máscaras anti gás, anti vírus, anti ar, todo o arsenal padrão. A parte legal é que sua mulher, uma japa mal humorada pra caralho, o considera um retardado mental e deixa isso claro diante das câmeras. Impagável a expressão de desprezo estampada no rosto da fulana enquanto o cara descreve com orgulho o quanto gastou e tudo o que armazenou para que sua família sobreviva por 2 anos no tal bunker.
Ele se gaba do estoque de comida e ela emenda com um "não concordo com nada disso". E grunhe. Ele mostra a quantidade de fuzis enfileirados num armário construído especificamente para isso quase saltitando de satisfação e ela comenta "isso é uma aberração". E bufa. Ele exibe uma quantidade de antivirais armazenados que, se empilhados, dão a altura do Kilimajaro e ela diz "gente normal não faz isso". Latindo. Deixa claro que acha um desmando gastar 500 milhões de dólares com uma imbecilidade imbecil como essa e convenhamos, há que se concordar com a japa. Ela tem colada na face aquela eterna cara de saco cheio. E bufa, sem parar. Como não ser solidária a esta pessoa?
Dou 6 meses para este ser um cara divorciado.Gastando toda a grana destinada à salvação com advogados, pensão alimentícia e indenizações. E a japonesa sapateando e tocando castanholas enquanto ri da cara dele e nada em uma montanha de dinheiro. Mas vai ser uma Birkin de cada cor ca grana dos feijão enlatado, viu. Só de raiva. Certeza.
Eu acho vital ter acesso a este tipo de informação. Me dá a segurança necessária para não ter dúvidas sobre minha sanidade mental, condição que questiono constantemente.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Gente idiota e suas classificações
Antes eu me baseava apenas no grau de idiotice em si. Meio idiota, muito idiota, idiota infinito ou idiotinha, por exemplo.
A partir de hoje também levo em conta suas respectivas listas de prioridades. Me assusta, me intriga, me irrita PROFUNDAMENTE a forma como certos indivíduos levam a vida.
Um cara considerado "um pouco idiota" pode se transformar num piscar de olhos em "maior idiota das galáxias" de acordo com uma simples decisão que foi tomada seguindo sua má formada lista de prioridades.
Não estou podendo mais viver com isso e claro que não sou eu aquela que explicará ao ser que ele está equivocado e o porquê. Fosse esta minha função, seria eu professora primária, não palhaça profissional graduada com honras.
E que fique claro: to falando aqui de idiotas idiotas, não de idiotas legais.
A partir de hoje também levo em conta suas respectivas listas de prioridades. Me assusta, me intriga, me irrita PROFUNDAMENTE a forma como certos indivíduos levam a vida.
Um cara considerado "um pouco idiota" pode se transformar num piscar de olhos em "maior idiota das galáxias" de acordo com uma simples decisão que foi tomada seguindo sua má formada lista de prioridades.
Não estou podendo mais viver com isso e claro que não sou eu aquela que explicará ao ser que ele está equivocado e o porquê. Fosse esta minha função, seria eu professora primária, não palhaça profissional graduada com honras.
E que fique claro: to falando aqui de idiotas idiotas, não de idiotas legais.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Mais uma da série "Ser azarado e ser debilóide. Uma sutil diferença"
Às vezes eu me pego pensando sobre o que seria de mim sem determinados programas que vão ao ar pelo Discovery Channel.
Curious & Unusual Deaths, por exemplo, que inclusive já foi comentado aqui.
Durante o último episódio que assisti, cheguei à conclusão de que o que realmente me intriga é o azar sem tamanho de alguns contra a imbecilidade patológica de outros, condições isoladas que levam à morte pessoas distintas. Se liga:
AZARADO
Nego resolveu ir ali fora dar comida para o gato. Estava tudo coberto de gelo, o que ocasionou um escorregão no melhor estilo pé para cima cabeça para baixo. O sujeito bateu a nuca, perdeu a consciência e caiu com a cara na tigela de água do bichano. Morreu afogado em 50ml.
