Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Pela ascendência da minha família, eu diria que sou, basicamente, uma cruza de mafioso com terrorista. Isso levando em conta apenas os antepassados de papai. Um bijou.

Certas pessoas despertam o mafioso que existe em mim. Tenho a incrível chance de observar minha carga genética em ação quando sou obrigada a interagir com alguns imbecilóides que, um dia, tiveram a péssima idéia de comprar alguma coisa na minha loja e com isso decidiram encher o meu saco para todo o sempre.

O grande problema de ter uma loja, é que você tem uma porta aberta na rua, o que faz com que qualquer estrupício tenha acesso ao seu ser. Vamos supor que algum transeunte passe, entre, compre, pague e vá embora. Mande flores para essa pessoa. Anote a ocasião em seu livro de eventos raros, tire uma foto do nego, cultue o sujeito. Este será um dia único para você.

Vou contar como a coisa se desenvolve, citando apenas duas situações padrão, os maiores clichês do comércio:

O DESCONTO

Tá lá o transeunte, ok. Esse cara vai entrar na sua loja e vai fingir que tudo está bem, tudo está certo. Ele escolhe, experimenta e decide.....tudo parece normal até que vem a primeira bomba: "qual é o preço disso?"

"100 reais"

"e com desconto?"


Pronto. Aí está o líder do reino dos pentelhos. O vendedor explica com todo amor e carinho a esse imbecil que ele poderá vir a ter um abatimento no preço real caso efetue o pagamento à vista. Cartão do banco, desconto X, dinheiro, desconto 2X. A partir daí, temos duas possibilidades:
A) Ele pode armar um escândalo porque exige o desconto de 2X mesmo querendo pagar com a merda do cartão do banco dele;
ou B) ele exigirá um desconto tão infinitamente superior alegando que fará o pagamento em dinheiro, que a sua vontade é embrulhar o raio do troço que ele escolheu e entregar o pacote desejando feliz natal, ou feliz aniversário, feliz dia do índio etc e não cobrar nada pela compra. Acho que esse povo se esquece que pessoas usam o comércio como forma de subsistência, por isso não querem pagar pelas mercadorias. Apesar da bizarrice, é a única explicação plausível que encontrei.

A TROCA

Uma merda. O cara quer trocar uma peça que custou R$100,00 por uma que custa R$250,00. Maravilha. Simples. O que ocorre é que em grande parte da vezes, o infeliz não quer pagar a porra da diferença. Ele inclusive se ofende e te ameaça, como se houvesse algum tipo de extorsão nessa simples operação. Alguém pode me explicar???

Quem achar que há exagero ou ficção em algum dos dois relatos, fineza entrar no primeiro estabelecimento comercial que passar e confirmar os fatos com o proprietário ou gerente.

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