Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O tampo do dedón

Caminhava alegre e despreocupada pela rua, com aquele sentimento único de liberdade que todos os babacas que trabalham aos sábados dividem, quando algo mudou minha vida.

PÉÉÉÉÉIINNNNNN!!!

A topada. Chamar o que me aconteceu de topada é ter muita bondade no coração. Aquilo foi um chute fenomenal com o qual eu poderia ter arremessado a centenas de metros qualquer objeto que não estivesse preso ao chão. Como não foi esse o caso (o toco de poste pontudo que me atacou, por ser um toco de poste, estava naturalmente preso à calçada) é simples calcular o que aconteceu com o meu, agora ex, dedão do pé. Contribuindo com mais uma referência para a vizualização nítidada cena, digo que a porrada soltou a tira da minha Havaiana. Vamos combinar que isso não acontece, o Chico Anysio NUUUUUUUUNCA mentiria para mim.

Agora meu pé adquiriu uma bolha preta de sangue pisado inaceitável esteticamente. Se eu frequentasse piscinas que exigem exame médico para garantir o acesso, ia passar o verão com a coloração mais branca da vida. O cara ia tomar um susto tão grande com a pereba que, provavelmente, eu teria que me associar a outro clube, já que a minha ficha da piscina seria carimbada com "CONTAGIOSO/MORTAL" e um veto eterno.

Mas a parte grave virá quando o esmalte vermelhão do meu pé for removido. Neste momento eu terei o prazer inenarrável de ver o que restou da unha. O que se sabe até agora, é que ela está quebrada na raiz. Segundo Eli, minha manicure e guru, "deve estar tudo descolado e preto". Muito agradável.

Por enquanto a psicose toma conta de minha mente e sinto a porra da unha mexer adquirindo vida própria a cada passo. Por isso virei "aquela menina que puxa de uma perna". Que beleza, não?

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