Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tiago

Tiago. TIAGO é uma entidade nociva que habita o mesmo edifício que eu. À primeira vista parece tratar-se de uma criança apenas, o que por si só já o tornaria totalmente dispensável para mim, mas prestando um pouco mais de atenção - ou passando 2 dias morando em minha casa, o que não aconselho atualmente - descobre-se que estamos falando aqui do filho de Satã.

Nota-se claramente que esta aberração já enlouqueceu a mulher que vive no mesmo apartamento, sua mãe, creio eu. Imagino que ela deva ter experimentado a felicidade num passado distante, antes do pequeno Damien surgir em sua vida. Creio que um dia ela sentiu-se "completa" por estar esperando um bebê. Hoje ela sabe que se fodeu. Sim, ela pensa assim. Eu sei, eu sinto, eu vejo e OUÇO.

Tiago não chora. Tiago URRA, ESPERNEIA, SAPATEIA e..........URRA o dia inteiro. Sem parar, o que causa um grave efeito eco, já que o filho da puta berra e a tal mulher grita "Tiaaaaaaaaggggoooooooooooooo!!!!" na sequência. Puro desespero. Ela grita pois não há nada mais a ser feito.

["criança é uma coisa que relaaaaxa a gente" - SELMA, Irmã]

Para vocês terem uma vaga idéia, esse diabo já conseguiu me acordar diversas vezes. Brasil, nada me acorda. Nada. Meu sono atinge um estágio pré-óbito e nem se cair um paralelepípedo na minha cara eu acordarei. Tiago está aí para jogar por terra parâmetros estabelecidos há décadas.

O ponto é que não sei nem determinar qual o grau de vizinhança de Tiago em relação a mim. Não sei se os urros vêm de cima, se vêm debaixo ou se vêm do prédio ao lado. Este infeliz é surround e já me passou pela cabeça a hipótese de que na verdade este moleque esteja em algum lugar dentro da minha casa mesmo. De repente é um alma perdida, SEI LÁ, me ajuda, meu! Me ajuda a achar esse desgraçado!

A berraria vem de todos os lados e eu estou a ponto de cometer violência contra menores. Assim que eu encontrá-lo, claro. Trato isso - acabar com Tiago - como prioridade, pois se eu não me livrar deste maldito a tempo daqui a poucos anos vocês me encontrarão vagando pela rua, olhar perdido, uma baba escorrendo pelo canto da boca, murmurando coisas como:

"A Rutinha é boa, a Raquel é mááááááá..................."

Estou avisando.

Tosquices Natalinas

Almoço de Natal na casa de titia. Putada reunida. Enquanto chafurda na baba de moça, um dos importantes itens que compuseram a básica sobremesa natalina deste ano, esta humilde filha de Papai Noel decide sentar a buzanfa na cadeira de balanço localizada ao lado da porta da varanda. Afinal de contas, ar seria algo necessário para que eu conseguisse enfrentar a imensa tigela de ovo com açúcar que estava prestes a enfiar goela abaixo naquele momento.

Fui até o local escolhido e me sentei na cadeira atacando o pote contendo 18 colheres da baba de moça. Em algum instante não exatamente determinado, fiz meu primeiro movimento corporal após sentar. A cadeira, por ser de balanço, balançou e eu achei que tivesse perdido o equilíbrio e fosse cair. Me esqueci que estava sentada nela.

Ao me prontificar a me segurar e salvar minha vida, tentei arremessar a mim mesma em direção ao chão, o que não surtiu efeito, pois fiz força para frente e a cadeira me empurrou de volta para trás, o que foi a gota d'água para que eu pensasse que tudo à minha volta estivesse ruindo.

E o pote de baba de moça ali, firrrme na mão.

Ao jogar meu corpo para trás, a cadeira me forçou novamente para a frente e isto me deixou sem opções a não ser tentar me jogar para o lado na tentativa de, enfim, atingir um ponto de equilíbrio.

Localizado à minha direita, o grande aparador de vidro comportava a maior parte da louça e talheres que utilizávamos neste belo dia de Jesus que eu amo Amém. E foi lá que meu cotovelo direito porrou após este breve surto de idiotice que me pegou desprevinida. Bati o osso magrelo do cotovelo em uns 6, 7 ou 8 itens metálicos, de vidro, de prata e com fogo e agora estou aqui sem poder mexer o braço, com uma BOLA inchada no local originalmente designado para o cotovelo humano, esperando o dia amanhecer para ir até algum lugar que me tire uma radiografia desta merda.

Tenho certeza que o tamanho da minha sobremesa está envolvido neste acidente. Castigo divino.

Sem mais, depois posto fotos do meu verão com o braço engessado em Caraíva.

Ridícula.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Diário de uma trintona feliz

Segunda-feira
É o dia da esperança. O dia em que tudo é possível. O dia de planejar uma vida produtiva, saudável, melhor. Após chegar se arrastando devido aos 149 chopps do Domingo à empresa onde detém alto cargo, a pessoa começa a mentalizar todos os objetivos que, sim, alcançará nesta semana, caracterizando a grande reviravolta nesta sua vida de merda.

