Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Conversas de salão

Estou eu, sentada no cabeleireiro, fazendo as patas. Manicure Marli executando sua arte. Em minha lateral esquerda, uma garota também fazia as unhas com Manicure 2.

Marli comenta comigo que uma cliente a quem atende em casa havia telefonado, mas que ela estava morta de preguiça de ir lá fazer azunha da mulher. Mesmo porque, a tal cliente havia sumido e já estava há mais de 3 meses sem atender suas ligações, o que desenvolveu nela bode pela sujeita cujo nome, coincidentemente, é Paula.

Marli: "A Paula ligou e quer que eu vá lá, mas não sei se vou. Você iria?"

Nem respondi à questão e a manicure ao lado diz:

"Vai onde, a Paula? A Paula (eu) tem sobrancelha marcada com a Nani (a sobrancelheira da casa) agora. "

Marli: Não é esta Paula! É a Paula Bêbada, aquela cliente de quem estou fugindo!"

Manicure 2: "Ahnnn tá! Ela veio aqui outro dia te procurar...."

Marli entra em pânico diante da possibilidade de Paula Bêbada surgir a qualquer momento e obrigá-la a fazer suas unhas. E emenda:

"Mas ela nem tem o endereço daqui.....só falo com ela pelo celular.....só a atendo em sua casa....."

Manicure 2: "Tá esclerosando, Marli? A nega aparece aqui toda semana e você passa o dia inteiro reclamando!"

Marli: "Nãããão! Essa não é a Paula Bêbada! É a Marli Louca!"

Nani, a sobrancelheira, entra na sala e pega a conversa andando;

"Credo, Marli! Não chegou nem o sábado e você já ta ficando louca?"

Manicure 2: "Não é sobre ela que falamos. Falamos sobre uma cliente de quem ela foge!"

Nani: "Ah, eu sei quem é. É aquela Paula Bêbada..."

A garota que fazia as unhas com a Manicure 2, claramente perdida, retruca:

"Não, Nani! ESTA aqui (apontando para mim) é a Paula Bêbada! A Marli Louca deve ser aquela que sempre se atrasa quando marca horário..."

Marli, tentando acabar com a confusão, elucida:

"Esta atrasada não é a Marli Louca, é a Ricarda!"

Ricardo, o cabeleireiro 'tricha' que finalizava o brushing de uma cliente na bancada da frente, berra:

"Eu não estou atrasada cooooisa nenhuma! A Marli é que está louca!"

Conclusões

Certas coisas me fazem pensar em como seria a vida comandando uma barraca de churros no litoral; ou uma canoa pesqueira no sul da Bahia; ou, ainda, na possibilidade de aprender a ciência que envolve a escalada de coqueiros tendo como finalidade a comercialização dos frutos.

Porque certos detalhes desta vida empreendedora que levo, envelhecem. Causam úlcera. Despertam instintos criminosos. Surtam alguém aparentemente normal. Desenvolvem epilepsia.

Funcionários e suas frases típicas, por exemplo:

- "Ô Paula, amanhã eu não vou vim!" - Se alguém pensar algum comentário para tal sentença, favor efetuar.

- "Já é meio dia e meio! Tá na hora de comer!" - Desconsiderando o 'meio dia e meio', já que o erro gramatical jamais será assimilado como tal, o fato é que não importa a presença ou ausência de fome. É 'meio dia e meio' e o sujeito TEM que comer. Porque a palavra almoçar também não consta do vocabulário típico.

- "Eu não quero o que é dos outros. Só quero o que é meu" - Reiterando sua suposta honestidade, quando questionados sobre algum erro no caixa, falta de mercadoria, diferença no estoque. Se eu não puder fazer tais perguntas aos funcionários, poderei fazer a quem? Ao vizinho? Ofensa mortal.

- "Preciso passar com o médico" - SAP: Marquei uma consulta médica. Ou, simplesmente, 'vou ao médico'. Fora o amor que cultivam por hospitais. Tropeçou? Hospital. Tossiu? Hospital. Acordou com o cabelo ruim? Hospital também. Saco.

- "Aceito Credicard" - Quando questionados por algum cliente sobre quais cartões de crédito são aceitos na loja. O fato - explicado didaticamente incontáveis vezes - de que 'Credicard' não define porra nenhuma, em nada interfere. Nego não assimila a existência de Visa, Mastercard, Amex, Diners. Se for débito então................vai explicar a relação entre Redeshop e Maestro, vai lá.

