Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Se for por falta de adeus....

Tchau gents. Vou pra Caraíva. Não sei se volto porque posso:

a) Não sobreviver ao Reveillon;

b) Não sobreviver às doses cavalares de Netuno que pretendo ingerir; (improvável)

c) Virar hippie e mandar esta minha vida de empreendedora à merda;

d) Não sobreviver ao desgosto de ter que atravessar o rio pro lado de cá;

e) Ser eleita presidente da vila, já que além de certo europeu oficialmente ainda não temos quem mande naquela porra;

f) Não sobreviver à festa de batizado do meu sobrinho;

g) Não sobreviver ao retorno de minha cunhada à guerra;

h) Não sobreviver à temporada como um todo, pois eu tenho idade e esse negócio de Caraíva na veia não é brinquedo não.

Fiquem tranquilos, não falecerei sem avisar.

Feliz ano novo, gente bonita. Facebookearei lá de riba.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Chama o Gikovate

Úl-ti-mo, prometo. E vou processar o Frota, porque estou quase certa de que sua última aparição está totalmente associada a este destempero emocional que me ataca. Parei galera, juro. Aqui é Corinthians.

"Aflição de ser eu e não ser outra.

Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.

(A noite como fera se avizinha)


Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."

HILDA maravilhosa HILST soberana.

A partir do próximo post, retornaremos à programação normal. Agradecemos a compreensão. Vou tomar uma cerveja agora. Tá tudo bem.

Gente, é só uma fase, viu?

Porque todo mundo um dia pira, depois volta ao normal, daí PIRA novamente de forma mais grave, tornando a voltar ao normal e assim sucessivamente, até o dia que o nego fica lelé de vez e sai pela rua no melhor estilo "Ala dos Mendigos Beija Flor 1989" empurrando um carrinho de supermercado cheio de entulho igual fazem aquelas velhas loucas de Nova York; ou como diz a Red, "de terninho e havaianas, dançando a babuska com uma guirlanda na cabeça".

Né?

Pois eu estou numa fase não muito organizada mentalmente, fase esta que iniciou-se no século passado, a bem da verdade.

A questão é que ao invés de decidir por sair correndo pelada com a tal guirlanda pela Avenida Paulista em plena invasão natalina de transeuntes desgovernados - extraterrestres, creio eu, porque ME EXPLICA tamanha comoção causada por edifícios iluminados - eu entrei numas de lembrar do nada certos textos mais eruditos, digamos assim.

Estilo: to sentada no sofá assistindo, sei lá, "Mayday", por exemplo, coisa que costumo fazer com frequência para manter forte aqui a tradição do autoflagelamento e de repente, PÁ!! Me vem um Vinicius na cabeça. E daí eu vou atrás, leio todo o poema, acho lindo, descubro ali coisas que não havia notado antes, essas coisas de gente que não bate bem.

Essa merda toda já tinha começado quando eu confessei aqui ser discípula de Hildoca. Mas o contexto ali era diferente, estava apenas tentando mostrar que neguinho não precisa ser genial para valorizar material de qualidade. Basta apenas ser alfabetizado e definir o que mais lhe agrada. Ponto. Ó, foi aqui.

Daí que hoje eu estou aqui numa conversa telefônica totalmente dispensável, no sentido de que seu conteúdo era absolutamente desprovido de........ahn, conteúdo, e de repente.....TCHUMBA. Me veio mais um Hilda Hilst na cachola, assim, de lampejo. Postarei agora porque acho esse UM TRECO. Na verdade é um trecho de alguma coisa mais complexa, não sei, não me confunde, porra. Aí ó:

"E por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas, obscenas,
porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo, prazer, lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando Aquele Outro.
E te repito: por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me."

E é isso. Se eu tiver outra visão eu conto aí. E prometo me dedicar com mais afinco ao consumo de álcool, feito? Pela minha experiência, é o que resolverá tais sintomas de surto. Aguardemos. Grata pela atenção, hein?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

APOCALIPSE

Não tenho nada a dizer. Apenas que o tão esperado fim dos tempos chegou. As sete bestas, de fato, vieram até nós. Não sei se num futuro muito distante, novas civilizações terão acesso aos nossos obsoletos arquivos digitais, mas faço questão de deixar registrado aqui o que desencadeou o cataclisma final.

TURUMMMMM....TSSSSSSSSSSS!!!



E assim extinguiu-se a humanidade. FIM. Fodeu tudo.

E eu aqui achando que ter sido entrevistada pela Rogéria num Gala Gay aí da vida nos anos 90 foi o auge da bizarrice desta minha mísera existência.........to espumando pela boca até agora, desce uma tequila. Dupla. Twist. Carpada.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Manifesto Hilstiano - Porque os malas também têm coração.

Não sei se já deixei claro aqui, mas odeio, detesto e execro qualquer tipo de demonstração pública de inteligência sobre-humana. Que NÃO é o contrário da burrice sobre-humana que vemos diariamente estampada em basicamente tudo com o que temos contato, entendam.

A burrice abissal é o que vai acabar com a humanidade, é o que antecipará o grande evento de 2012, é aquilo que já comprometeu a civilização como um todo. Gente burra não conhece e nem sabe fazer uso da própria língua, seja ela qual for. Tudo bem que vejo tal fato repetir-se com mais frequência dentro das fronteiras nacionais, mas né. Qualquer verdade absoluta também é oriunda de uma linha de pensamento limitada, logo, não restrinjamos este princípio a este ponto isolado do mapa. Gente burra não entende piada; Gente burra cria, participa e dá crédito à fofocas; os burros nunca estão abertos à críticas; burros não têm condição de viver em sociedade pois são tacanhos e inadaptáveis. A tudo. E os burros também têm uma necessidade imensa de demonstrar a inominável capacidade mental que acreditam possuir. Pior que esses são aqueles da turma "não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe". Morram todos.

Isto é uma constatação minha, com embasamento frágil e restrita à minha nem tão pequena roda de amigos/inimigos/afins e gente com quem trabalho. Eu é que acho e acabou. Não mudarei de opinião. Mas o assunto aqui não é este e sim a inteligência sem medidas.

Só eu implico com aquele povo que sempre cita alguém teoricamente importantíssimo? Porque olha, eu tenho uma gana de mandar um xingo pra essa gente que fica tacando qualquer merda entre aspas em wall de Facebook e timeline de Twitter, citando a fonte, sem saber nem mesmo de quem se trata, que eu nem falo. Meu sonho é pedir pra um nego desses me explicar o que aquela frase quiz dizer. Ai meu cú, que raiva que me dá de gente inteligente. O cara não tem noção do que fez Nietzsche ou o pobre do Joyce, tampouco aquela besta do Che Guevara durante a vida, mas não titubeia em lançar uma frasezona lá, pra dar uma de bonito. Tá, até capaz de saber responder o que o Guevara fez - vai falar que foi guerrilheiro, que bode -, mas mesmo assim: corto minha mão direita se entender o conteúdo de uma, UMA citaçãozinha qualquer atribuída ao cara. Se fosse homem apostaria meu pipi nessa.

A pessoa cita Machiavel, Balzac, Kafka sem nunca ter lido uma porra de uma frase proferida pelos coitados com atenção. Ele vê lá no final EINSTEIN e vai na fé, achando que tudo é uma questão de energia. Se ele tem capacidade para citar Einstein é porque existe alguma sintonia ali, né?

Não, não é. É triste, viu meu amigo, mas NÃO É.

Agora estamos enfrentando uma onda de Clarice Lispector e Bob Marley. Quer dizer: o SER pensa (ou não) que é maconheiro e ouviu o som do Bob a vida inteira, mas NUNCA soube do que se tratava, não pegou mensagem NENHUMA, porquê cadê que o anta fala inglês? Cadê? Mas não se furta em postar qualquer merda que venha assinada como Bob Marley. O movimento Rasta e tal. Pergunta lá sobre os Rastafaris e prepare-se para ouvir algo sobre cabelos e só. Sobre a Clarice Lispector eu não vou nem falar, tá? Não preciso explicar, creio eu. Quero que levante a mão quem, dos inteligentões, já leu uma mísera obra desta senhora.

Bem, eu, como  não sou inteligentona e até assumo achar esses treco de poesia e filosofia e todas essas sabedorias um pé no meio do saco, informo-lhes que AMO, sou louca por Hilda Hilst, apenas porque gosto e fim. Acho realmente fantástico e nem é por nada transcedental não. Suas convicções, o conteúdo e a temática me agradam muito e conheço sua obra a fundo. Vi, gostei, fui atrás e li tudo. Coincidencia ou não, Gabi, minha irmã, atriz teza da família, até já atuou em uma peça cujo texto era quase todo baseado nos poemas de Hilda. E aí vai o meu preferido:



"Devo viver entre os homens

Se sou mais pêlo, mais dor

Menos garra e menos carne humana ?

E não tendo armadura

E tendo quase muito de cordeiro

E quase nada da mão que empunha a faca

Devo continuar a caminhada ?

Devo continuar a te dizer palavras

Se a poesia apodrece

Entre as ruínas da CASA que é a TUA alma ?

Ai, luz que permanece no meu corpo e cara:

Como foi que desaprendi de ser humana?

costuro o infinito sobre o peito

e no entanto sou água fugidia e amarga

e sou crível e antiga como aquilo que vês:

pedras, frontões no todo inamovível.

Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.

Recente, inumana, inexprimível.

Costuro o infinito sobre o peito.

Como aqueles que amam."
 
HILDA HILST
 
Tá, passou, passou. Vamos falar mal de alguém aí, porra.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Enquadro na Linha Vermelha

Então, né, que teve o feriado de 12 de outubro e eu que estava na maior abstinência carioca mas achei absurdamente cretino pagar 1200 reais em uma perna de ponte aérea, resolvi que a maneira mais indicada de locomoção até meu point Vieira Soutense era pegar um boi com o amigo Tano, cuja inominável inteligência fez com que chegasse à mesma conclusão sobre a compra da tal passagem de avião.

Sendo assim, ficou decidido que iríamos together, de carro, cantando e falando mal do mundo todo daqui pro Rio. E assim fomos.

Ao nos aproximarmos do final da Via Dutra, amigo Tano comenta:

"Não vamos entrar pela Linha Vermelha. Vamos dar uma volta maior e pegar a Av. Brasil, pois a polícia normalmente para TODOS os carros com placa de São Paulo em ocasiões como esta."

Ao que eu concordei e emendei:

"Sim, eles dão a maior canseira na gente, vamos pela Brasil, isso mesmo, Tano, tesouro, esperteza em pessoa, orgulho da família"

E emendamos uma conversa detalhando todas as blitzes onde nós, nossa família, nossos conhecidos ou os primos dos cunhados das irmãs das vizinhas já haviam rodado.

Claro que nem vimos o arrastão que acontecia na Brasil no exato momento em que adentramos a via então, tecnicamente, chegamos à Ipanema na maior tranquilidade.

CORTA.

FIM DE FERIADO - VOLTA PARA SP - PAULA E TANO NO CARRO.

