Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Toddynho no Copa - Divagando

To eu aqui sentada, consumindo vorazmente a programação do canal Viva e constatando o incontestável - estamos VELHOS, minha gente - enquanto tomo o quinto Toddynho do dia.

Tudo bem que estou passando por uma fase de ansiedade e descompensação de gênio sem precedentes, mas CINCO Toddynhos é para foder qualquer um, hein. Cinco Toddynhos aumentam a bunda de uma etíope. Cinco Toddynhos criam banhas num cabide, diz aí.

A questão é que o meu caso de amor com o Toddynho é um treco bem antigo e eu me lembro exatamente quando e onde iniciou-se. Preparem-se que a história é fina, povo.

Aconteceu na minha distante infância, em uma de minhas idas ao Rio de Janeiro com papai, mamãn e a pequenina ogra que dizem por aí ser minha irmã. Era o ano de 1837, creio eu. Meu irmão, aquele senhor sério (...) e pai de bela família nem existia ainda. Calculem em séculos o tempo que tem este evento e o porquê de eu tê-lo resgatado após os cinco Toddynhos deglutidos diante de uma programação que me apresenta atores mais velhos do que eu aos 15 anos de idade. Notem como uma coisa puxa a outra.

Hospedamo-nos no Copacabana Palace, o que naquela época era praxe. Boa época, né. Época boa mesmo essa, onde praxe era ir pro Rio e se jogar no Copa de graça, já que eu tinha meus 7 ou 8 anos de idade e quem pagava era o meu pai. Hoje tal programa já ferra um pouco meu orçamento, mas tamos aí, firrrrmes.

Daí que, fora aquela ilha de pedra mineira que tinha na piscina, a coisa que eu mais amava no velho Copa era abrir o frigobar e detonar tudo o que houvesse lá dentro. A primeira coisa em que eu pensava quando ouvia a palavra "hotel" era na geladeira. Descompensada desde sempre, percebam.

Um belo dia, eu abri a porta do frigobar e me deparei com dois Toddynhos. Eles vinham em lata, turma. Latas de Toddynho, quer coisa mais tempo do onça que isso? Tomei o primeiro e fiquei maravilhada. Abri o segundo. Estava estragado. Mas era tão bom que, do alto da minha experiência aos 8 anos de vida, decidi que era por bem consumir a parada, mesmo AZEDA. Foi.

Desde então, nunca mais abandonei o vício. E hoje estou aqui, prestes a bingar um six pack de leite integral reconstituído, cacau e gordura vegetal hidrogenada. Por essas e outras que temos esteira em casa.

Agora tchau, que nas minhas embalagens vazias tem um negócio pra recortar atrás. Parece que vira um fantoche. Vou chamar um adulto porque é a orientação que há destacada na caixa.

Beijos.

4 comentários:

Carlota disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
"Vou chamar um adulto"! Cadê o França uma hora dessas pra te ensinar a recortar?

Carlota disse...

Aliás, bons tempos os seus, quando o Copa não hospedava Miley Cirus.

Paulinas disse...

Tá escrito, juro! "Peça para um adulto recortar para você". hahaha

Ella C. disse...

http://arcadovelho.net/Toddy/Pioneiro.jpg

Um beijo de quem, mesmo sem nunca se hospedar no Copa, compartilha o vício...
=)