- "Você pode fazer em vezes" - Sobre a possibilidade de parcelamento do valor total da compra. Que ódio.

- "Ô Paula! Vou levar uma sacolinha hoje, tá?" Como se nos outros dias a mesma pergunta não tivesse sido feita. É uma mania de carregar itens esquisitos na mão, parecendo o Homem do Saco, que acaba com meu estoque de sacolas.

- Ô Paula, será que a menina lá de cima já calculou minha férias?" - Sim, 'minhA fériaS' é uma expressão corriqueira. Por mais incrível que possa parecer.

Sinto William Foster tomando conta de meu corpo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Me exprica direito essa história véia

Da série "É velho, mas é bão", eis informação repassada por Clau, via Twitter:

(Eu não conhecia....)

Estudante processa prefeitura por não ter beijado ninguém em micareta

Revoltado por não ter conseguido beijar ninguém em um carnaval fora de época promovido pela Prefeitura de Guararapes do Norte (230 km de Rio Branco - Acre) no último mês de maio, o estudante universitário J. C. A. ajuizou uma ação judicial bastante inusitada. Ele foi à Justiça pedir indenização porque "zerou" na micareta.

JCA pediu indenização por danos morais, alegando que "após quase dez horas de curtição e bebedeira não havia conquistado a atenção de sequer uma das muitas jovens que corriam atrás de um trio elétrico". Ainda segundo o autor, que diagnosticou na falta de organização da Prefeitura a causa de sua queixa, todos os seus amigos saíram da festa com histórias para contar.


E por aí vai.

Resumindo, este ser humano da espécie otária, foi aconselhado pela prefeitura a cultivar tubérculos e a coisa não vingou.

Não sendo o processo em si bizarrice suficiente, o imbroglio terminou com saldo positivo para esta múmia paralítica. Ele não pegou ninguém na micareta, mas pegou a menina do setor de aconselhamento psicológico do município.

Segundo a própria Municipalidade, tal acontecimento afetivo ocorreu sem nenhuma participação do Estado.

Leia na íntegra: http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matler.asp?newsId=18679

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E de quem é, de quem é, Sou negão!

Desde ontem à noite tento me adaptar ao novo reflexo que produzo quando me ponho diante do espelho.

Calculando que 7 meses se passaram desde que eu, pessoa praiana, torrada de sol, senti os últimos raios UVB sobre minha pele, posso dizer que ontem foi um dia transformador.

A questão é que, apesar de possuir uma simpática casa na praia - constantemente tomada por todos aqueles que conheço, importante comentar - não a frequento com a devida assiduidade, já que meu trabalho saudável e quaaaase escravo me impede de viajar nos finais de semana. E durante a semana também. E em qualquer feriado que não aconteça no sábado, especificamente. Portanto, esqueçamos "praia".

Levando em consideração o fato de que tenho os Domingos livres (opa! valeu, hein!) e minha residência paulistana ser equipada com bela piscina no ensolarado jardim, podemos, otimistas, pensar:

"Do que esta anta reclama? Sua situação não é tão grave assim..."

Não seria. Se, de março para cá, tivéssemos presenciado algum - unzinho apenas - Domingo COM sol, tudo estaria relativamente sob controle. Eu haveria sentado minha bunda na beira d'água e teria preservado um tom pelo menos aceitável para a cútis.

Como isto não ocorreu, passei metade do ano com um colorido muito especial, cujas nuances variam entre cinzas e verdes. Pela manhã, é uma beleza. Transeuntes que cruzam seu caminho não conseguem definir se aquela é uma pessoa viciada que há tempos perdeu as cores ou se é alguém com olheiras jamais vistas, a quem a ciência deveria dar atenção (em todos estes anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isto me acontece).

Até ontem.

Logo que despertei e notei a presença de sol na cidade, me joguei sobre uma cadeira da piscina e de lá, so me retirei para votar. Fried Paula. Como manda minha tradição pessoal, saí correndo, esbaforida, sem ao menos pentear o cabelo. Caso contrário, não chegaria em tempo de cumprir meu dever cívico.

O primeiro espelho que cruzou meu caminho, foi o do Mercearia São Roque, à noite. Dei um grito. Quem era aquele ser zulu? EU??? Champagne!