Bifurcação ali logo depois de São Cristóvão indicando "Linha Vermelha" à frente, "Av. Brasil" à direita. Houve um lapso, ficamos no vai não vai, mentes sequeladas e não deu outra: entramos na porra da Linha Vermelha. E novamente não deu outra: fomos parados. Tá, né. A gente SABIA que isso ia acontecer, sem traumas.

Daí que vieram dois cidadãos pertencentes à organização, fantasiados de BOPE e tudo mais, que se puseram a revistar o carro as bolsas, as malas, arrancaram os tapetes, farejaram tudo como se fossem dois labradores amestrados atrás de uma peça de mortadela, pegaram um controle remoto de garagem na mão e perguntaram se aquilo tinha alguma outra função além de abrir e fechar portões, fizeram uma puta zona. E a gente ali, já parados havia uma hora.

Encrencaram com os documentos, que estavam em ordem. Encrencaram com os selinhos do para brisa dianteiro, que estavam em ordem. Encrencaram com o estepe, o triângulo e aquelas porras de trocar pneu, que também estavam em ordem. Encrencaram com a minha cara, que não estava muito em ordem não após 4 dias de esbórnia, mas policial normalmente não gosta muito de mim, então não tomei aquilo como ofensa pessoal ou algo do gênero. Vivo bem com o fato de ser uma pessoa suspeita.

Quer dizer: o cara não tinha de onde arrancar uma grana ou arranjar um problema para mim e Tano. A criatura acabara de perder uma hora e meia de seu dia em uma revista que não dera em nada. Puta roubada, grande perda de tempo.

Foi quando, não se dando por vencido, o digníssimo oficial fica na posição de cócoras, pega algo do chão e dirige-se à mim. Reproduzirei o diálogo:

- "A senhora sabe que, quando a senhora saltou do veículo, eu logo notei que ISTO aqui estava no chão."

- "Sei..." [o ISTO em questão era um treco qualquer que eu ainda não havia identificado pois o policial muqueava o objeto na mão]

- "Eu também notei que ISTO aqui pode ter caído no momento em que a senhora se levantou do banco do passageiro."

- "Arrãn...."

Eis que a BEXTA abre a mão e me mostra o 'ISTO'.

- "A senhora pode me dizer o que é ISTO?"


- "Huuummmm....aaahnnnn....é uma bituca de cigarro, moço..."


- "E ISTO é seu??????"


- "Não é não, viu seu guarda. Isso aí é bituca de Capri, tá vendo aí que tá escrito? Ó, eu fumo Marlboro....e Capri, viu moço, é cigarro de véia..."


- "Okay, vou liberar vocês para seguir viagem"

Como se ele não tivesse acabado de pagar o mico do século em meio à blitz mais populosa de sua breve carreira.

Desnecessário comentar que eu e Tano viemos VOMITANDO de rir de lá até a porta de casa e que esse otário virou assunto recorrente sempre que nos juntamos ao nosso numeroso grupo.

Porque PALHAÇO também é uma profissão. Seu trabalho é agir como imbecil para assim, divertir o público e causar o riso na galera, não é mesmo? Puta cara eficiente.

**EDITANDO EM 27/12/10: Cara, a bituca não era de Capri coisa nenhuma. Era uma bituquinha azul que vi ontem na área de fumantes da festa que eu fui. Mas isso não muda nada, porque não lembro o nome. Bêbado é uma merda mesmo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desgraça sem limites

Vou definir para vocês o conceito de desgraça sem limites:

Desgraça sem fim é receber um telefonema A COBRAR no meio do seu dia de trabalho e do outro lado da linha haver um palhaço qualquer tentando frustradamente simular uma entonação de "louco por Lee".

Desgraça infinita é tal otário lhe dizer que é cliente da loja, que fez compras lá no último sábado e que está ligando porque está apaixonado por você. Ele completa dizendo que gostaria de te convidar para fazer alguma coisa, para vocês se conhecerem melhor, TALZ.

Merda mesmo é você dizer à criatura que "não vai dar não, viu moço, eu sou casada" e obter como resposta "não tem problema não, eu não ligo".

Ainda por cima é POBRE. Nem sei como proceder.

Máximas - Conclusões estapafúrdias

Estou aqui no lar em companhia de irmão Rodolfo e cunhada Flora, que vieram dar umas banda na cidade grande e resolveram ficar até amanhã. Somos nerds, por isso estamos assistindo ao Exorcismo de Emily Rose e brincando de Facebook, tudo ao mesmo tempo porque a gente É nerd mas tem coordenação motora. Daí que Rodolfo toma o laptop de Flora para mexer em alguma configuração sei lá de quê e aparece uma janela do MSN informando que "Ursinha Carinhosa acabou de entrar".

CONCLUSÃO DO PEQUENO SCARCELLI:

"Ursinha Carinhosa. Se fosse o meu MSN, eu teria certeza de que era uma puta. Uma puta bem gordona com AQUELE fogo na raba......."

OI?

sábado, 30 de outubro de 2010

Impressões de um sábado chuvoso

Que conste aqui que era para eu estar estirada a) em uma piscina no interior de São Paulo; b) no posto 9; c) na praia Vermelhinha do Centro em Ubatuba; d) na minha cama; mas na realidade estou e) na loja, trabalhando. No meio do feriado. E chove nessa cidade, porque eu vou dizer que se é para alguma coisa FODER, o início se dará no ABC Paulista. Portanto, estamos sob a tempestade por aqui.

Pois bem. Não bastasse apenas estar isolada, trabalhando e mofando neste local, todo mundo sabe que os meus clientes são um caso à parte. Agora mesmo tenho aqui no recinto um cidadão, funcionário de uma grande empresa de segurança para a qual forneço uniformes. O ser humano (ou não) veio até aqui com a requisição de seu respectivo UNIFORME impresso no papel timbrado da referida empresa em mãos, documento que dá a ele o direiro de retirar da minha loja, sem ônus, dois ternos pretos e três camisas brancas. Mas pra quê fazer as coisas certas, né? Por quê não encher o saco da coitada que está lá fazendo papel de trouxa enquanto galere tá na quinta caipirinha já, hein? Vamos lá, vamos esculhambar com a paz da Paula.

Eis o que ele quer: ele quer levar um paletó verde, uma calça azul, uma bermuda jeans e 2 camisetas polo. OI? O cara quer que eu endosse um pedido de uniforme para ele comprar roupitchas.

Vou ali no Pão de Queijo tomar um café, viu. Eu tenho idade, não vem bulir comigo não. Não me atente. Quer ver que essa anta ainda vai errar na urna eletrônica amanhã? Quer apostar? Pobre mesário abecedano. "Eu sou você amanhã".

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Receita de família

Descoberta importantíssima do dia via mensagem INBOX: certo fulano está voltando para a cidade e uma amiga que tinha dado o assunto com o caboclo por encerrado entra em pânico. Sim, o infeliz voltará e seu alvo será ela. Fato. Ele a perseguirá. Como proceder? Iniciamos o seguinte debate. Como a identidade do gajo não pode e não deve ser revelada, os integrantes da referida conversa serão identificados por 1, 2 e 3. Sim, criativo. Além de funcional, vamos combinar:

1 - Tenho o leve pressentimento que meu nome vai continuar costurado na boca do sapo por um bom tempo.....

2 - Não. No panic. Vamos descolar uma tenda. Ou um terreiro. Ou uma tábua daquelas que escrevem com morto. CALMA.

1 - Mas você não está com o mesmo pressentimento? Fala a verdade, era só o que me faltava...

2 - Mané pressentimento, estou com a CERTEZA!! Por isso que vamos arranjar uma tábua daquelas que falam com o morto. Ou era um copo?

1 - Ouija???

2 - ESSE! Aponta o dedo concentra, espera, desce o espírito ali no copo e pãns. Isso ou uma galinha preta, mas aí vai ter aquele sangue todo e já ouvi dizer que tem que até beber, e sei lá, não aconselho não. Prefiro o mortinho preso no copinho.

1 - Minha amiga, vamos precisar da galinha preta, pipoca, cruzamento, livro da salamandra, pelo menos 3 pais de santo e mais a tabua e o copo. E nem assim eu sei se vai funcionar....

Até aqui a conversa vinha andando equilibradamente, notaram? Nada que merecesse destaque, digamos assim. EIS QUE SURGE O TERCEIRO ELEMENTO:

3 - Receitinha:
- um tubo de KY;


- 7 cogumelos do sol;


- um chester recheado com gorgonzola;


- uma vela de sete dias;


- uma maria-mole;


- um caldo knorr sabor galinha caipira;


- sal a gosto.


Não esquece o CD do Dudu França como trilha musical para o despacho.


Funciona!

1 e 2 PASMAS. Emudeceram. Bate a curiosidade. Eis que 1 resolve elucidar a questão:

1 - tenho medo de perguntar mas.... lá vai: e o faço o que com cada um dos elementos??

3 - Faz um mexidinho. Serve 2 pessoas.

FAZ UM MEXIDINHO. SERVE DUAS PESSOAS.

2 - e o KY?

3 - Melhor substituir por Vaselina. Mas da Vasenol. Se usar Dermacid a macumba perdura por mais 7 meses.

Pessoa 1 CAI DA CAMA

Pessoa 2 SUFOCA COM O PRÓPRIO RISO

Por isso que GENTE NORMAL dorme à noite. E nós.....bem........nós falamos sobre mexidinhos à base de gorgonzola e Vasenol.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Linha de raciocínio coerente

Estou aqui no meu Chesterfield assistindo à Raquel Acioly se f%der e aguardando a bombástica volta de minha rainha Odete Roitman. Paralelamente, mantenho uma semi conversa com a Red via Twitter. Ela twittou, eu comentei, ela replicou, eu respondi. Foi mais ou menos assim que tudo ocorreu.

Daí que ela postou isto aqui em sua disputada timeline:

"O filme "Nosso Lar" é extremamente fiel ao livro. E justamente por isso é extremamente CHATO"

Ah vá! JURA? Não é nem um pouco legal um filme cujo tema central é uma cidade chata cheia de espritu e um hospital chato pra gente morta? Onde galere traja branco em túnicas? Mas sério MESMO que é chato? Poxa, nunca poderia imaginar. Estou surpresa e estupefacta.

E se tem um treco que NÃO orna é a Red assistindo um filme sobre o céu com nego passando mensagens otimistas e pacíficas, andando de túnica pra cima e pra baixo (espíritas, perdoem-me pela forma leiga com que me refiro à sua doutrina. É apenas burrice, amadorismo, a intenção aqui não é faltar com o respeito. Mesmo porque, vai que vem um fantasmão atrás de mim e ó, TODO RESPEITO viu gente morta do Nosso Lar?)

Na sequência, mais este tweet de Red:

"Aliás, eu demorei para entender que o filme "Nosso Lar" já estava rolando na tela. Achei que era alguma novela mexicana dublada pelo SBT."

Decidi questionar. Porque...né? Alguma dúvida sobre a pentelhice do filme? Perguntei carinhosamente:

"POR QUÊ vc foi assistir a esta porra?"

