Rotavírus é aquilo que as pessoas têm quando aparece algo bem mais interessante que ir trabalhar. Nada melhor que justificar o perdido com algo que seja doença, que venha acompanhado de graves sintomas e seja totalmente abstrato. Foi mais ou menos assim que eu expliquei a logística da coisa e incentivei meu querido amigo Tano a tomar mais uma vodka tônica e permanecer na festança de aniversário animadíssima que estávamos na terça-feira. Uh le lê!!!
Deus deve ter ouvido essa conversa, não gostou do meu plano e me mandou um raio da vingança por aconselhar de maneira tão mundana um menino tão bom.
Acordei na manhã seguinte à festa com o pé na cova. Tudo o que poderia caracterizar a expressaõ "passando mal" estava acontecendo comigo. Sem nenhuma explicação, tinha contraído alguma doença mortal em apenas 3 horas, que foi o tempo que separou a minha "dormida" da minha "acordada". Fazia uns 10 anos que não tinha um troço desse nipe. É claro que arreguei e tive que voltar pra casa ao meio dia para poder sofrer em paz na minha linda e enorrrme cama.
Antes disso, numa última tentativa de recuperação, fui ao botequim aqui ao lado comprar um chá verde (substância que, teoricamente, me faria algum bem). Depois de descrever minhas últimas horas para a amada atendente do balcão, ela, que além de personal cafeteira expressa também ocupa o posto de guia espiritual olhou para a minha abatida face e disse:
"Nuuuuussa! Isso aí é rotavírus!!!!"
CABUUUUUUUMMMMMMMMMM!!!!!!! (raio divino)
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