Quanto orgulho de mim mesma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Um feliz trabalhador

Todos os meses, recebemos na loja a visita de um funcionário da Eletropaulo, cuja função é realizar a leitura do relógio de luz para que a referida empresa calcule o valor de meu gasto no período e assim, possa, finalmente, enviar a conta para que paguemos.

Trata-se de uma pessoa nada otimista, digamos assim. De acordo com a opinião de mamãe, "é uma figura esdrúxula".

Além de sua aparência exótica - ele é altíssimo, magérrimo, seus cabelos são longos e desgrenhados no melhor estilo ninho e presos em um malfadado rabo de cavalo; possui também olhos esbugalhados, que saltarão de sua cara a qualquer momento, atacando, assim, a pessoa logo em frente -, o que faz de seu jeitinho algo fofo e especial é sua personalidade, regida pelos princípios básicos da liderança sindical revoltada.

Enquanto pluga o apetrecho que faz a leitura no relógio, discursa. Sempre.

Mês passado, a pauta foi a dificuldade que enfrenta para executar o serviço, causada pela falta de equipamento. 30 minutos completos, falando, falando, falando.....

Importante informar que sua voz poderia ser facilmente confundida com à de um tenor histérico. E seu linguajar é todo baseado em gírias da classe "mano".

Neste mês, chegou lá feliz, com um cabo moderníssimo que faz todo o trabalho so-zi-nho!!! Seu problema, porém, consistia em saber SE daria certo. SE aquele treco funcionaria.

"Me deram essa parada aqui, mano, dizendo que a parada é de lei, mas vamo vê se funciona, né mano! Vamo vê se a chefia não tá quereno só dá um calaboca em nóis né, mano!"

Funcionou. Em 2 segundos a leitura estava completa. Sendo assim, Feliz mudou o rumo da conversa para o risco de ser eletrocutado pelo tal cabo, o que, em seu entender, gera processo trabalhista por periculosidade, como fizeram os carteiros, bla, bla, bla......

"Vamo vê se essa parada não vai me grudá na parede quando eu for tirá dali, mano. Se essa parada me fritá, eu coloco no pau, mano. Vão ter que me pagá!"

Ele, porém, não é sindicalizado por prestar um serviço terceirizado ("eles não ligam pra gente, mano, a gente é terceirizado, certo..."). Mesmo assim, continua afirmando que quando sair, vai colocar a Eletropaulo no pau, embora esta tenha afirmado que o material não oferece risco algum. Se assim for, há perigo ainda por ele ter que caminhar no sol - câncer de pele.

"Periculosidade, mano!"

Conversinha matinal que quase fez com que minha mãe arremessasse o cidadão contra um ônibus em movimento.

Quem sai aos seus, degenera

Venho, por meio deste fantástico brog, comunicar à parentes, amigos, vizinhos, membros da associação do bairro e entusiastas em geral, a confirmação da suspeita que pairava no ar:

O mais novo integrante da máfia é um mino. Um mini Dodô está confirmado e vem para completar esta ninhada masculina que assa dentro da barriga de tantas procriadoras da turma.

É óbvio que, tão logo vazou-se a informação, a primeira decisão que tomei em relação ao futuro desta criança foi adquirir um pequeno uniforme do Corinthians.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Juma

Noite passada - inteira - sonhei que havia um onça embaixo da minha cama. Onça esta, que de mim, até gostava um pouco. Seu objetivo era dar cabo dos meus cães, o que me deixou em pânico, já que eles apareciam a todo momento para atacá-la.

Como eu sabia que os caninos agiam daquela maneira por pura estupidez, não me restava outra opção, senão segurar a onça, impedindo assim a chacina.

E foi o que fiz durante toda a noite. Segurei a onça. Ela até tentou me morder, mas segurei firrrrme.

Acordei pela manhã destruída. Arrasada. Com dores em todos os ossos, juntas, tendões e músculos do meu corpo. Parecia que eu havia sido atropelada por uma manada de elefantes. Tudo por causa da onça.

Parece que confundi os comprimidos. Provavelmente ingeri um ecstasy pensando se tratar de um Diazepan.

Fuerza Bruta

Domingão, minha pessoa completamente desprovida de condições que me permitissem levantar de minha king size, recebo um telefonema. Na linha, Muso, comunicando que iríamos comparecer ao espetáculo Fuerza Bruta, em cartaz na arena montada no meio do Parque Villa-Lobos.