E veio a resposta instantaneamente, assim PÁ! na timeline:

"Porque o Tropa de Elite só estreia na sexta"

AHHHHHHHHH TÁ! Então tá, então! Elucidado, né? Porque tanto faz ver o Capitão Nascimento xingando geral ou um cara de túnica que cura espíritos na tela do cinema..........

NÃO?

sábado, 2 de outubro de 2010

Adendo #2

A caixa das pizzas extra grandes não cabem na minha geladeira side by side. Uma geladeira grande. Uma geladeira side by side, porra.

Soquei-as lá dentro enviezadas. Os recheios escorrerão. Tudo entrará em colapso.

Para vocês verem o leque de problemas que o descontrole pode gerar.

Adendo

Mas ACABO de publicar esta triste história sobre meu descontrole perante um simples cardápio de pizzaria e minha página de vizualização aqui do Blogger exibe o seguinte anúncio:

"Pizza com 70% de Desconto




Em 5 Seg Você se Cadastra Grátis e Recebe Ofertas como Essa Todo Dia!


PeixeUrbano.com.br/Cadastre-se"

Quer dizer, é todo um complô, percebe? As mensagens estão claras.

A Somália é logo aqui

Minha casa, eu, telefone, homem da pizzaria do outro lado da linha:

"Oi moço, eu queria fazer um pedido."

"Pois não."

"Eu queria uma pizza de calabresa, com cebola, azeitona, coberta de gorgonzola e palmito por cima. No maçarico. Aproveita e me manda uma meia banana com queijo meia Romeu e Julieta. Grande. A grande de 10 pedaços, não a de 8. Isso! A EXTRA GRANDE. Não, a outra também, isso, as duas extra grandes."

Na verdade eu descobri que o mundo vai acabar amanhã mas achei inadequado causar pânico na população.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Praça dos Artesãos Calabreses

Foi mal hein. Eu ia postar o mapa, mas caiu minha rede e tal, aquelas coisas. Lá vai.


Exibir mapa ampliado

Guia SP - Descobrindo cantinhos da cidade

Para quem mora em São Paulo e acredita conhecer a cidade a fundo, sugiro ir à uma aglomeração de loucos intitulada "Arraial do Magal" - nome auto-explicativo para a festa junina mais exclusiva do Jardim Paulistano - acompanhada da chefe do destempero mental na Terra (e dos outros planetas também), uma lendária amiga, atual moradora de Ipanema, RJ. Para quem ainda não associou o nome à pessoa, aqui vai uma DICA .

Saindo da festa, corra da garoa contínua e entre no seu carro com um dos amigos presentes. Deixe que a mestra do descontrole vá em outro veículo, dirigido por um dos seus mais fiéis seguidores nesse lance de loucura e desorientação generalizada.

Vá até o Pasta e Vino e, antes mesmo de ter seu couvert e aquela sardela maravilhosa sobre a mesa, atenda a um telefonema da louca. Preste atenção, pois o assunto a partir de agora é um acidente de trânsito. Porrada da boa.

Logo de cara, foi-me dito que eles haviam batido com o carro após perderem-se na Av. 9 de julho, o que me surpreendeu em diversas esferas já que: a) é IMPOSSÍVEL até mesmo para alguém recém chegado do Xingu perder-se na 9 de julho, quem dirá duas pessoas que moraram durante toda a vida em SP; b) Que raios faziam eles na 9 de julho já que saímos da Rua Groenlândia e nosso destino seria a Barão de Capanema, PORRA?

Tá, havia muito álcool envolvido, havia sequelas causadas por Sidney Magal e seu camisolão do Brasil - a festa aconteceu em um ano de Copa, 98 quase certamente. Porque a gente é antigo e tem muita história dos anos 90 pra contar, percebe? Ah, e Sidney Magal estava de fato trajando um camisolão estampado nas cores do pavilhão nacional.

Considerando estes aspectos básicos, compreendi que não seria assim tão absurdo duas pessoas tomarem um caminho sem sentido, perderem-se na via de mais fácil locomoção da cidade e finalmente terem o carro destruído em algum acidente. Achei plausível.

Desnecessário dizer que fui intimada a resgatá-los e abandonei minha mesa prontamente. Primeira providência: saber exatamente onde as duas antas estavam paradas com o carro batido. Obtive a seguinte resposta:

"Estamos aqui na Praça dos Artesãos Calabreses"

Tá. Isso diz alguma coisa para alguém? Porque eu, naquele momento, paralisei minha expressão facial e retruquei:

"Legal. Mas vcs bateram na 9 de Julho, né? Em que altura da 9 de Julho fica esta porra deste lugar, do qual eu nunca ouvi falar?"

E passei a buscar na memória "Praça do Artesãos Calabreses.....Praça dos Artesãos Calabreeeeesessssss....." sem nenhum tipo de resultado satisfatório.

Daí obtive um importante esclarecimento:

"Pressssssta antnçzão!! A getz ze perrrrdeu na Novvvv Djulho. Mas batemsssss qui na praççççççççç. A praççççç não é na Novvvvv Djulho"

Fo-deu.

"E ONDE fica essa praça?? Olha em volta, onde você está??"

"Aaaachhhhh que na Vintchreis de Maio"

Ótimo. Fácil. Simples. 23 de Maio. Como foram chegar lá já paramos de questionar faz tempo, não é mesmo? Mas estavam na 23. O resgate seria simples, se considerarmos que as duas mulas haviam, provavelmente, entrado na avenida a partir da merda da 9 de Julho.

E lá fui eu, 23 de Maio acima.....23 de Maio abaixo.....acima novamente....abaixo.......em toda sua extensão. Realizei o percurso completo 4 vezes. Eles já haviam me informado que estavam SOBRE a tal praça. Ou seja, como não avistei carro nenhum e praça alguma, concluí que os filhos da puta NÃO ESTAVAM  na 23 de Maio porcaria nenhuma.

E uma puta chuva sem fim caindo.

Encostei o carro e iniciei um debate com o amigo que se fudeu junto comigo nesta busca. Onde poderiam estar os dois seres? Eles não estavam na 9 de Julho e acreditavam estar na 23 de Maio, o que não era verdade. Eles estavam em um lugar chamado Praça dos Artesãos Calabreses, precisávamos focar nesta informação duvidosa. Depois de muita especulação resolvemos que não sabíamos nada sobre este local e ainda corríamos o risco de estar correndo atrás de uma praça inexistente, um nome errado, essas coisas. E decidimos sair dirigindo sem rumo. Rodaríamos com o carro nos entornos das avenidas que haviam sido mencionadas pelos bêbados.

Foi quando, via 23 de Maio, peguei a saída que dá acesso à Radial Leste, porque a gente estava ali sem fazer nada mesmo, com tempo livre, noite bonita e tal... e o que eu vejo do outro lado da merda da avenida? O que eu vejo no lado contrário, onde está o acesso da Radial à 23? O quê?

O carro da criatura parado sobre um triângulo de grama que separa a pista pricipal da entrada para a 23 de Maio formando uma bifurcação. Os dois sentados na chuva como se nada houvesse ocorrido. Dei a volta, parei o carro, liguei o pisca alerta e perguntei:

"A polícia já veio? Quem colocou o carro no canteiro?"

"Nááááá, ezzztamzzzz sssperando o guinchhhh. O carrrrrrrr zubiu aqui com a batchidddda"

Era um canteiro com um muro de uns 60 centímetros. De alguma maneira eles voaram. Olhei para cima. Havia uma placa. Nome do canteiro, da BIFURCAÇÃO: Praça dos Artesãos Calabreses.

Paulistanos: trata-se daquela porçãozinha de grama que há antes da curva que nos leva à 23 de Maio quando estamos indo da Mooca para o Ibirapuera, por exemplo. Como é que duas pessoas não conseguem me dizer isso? E me falam que estão em uma PRAÇA na 23 de Maio?

Tudo o que sei é que entramos todos no meu carro e fomos embora. O veículo acidentado ficou lá na praça e eu realmente até hoje não sei o que foi feito dele. Vou me informar.

A partir de então, sempre que quero dar uma de superior inicio minhas orientações com a seguinte frase:

"Chegar lá é fácil. Sabe a Praça dos Artesãos Calabreses? NÃÃÃÃOOOO????" - com a minha melhor cara de reprovação e desprezo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Definindo "Alegria de Viver"

Não sei se é de conhecimento geral, mas minha família como um todo trabalha no ramo de confecções. De um jeito ou de outro estamos todos ligados ao conglomerado da Scarcelli´s Corporations, holding que engloba as empresas de papai, e faz parte de nosso cotidiano lidar com costureiras entre tantas outras peculiaridades da indústria de vestuário.

Gabi, minha irmã, produz peças femininas exclusivíssimas, de modelagens elaboradas e tecidos sentimentais, digamos assim. Por isso ela conta com uma equipe de costureiras especializada para a execução de tais modelos. Costureiras que sabem a maneira correta de aplicar um molde sobre um tecido caríssimo, costureiras que sabem como cortar a porra do pano sem cagar o fardo inteiro causando prejuízos incalculáveis, costureiras que possuem e dominam o maquinário próprio para cada fechamento, para cada acabamento, para cada forro.

E daí eu conto pra vocês que, fora dois bois saírem voando pela janela da sua casa diariamente à 4 da tarde, a coisa mais difícil no mundo como o conhecemos é encontrar o quê? Uma costureira CAPAZ. Um ser humano que reúna todas as características supra citadas, porque vou te dizer que de costureira boa, a Puta que o Pariu tá cheia. E quaisquer outros lugares suspeitos. Tudo cheio de costureira boa. A Casa do Caralho também tá cheia. Uma beleza. É costureira boa pra todo lado ali no Beco dos Ebó Mal Despachados, dá até gosto. Na rua, pra gente contratar é que não tem UMA viu.

Voltando.

Daí que Gabi, em sua busca eterna por seres humanos que saibam exercer a função para a qual se dispuseram nesta vida, encontrou uma certa Neide, ou Nalva, ou Nilde, sei lá, uma mulher de uns 45 anos de idade mais ou menos. Atenção pois esta informação sobre sua idade é importante. A mulher era uma gênia. A mulher não precisava de orientações, a mulher sabia tudo. Gabi largava moldes e tecidos na mão dela e a mulher transformava todo aquele bololô em roupas belíssimas. Que sorte a da Gabi, né?

NÃO, não é.

Neide (ou Nalva ou Nilde) tinha um comportamento bastante peculiar, totalmente baseado em atitudes depressivas. Nada daquilo com que vocês já tiveram contato anteriormente, eu garanto. Certa vez meu irmão levou Gabi à casa da sujeita para entregar uns botões. Gabi entrou e ela iniciou o lamento. Conseguiu se libertar (porque Nalva/Neide/Nilde é daquela raça de deprimidos que TE PEGA PELO BRAÇO) após um tempo não determinado, mas longo o suficiente para encontrar nosso irmão dormindo no carro. No meio de uma avenida enquanto aguardava seu retorno.

A conversa padrão com Neide/Nalva/Nilde era esta:

"Oi Neide, tudo bem?"

"Olha, bem não tá não"

"Ah, sim, que bom. Bem, Neide, aqueles vestidos que te entreguei na semana passada estão prontos?"

