Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Outono/Inverno

Não dá pra ser feliz. NÃO. DÁ. PARA. SER. Minimamente feliz.

Não dá para levantar da cama; não dá para deitar na cama porque aquela merda vai estar gelada; não dá para entrar no banho; não dá para sair do banho; não dá para sentar em mesas na calçadas dos boteco; não dá para andar na rua; não dá para sair de cabelo molhado; não dá para ficar na praia até o por do sol; não dá pra sair tarde da noite com os dogs; não dá para enfiar uma roupa e "ir", uma vez que você é obrigado a vestir 13 peças, umas sobre as outras; daí não dá para se mover dentro desse escafandro invernal; não dá para fazer o pé, porque me explica como é que eu vou sair de chinelo por aí. Necrose na certa. Não dá para deixar AR entrar em casa.

Detesto fondue e vinho, meus filhos, eu tomo o ano inteiro. Vem com essa de que frio é bom pra tomar vinho pra cima de mim que olha: não cola. Nego dependente não tem essas frescuras não. Se eu quiser tomar vinho em Caraíva com 37 graus na cachola, nada vai me impedir, aprendam.

Odeio casacos de couro, lã desencadeia minha rinite mutante e cachecóis me enforcam. Acho botas um horror - se você estiver no picadeiro, EM CIMA DE UM CAVALO, pode - e nada me dá mais arrepios do que aquelas meias escuras que, na minha opinião, deveriam ser usadas apenas pelas freiras enclausuradas do Imperial Convento de Santa do Desterro.

Não dá pra fazer nada. Em 2012, quem me viu até ontem, viu. A partir de agora, vocês voltarão a ter que aturar minha fuça apenas de outubro em diante.

Podem começar a comemorar.


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