Confesso que hesitei. Minha preguiça, unida ao vendaval que certamente enfrentaria naquele descampado dos infernos, quase me obriga a declinar o convite. E, vamos combinar, não sou alguém que associe vanguarda e surrealismo à entretenimento. Acho papo planta, mas vá lá, ok. Fui, pricipalmente para escapar da conversa "você perdeeeeeuuuuu, é o máximo, nunca mais haverá na terra algo semelhante, a partir de agora você é um ser inferior, como ousou dar as costas a tal genialidade, yada, yada, yada".

Se vale a pena? Se é bão mesmo?

Depende. Se você é uma menina de bom gosto, além de se divertir com toda a engenhosidade do espetáculo e não estar nem aí para a história da "natureza poética violenta e bela", você terá o prazer de reparar que, no grupo de 11 atores que integram a trupe, há uns 3 ou 4 cucarachos moooito bonitos. Daqueles que não encontramos com facilidade vagando por aí. Daqueles que te fazem pensar em como seria viver na Argentina.

Se o espetáculo consistisse nestes meninos cantando "A perereca da vizinha" num palquinho de circo, o esforço continuaria valendo.

Que mané "linguagem e propósito abstratos"!

sábado, 18 de outubro de 2008

Vizinhança Phyna

São Caetano do Sul, 18 de outubro de 2008. Horário: 4 e meia da tarde; loja apinhada, as tia tudo fazendo compras, fato que me fazia muito feliz naquele momento, já que adotei um método de trabalho baseado em equivalências, cujo mecanismo me permite vizualizar quanto dinheiro torrarei em pinga durante minha estada em Caraíva no longo e belo verão sob tendas/beira rio.

Subitamente, gritos desviaram minha atenção. Associei, em primeiro momento, tal manifestação de estirpe duvidosa ao grande evento esportivo que ocorria naquele espaço de tempo, contando com a participação do soberbo clube de futebol conhecido mundialmente como Corinthians. (Ê Ô!)

Mais alguns instantes se passaram, e notei a aproximação física dos tais berros. Percebi que eram emitidos por um grande e unido grupo de descontrolados. Havia, inclusive gritos femininos saindo ali do tumulto.

Foi quando uma horda de pessoas suspeitíssimas chegou em frente à minha bela loja. Eram uns 20 ou 30 varzianos que se estapeavam em praça pública. Eram homens, mulheres, velhos, moleques e crianças, protagonizando aquilo que chamamos de pancadaria. Porrada pura, UFC a céu aberto. Alguns já estavam até ensanguentados (JURO).

Tendo esta cena única acontecendo ali na porta, a reação de TODOS os meus clientes - eram umas 50 pessoas comprando - foi a de largar tudo o que experimentavam, escolhiam, pagavam ou desejavam, e se dirigir à porta para apostar em quem morreria primeiro. QUEM GANHARIA. Papai, teletransportado à Disney - quer fazer o dia do meu pai? arranje uma briga para ele se meter. Presente de aniversário ou Natal? Descola uma briga e mete ele no meio- , se meteu no quiprocó e, devido à sua estatura intimidadora, obteve sucesso em conter o hã......desentendimento, digamos assim.

Daí me chega os puliça. 15 viaturas na minha porta. Fazendo aquele bafafá que eles amam, armas em punho, enfim, eu já estava me sentindo no camarote Brahma de 2002 cantando o samba da Mocidade que dizia "é show, que euforia, festa na cidade, o grande circo místico chegou de mãos dadas com a Mocidade, abra as cortinas do seu coração, nossa arte é vida, cheia de emoção..." e por aí vai. Tive um flashback porque VEJAM:

A confusão estava contida. Meu pai havia separado a briga. Me aparece 300 mil guardinha e adivinhem o que aconteceu? Tudo se descontrolou novamente. Teve policial que apanhou tentando separar briga de mulher, uns moleques batiam nuns véio com pedaços de limpadores de para-brisa, o outro crazy puxando uma mina pelo cabelo, velha desmaiada, fecharam a rua, tipo fim de jogo no Pacaembu.

E meu pai lá, chamando todo mundo de "ô bobão". Meus clientes torcendo para seu maloqueiro favorito, assoviando, participando daquilo como se fosse um De la Hoya X Holyfield na arena MGM em Vegas.