Isso não é "unusual", isso é macumba, meu filho. Azar não define, vá se benzer. Deve ter chegado no céu e rolado as escadarias que levam ao portão do Paraíso diante de um São Pedro incrédulo que ficou ali, pasmo, observando a queda sem fim do gordinho rumo à Terra. Subiu tudo de novo e adentrou o reino de Deus todo fodido, estropiado, 4 costelas quebradas e um aneurisma do tamanho de uma laranja em formação. Do jeito que o cara é zicado, capaz de ainda ter um derrame por conta disso, vai dizer que ceis duvidam? O Reino Celestial terá de aprender a lidar com inválidos.
DEBILÓIDE
O imbecil estava lá, de bobeira, sem porra nenhuma para fazer. Daí resolveu começar a pensar e vocês sabem que esse negócio de gente mongol decidir pensar raramente termina bem. Devia mesmo era ter ido bater um bolo, mas achou que aquele era um bom momento para desvendar os mistérios sobre o complexo funcionamento de sua lâmpada de lava. Porque a lâmpada de lava é realmente um troço muito elaborado, uma vez que você acende a parada, aquilo aquece e justamente esse aumento de temperatura da água é que faz a lava subir. Quando chega na parte superior do compartimento a gosma esfria e volta para baixo, onde é aquecida novamente, sobe e assim sucessivamente MEU DEUS ALGUMA DÚVIDA? Com 5 anos de idade eu já sabia disso, mas vai entender a mente desse povo estranho, né.
Acontece que nosso Einstein queria comprovar se era esse mesmo o mecanismo da coisa. Intelectos acima da média não costumam aceitar informações que lhes são impostas. Então ele acendeu a luz, mas a lava demorava a se mexer. Impelido pela ansiedade e curiosidade natural dos gênios prestes a concluírem sua descoberta maior, esta ANTA desligou a luminária da parede, destarrachou a base e colocou o recipiente de vidro para esquentar no fogão. Alguém me explica o que leva uma criatura a tomar uma decisão como essa?
Obviamente o treco explodiu e foi lava pra tudo que é lado. E vidro também. Foi isso inclusive que perfurou seu coração e matou o retardado, que foi encontrado 4 dias depois do ocorrido, quando sua família deu falta do babaca.
É o caso de se comemorar a morte de um cretino desse, concordam? A espécie agradece.
Curious & Unusual Deaths, por exemplo, que inclusive já foi comentado aqui.
Durante o último episódio que assisti, cheguei à conclusão de que o que realmente me intriga é o azar sem tamanho de alguns contra a imbecilidade patológica de outros, condições isoladas que levam à morte pessoas distintas. Se liga:
AZARADO
Nego resolveu ir ali fora dar comida para o gato. Estava tudo coberto de gelo, o que ocasionou um escorregão no melhor estilo pé para cima cabeça para baixo. O sujeito bateu a nuca, perdeu a consciência e caiu com a cara na tigela de água do bichano. Morreu afogado em 50ml.
Isso não é "unusual", isso é macumba, meu filho. Azar não define, vá se benzer. Deve ter chegado no céu e rolado as escadarias que levam ao portão do Paraíso diante de um São Pedro incrédulo que ficou ali, pasmo, observando a queda sem fim do gordinho rumo à Terra. Subiu tudo de novo e adentrou o reino de Deus todo fodido, estropiado, 4 costelas quebradas e um aneurisma do tamanho de uma laranja em formação. Do jeito que o cara é zicado, capaz de ainda ter um derrame por conta disso, vai dizer que ceis duvidam? O Reino Celestial terá de aprender a lidar com inválidos.