A mala que abriga sua indumentária própria para a ida à academia habita o porta malas de seu carro. Sim, após o longo dia de trabalho seu objetivo é se exercitar. Para começar a semana bem e estabelecer um novo padrão de comportamento. A tal vida saudável, melhor.

Às 6 da tarde a nega está morta, destruída. Culpa da ressaca, os 149 chopps do dia anterior, o despertar do avesso. A idéia de subir em uma esteira e sair correndo como uma vaca possuída soa inconcebível.

Assim sendo este ser desiste da auto mutilação e deixa a porra da academia para a terça. Vai para casa, pede uma pizza Supreme, devora este poço de banha em domicílio e cai dura no sofá.

Terça-feira
Day Two. Arrasada pela inutilidade se sua segunda feira, a promessa é de que tudo será resolvido nas próximas 12 horas. Ela vai à academia e programa a esteira para 2 horas e meia, já que precisa compensar a pizza de ontem. Corre desgovernadamente e adquire bolhas e dores em ambos pés. Ótimo. Depois disso nada mais lhe resta senão aceitar o convite da horda que toma chopps em algum boteco de loucos, juntar-se ao grupo e sair de lá às 5 da manhã.

Quarta-feira
Sua cabeça transformou-se em um sino. Acorda duas horas após o planejado e sai desembestada em direção à f-i-r-m-a, calçando um sapato de cada cor e criando uma história minimamente plausível para seu atraso tosco. No trajeto também pensa em diversas formas de agredir os idiotas que soltarão comentários mongóis como: "boa tarde!" ou "chegou cedo para amanhã, hein?"

Após conseguir transpor todas as buchas enguiçadas em seu caminho (inclusive explicar o motivo de estar usando pés de sapatos diferentes) e atingir um nível de mau humor jamais registrado, a coitada não consegue nem se lembrar que a academia que pretende um dia frequentar existe. Eis que vibra o telefone e do outro lado da linha há outro ser humano em condições semelhantes. Após breve conversa ambos concluem que a única opção viável para aquela noite é encher a face de cerveja em algum botequim desqualificado. E sair de lá às 5 da manhã, claro. Afinal hoje já é quarta, a semana está quase no final, todo mundo já está estressado e a melhor forma de desanuviar a cabeça é encontrar com os amigos para jogar conversa fora. Né? É.

Quinta-Feira
A pobre infeliz já cumpre seu horário comercial no sistema da inércia. A única coisa que lhe dá forças é pensar que já é quinta feira, que é véspera de sexta, que é véspera de sábado e que sua vida está tecnicamente a um dia de melhorar exponencialmente. Outro ponto importante é que qunta-feira não é dia de academia, é contra todos os seus princípios e se tem uma coisa nessa vida que a gente tem que levar a sério são nossos princípios, portanto ela está oficialmente liberada.

A programação noturna é tradicional e inclui ingerir álcool no bar tradicional e de lá, dirigir-se à tradicional casa noturna exploradora das quintas-feiras. E sair de lá às 5 da manhã, claro.

Sexta-feira
Nada mais abala a sujeita. Seus planos envolvem driblar chatos e empurrar todas suas obrigações remuneradas para segunda-feira. A programação da noite já foi definida. Será uma pequena reunião na casa de um amigo. Nada agressivo, afinal estão todos cansados após uma semana inteira de trabalho...né? Claro que é.

Importante dizer que 245 mil pessoas comparecem ao local e que o evento já havia perdido a característica de pequena reunião antes mesmo de acontecer. Tolos aqueles que ainda acreditam nessa conversa.
Sendo assim, ela considera adequado o consumo de whisky e deixa o recinto com a cara cheia de exatamente uma garrafa da bebida. Às 6 da manhã, lógico.

Sábado
Ela acorda às 2 e meia da tarde e automaticamente uma música vem à sua mente: "se a sua cabeça parece um bate estaca, e sua boca tá com gosto de 'córrimão'" - na verdade um jingle de Eparema para o carnaval de 1813 - e tudo faz sentido.

Sua ressaca é assassina e a coitada encontra-se atropelada por uma manada de elefantes. Consegue sair da cama à 5 da tarde mas o trajeto é rápido: joga-se no primeiro sofá com TV em frente que encontra pelo caminho.

Após uma refeição visigoda, sente-se morta. Decide que não sairá nesta noite, apesar de todo mundo esperar alguma coisa de um sábado à noite, pois está muito cansada. Afinal de contas trabalhou pra caralho nesta semana. Né?

Domingo
Após uma almoço com duração de 4 horas no Rodeio, ou algo semelhante, sugere: "E aí, vamos fazer alguma coisa? Afinal ficamos em casa ontem, notem". Toma as mesmas 149 cervejas que ferraram sua última segunda-feira....e assim caminha a humanidade.