Mais de uma hora se passou até o caos ser controlado e todas as 200 pessoas que se aglomeravam em torno do meu estabelecimento comercial terem o prazer de descobrir o que causara a treta.

Olha que graça:

Toda aquela gente era pertencente à mesma família. Uma parte dessa família vive no poleiro localizado em frente à loja. O atual marido da mulher que vive ali, bateu na filha dela, que vem a ser uma criança de 5 anos de idade. O filho de 15 anos foi tomar satisfação com o padrasto e o cara deu no moleque também. A mãe, ficou puta e ligou pro ex-marido, pai dos dois que tomaram na fuça. Ele foi lá e adivinhem: tomou uma bifa também. Decidiu que era o momento de colocar em prática o "bateu-levou" e assim nos presenteou com tão sublime acontecimento. Não conseguimos identificar, entre os outros arruaceiros quem era quem. Tipo quem era avó de quem, quem eram as noras, as cunhadas, os primos, as comadres. Pesquisarei, obviamente.

Importante informar que o padrasto, protagonista e causador desta demonstração de equilíbrio emocional e respeito à integridade física alheia, tem como emprego o cargo de funcionário do SAMU. Sim, ele trabalha resagatando cidadãos.

Tentem não se acidentar ou ter qualquer tipo de colapso no ABC paulista. Pensem em quem pode vir te resgatar.

bjs.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Máximas - Viva o telemarketing

"A única coisa que eu pretendo junto ao Unibanco é DAR para o Waltinho Salles. Você tem o telefone dele? Se não, minha filha, providencie e só me ligue novamente quando estiver em poder do número!"

Titia, bufando, em resposta à centésima-quinquagézima-oitava tentativa de venda de um cartão de crédito via telefone, efetuada por funcionária da empresa de telemarketing que atende a referida instituição bancária.

Desnecessário comentar que a medida surtiu efeito.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Máximas - Sutilezas

"Se eu tive sooorte? No meu caso acontece o seguinte: eu não nasci com a bunda virada para a Lua. A Lua nasce todos os dias de DENTRO do meu cu."

Minha amiga Tininha, externando, didadicamente e para grande audiência durante certa festa, sua opinião pessoal sobre o marido que possui.

So cute.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Máximas - Mundo cão

"Vamos Nathália! Pinte logo estas unhas! A irmã do meu cachorro está me esperando na loja e preciso ir AGORA!"

Eu pópria, em colapso, berrando com minha manicura logo após ser avisada sobre a presença em minha loja do sujeito que, há 7 anos, comprou uma fêmea da mesma ninhada de meu rotweiller Lui. Ele adquiria um terno em meu estabelecimento comercial e estava devidamente acompanhado pela canina.

Juro que no dia seguinte expliquei a situação para Nathi, a manicure. Fiquei apreensiva em relação à possibilidade de ela desenvolver medo de mim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Atos insanos de uma pessoa idem

Uma pessoa que conheço, alta funcionária de grande empresa de comunicação, recebe um e-mail do cliente "A" confirmando a aprovação de um projeto. Mensagem esta, que era aguardada com enorme e inclassificável ansiedade.

Esta pessoa, a funcionária - vamos chamá-la de K -, saltitando de contentação, larga a tela com a resposta de "A", aquela que tanto esperava, escancarada.

Neste ínterim, seu telefone toca. Trata-se de um subalterno, informando que a reunião pentelha, longe, insalubre com o cliente "B", acabara de ser confirmada e ela, a pessoa a quem chamamos de K, dispunha de pouquíssimo tempo para se organizar e locomover-se até a tal empresa "B", localizada ali, na Puta que o Pariu do Norte.

Ato contínuo, telefone ainda pendurado na orelha, temos a reação da pessoa denominada K.

Ela vira-se para a tela e, utilizando o campo reply da mensagem que cliente "A" enviara há pouco, digita:

"PUTA MERDA!!!"

Clica em send e, quase na velocidade da luz, cliente "A", o cliente bão, recebe em seu endreço particular de e-mail o comentário que, originalmente, a pessoa a quem demos o nome de K pretendia fazer via telefone diretamente para o funcionário pendurado na linha. Funcionário que permanecia lá, aguardando o "PUTA MERDA" que era seu, mas desviou-se.

K só absorveu o que havia cometido quando o telefone de sua mesa tocou e, do outro lado, estava cliente "A", sem entender lhufas.