"Olha, eram para estar, eram sim. Mas é que faz uma semana que eu só choro, sabe?"

"Hum..."

"Porque eu sento para trabalhar, mas não consigo me concentrar nas peças, pois só penso em chorar"

"Sei..."

"E quando eu começo, olha, eu choro o dia inteiro, viu"

"Que coisa..."

"Porque nada, nada mesmo acaba com essa minha vontade de chorar"

"Entendo..."

" E daí, quando minha filha me liga, as coisas pioram bastante"

"Não me diga..."

"Porque eu CHORO DE UM LADO E ELA CHORA DE OUTRO, NEM CONSEGUIMOS CONVERSAR"

".............."

"Passamos HORAS na linha chorando juntas"

"Ahn...mas....."

"E você não me entende, porque ainda é muito jovem"

"Mas eu..."

"Sim, sim, gente velha não tem nada mais a fazer da própria vida senão chorar"

"Hum..."

"É só o que me resta. Só. Para mim e para minha filha. Somos muito tristes"

"Sei..."

"Você ainda está nos "inta". Espera chegar nos "enta" como eu que você vai ver como é" [esta frase virou um clássico aqui na família. Usamos para TUDO atualmente]

"Olha, eu..."

"Você também vai chorar o dia inteiro, pode esperar. Eu ainda vou te ver passando o dia todo debruçada numa mesa chorando. É o nosso destino, este. SOFRER!"

Sim, sim, Gabi deu um sumiço em Nalva/Neide/Nilde. Ela desenvolveu em nós o medo profundo de atendermos telefonemas e passarmos HORAS chorando na linha com nosso interlocutor.

Só tem louco na rua, preciso de uma oca na taba em Caraíva.

**EDITANDO em 22/09/10 - O nome da nega é LAÍDE. Lembramos. Tamo ruim, mas ainda há célebro aqui.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dá um CROSE nela

Quando eu falo que nessa cidade onde eu trabalho acontecem coisas indizíveis, é porque AQUI NESSA CIDADE ONDE EU TRABALHO, AS COISAS QUE ACONTECEM SÃO REALMENTE INDIZÍVEIS, por favor prestem atenção.

Para início de conversa, postarei aqui uma foto minha recente. Notem que estou usando a camisa da seleção brasileira de futebol, o que indica que o retrato é de junho último. Para que aqueles que não me conhecem tenham uma visão clara, límpida da situação.

"Oeeee tudo bem? Paulinas, sua serva."

Importante frisar que sou a pessoa de nariz grande, não o filhote bicolor.

Pois bem. Estava eu aqui, circulando entre abecedanos neste estabelecimento comercial cujo nome pretendo em breve mudar para "Little Shop of Horrors" quando um cara que agia como cliente veio até mim e soltou:

"Estou te olhando desde que entrei.....e você é a dona daqui, não é?"

MEDO

"Sim, sou eu mesma"

"Eu queria te perguntar algo, mas tenho medo de que você me leve a mal."

MUITO MEDO

"Pois não, fique à vontade, pode perguntar"

(Trilha de Jaws ao fundo)

"Você é mulher mesmo? Ou é homem? É mulher de verdade ou é homem disfarçado? Entende o que quero saber?"

CHOQUE. DESORIENTAÇÃO.

"Não, não. Não entendo."

"É que eu queria saber se você é mulher mesmo ou TRAVESTI. Sabe? Mas ó: não me leve a mal, hein?"

Levar a mal um cara que entra na minha loja e me pergunta se meu nome é Valdemar? Má nunca!

Este ABC Paulista me mata lentamente.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Atkins who?

O bom das minhas conversas com a Red é que elas são sempre muito produtivas. Somos capazes de fazer qualquer assunto banal descambar a partir do momento em que perdemos o foco e introduzimos fantásticos planos para dominar o mundo em nossos diálogos. Hoje o tema foi "dieta mágica e indolor".

Meio da tarde, estávamos ambas ocupadíssimas, exercendo atividades competentes aos altíssimos cargos que ocupamos em nossas respectivas empresas, quando engatamos um papo inocente sobre coisas que somem, motoboys e outras amenidades via messenger. E eis que perdemos o tal do foco e prontamente o conteúdo de nossas janelas ficou mais ou menos assim:


Red diz: Restringirei minha alimentação até me internarem por desnutrição


PaulaScarcelli diz: Eu to pensando em fazer isso também, viu. Dar um ramadan nonstop daqui até, sei lá, MAIO do ano que vem, quando eu já estarei cinza por falta de nutrientes


Red diz: Isso, parecendo fugitivas de campo de concentração


PaulaScarcelli diz: frequentadoras da Praça da República, setor de drogas. AIDÉTICAS.

Red diz: Isso. Procurarão por picadas em nossos braços ou outros sintomas de vício em substâncias tóxicas pesadas.


PaulaScarcelli diz: Pessoas terão a impressão de que acabamos de cavar nossos túmulos de dentro para fora. Ficarão esperando que digamos "BRAAAAINS".


Red diz: E não faremos isso, pois não sentiremos fome e não comeremos cérebro. Viveremos apenas de... sei lá...ar


PaulaScarcelli diz: Faz sentido. Sem brains. Está decidido. Viveremos de ar então. Pq esse negócio de viver de luz é muito Baby Consuelo pro meu gosto.


Red diz: Ar e alguns alimentos interessantes de vez em quando.



PaulaScarcelli diz: Sim. Alimentos interessantes de 7 em 7 dias. Me parece um bom intervalo.

Red diz: Usaremos manequim 34. Com cinto. Porque a calça VAI cair


PaulaScarcelli diz: E colocaremos uma legging por baixo para dar volume.


Red diz: Não poderemos fazer acupuntura, por falta de carne para espetar.


PaulaScarcelli diz: Inclusive marcaremos a consulta mas não seremos atendidas porque o japonês não nos enxergará sentadas na cadeira atrás do vaso de bambu.


Red diz: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA


PaulaScarcelli diz: Olha, eu acho que 2 litros de água e um tomate tá ótimo. Gente perdida no matagal vive com menos que isso por meses. E gente perdida no Himalaia, NEM TOMATE TEM.



Red diz: Verdade. E eles vivem, não vivem?


PaulaScarcelli diz: VIVEM ATÉ DEMAIS.

Quer dizer: tá com alguma dúvida relacionada à nossa galáxia ou não? Liga pra gente. Desenvolveremos o tema com carinho para você.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Salve o Corinthians

Porque em dia de Centenário, acho fino reiterar que aqui é Corinthians, né. Salve o Timão, Salve o Gigante. E olha que era para eu estar no Anhangabaú mandando beijo pro William, viu.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Conclusões Caraivanas

Gabi, minha irmã, caminhava por Caraíva alguns anos atrás quando decidiu sentar-se à beira do rio. Estava lá de bobeira, babando, quando uma local muito nossa amiga cujo nome não citarei mas quem a conhece provavelmente associará o nome à pessoa, aproximou-se bufando e sentou-se a seu lado:

"Olhe Gabi aqui nessa cidade é assim: se engordou é porque está grávida. Se emagreceu é porque está DE AIDS"

Porque tem certas coisas que a gente só conclui com a ajuda de um nativo mal humorado, né.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Máximas - Conversa de gente boazinha/Conversa de gente lelé

No último sábado fui a um almoço na casa da chefe dos desvairados do Brasil, onde foi reunida toda a turma da trombada da faculdade onde estudamos nos anos 90 do século 19.

Reproduzirei uma sequência de diálogos que resume a essência deste povo problemático que participou de minha vida acadêmica. Vamos lá:

Primeiro Ato - conversa entre Eu e Pessoa 1. Pessoa 2 observando.

P1:"Mas Paula, você não se lembra mesmo de Fulana?"

Eu: "Não, de jeito nenhum." [Pombas, eu terminei a faculdade há 14 anos]

P1: "Estranho, você deveria se lembrar.....ela chamava atenção devido a uma característica peculiar."

Eu: "Que característica?"
[Pensando: loura? Ruiva? Alta? Italiana? Puta? Burra? Drogada? Hippie? Fanha? Moicana? Caloteira? A da bolsa LINDA? etc]

P1: "Ela é meio feia..." - MEIO FEIA.

P2 em acesso de riso.

Segundo Ato - Emendam a conversa Eu e Anfitriã. Pessoa 2 permanece observando.

A: "Paula, você já viu a Maria Fernanda acordada?"
[Maria Fernanda é a criança neta de Anfitriã, que tirava uma sonequinha nos aposentos superiores]

Eu: "Não, ainda não vi. Me avise quando ela estiver aqui."

P2: "Maria Fernanda Acordada? Não me lembro dessa....Ela se formou em jornalismo ou publicidade?"

OU SEJA...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Máximas - Tomou um doce e foi postar no Facebook

Minha irmã acabou de me mandar a seguinte mensagem via wall do Facebook. Por favor, reflitam sobre a quantidade de substâncias tóxicas presentes na corrente sanguínea desta cidadã no momento. Copiei o diálogo. Apreciem-no:

Gabriela Scarceli - Paula Scarcelli: paula, o q foi q eu te liguei pra perguntar quem era alguém ou alguma coisa esses dias, q vc teve uma crise de riso pq tava com a sam no telefone??

20 minutes ago · Comment ·LikeUnlike · See Wall-to-Wall
Gabriela Scarceli ahhhhh!!! lembrei na sequencia: do bicho q tem corpo de gente e perna de carneiro e toca flauta

Na minha opinião, não há dúvidas. É ácido mesmo. Diluído em água de privada.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Do século passado essa aqui

No último final de semana decidi fazer um retiro e estava assistindo TV no sábado à noite, atividade que não aconselho. Aconselho ir para o bar, que fique claro. Bem, lá estava eu, inadequadamente assintindo à programação fué do sábado quando me deparei com o Pepeu na tela. Instantaneamente aquilo que ainda resta de minha memória entrou em atividade me fazendo recordar do último reveillon que passei no Rio de Janeiro.

Era a virada de 98 para 99, se não me engano. Não sei, não lembro, mas também, nego que VIRA O SÉCULO em vida não tem como traçar uma linha temporal 100% confiável, vamos falar o que é verdade, né. Mas acho que foi, já que do ano 2000 eu me lembro e este foi em Angra. Eu acho. Bom. Dane-se.

Reveillon de 1998, a grande máfia estava reunida no Rio, fomos todos convidados para uma linda festa em um dos lugares mais exclusivos da Avenida Atlântica, Copacabana.

Começou que amiga Sam tomou um sol errado no dia 31 e às 8 da noite ela tinha a coloração da pantera cor de rosa, mas mais marca texto, sabe como é? Aquele rosa mais FOSFORESCENTE, digamos assim. E apresentava sintomas de insolação, olha o vexame. A pessoa é carioca de nascença, de pai e mãe, de família do tempo do Império que veio parar aqui na caravana do rei, e me dá uma dessa. Pois bem. Tudo indicava que ela 'contraíra' insolação passaria a noite bem mais sóbria que o resto da população local, o que de fato ocorreu. Por isso inclusive que temos detalhes desta festa, os quais jamais chegariam às nossas mãos se o acidente solar não houvesse acontecido. Claro que não podemos nos esquecer que Sam trajava seda pink chiquérrima, mas o efeito da roupa foi anulado pelo tom de sua pele e ela, vestida de rosa shocking, parecia estar pelada. Enfim.