DEBILÓIDE
O imbecil estava lá, de bobeira, sem porra nenhuma para fazer. Daí resolveu começar a pensar e vocês sabem que esse negócio de gente mongol decidir pensar raramente termina bem. Devia mesmo era ter ido bater um bolo, mas achou que aquele era um bom momento para desvendar os mistérios sobre o complexo funcionamento de sua lâmpada de lava. Porque a lâmpada de lava é realmente um troço muito elaborado, uma vez que você acende a parada, aquilo aquece e justamente esse aumento de temperatura da água é que faz a lava subir. Quando chega na parte superior do compartimento a gosma esfria e volta para baixo, onde é aquecida novamente, sobe e assim sucessivamente MEU DEUS ALGUMA DÚVIDA? Com 5 anos de idade eu já sabia disso, mas vai entender a mente desse povo estranho, né.
Acontece que nosso Einstein queria comprovar se era esse mesmo o mecanismo da coisa. Intelectos acima da média não costumam aceitar informações que lhes são impostas. Então ele acendeu a luz, mas a lava demorava a se mexer. Impelido pela ansiedade e curiosidade natural dos gênios prestes a concluírem sua descoberta maior, esta ANTA desligou a luminária da parede, destarrachou a base e colocou o recipiente de vidro para esquentar no fogão. Alguém me explica o que leva uma criatura a tomar uma decisão como essa?
Obviamente o treco explodiu e foi lava pra tudo que é lado. E vidro também. Foi isso inclusive que perfurou seu coração e matou o retardado, que foi encontrado 4 dias depois do ocorrido, quando sua família deu falta do babaca.
É o caso de se comemorar a morte de um cretino desse, concordam? A espécie agradece.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Joga pedra
Já que eu não sou ninguém mesmo, vou me apoiar nesta realidade e usar de recalque para falar mal de gente que atingiu algum tipo de posição no mundo, mas que para mim não é lá grandes merda.
Colin Farrell, por exemplo. Alguém pode, por favor, enumerar o que fez de útil este senhor além de estrelar remakes de filmes que eram bons mas não são mais? Porque confesso que tentei encontrar algo relevante em sua trajetória e sempre que dou de cara com ele, lá está o ser, fazendo um papel que já pertenceu a alguém infinitamente mais importante para o mundo, numa produção que já foi inovadora ou era tendência na época, NOS ANOS 80/90.
Amigo, qual sua dúvida em relação à impossibilidade de competir com Chris Sarandon em Fright Night? Por favor. Sobre Total Recall, apenas um comentário sai da minha boca: quanta ousadia. Estamos falando aqui de Schwarzenegger e seu maravilhoso Quaid. Não esquecendo jamais que Schwarzenegger é maravilhoso apenas por existir.
Será que ele achou mesmo que era válido profanar aquilo que foi executado pelo mestre? Porra. Absorver o conceito de superioridade alheia que é bom, nem pensar, né?
Daí rolou um Miami Vice, mas como sou purista, tudo o que tenho a dizer é que achei uma bosta.
Se orienta, nego.
Vou ca sua fuça não.
Some.
Colin Farrell, por exemplo. Alguém pode, por favor, enumerar o que fez de útil este senhor além de estrelar remakes de filmes que eram bons mas não são mais? Porque confesso que tentei encontrar algo relevante em sua trajetória e sempre que dou de cara com ele, lá está o ser, fazendo um papel que já pertenceu a alguém infinitamente mais importante para o mundo, numa produção que já foi inovadora ou era tendência na época, NOS ANOS 80/90.
Amigo, qual sua dúvida em relação à impossibilidade de competir com Chris Sarandon em Fright Night? Por favor. Sobre Total Recall, apenas um comentário sai da minha boca: quanta ousadia. Estamos falando aqui de Schwarzenegger e seu maravilhoso Quaid. Não esquecendo jamais que Schwarzenegger é maravilhoso apenas por existir.
Será que ele achou mesmo que era válido profanar aquilo que foi executado pelo mestre? Porra. Absorver o conceito de superioridade alheia que é bom, nem pensar, né?
Daí rolou um Miami Vice, mas como sou purista, tudo o que tenho a dizer é que achei uma bosta.
Se orienta, nego.
Vou ca sua fuça não.
Some.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Desafio
A coisa mais absurda que eu - valendo-me desta notável e inclassificável falta de vergonha na cara e nenhum amor à vida - já comi foi uma pizza frita de estrogonofe extra queijo.