Foi quando ela soltou o grito de horror.

Levando em consideração antecedentes já divulgados (1 e 2, por exemplo), concluo que esta garota está precisando de Bahia...................

Já que estou com tempo livre......

.........por que será que o relógio do Blogger adiantou-se sozinho em uma hora? Meu laptop marca 4:49 e esta lhuca, 5:49.......

Acho que minha mente está em processo de tilt devido à falta de sono compulsória.

Mente vazia, casa do demônio

Pirei. Surtei e nada pôde me conter. Enfrento mais uma noite de insônia galopante, e como já assisti a todos os programas e suas respectivas reprises, decidi que o momento era ideal para inventar moda.

Situação propícia, refleti, e achei que testar novos layouts para esta joça seria uma atividade mobral que me entreteria até eu decidir qual o próximo estrago a ser executado.

Acho adequado tentar algo na linha gastronômica agora. Para o próximo ato impetuoso desta madrugada arregalada.

Não sei se manterei este design, pois desconheço a origem do santo que baixou em mim. Será que gosto desse lance clean? Amanhã, se concluir que estou com saudades do esporquitcho original, retorno às origens. Que aqui, são cor de laranja-shocking, meu bem.

domingo, 12 de outubro de 2008

Bee Attack

Sabe aquela história de que resquícios de alimentos, como pingos, migalhas e farelos, "juntam bicho"? Provavelmente a avó de todo mundo, pelo menos uma vez na vida, teve a oportunidade de lançar tal profecia com o objetivo de repreender algum incauto.


"Não coma no quarto! Comida no quarto junta bicho!"


"Não leve o prato para o sofá! Senão junta bicho!"


"Não largue o pacote de bolachas aberto! Bichos!"


"Sorvete no carro, pinga e cria bicho!"


Não sei se tais preocupações seriam pura neura de vovó e, o que é realmente importante, nunca foi constatada a veracidade de tais informações, já que nunca juntei, criei ou chamei bichos para dentro de meu lar. Eu diria, inclusive, que minha residência é ambiente inóspito para cobras, lagartos, sapos, insetos e seres rastejantes em geral.


Até hoje.


Todas as definições citadas no parágrafo acima estão com seus conceitos sob questionamento, após o ocorrido neste belo dia de Domingo.


Tradicionalmente, Domingo é dia de party lunch para a família, amigos, agregados e afins, aqui na residência. Hoje, após arrasar preparando seu peixe ao creme de leite e bananas + penne com cenouras e gengibre, Lulis, cunhado e um dos chefs residentes, decidiu flambar umas frutinhas. Para servir com um sorvetinho. Tal procedimento utilizou frutas tropicais, Ballantines, Drambuie e MEL. Que foi, obviamente respingado por toda a cozinha devido ao ateamento de fogo à frigideira, somado à performance estabanada típica deste chuchu de menino que é Lulis.



Em menos de 10 minutos, havia quase 20 abelhas dentro de minha cozinha. Insetos refinados que gostam mesmo é de um bom flambée. Um ataque aéreo, não me perguntem de onde saíram os bichos. Ouvia-se até o barulho das abelhas na cozinha. Pânico.


"Até o Jerry veio na minha festa"


Sim, tenho medo de abelhas de mariposas, de vaga-lumes e de qualquer espécie de bicho voador e insetos em geral. Moro em uma cidade civilizada e não fui criada para dividir meu espaço com criaturas peçonhentas. Mesmo que haja 40 tipos de alimentos melecados, doces, farelentos e esmigalhados expostos em minha cozinha, teoricamente, atraindo tais bichos.


No começo do ano tomei uma picada monstra de uma abelha e quase fui parar no Instituto Butantã, tamanha a inflamação que criou-se na perna mordida. 'Traumatizei'.


Ou seja: a lenda revelou-se real. Vovó sabe tudo.


** Claro que a cozinha passou por um processo de desinfecção neurótico e as abelhas foram devidamente expulsas. Caso contrário, eu estaria em um hotel.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Falando grego - O sobrenome

Já que a questão do sobrenome foi citada por Bibi, em comentário ao post anterior, vamos lá.

SCARCELLI:

"Sargentelli?" - Sim, sou sambista, inclusive.

"Sacacelli?" - Saca. Sem o menor saco pra gente surda.

"Santa Nelli?" - Santa. Protetora dos portadores de saco cheio.