Eis que chega a hora da festa. Nos acomodamos em nossos táxis com destino à Nossa Senhora de Copacabana, já que a Atlântica fica interrompida do começo da tarde do dia 31 até o fim do dia 1 de janeiro, E FOMOS.

A festança em si transcorreu como o esperado. Tudo lindo, tudo perfeito, tudo animado. E daí chegou aquele horário em que o povo começa a entortar. Uma de nós perseguiu um sueco - ou finlandês, ou dinamarquês, não me lembro - durante a noite toda. Outra deu um show de samba quase que sobre uma mesa de centro em uma saleta onde estavam sentadas a mãe e a avó do dono da festa. APENAS A MÃE E A AVÓ. E ela lá, SAMBANDO. Uma outra, cujo nome não revelo nem sob tortura, babou em seu vestido prateado tudo aquilo que tentou beber da meia noite em diante. E foi dançar com o finado e saudoso Jorginho Guinle, derrubando algumas taças em seu smoking também. E com o Carlinhos de Jesus, notem o grau da coisa toda. Fora o rabo de cavalo da criatura que parecia um gambá morto arremessado de longe em direção à sua cabeça. Triste, meu filho.

Teve uma que dormiu em cena e a Sam lá: firme, forte, sóbria e vendo TUDO. Foi quando ela notou a presença de Pepeu que tinha ido à festa acompanhado de Kryptus Rá e de Zabelê. E notou também nossa comandante chefe do Rio de Janeiro andando atrás dele na festa e cantando:

"Eu e Pepeeeeeeeeu, ele e eu"

Ininterruptamente.

E Pepeu tentando nitidamente se desvencilhar daquilo. Ingênuo esse Pepeu.

(Antes que alguém taxe a stalker de Pepeu de psicopata, quero deixar claro que ela é uma amiga da família, de Baby, de Sarah Sheeva, pelo amor de Deus. Somos bêbadas, não perseguidoras de guitarristas e derivados)

Acabou que às 8 horas da manhã decidimos ir embora e ao sair do elevador e atravessar os portões do edifício rumo ao táxi que nos esperava na avenida, encontramos Pepeu, ali, sem rumo, sem táxi, perdido. Éramos 5 pessoas, já que a sambista do living room não quis aguardar o táxi e pegou uma carona com um camburão que estava indo para o Leblon, e achamos absolutamente viável invadirmos o táxi e ainda lançarmos Pepeu, Zabelê e Kryptus Rá no carro conosco.

Claro que o taxista quase entrou em colapso e queria matar um por um, mas não houve muita saída senão nos levar até o Leblon, OITO pessoas no carro e a criatura cantando "eu e Pepeeeeeu, ele e eu" no último estágio alcoólico que um ser humano pode chegar antes do óbito. E todos nós acompanhando o sing a song da maluca, inclusive Pepeu.

Olha, não me perguntem onde Pepeu e os filhos ficaram. Posso informar que foi em algum local entre o Copacabana Palace e o Baixo Leblon, onde encostamos o carro para desovar mais duas sobreviventes e ainda atendemos um orelhão na Ataulfo de Paiva que tocava para um certo JOEL. Este telefone tocou umas 5 ou 6 vezes e só sei que saímos pela rua gritando: "Joel!!! Joel!!!" - à procura do cidadão. Joel foi encontrado e todo mundo sabe que eu tenho um amigo imaginário, né? Vocês acham que ele foi batizado por causa de quem?

De alguma maneira chegamos vivas à Delfim Moreira, não sem antes encontrar a pessoa que pegou carona com os policiais saindo do camburão ali na Rua Rita Ludolf.

Povo descompensado, a gente vê por aqui. E não é de hoje.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Furtando os bens alheios

A parte interessante de pegar um nego no pulo ROUBANDO um treco que nos pertence é apreciar a criatividade do caboclo. Por exemplo:

Minha revista Monet, da NET, assim como TODA a minha correspondência, é enviada para o meu endereço comercial, ou seja, a fábrica. Hoje durante a tarde eu vi o carteiro entrando com a revista na mão e entregando para um dos vendedores da loja, que a colocou sobre um balcão logo após acenar me avisando da entrega.

Daí que TRÊS minutos depois eu fui até o balcão pegar a porra da revista e não encontrei nada. Olhei para a minha direita e vi uma véia com uma revista embalada no plástico e a etiqueta com o nome PAULA SCARCELLI seguido de meu endereço voltada para o lado de fora, ou seja, eu podia enxergar nitidamente o pacote que acabara de chegar para mim.

Falei para a criatura: "Oi, acho que a senhora se enganou e pegou uma 'encomenda' que o carteiro acabou de me trazer." Ao que a pessoa respondeu: "Não, não, essa revista é minha, EU ACABEI DE COMPRAR."

E aquela baita etiquetona lá, com o meu nome.

É claro que eu reavi minha revista. Claro.

sábado, 17 de julho de 2010

Faltou só o Fagundes e o Stênio, gente

Só pra contar pra vocês que na frente da minha loja a guia é rebaixada e eu tenho vagas pros criente estacionarem seus automóveis bem na boca da muamba, sob a marquise e talz. Porque a gente TEM vontade de matar, mas no fundo trata bem quem garante a subsistência carcamana, não é mesmo?

Pois é.

Hoje, com este tempinho de corno que faz no país, garoa ininterrupta e 10 graus cravados no termômetro, o que salvaria a venda de um estabelecimento comercial de grande porte localizado a céu aberto? Ponto para quem respondeu "ESTACIONAMENTO". Estrelinha para quem disse "ESTACIONAMENTO COBERTO". Como eu sou fodona, digo que tenho estacionamento coberto e subterrâneo com entrada independente por DENTRO da loja. Ou seja: nada poderia atrapalhar meu movimento. Nem este frio da porra. Muito menos esta chuva lazarenta.

Isso eu afirmei ingenuamente, sem pensar na possibilidade de um.......sei lá....ataque de caminhões, vai saber.

Primeiro foi um caminhão da Nova Schin que obstruiu TODA a minha entrada e passou mais de 20 minutos descarregando engradados de breja sei lá para quem. Se fosse pra mim, pelo menos, né. Bem, quando vi que aquele trambolho estava parado em cima da minha calçada havia séculos me coloquei porta afora e constatei que o cara ainda ia começar a descer a primeira das CINCO geladeiras que estavam lá em cima. Desnecessário dizer que houve tumulto e o veículo foi expulso a pedradas.

Dez minutos depois, eu disse DEZ minutos, estacionou ali, na entrada da minha garagem, o caminhão dos morangos de Atibaia. Ignorando o mundo ao seu redor, o motorista desceu, abriu o toldo, montou a banca e acionou o autofalante: "MORANGOS, MORANGOS FRESQUINHOS, MORANGOS DE ATIBAIA...". Fa-la Sé-rio. Me fala. Sério. Por favor.

Logo após sua partida, que ocorreu sem a menor cordialidade, sobe na calçada um caminhão de "Água Potável".

Na sequência parou um guincho.

Reboque de caçamba assim que o guincho se mandou.

Logo depois chegou o "Óleo Lubrificante Usado". Quer dizer, o ser vivo não pensa que tá estacionando na porta de outrem um treco que transporta material inflamável, CARAMBA? Gente, é só pensar. Porque se eu sou capaz de atear fogo em algo ou alguém? OPA. Tamo aí. OUTREM é pura violência, OUTREM é sangue na parede.

Foi isso. Era só para dividir esta mágoa interna com terceiros. Ufa. Deu até asma.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Porque ZICA é uma coisa que se multiplica como Gremlins

Querido diário,

Até a semana passada eu tinha um celular, um PC, um laptop, uma câmera fotográfica, um secador de cabelos, enfim, eu era uma pessoa normal.

Daí TUDO quebrou neste curto período que separa a semana passada DESTA semana e hoje eu sou uma mulher solta, sem nada, desprovida de eletroeletrônicos de quaisquer espécies.

Claro que não incluirei os carros inutilizados nesta conta. Não vivo do passado, apesar deste passado especificamente não estar além de maio úrtimo.

Acabei de fazer um café e não há açúcar na minha casa. Levando em consideração o fato de que coisas como lâmpadas e quadros também andam despencando na minha cabeça, juro que a minha vontade era me mudar por tempo indeterminado para a beira do Rio Caraíva.

Mas não sei se é adequado pegar avião não. Diz aí. :-o

sábado, 10 de julho de 2010

Nada cai do céu, nem cairá-á

Alguém está tentando me matar. E olha, tá MESMO. Desde ontem eventos obscuros estão acontecendo ao meu redor causando a queda de objetos pesados, quebráveis e pontiagudos sobre minha cabeça. Eu inclusive ainda não consegui compreender como não tenho 20 pontos na testa e um leito no Sírio-Libanês.

Ontem mesmo, lá pelas 10 da manhã, estava eu em meu maravilhoso ambiente de trabalho, aquela Industria Vital, quando uma lâmpada fluorescente CAIU DO TETO de 5 metros de altura, em cima da minha cabeça. Vocês entenderam? Que a lâmpada de 1 metro e 20 de comprimento despencou em cima de mim? E quebrou em 500 mil pedaços, fora aquele gás suspeito que sai de dentro dela? Cara, tinha vidro no meu olho, na minha boca, na minha orelha, no meu sapato e meu cabelo ficou tilintando o dia inteiro. Fora a porrada, porque na hora eu achei que meu crânio tinha se partido em 2 e meu cérebro estava escorrendo pelo canto esquerdo. Sabotagem certa, diz aí. ARMADO. Pra me pegar. Mas não deu certo.

À noite fui tomar uns mé jantar na casa de Muso e estava lá sentada no sofá habitual felizona quando CATAPLOFT. O quadro posicionado logo acima de mim CAI. É, é, na minha cabeça, é!!!! Um puta treco enorme com um vidro de espessura a prova de balas e uma moldura de FERRO, ou sei lá o que era aquilo que quase me partiu a cara. Quer dizer. Vai falar que não tem alguém sabotando, porque tem, né.

Gente, eu quase morri duas vezes.

Agora tô atenta olhando pro céu, porque já dizia Ivan Lins:

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Doutor Chucrutes

Então né. A macumba pegou forte na família Scarcelli e teve um dia aí que eu e minha irmã estávamos em consultas médicas. Eu no ortopedista-com-nítidos-problemas-de-relacionamento-humano e ela no vascular-primo-do-Nerso-da-Capitinga.