Pizza. FRITA. De estrogonofe. Queijo extra.
Vou dar detalhes para vocês entenderem de fato sobre o que eu estou falando aqui: o cara pega uma roda de pizza, cobre com estrogonofe, joga uma camada everestiana de mozzarella por cima, dobra o negócio, fechando como um pastel e taca em óleo fervente. Daí eu vou lá e como isso, ficou claro? Sim, é assustador.
A curadoria deste evento é minha em parceria com Sams (quem mais poderia ser, pergunto eu) e a gente realmente duvida que alguém já tenha feito melhor. Coragem, criatividade e performance irretocáveis.
Estamos requisitando junto às autoridades competentes o título hors-concours vitalício de "trasheira do milênio" e aproveitamos para lançar o desafio àqueles que pensam estar à nossa altura. Vale o cinturão.
Nem sei como sobrevivemos para contar essa linda história e deixamos registrado nosso agradecimento à todos que nos apoiaram e nos compreenderam durante fase tão ~complicada~ em nossa brilhante e ousada existência.
Estamos em busca de novos projetos, claro. Aceitamos sugestões.
beijos.
Pizza. FRITA. De estrogonofe. Queijo extra.
Vou dar detalhes para vocês entenderem de fato sobre o que eu estou falando aqui: o cara pega uma roda de pizza, cobre com estrogonofe, joga uma camada everestiana de mozzarella por cima, dobra o negócio, fechando como um pastel e taca em óleo fervente. Daí eu vou lá e como isso, ficou claro? Sim, é assustador.
A curadoria deste evento é minha em parceria com Sams (quem mais poderia ser, pergunto eu) e a gente realmente duvida que alguém já tenha feito melhor. Coragem, criatividade e performance irretocáveis.
Estamos requisitando junto às autoridades competentes o título hors-concours vitalício de "trasheira do milênio" e aproveitamos para lançar o desafio àqueles que pensam estar à nossa altura. Vale o cinturão.
Nem sei como sobrevivemos para contar essa linda história e deixamos registrado nosso agradecimento à todos que nos apoiaram e nos compreenderam durante fase tão ~complicada~ em nossa brilhante e ousada existência.
Estamos em busca de novos projetos, claro. Aceitamos sugestões.
beijos.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Outras conversas facebookeanas
A gente varia a patota, mas seguimos praticando a bobeira e o retardo mental. Apreciem:
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
The Snow White and The Huntsman - CONSIDERAÇÕES
O que Kristen Stewart tem enfiado em seu orifício anal? Um cenourão? Um nabo mutante que eletrocuta? A maçã envenenada, meu povo?
Kris, amiga, o briefing da princesa que estrela o filme é "branca como a neve/cabelos negros como ébano/lábios vermelhos como sangue". Só. Em nenhum momento alguém disse que Branca de Neve é uma mina que sofre de dor de barriga eterna, faz favor. De onde tiraste que ela tem esta cara de cu que vem a ser sua especialidade? Devia ter visto a versão animada de Disney para pautar sua existência, gata.
Não ferre a infância da nova geração com mais uma heroína de imagem deturpada. Elas são felizes apesar dos perrengues e de adaptações das versões originais de suas histórias. Aprenda a sorrir, aprenda a ser leve. Você não está sendo perseguida por vampiros, não mais. O lance agora é só uma madrasta psicopata, um caçador bem bonito com seu belo sotaque escocês, um espelho que quer mais é que você morra logo pra Charlize parar de importuná-lo de uma vez por todas com essa história infinita de "mirror mirror on the wall" e uns anões super freaks emoldurados por uma floresta LSD.
Seja feliz e tire essa cara de merda da fuça. Não pega bem. E aprenda a falar como os britânicos. Todo mundo sabe, até eu sei, e num caso com esse, onde a história se passa na EUROPA, é super útil.
Só finalizando: você jamais será mais bonita que Charlize Theron. Não conte com isso. É filme, tá? Tudo mentirinha.