"Saracelli?" - Isso! Para quem tem o primeiro nome confundido com "Sara", fica ótimo. Espia: Sara Saracelli.

"Escandelli?" - Se esse fosse meu sobrenome, faria uma oferta à Lilian Gonçalves - a rainha da noite - pela boite de sua propriedade, Scandall

E o mais constante....

"Cicarelli?" - Tá boa? Eu tô......

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Falando grego

Lia, agora há pouco, o novo brog da Bibi. Neste primeiro dia de atividades, há um post comentando as agruras que uma garota chamada Biessa - no caso, ela mesma - enfrenta para tentar fazer pessoas em geral compreenderem a pronúncia correta de seu nome.

O que poderia tranquilizá-la seria tomar conhecimento do fato que eu, de nome Paula - simples, fácil, comum - também sofro com o mau entendimento (imbecilidade, eu diria) das pessoas carentes de rápida compreensão.

Poderia citar algumas dezenas de diálogos como exemplo. Mas, recentemente, fui premiada com uma interlocutora cuja impressionante performance condensou a situação como um todo.

Numa de minhas crises noturnas de fome visigoda, passei a mão no aparelho telefônico e disquei para o Koi, restaurante japonês que, por ser incrivelmente próximo à minha residência, me entrega temakis gigantes e Luizinhos desde...........que abriu. Ou seja, os tintchureiros me conhecem.

Toquei lá, disse que faria um pedido e a pessoa do outro lado perguntou meu nome. "Paula", respondi sorridente.

"Maura?"

"Não. Paula."

"Laura?"

"Não...Paula!"

"Sara?"

"Não, Paula, porra!!"


"Carla?"


"PAULA! PAPA ALFA UNIFORM LIMA ALFA!"

"Desculpe, Claudia. Não estava entendendo direito..."

Desde então, virei a Claudia Scarcelli, cliente do Koi.

Outro caso aconteceu anos e anos atrás com uma garota que trabalhava comigo. Seu nome: Tuca. Também simples, fácil e prático, não?

Um belo dia, esta cidadã telefonou para algum editor bem importante que aguardava sua ligação. Como o sujeito não estava em seu respectivo aquário na redação, Tuca pediu para a secretária do homem anotar o recado. Foi quando a conversa me chamou atenção:

"Diga que a Tuca retornou, sim?"
- "Suca?"

"Não, meu bem. Tuca. Com T."

- "Cuca?"

"Não. Tu-Ca."

- "Luca?"

"TUCA!" - já grunhindo.

- "Duda?"

"TUUUCAAAA!!!" - Enfurecendo-se

- "Xuxa?"

"Nããããooooo!!! Tuca, sua galinha!!!!!"

E, soletrando, vermelha, urrando, descontrolada:

"P.........

U..........

T............

AAAAAAAAA!!!

TUUUUCAAAAAAAAAAA!!!!!!!!"

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

De onde saem determinadas pessoas?

Na semana passada, Gabi, minha irmã, foi dar uma pinta no Rio por motivo de trabalho. Como samos meninas muito finas e só temos amigas que moram na orla, Gabiroba hospedou-se em agradável apartamento na Av. Vieira Souto.

Sendo assim, a combinação do tempo livre que possuía, aliado ao sol que torrava a todos na cidade, fez com que ela se decidisse por atravessar a avenida rumo à praia de Ipanema em si. Logo que pisou na areia, já avistando um belíssimo local para estender sua canga, foi abordada por um ser:

Ser: "Pô, cara, tava te olhando de longe e fiquei preocupado com você..."

Gabi: "........"

Ser: "Aí gata, tu tá 'meia' pálida, com cara de quem não comeu nada........"

Gabi: "................."

O ser abre um isopor.

Ser: "Aíammm, gata, tu não quer um quiche?"

Gabi: "................"

O ser era, na verdade, um vendedor ambulante de quiches.

Ser: "Tem de alho porró, Lorraine, de vegetaixxxxxxx....."

Gabi conseguiu proferir a primeira frase: "Não! Não quero quiche!"

Ser: "Não pode ficar sem comer não...é medo de engorrrrrrrdarrrrrrr?"

Gabi: "Não! Eu não estou com fome!!"

Ser: "Então posso ficar aqui esperando até você ficar com fome? Tem de alho-porró, Lorraine, vegetaixxxxxxxxxxx...."

