Tem umas pessoas que são do bem, mas que são mutcho locas. Esse profundo pensamento tomou conta de meu ser por conta de uma história que narrava há pouco, na loja, para um povo tão ocupado quanto eu.
Minha mãe tem um jardineiro, o Seu Domingos, que é sensacional. Ele é querido, um tiozinho de bom coração que ama as plantinhas, os cachorrinhos e tooooodos os bichinhos da floresta. É um daqueles seres que realmente ama o próximo (vixe). Tudo, para ele, é "uma bênção". Um santo. E o homem ainda tem talento suficiente para transformar aquele seu gramado lazarento, meu amigo, em algo que se assemelhará em muito com Versailles. Estamos falando aqui de um gênio do podão.
O único problema que ronda nossa relação é o fato de que ele, apesar de me conhecer há eras, continua me chamando de PATRÍCIA. Não é necessário muita perspicácia para sacar de cara que esta que vos posta assina Paulinas. E que Paulinas NÃO está associado a Patrícia. Em momento algum.
Pois bem. Nada contra o amado jardineiro insistir em se referir a mim com Patrícia. Pode me chamar até de Pafúncia, de Bucetilde se assim preferir. O fato foi classificado como grave, pois Seu Domingos chama de Patrícia também à minha irmã, cujo nome real é Gabriela. Adicione a isso o detalhe de que moramos na mesma casa.
Descobrimos isso fazendo o comentário óbvio:
- "Você não sabe.....o Seu Domingos acha que meu nome é Patrícia......já corrigi diversas vezes mas ele insiste em me chamar assim..."
- "Pââââtzzzzzz!!!! EU TAMBÉMMMM!!!"
No início, debatemos a possibilidade de ele achar que fôssemos a mesma pessoa Patrícia, já que somos irmãs e temos algumas semelhanças que talvez, um dia, de longe, no escuro, façam com que alguém que não conviva conosco diariamente, se confunda. Beleza.
Mas não!!! Erro!!!! Somos duas pessoas no MESMO ambiente!!! Ele trava uma conversa com as duas simultaneamente e continua nos chamando de Patrícia:
Saio pela porta da cozinha, dou de cara com Seu Domingos e ele diz: "ôôôôô Patrícia, tudo bem??? Viu como está bonito aquele bambu???"
Na sequência surge Gabriela, minha irmã. E, comigo postada a seu lado ele se dirige a ela e exclama com felicidade: "Patríííííííícia!!!!!! já resolveu se lá na frente vamos plantar grama preta???"
Estou de saída, então me despeço "Tchau, Seu Domingos, tchau GABI". E ele para mim: "Tchau Patrícia, fala pra sua mãe me ligar!"
Ou seja: não sou uma pentelha implicante. O cara É meio bizarro, não?? Isso não faz com que eu não continue usando minha camiseta escrito "I LOVE SEU DOMINGOS" quatro vezes por semana.
O fato é que nosso jardineiro virou uma ótima atração matinal. Tem umas coisas que só acontecem na minha casa.
Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas
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