Beijos.
Kris, amiga, o briefing da princesa que estrela o filme é "branca como a neve/cabelos negros como ébano/lábios vermelhos como sangue". Só. Em nenhum momento alguém disse que Branca de Neve é uma mina que sofre de dor de barriga eterna, faz favor. De onde tiraste que ela tem esta cara de cu que vem a ser sua especialidade? Devia ter visto a versão animada de Disney para pautar sua existência, gata.
Não ferre a infância da nova geração com mais uma heroína de imagem deturpada. Elas são felizes apesar dos perrengues e de adaptações das versões originais de suas histórias. Aprenda a sorrir, aprenda a ser leve. Você não está sendo perseguida por vampiros, não mais. O lance agora é só uma madrasta psicopata, um caçador bem bonito com seu belo sotaque escocês, um espelho que quer mais é que você morra logo pra Charlize parar de importuná-lo de uma vez por todas com essa história infinita de "mirror mirror on the wall" e uns anões super freaks emoldurados por uma floresta LSD.
Seja feliz e tire essa cara de merda da fuça. Não pega bem. E aprenda a falar como os britânicos. Todo mundo sabe, até eu sei, e num caso com esse, onde a história se passa na EUROPA, é super útil.
Só finalizando: você jamais será mais bonita que Charlize Theron. Não conte com isso. É filme, tá? Tudo mentirinha.
Beijos.
*Maravilha de filme, tinha que ser o Chaves para estragar o núcleo principal. Mala*
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Grandes verdades da humanidade
A VIDA IMITA A ARTE, taí uma grande verdade. Se liga:
ARTE (eu classifico as piadas infames como um movimento artístico da mais suma importância, certo?) - "Um sujeito tinha um vizinho que criava galinhas. Tinha duas em especial que ele odiava por não pararem de cacarejar, a Olga e a Célia. Um certo dia ele teve uma ideia para se livrar delas: comprou uma espiga de milho, adaptou uma banana de dinamite e jogou no galinheiro do vizinho, perto de Olga e Célia. As duas vieram correndo. Uma bicou um milho, a outra também e ai foi tudo pelos ares.
Qual o nome do filme?
Dois Milho e BUM, Olga e Célia no espaço".
VIDA REAL - Tem um cara que é dono de um carrinho de milho verde e pipoca aqui na porta da FMU da rua Iguatemi. Isso faz dele vizinho deste hospício de loucos onde cumpro minha carga horária comercial.
Hoje, lá pelas 6 da tarde, ouvimos um BUM! e logo em seguida o ambiente todo foi tomado por uma nuvem louca cheirando a gás de cozinha. Logo achei que um cano qualquer tivesse explodido sob nossos pés, porque com essa obra desgraçada da Faria Lima nossa vida é assim. Cada mergulho é um flash.
Medo, muito medo de acender luzes, isqueiros, fogão nem pensar. Um dos elementos que compõem minha equipe decidiu ir ali na rua para ver o que ocorria. Voltou com dois olhos arregalados e a seguinte explicação:
"Meu, o pipoqueiro da faculdade explodiu" - enquanto observávamos o tal homem chamuscado adentrando a nossa rua, PUTO, puxando seu carrinho que agora é "fuligem" na escala Pantone.
Percebam que temos todos os elementos: as galinhas (eu e Flavia Isabel), dois milho (milho verde e pipoca) e o BUM. Hein?
Não basta ser louco, tem que habitar um quarteirão tomado por incendiários insanos autodestrutivos, munidos de panelas de pipoca e botijões de gás mal instalados.
beijos.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Choque anafilático
Hoje eu vi uma foto do nosso sambista alcoólico tomando uma aguinha
Isso me fez lembrar do dia em que eu mesma resolvi desafiar a morte e tive que dribla-la por diversas vezes durante as 24 horas subsequentes. Porque vocês nem imaginam a lista quase infinita de perigos com os quais podemos nos deparar ao ingerir míseros 500 ml de água, este veneno.