Fui parar neste ortopedista porque já fazia uma semana que RESPIRAR me doía tudo. Era uma dor que partia do omoplata direito, dava a volta pela lateral pegando parte das costelas e terminava no externo. Coisa básica. Complementando o quadro, eu estava com uma TOSSE maluca e imaginem um ser humano tossindo sem parar tendo em mãos tais condições físicas. Tava bacana, bem legal. Agradável e indolor. Diante disso e me valendo de meus conhecimentos básicos decidi me automedicar com Nisulide, conhecido anti-inflamatório disponível no mercado. Após duas semanas me drogando sem nenhum resultado alcançado achei por bem marcar uma consulta com um especialista, já que meu fígado se dissolveria em dois dias no máximo caso eu continuasse a fazer uso de tal medicamento pesado. Marquei a merda da consulta e fui. esperei 40 horas, perdi a Argentina entrando em campo e enfim, o médico me chamou.

O cara era estranhíssimo, não conseguia pronunciar palavras inteiras e nem me olhar na cara. Sentei na cadeira do outro lado da mesa, expliquei a situação e ele, sem dizer nada, NADA, pegou o receituário e começou a escrever. Me passou o papel e enfim disse:

"Tome NISULIDE por 7 dias, um comprimido a cada 8 horas."

NI-SU-LI-DE. PORRA. Fala sério.

Caso Gabi:

A Gabi tá com um treco estranhíssimo na perna que vários bêbados, o veterinário, minha tia, o caseiro de Ubatuba e o cara do lava rápido diagnosticaram como sendo sua safena inchada. Maior treta esse negócio de safena inchada, vamos ao vascular ver que merda é essa, né.

Tá. Chegando lá, ela toda trabalhada para a consulta, me aparece o médico, primo de primeiro grau do Nérso. Um caipira maluco que olhou pra perna dela e disse: "VIIIIIIIIXE!!!!". A partir daqui, reproduzirei os diálogos. Lembrem-se que o cara tem um sotaque caipira da porra.

"Vixe? o que foi doutor? Me disseram que isso é a minha safena...."

"IHHHHHHH!!! É a safena mesmo......mas tá GRAVE hein!! VIIIIIXEEEE!"

"Mas grave quanto? Porque podemos tratar isso, não podemos?"

"Tratar???? IHHHHHHHHHHHHH! Isso não tem tratamento não!! O máximo que a gente pode fazer é operar!"

"Ah, que bom, então vamos operar, é isso?"

"NÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!! Na sua idade não fazemos esse tipo de operação. Agora não dá pra fazer nada viu. Mas que isso vai te dar problema, ah vai! E vai ser grave, nem te digo, viiiixeeeee!"

"Mas não é melhor tratarmos OU operarmos ANTES de dar o problema?"

"Não, não. Você só vai ter problema daqui a uns 30 anos. Mas daí vai ser grave, viu!! Porque sem tratamento nem cirurgia, quando você tiver uns 60 anos, isso aí vai ser uma BOMBA! Trombose na certa!"

"MAS POR QUE NÃO OPERAMOS AGORA ENTÃO?????"

"Ah, porque na sua idade isso não costuma dar problema não. Fique tranquila. Tente usar meias Kendall se pegar aviões, tá? Tchau."

E a Gabi lá, catatônica.

Isso, para mim é Pegadinha do Mallandro, me diz.

Máximas - Biduzona

ACABOU de acontecer comigo:

O telefone aqui de casa tocou e do outro lado era novamente minha irmã. Sabe aquelas pessoas que GOSTAM de te ligar? Pois é. Ela. Eu perguntei:

"Morreu alguém pra você me ligar DE NOVO hoje e a esta hora?"

Resposta de Gabi:

"MORREU. A avó de Fulaneta. Velório a tal hora, enterro na sequência. Esteja lá."

Minha filha, eu e o Polvo Paul, ninguém sabe quem é quem, percebe?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Da série "Telefonemas que você NÃO deveria ter atendido"

Ouço ao longe o som da campainha. Um telefone toca. IMBECILMENTE me dirijo ao aparelho e tiro o fone do gancho. Afinal de contas, pessoas costumam atender às ligações que chegam, não é? É, mas não deveriam:

"Alô"

"Alô, sabe o que é? Aí é da loja né? Sabe o que é? É que eu comprei umas CALÇA da promoção aí outro dia e dei uns cheques do meu ESPOSO. O nome dele é Célio Aparecido da PQP e eu queria saber qual numero de telefone você anotou atrás do cheque, sabe? Quando os CAIXA ANOTA um número atrás do cheque?"

[Eu MUDA, em pânico, sem saber para onde correr]

"Sabe? VOCÊS ANOTA né? Eu queria saber qual telefone está escrito lá."

[Começando a considerar as montanhas ou as geleiras do norte] "Hummmmmm.........aaaahhnnnnnnnnnnnnnn......errrrrrrrrrrrrrrrrr........sim, normalmente anotamos, mas se o cheque já foi dado, não tenho como saber qual numero você me passou.....entende? Não há como...."

"Porque eu tenho "ficha" (leia-se CADASTRO) aí já, mas é que eu dei um outro telefone e agora não me lembro qual foi."

[NEM EU SUA VACA!! COMO É QUE EU VOU SABER O TELEFONE DE QUAL POBRE QUE TE PASSA RECADO VOCÊ USOU ATRÁS DO MEU CHEQUE?]

"Não tem mesmo como ver, né?"

"Não.........." (desistindo de sair correndo, já optando pelo suicídio)

"Então vê aí pra mim quantos CHEQUE FOI. Dois ou três? Eu precisava do valor também."

Foi quando resolvi me matar mesmo. Espero ser apoiada em minha decisão.

Grata.

**EDITANDO EM 08/07/2010: Descobri tudo. Tudo. Caso clássico de abandono do lar. Este fulano veio aqui, fez compras, ela descobriu e estava com sua fantasia de Sherlock tentando desvendar o paradeiro do caboclo. Como eu sei? PORQUE ATENDI NOVAMENTE O TELEFONE E ELA ME CONTOOOOOUUU. Detalhadamente. Tá bom pra você?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Daí nego fala que eu tenho má vontade

Bom, começarei com uma pergunta SIMPLES. Muito simples:

É óbvio ou não que este terno, especificamente, existe e está exposto em minha loja devido ao conhecido evento esportivo com início marcado para próxima semana em que times de futebol de diversos países se enfrentam com o objetivo de levar a Copa do Mundo - daí o nome da tal competição - para casa?


Agora tentem adivinhar quantos abecedanos dos meu digníssimos clientes já pedriram para que eu vendesse tal peça para uso pessoal?

Eu SOFRO viu.

Darwin explica

Eu não sei se todo mundo já percebeu, mas sou uma pessoa pacata. Não sou adepta e nem apóio esse negócio de adrenalina, serotonina, esportes radicais, essas porras todas que acho uma roubada sem fim e vou te contar viu, que SEROTONINA a gente tira de Nhá Benta e adrenalina, bem......deixa pra lá.

Na verdade nem sei bem pra que serve isso daí tudo. Meu professor de corrida passou anos tentando me explicar. E eu tentando dizer a ele que corria apenas para tentar ser uma velhinha que sobe escada. E diminuir a bunda, claro. Eu gosto mesmo é de sentar na praia/bar/mesa/sarjeta/outros e tomar uma cerveja ou similares. Quieta no meu canto. Sentada. QUIETA.

Vamos supor que você me convide para ir à Courchevel. Sim, eu irei, adoro a França como um todo. Daí VOCÊ acorda as 6 da manhã, VOCÊ pega um teleférico até o cume da montanha e VOCÊ desce aquela merda rolando. EU estarei ali naquele bar logo no pé do monte tomando meu whisky, esperando sua chegada ansiosamente. Pena se houver uma perna quebrada. Eu continuarei caminhando pelo hotel sem o auxílio das caríssimas muletas que você será obrigado a alugar para continuar a se locomover com certa dignidade. Simples assim.

Em outra situação, vamos supor que nos encontremos ali em Caraíva, lugarzinho desagradável ao sul da Bahia onde costumo bater meu cartão. Eu, que estarei hospedada nas incríveis Casas da Praia, acordarei às 11 da manhã, sentarei sob uma das tendas equipadas com esteiras, almofadas e anões besuntados em óleo de dendê que me servirão vodka e outros durante todo o dia, enquanto VOCÊ estará sifudendo no mar desde às 8 da manhã tentando domar uma pipa gigante e um board maior do que sua envergadura diante de um vendaval que é quase um ciclone. Eu estarei tostando meu couro até ficar da cor da Donatella Versace enquanto VOCÊ estará com o pé arrebentado após despencar falésia abaixo durante a caminhada de HORAS sem fim até o Espelho. Eu terei executado o circiuto tenda-mar-ducha-tenda-ducha-tenda-mar por mais de 30 vezes enquanto VOCÊ estará estabacado na areia após tomar um rola do cavalo que contratou para ir até Corumbau. Meu, senta na praia e fica lá! Corumbau é lá no final da ponta da praia, meu amigo. Bebe aí e fica quieto. E nem tente quebrar algum membro dentro do perímetro da vila. A pessoa acha que a FUNAI vai deixar o helicóptero da Omint pousar assim facinho no meio da praia. Vai embora todo estropiado de canoa, meu filho. E eu continuarei lá, só na vodka, percebe?

Sou pacata neste ponto, deu pra entender? Legal.

Agora me digam o que falar para um cidadão que tentou por mais de meia hora me convencer que saltar de paraquedas é algo incrivel, mágico e inenarrável? O que eu digo a um ser desses? É assim: eu acho avião uma das 5 coisas mais perigosas do mundo. Ele integra a mesma lista da panela de pressão, de içar coisas prédio acima, do topo do Everest e do Jason com o machado. É claro que eu ando de avião. Eu viajo. Mas isso não quer dizer que eu ache aquilo confiável. Não me venha com este papo de que avião é o meio de transporte mais seguro do mundo porque eu quero ver aquela merda começar a cair pra alguém a bordo repetir esta batatada. Alguém VOA? Eu não vôo. Então, meu bem, se der merda a 20 Km de altura, nossas chances são zero. Mas foi como eu disse. Eu VIAJO de avião. Daí a dizer que eu vou entrar num teco-teco craquelento e PULAR dele lá do céu.....olha o tamanho da distância.

FRISANDO: Simplesmente pelo fato de o ser humano, até onde vai meu humilde conhecimento, não possuir a incrível capacidade de voar. Assim como as galinhas, né. Fora aquele cara da Sapucaí com o foguete do Joãosinho Trinta, nunca vi ninguém voando. E não acho NEM DE LONGE inteligente uma pessoa se atirar de um avião em movimento. Instinto de sobrevivência, malzaê se eu tenho, viu.

E esta pessoa vem me dizer que pular de paraquedas é mais seguro que o trânsito de São Paulo? Cara, no trânsito eu ESTOU NO CHÃO. Minhas chances são infinitamente maiores. Mesmo se eu bater na Rio-Santos, meu carro rolar uma ribanceira e eu cair no mar, eu NADO, entendeu? Se o meu navio afundar eu bóio. Se meu paraquedas não abrir, eu viro sabão.

É a famosa seleção natural acontecendo sob nossas vistas.

PARAQUEDAS: VAI TU QUE TEM MAIS JEITO. Beijo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Máximas - Bom gosto é o que diferencia certos seres humanos

"42 anos de vida! 42!!!! E é a PRIMEIRA vez que eu tomo conta de um Jaguar!! Ganhei o dia, ganhei o mês! Eu sou FODA! Não vou nem cobrar do maluco!!"