Gabi: "................................"

Opinião geral da nação

Ontem, eu e Muso aproveitamos o final de tarde para comer hamburguinhos e tomar vinho no Ritz. Conversávamos sobre amenidades, basicamente listávamos pessoas que havíamos encontrado na noite anterior e metíamos o pau nelas. Nada mais agradável do que sentar em uma mesa com drinks e comidinhas para falar mal dos outros.

Foi quando ele me questionou. Quem eu gostaria que vencesse o segundo turno, já que eu não havia votado em nenhum dos dois concorrentes?

Sem pestanejar, respondi:

"Muso, querido: Você realmente acha que uma pessoa que produziu, criou e, supostamente, educou um ser humano que se transformou no SUPLA, merece a confiança de alguém? Não há duvidas, esta senhora NÃO é capaz. De nada. Nem de criar um punk decente."

Já em casa, enquanto aguardávamos o horário de encontrar sua irmã e nos jogarmos no Gambiarra, aproveitei para fazer a ronda dos blogs. E me deparo com este post de Red no Mesa de Botequim.

Viram como minha teoria tem fundamento?

Ídolos

Saí desembestada de casa ontem para votar. Por alguma disfunção química ainda sem cura, meu potente cérebro não possui a capacidade de se organizar para que meu voto seja computado antes das 4 e 50 da tarde.

Como já estou adaptada a esta condição, sei exatamente onde largar o carro para sair correndo e qual escadaria subir sem enfrentar transeuntes e assim, chegar à tempo de pegar a urna ligada.

Processo "pressa" concluído, adentrei a sala aos tropeços, tomando o cuidado de desviar de um senhor de chapéu que cruzei na porta de entrada. Quando entreguei meu título ao mesário metaleiro trajando uma camiseta do Megadeth que atendia os eleitores, noto que ele olha fixamente através de mim. Na verdade, ele não estava nem me vendo. Sua atenção estava totalmente voltada para a pessoa localizada atrás de mim. O senhor que quase atropelei.

Neste momento, o metaleiro levanta-se e, emocionado, quase gritando, diz:

"Seu Raul!!!!! Deixa eu cantar pro senhor, Seu Raul!! Eu quero ir cantar no seu programa, Seu Raul!!!"

E iniciou a cantoria. Que foi acompanhada por todos com palmas puxadas pelo Seu Raul. Seu Raul Gil.

Ao final, Megadeth foi aplaudido pelo andar inteiro, e formou-se uma balbúrdia que só foi extinta quando Raul Gil deixou o prédio.

Eu sou atrasada, mas me divirto.

sábado, 4 de outubro de 2008

Ténica e tática

Cena:

Festa pau no cu na casa de pessoa idem. Babacas brotando do nada aos montes. Hordas deles invadindo a agradável residência.

Três amigas presentes ao evento, num ato involuntário de busca por isolamento, decidem sentar-se em uma mesa lá no canto, margem oposta da piscina, sob a árvore, atrás da pedra, encoberta pela folhagem.

Devidamente escondidas, iniciam uma descompromissada conversa. Bastou a primeira frase ser proferida para que uma criatura surgisse do vácuo e as interrompesse.

Tendo a originalidade como ponto alto de sua conversa ele, charmosamente, utiliza como introdução do longo papo que previa o tradicional "como vocês se chamam, gatas?"

Sem reação, ainda não crendo que o idiota sorridente estava, de fato plantado ali em frente e concluindo que aquilo não se tratava de uma alucinação chinfrim, a primeira garota diz, mecanicamente:

"Marina........."

O que fez com que a segunda moça reagisse:

"Ana......."

Seguida pela terceira amiga:

"Mariana....."

Ao que o idiota, magoado, respondeu:

"Porra, vocês tão me zoando???"

E saiu, indignado.

É óbvio que estes são, realmente, seus respectivos nomes. Como é fácil eliminar pentelhos em ambientes pau no cu.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Adendo pertinente

Em relação ao penúltimo post, é necessário frisar que, fora o Monstro do Loch Ness, todas as criaturas mencionadas no programa Monsterquest foram avistadas dentro do perímetro dos Estados Unidos da América.

Se os produtores pautassem um "Monsterquest Brazil", acredito que teríamos infinitos relatos e um número quase incalculável de pessoas, aparentemente normais, tentando provar que viram a Havanir.

Encontraram a mãe do Popeye