Estava eu derretendo sob o sol da Bahia durante uma de minhas temporadas no além rio. Como o relógio ainda não tinha batido 11h00, decidi inovar pedindo uma água para o garçom. Sei que é proibido, sei que não devemos, mas pensei que àquele horário esse deslize passaria desapercebido. Na cena fictícia que criei mentalmente, eu bem notava reprovação no semblante do homem. Parece que ouvi um "a vida é sua, não é minha mesmo" ao fundo, mas nem parei para concatenar. Mal sabia onde acabara de me enfiar.
Porque a verdade é uma só: quem, em sã consciência, pega um táxi, um avião, uma balsa, um carro, uma canoa, uma charrete e um jegue pra chegar no destino final e beber água? Não faz sentido, sejamos lúcidos.
Mas foi dar o primeiro gole no líquido ali, na praia de Caraíva, para ouvir a profecia "ÁGUA, SCARCELLI?? ISSO NÃO VAI TE FAZER MAL NÃO, Ô?" - berrou Octávio enquanto passava correndo desabalado pela areia.
Confesso que aquilo me assustou, pois Octávio é alguém que sabe o que diz e isso fica muito nítido se observarmos nossa imagem oficial daquele verão:
Né? É. Se tem uma coisa CLARA aqui é o fato de realmente não pensarmos que cachaça é água, essas coisas todas. A gente sabe bem o que deve ou não ser consumido, alguma dúvida? Nenhuma.
Tudo transcorreu normalmente. Passei o dia na praia, no jantar comi um estrogonofe de arraia que só a Fátima sabe fazer e depois emendei a noite na calçada da fama em frente à Busca Vida me alcoolizando como se aquela fosse minha última chance. Uma aranha louca pulou e mim e tomei uma picada. Bebi mais e no fim de tudo ainda devo ter comido um kibe do Neres, pois é assim que determina o protocolo. Fui feliz para sempre.
No dia seguinte, acordei um pouco antes do meio dia e quase tive um colapso ao ver minha imagem no espelho, pois eu parecia um tomate de biquini. Pensa numa pessoa VERMELHA cuja goela fecharia em 15 minutos no máximo e eu já estava até procurando uma caneta Bic para não morrer sufocada.
Sentei no belo gramado que separa o meu quarto da praia e aí começou minha luta pela vida, já que a primeira providência tomada por Fabio, o anfitrião, foi abrir uma garrafa de álcool Zulu e jogar sobre mim. Inteira. Ali no meio daquela gente toda acendendo cigarros, charutos, cachimbos e similares em pleno vendaval baiano. Berrei "NINGUÉM ACENDE MAIS NADA, NEM A LUZ" e saí correndo. Segundo Fábio, aquilo era alergia à areia (oi?) e só o banho de álcool salvaria. Sei. Como já foi comentado, saí correndo. Tomei uma ducha e o caminho da farmácia também.
Antes de chegar lá, encontrei com Dante. Diagnóstico: alergia a arraia. Importante comentar que Dante é nosso grande guru e o que ele falar, falado está. Mandou eu me besuntar de sua famosa e exclusiva pomada francesa caríssima e tomar um antialérgico. Okay, maravilha, eu já estava indo pra farmácia mesmo, né.
Nosso farmacêutico, Raimundo, contestou o parecer de Dante, assim como o de Fabio. De acordo com ele, aquilo era alergia à picada da aranha louca. Ele concordava com o banho de álcool, com a pomada francesa e com os antialérgicos, porém, acrescentou a seguinte orientação na posologia:
"Tome dois. De uma vez. Mas tome com cerveja porque assim você pótencializa o efeito"
Beleza, vamos tomar Polaramine com cerveja para pótencializar.
Quando minha irmã viu a cena, quase me matou. Tentei explicar que era desperdício de energia, pois morreria de qualquer forma, fosse pela ingestão de medicamentos com álcool, fosse por uma glote fechada ou ainda mesmo vítima de um incêndio acidental.