Guardador de carros da região da Paulista - BEBAÇO - no último sábado, ao berros, diretamente para mim, logo que saí de meu veículo, o qual estacionei em frente ao tal Jaguar, o mais novo, verde e reluzente da cidade de São Paulo.

Ele realmente estava emocionado. Taí um cara que sabe das coisas. SABEDORIA é a palavra.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Diálogo improvável

Acabo de ter uma breve conversa ao telefone com um ser humano (ou não) cuja identidade desconheço e vou reproduzir o diálogo para que vocês percebam o quão importante é para a sobrevivência deste quadrúpede que eu continue ignorando seu nome e localidade:

TRIIIIIM! (MEU telefone toca)

Eu: "Alô"

Quadrúpede: "Alô"

Eu: "Alô!" [PORRA]

Quadrúpede: "Alô"

Eu: "Pois não" [grunhidos]

Quadrúpede: "Ehhhhhh.....annnhhhhhh........bom dia"

Eu: "Ã!"

Quadrúpede: "Eu queria falar com o Seu Paulo?" (Seu Paulo é meu pai, esclarecendo)

Eu: "Este telefone é meu, você NUNCA irá encontrá-lo aqui. Anote o número de onde ele está agora"

IMPORTANTE: Notem que eu disse para a criatura anotar o número de onde meu pai iria estar naquela hora. Naquele exato momento. Prossigamos.

Eu: "234-5678"

Quadrúpede: "2....3.....4.......Quatro? 5.........6.................7.....7"

Eu: "OITOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!! 234-567OITOOOOO!"

Quadrúpede: "2.......3........4......................5.........................6......7.........8??"

Eu: "Sim" [latindo]

Quadrúpede: "Mas se eu ligar agora ele vai estar lá?"

Olha, ou as pessoas em geral são muito, mas MUITO burras, têm problemas e deficiências mentais graves, atrasos de raciocínio e cognição preocupantes, ou eu é que sou um gênio da humanidade ainda não descoberto. Porque vou te contar, viu.

Eu não nasci pra isso não.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vê se pode

Sábado passado foi um dia em que eu realmente não pretendia sair de casa. Para nada. Nem se eu morresse em decorrência da tosse mutante que me atacava eu iria ao meu próprio enterro, porque eu não ia sair nunca, jamais, DE JEITO NENHUM.

Começamos mal, pois não sei se vocês sabem, mas existe esta maldição que empurra para a rua, e para as mais desgovernadas situações, pessoas bem intencionadas. Digo isso porque sou a prova viva desta teoria, cujo fundamento foi baseado em uma análise pra lá de séria, elaborada por mim mesma em parceria com a amiga Sam e te falo, viu. A coisa é real. Boa intenção não leva a nada. Você terminará sua noite largado em uma sarjeta qualquer e acordará com um mendigo roubando sua garrafa de Cynar e um cachorro lambendo a sua boca. Terá muita sorte se não for carregada junto com o lixo pelo caminhão da Vega Sopave. É mais ou menos assim que funciona.

Pois bem. Partindo deste princípio, percebam que eu pretendia ficar em casa jogando tranca no Facebook, mas uma série de acontecimentos que não vêm ao caso especificamente agora me obrigaram a sair porta afora.

CORTA. INDEX.

SEIS horas da manhã, eu tentando arranjar uma porra de taxi na porta do Piove, estabelecimento noturno onde fui parar - don't ask -, pois o meu taxista estava longe pra cacete e demoraria séculos para me resgatar. Eis que surge um carro, mas havia uma velha maluca BEM DOIDA também esperando por um taxi. Fizemos uma amizade ali, rapidinho, pá pum, e decidimor por ir juntas. Tá, também não sei porque raios eu fiz isso. Só sei que fui parar no Mc Donalds com esta pessoa cuja cara eu nunca vi na vida e neste momento não tenho a menor recordação de como seja. Comemos um McFrança, McAlemanha ou algo semelhante* e aquelas gororobas todas emplastrando o banco do carro do homem. Foi neste momento que eu cometi o erro crasso. Perguntei:

"Mas e aí, amiga? Como é que você chama mesmo?"

Resposta: "Claudia Leite".

O pior não teria ocorrido se eu não tivesse aberto a minha boca GRANDE e fizesse o seguinte comentário cretino, infeliz e sem graça alguma:

"Igual a cantora de axé?"

Bem, só para deixar claro, o taxista já estava PUTO com a meleca de batata e molho sei lá de quê que vem no McYpslon que a gente comeu, tá. E a mulher começa a cantar:

"Eu quero é mais, por isso eu sou NET, eu quero é mais, por isso eu sou NET, eu quero mais....."

ININTERRUPTAMENTE, da Faria Lima à Rua Fradique Coutinho, onde eu saltei do táxi correndo, entrei pela portaria e subi pensando: "Meu Deus, pra quê fazer isso com a minha própria vida???"

Como venho de uma família estranha, que só se junta a gente estranha, é claro que no dia seguinte descobri que o meu irmão CONHECE essa pessoa.

Sem mais.

*EDITANDO em 26/05/2010: Foi um McItália. Lembrei.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Só pra constar

Estou aqui nessa loja que Deus me empurrou, com uma TOSSE mutante que eu não sei se é tosse de fato, pneumonia, intoxicação, alergia, galinha na encruzilhada, reação a Cesio 137 ou o quê quando uma cliente se dirige a mim e diz:

"Jesus está voltando viu! Prepare-se pois você verá a volta do salvador!! Preste atenção aos sinais!! OS SINAAAAIS!! Você é uma criatura abençoada que encontrará Jesus na sua vida!!"

Esse negócio de encontrar Jesus........isso pra mim é música do Durvalino, coisa do Asa de Águia, tá?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Por quê determinadas pessoas são mandadas à merda

Aconteceu com mamãe.

Caminhava mamãe pelo bairro com os dogs Jurema e Tulipo. Eis que um encosto faz-se notar e ela descobre um véio emparelhando, andando a seu lado no meio da rua. Seria apenas medianamente bizarro se a figura em questão, além de colar na mulher, não dissesse ininterruptamente:

"Rui! Rui! Rui! Ô Rui! Rui!".

Minha mãe é fina e serena, mas não tem muito saco pra nego folgado. Maluco tampouco. Engraçado então, muito menos. Sendo assim, ela parou de andar e disse para o sujeito, encarando-o:

"O senhor está falando comigo? Pois meu nome não é RUI".

Ao que a criatura responde:

"Não não, eu estou falando com seus cachorros. Na verdade estou fazendo um teste que está funcionando muito bem: chamo qualquer cachorro de Rui e ele me atende. Só os da senhora não responderam. Bem estranho...."

Após breve momento de compreensível catatonia mamãe lança:

"Bem, meu querido, eles também não se chamam Rui. Com licença, sim?"

Agora me digam: isso é ou não é alguma coisa que estão colocando na água, hein?

E a SORTE desse cara de ter encontrado a minha mãe e não a mim no meio da rua, me diz. É grave a situação da sociedade como a conhecemos. Preciso virar uma pessoa excêntrica logo para me isolar em algum ponto do planeta onde boçais ganhem sempre a bola preta. Seria mais do que um sonho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Passaporte

Hoje de manhã concluí o óbvio. Estava na minha cara esse tempo todo, mas diz que as coisas evidentes às vezes são as mais difíceis de enxergarmos, não tem uma história assim?

Pois bem. Descobri que para ser um cidadão de São Ca determinada cidade do ABC paulista, o sujeito precisa de um certificado de idiotice, retardo mental ou algo do gênero.

Porque esta exigência é a única explicação plausível para o comportamento das pessoas que aqui residem. Farei um breve relato do que me aconteceu durante uma caminhada até a farmácia, distante apenas 4 quarteirões e localizada na mesma rua desta Indústria Vital.

Quarteirão#1 - Fui atropelada por uma bicicleta daquelas que entregam galão de água. Carregada. Em 2 horas ou menos háverá um ROXO marcando o local do hematoma na minha barriga. Ainda bem que o cara pegou uma parte fofa.

Quarteirão#2 - Uma velha que regava a merda de seu jardim distraiu-se conversando com o cara da COMGAS e direcionou o jato d'água em minha direção. Sim, tomei uma esguichada na fuça com esta temperatura agradável de Groelândia que faz atualmente por aqui. Puta, que ódio.

Quarteirão#3 - Um palhaço, vendo que eu estava passando, acionou o botão de seu portão eletrônico, que fechou-se sobre minha cabeça. Sim, outra escoriação. Deve ser CEGO além de idiota. Nego olha na minha cara, VÊ que estou no ângulo da merda da porta e mesmo assim aciona o mecanismo. Me explica.

Quarteirão#4 - Velho tarado passa por mim em frente a um carro da polícia estacionado e lança uma baixaria. Quer dizer, não tem medo de morrer. Xinguei esta criatura durante uns 10 minutos seguidos. Colei no braço do velho e não deixei ele ir embora. O policial pediu para que eu, por favor, "liberasse o cidadão, senhora".

Tem ou não tem que ter um carimbo de "RETARDADO" no CPF pra habitar essa merda??

Teste de fidelidade

Tem uma bicha que trabalha na padoca ao lado da casa da minha mãe que acha que eu sou amante do meu pai. O que é bizarro, já que sou a cara da minha mãe e idêntica ao meu pai. É altamente óbvio o parentesco existente entre nós, mas vai entender.

Meus pais vão nessa joça TODO DIA e a bicha simplesmente partiu do princípio que se o meu pai foi à padoca com outra mulher que não minha mãe, ele está com a amante. Mesmo porque padarias são excelentes locais para levar a outra. E impressioná-la. Nada mais sedutor.

Então a figura fica fazendo perguntas para tentar pegar meu pai no pulo. Já combinei com ele que iremos juntos lá pelo menos 3 vezes por semana. Objetivo: noiar a bicha.

Tamo ocupado, viu.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Família a gente não escolhe né

Bom, né, ontem foi dia das mães e a família Do-Ré-Mi realizou seu tradicional armoço divertido na casa de titia. Ocorre que na véspera do dia das mães foi meu aniversário, porque a gente é perfeita mas envelhece, fazer o quê. Por isso que eu me aplico no processo da conservação em álcool e tudo o mais.


Isso quer dizer que eu, apesar de não ser mãe de nenhum humano, ganhei presentes ontem. Eis a conversa entre mim e titia, a anfitriã:


"Paula comprei isto aqui para você, MAS VOCÊ NÃO VAI GOSTAR. Não é a sua cara". Disse ela me entregando um pacote.

Quer dizer: a pessoa vai até uma loja, entra nela, olha tudo o que tem lá dentro e escolhe justamente o item que certamente não agradará. Juro que achei o método interessante. Eu, que estou oficialmente pirando, adotarei a técnica.
O legal é que logo que abri o tal embrulho e retirei o conteúdo de dentro, titia, que estava ao meu lado, solta:

"Mas não foi isso que eu comprei!!! Este eu descartei, era um dos que você gostaria!"
[??????????????????????????????????]
Trata-se de um vestido e eu de fato adorei. Pena que titia não tá bem mentalmente não.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Comunicado

Bom, então que estou indo passar uma pequena temporada na Vieira Souto pois eo mereço e estou com uma ótima desculpa em mãos.

Há um ponto apenas que me preocupa e trata-se justamente da desculpa em questão, já que estamos falando aqui da incrível festa anual de Vizinha, evento ainda sem classificação nos rankings criados pela humanidade até o momento.

Se eu começar a pensar na probabilidade desta edição superar a do ano passado, tentar vizualizar meu futuro será algo bastante preocupante. Quando digo "meu futuro", me refiro àquilo que talvez sobrará dele após a noite de sábado próximo.

Portanto, suponhamos que eu não retorne. Enumerarei aqui algumas opções de ocorrências, providência que poderá facilitar o trabalho da polícia e entusiastas em geral:

a) Morte - quer dizer, se não houver pistas mesmo, se ninguém tiver me visto novamente, considerem esta hipótese sem medo. É algo plausível, já que estamos juntando aqui substâncias ilegais, pessoas suspeitas, uma grande avenida e o Oceano Atlântico. Não lamentem, todos vocês também morrerão um dia. Provavelmente de um jeito bem menos legal.

b) Hospital - No caso de eu não chegar até a avenida. Ou ao oceano. Fiquem tranquilos quanto às substâncias, eu não morro disso. Qualé.

c) Sumiço - Nunca se sabe. NUNCA SE SABE quem ou o quê estará neste evento. Sei lá, o Gerard Butler não veio no carnaval para pagar mico na Brahma? Algo muito melhor poderá aparecer no arrasta pé da Vizinha especificamente. Vai saber.

d) Desorientação / Perda de Memória - atenção ao que eu disse sobre substâncias ilegais: "eu não morro disso". Agora quem me garante que o cérebro não vai fritar e que eu não vou estabelecer uma amizade de infãncia com alguma freak patológica, como Baby Consuelo ou Vera Fischer, sei lá? É uma possibilidade, ué.

Posso também quebrar um membro, sofrer escoriações ou cortes profundos, como ocorreu na última vez em que participamos de tal acontecimento. Só sei que estou me jogando.

Adeus mortais.

sábado, 27 de março de 2010

Sai de mim

Então. Só para deixar claro aqui que não tolerarei NADA referente a essa história cretina de hora do planeta.

É claro que não desligarei nada, nem luzes nem carregadores, nem as TVs, nem os aquecedores de água, nem o ar condicionado, nada. Longe de mim querer destruir o planeta, mas vamos combinar que não passarei uma hora inteira me fudendo no escuro em pleno sábado porque algum mala lançou essa idéia de jerico.

Eu gostaria inclusive de ter em mãos provas, como fotos ou testemunhas oculares, de que esse povo que não pára de pentelhar quem está quieto em seu canto, assim como eu, aderirá de fato às trevas.

Quero ver quem tem coragem de me mandar mais algum tweet ou vídeo via Facebook falando sobre como é importante a população se unir pelo bem estar do meio ambiente. Quero ver.

Hora do planeta é o meu cú.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Enquete

Que fim trágico seria adequado para esta PESSOA?

Você está em seu escritório, ocupadíssimo, exercendo atividades pertinentes ao seu cargo de alto membro da diretoria, como executar tentativas de passar 2 níves consecutivos no Mafia Wars, participar de conversas de conteúdo duvidoso via MSN, ou até mesmo coçar o dedão de seu belo pé, quando sua linha direta toca. Você para tudo para atender aquele que importuna e descobre que o invertebrado do outro lado da linha procura na verdade por um outro alguém:

"Eu queria falar com a Waldisnééééía???"

"Waldisnéia é no PABX, este número é particular. Anote aí, ser equino: 234-56-78. PLOFT!"

Um minuto se passa e.......

"Oi, eu liguei lá, mas está ocupado...."

Eu ainda morro disso, juro.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Seleção natural

Acabo de assitir um programa no Discovery Channel que.....me faz pensar se realmente a humanidade vale a pena. Farei um breve resumo:

Três casais de tiozinhos norte-americanos decidem fazer uma pescaria. Para isso viajam ali para a Zâmbia. Coisa básica. Para quê pescar num laguinho qualquer perto de casa? Legal mesmo é ir para a Zâmbia, não é mesmo? É muito divertido, além de prático, chafurdar no rio Zambeze.

Então eles pegaram um barquinho daqueles de fibra de vidro sem nenhum tipo de equipamento ou nada. Não havia NADA na porra do barco e os caras resolvem ir OS SEIS juntos na tal pescaria num rio no meio da África, cheio de hipopótamos, crocodilos, leões, búfalos entre outros seres agressivos. Em determinado momento, o narrador do Discovery comenta que ali habita uma espécie de formiga maluca responsável pelas únicas mortes de seres humanos causadas por ataques deste inseto. E lá foram os manés tumultuar no pé do formigueiro. Quer dizer......notaram o tamanho das chances de fracasso?

Navegando pelo rio, acharam um local perfeito para parar o barco dar início à pesca. Tudo bem que tinha um bando de hipopótamos ali do lado, problema nenhum, imagina.

Bem, desnecessário dizer que eles foram atacados pelos hipopótamos, depois pelos crocodilos, foram encurralados pelos leões e pelos búfalos também. Ah! E quase foram comidos vivos pelas formigas assassinas. Qual a dúvida?

Juro que não sei o que vem à mente de certos indivíduos quando eles pensam em "diversão". Morram todos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Máximas - Coisas que comprometem uma pessoa

Cena: Caraíva, início do ano, turma de bêbados na beira do rio. Entre eles yo e amigo Gabrielo, um senhor respeitável, pelo menos teoricamente. 5 da manhã, larica batendo, decidimos por invadir a padoca, estabelecimento que atua isoladamente no segmento "24 horas" na referida vila.

Levantamos as respectivas bundas da sarjeta que ocupávamos na beira do rio e iniciamos a breve caminhada até a supra citada padoca. Coisa de 20 ou 30 passos. Durante o trajeto, amigo Gabrielo começa a falar sozinho. Preocupada, noto um tom de oração e começo a prestar atenção às palavras proferidas por ele:

"Por favor, por favor, faça ter um kibe, Senhor. Eu preciso que tenha um kibe, eu preciso de um kibe. Kibe, kibe, kibe."

Agora imaginem algum desavisado ouvindo essa conversa.............calculem o trabalho que daria recostruir a reputação deste jovem.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Repassando o sofrimento alheio

Estou fazendo a ronda dos blogs e, como esperava, encontrei a pérola da noite. Acho válido postar aqui para vocês verem que não somos só nós que sofremos nesse mundo. Para vocês sentirem a segurança de que haverá alguém conhecido na cadeia quando um de nós for preso por MATAR um imbecil.

Basta procurar esta pessoa. Pelo menos, se eu fosse este ser, certamente teria esganado meu interlocutor, este cretino...

http://pioresbriefingsdomundo.blogspot.com/2010/01/jura.html

Dããããããããããããããã

É assim: eu assisto Big Brother. EU, sozinha se necessário. Não obrigo ninguém a me acompanhar, não debato as direções que o programa toma, o comportamento dos participantes tampouco. Apenas com minha irmã, já que somos da mesma laia, o que faz da criatura grande admiradora da referida atração, assim como eu. Ou seja: eu vi todas as edições do Big Brother e não enchi o saco de ninguém com isso. Eu assisto o programa, minha irmã me liga, falamos sobre os pontos relevantes do episódio do dia e ponto final. É importante esclarecer isso pois ouço muita gente dizendo que pior do que a existência do Big Brother são os chatos que não têm outro assunto. Concordo. Também odeio nego que só fala de dieta, ou de doença, ou de trabalho, ou tenta dar uma de inteligente SEMPRE.

Também é importante dizer que acho absolutamente normal pessoas terem um lado negro televisivo. Tem gente que vê o Datena e gosta. Ué. Em recente conversa com Red, ela me confessou secretamente ter acompanhado "A Usurpadora" por vontade própria e mesmo assim continuo sua amiga. Eu assisto BBB e ela não nutre preconceito de espécie alguma em relação à mim..........tá bom, tá bom, eu também assisti "A Usurpadora", eu adorava, sou estranha mesmo e a questão não é essa. Estamos falando aqui da velha história envolvendo o sujo e o mal lavado. Vejam se eu realmente mereço ouvir uma abissalidade dessas:

Na última segunda feira iniciou-se uma pequena discussão entre amigos. Um amigo lançou uma piada envolvendo espectadores de Big Brother e retardamento mental ao que eu respondi que se isso me caracteriza como mongolóide ele poderia trocar meu nome para "Melãããooo", pois assistiria o programa até o final e inclusive já começara a pensar nas adaptações necessárias em meu schedule a fim de garantir minha presença em frente à TV aos domingos e principalmente às terças, dias de sangue na parede, com votação e eliminação, respectivamente.

Estávamos lá falando asneiras e desenvolvendo o tema, quando uma terceira pessoa entrou na conversa. E soltou o que não deveria. Não sei o que ele falou sobre o domingo, pois o que veio a seguir resetou minha memória em relação a ele. O ser humano sugeriu que eu gastasse meu tempo com algo melhor às terças. O ser humano sugeriu que ao invés da eliminação do Big Brother, onde há brigas, gritos, faca na boca, choro, pobrada reunida na torcida dos eliminados, família usando camiseta com a foto do cara e toda sorte de baixarias divertidas, eu deveria sintonizar meu televisor no History Channel e assistir ao programa que é transmitido exatamente no mesmo horário. Nome do programa: MONSTERQUEST. O que eu penso sobre MONSTERQUEST: está aqui. E completo meu pensamento bem aqui.

Agora há pouco eu assistia um programa no History Channel onde um japa cabeludo explicava o conceito de universos paralelos para leigos. Interessante, continuei assistindo. Break. Recrame #1, recrame #2, chamada para o próximo MONSTERQUEST. Dizia mais ou menos assim: ...não era uma ave, nem um puma, nem um urso. Tinha cabeça de cavalo, pés de bode, asa de morcego, e uma imensa cauda de serpente (HEIN?). Era uma criatura demoníaca vinda diretamente do passado................

E o cara se acha mais esperto do que eu por assistir MONSTERQUEST e não Big Brother. Não entrei no mérito, mas pelo menos no Big Brother tem uma tchutchucas de biquini, não é?

Morra.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pataxóza

Só para deixar claro que fui obrigada mais uma vez a voltar de Caraíva contra minha vontade. No ano que vem bolarei um esconderijo melhor para que eu não seja encontrada a tempo de ser amarrada e colocada na canoa que me despeja do lado de cá do rio.

Até já criei meu novo eu, personalidade que adotarei assim que meu plano de fuga funcionar. Me transmutarei em índia para me misturar aos locais e se algum dia algum de vocês comprar uma tigela de madeira de Índia-Ota, não tenham dúvidas. Esta pessoa sou eu.

Grata.