Não morri e nunca mais tive alergia a nada. Continuo comendo arraia, convivendo com aranhas baianas mutantes e chafurdando na areia, apesar de ter parado totalmente com a água.
Tirem suas próprias conclusões. Beijos.
Isso me fez lembrar do dia em que eu mesma resolvi desafiar a morte e tive que dribla-la por diversas vezes durante as 24 horas subsequentes. Porque vocês nem imaginam a lista quase infinita de perigos com os quais podemos nos deparar ao ingerir míseros 500 ml de água, este veneno.
Porque a verdade é uma só: quem, em sã consciência, pega um táxi, um avião, uma balsa, um carro, uma canoa, uma charrete e um jegue pra chegar no destino final e beber água? Não faz sentido, sejamos lúcidos.
Mas foi dar o primeiro gole no líquido ali, na praia de Caraíva, para ouvir a profecia "ÁGUA, SCARCELLI?? ISSO NÃO VAI TE FAZER MAL NÃO, Ô?" - berrou Octávio enquanto passava correndo desabalado pela areia.
Confesso que aquilo me assustou, pois Octávio é alguém que sabe o que diz e isso fica muito nítido se observarmos nossa imagem oficial daquele verão:
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| "Paula e Octávio em: bico na garrafa" |
Tudo transcorreu normalmente. Passei o dia na praia, no jantar comi um estrogonofe de arraia que só a Fátima sabe fazer e depois emendei a noite na calçada da fama em frente à Busca Vida me alcoolizando como se aquela fosse minha última chance. Uma aranha louca pulou e mim e tomei uma picada. Bebi mais e no fim de tudo ainda devo ter comido um kibe do Neres, pois é assim que determina o protocolo. Fui feliz para sempre.
No dia seguinte, acordei um pouco antes do meio dia e quase tive um colapso ao ver minha imagem no espelho, pois eu parecia um tomate de biquini. Pensa numa pessoa VERMELHA cuja goela fecharia em 15 minutos no máximo e eu já estava até procurando uma caneta Bic para não morrer sufocada.
Sentei no belo gramado que separa o meu quarto da praia e aí começou minha luta pela vida, já que a primeira providência tomada por Fabio, o anfitrião, foi abrir uma garrafa de álcool Zulu e jogar sobre mim. Inteira. Ali no meio daquela gente toda acendendo cigarros, charutos, cachimbos e similares em pleno vendaval baiano. Berrei "NINGUÉM ACENDE MAIS NADA, NEM A LUZ" e saí correndo. Segundo Fábio, aquilo era alergia à areia (oi?) e só o banho de álcool salvaria. Sei. Como já foi comentado, saí correndo. Tomei uma ducha e o caminho da farmácia também.
Antes de chegar lá, encontrei com Dante. Diagnóstico: alergia a arraia. Importante comentar que Dante é nosso grande guru e o que ele falar, falado está. Mandou eu me besuntar de sua famosa e exclusiva pomada francesa caríssima e tomar um antialérgico. Okay, maravilha, eu já estava indo pra farmácia mesmo, né.
Nosso farmacêutico, Raimundo, contestou o parecer de Dante, assim como o de Fabio. De acordo com ele, aquilo era alergia à picada da aranha louca. Ele concordava com o banho de álcool, com a pomada francesa e com os antialérgicos, porém, acrescentou a seguinte orientação na posologia:
"Tome dois. De uma vez. Mas tome com cerveja porque assim você pótencializa o efeito"
Beleza, vamos tomar Polaramine com cerveja para pótencializar.
Quando minha irmã viu a cena, quase me matou. Tentei explicar que era desperdício de energia, pois morreria de qualquer forma, fosse pela ingestão de medicamentos com álcool, fosse por uma glote fechada ou ainda mesmo vítima de um incêndio acidental.
Não morri e nunca mais tive alergia a nada. Continuo comendo arraia, convivendo com aranhas baianas mutantes e chafurdando na areia, apesar de ter parado totalmente com a água.
Tirem suas próprias conclusões. Beijos.
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