Beijos

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pulguinha

Pulguinha, antes de ser conhecido como tal, era um cãozinho que morava nas ruas de São Caetano do Sul, cidade onde se localiza minha empresa e para onde me dirijo diariamente a fim de exercer aquela atividade demodé conhecida como "trabalho". Eu poderia estar estudando mandarim, viajando, me exercitando, roubando, matando, mas não. É com o trabalho que ocupo meus dias. É, cada um tem o que merece na vida.

Blasfêmias proferidas, voltemos ao cãozinho.

Há mais ou menos um mês, durante uma das tempestades vespertinas que andam nos assolando como uma prévia de nosso destino em 2012, este cachorrinho branco, vira-lata, com orelhas tricolores, contorno dos olhos cor de rosa e manchas pretas sob o pelo invadiu a empresa. Entrou e sem a menor cerimônia se instalou sobre um dos macios sofás da sala de Papi. Acomodou-se e jamais fez menção de que abandonaria seu posto. Matou a sede e a fome e, chegada a hora de fechar a fábrica, saiu conosco e dirigiu-se diretamente ao vizinho.

Concluímos que tratava-se de uma celebridade na vizinhança.

No dia seguinte voltou e no outro e no outro e assim foi fazendo amizade com todo o povo que lá trabalha.

Na semana passada, ao observar Pulguinha, Papi teve a impressão de que ele havia emagrecido e estava abatido. Não me perguntem como meu pai olhou para a cara de uma cachorro branco e notou abatimento, mas o que importa é que ele estava certo. Pulguinha foi ao veterinário, fez exames de sangue, tomou remédios e desde ontem não mora mais na rua.

Agora sua mansão localiza-se dentro da garagem da fábrica com direito a ração, água e bifinhos, que ele ama. Hoje ele já estava infinitamente melhor e nem pensou em ir para a rua quando saímos. Foi direto para sua casinha.

Como grande parte da população mundial sabe, minha família tem 9 cães espalhados pelas casas, sendo 7 machos. Se Pulguinha adentrar algum desses ambientes, tomará um pau. Ele é muito novinho e não vou colocá-lo nesta roubada. Portanto, ele continuará morando na firrrrma. Nosso número 10.

Não há absolutamente nada no mundo mais fofo que cachorros. Nada. Tá, baleias Beluga também são fofíssimas, mas diante da inviabilidade do convívio, os cachorrinhos continuam sendo a coisa mais bela da vida. Bem vindo, Pulga.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cretinice matinal

Então. Quando eu digo que esse negócio de acordar cedo pela manhã é um hábito primitivo, agressivo e nocivo, os defensores do despertar precoce - seres cuja função no mercado de trabalho provavelmente consiste em assentar tijolos sobre cimento em horário comercial - não hesitam em me classificar como um exemplar indolente da espécie humana.

Obviamente tal conclusão não afeta em nada a evolução de meu cotidiano, já que me recuso sequer a abrir os olhos enquanto a temperatura e claridade externas não atingirem o nível mínimo determinado por mim mesma. Imaginem então as condições exigidas para que eu me levante e por fim ponha minha fuça porta afora. Trata-se de uma combinação rara, além de milimetricamente calculada.

Um exemplo de atividades suspeitas executadas antes das 10 horas da manhã: O Bom Dia Brasil, jornalístico que vai ao ar às SETE horas, exibiu esta semana uma matéria sobre os nomes preferidos pelos habitantes deste estranho país. A mesma matéria também citava criaturas que não convivem harmoniosamente com seus nomes. Sim, também nem imagino quem foi a ameba que pautou ISTO, não me perguntem. Se soubesse, o pequeno gênio já teria tomado na cabeça um 'croc intimidador de insights cretinos'.

Pois bem. Durante a referida reportagem, três personagens chamaram a atenção dos telespectadores habituados (ou não) a despertar com os animais silvestres.

A primeira, sacaneada pela mãe, foi batizada com a alcunha de Gessiana. Mas, claro, ela não gosta desta merda de nome. Compreendo. Eu também me atiraria ponte abaixo caso alguém me chamasse por Gessiana em público. Exigiria pelo menos um "Gê" aí. Curiosamente, ela é conhecida como "Jô". A razão? É por causa da Joelma (Sim, Calypso). Ela gosta muito. É aquela típica mudança de Maria Merda para Maria Bosta, na minha opinião.

Já a segunda figura que surgiu é chamada de "Gê" por todos pois também odeia seu nome. ODEIA. Gostaria de deixar claro que seu nome é apenas Geralda. Nada grave. Penso que Geralda is overreacting. Foda seria ter o nome de Genusa ou, pior, Genecilda, duas coitadas entre seus 14 irmãos. Credo.

Seguindo o apego familiar com a inicial, "Gê" deu a seu pobre filho o pitoresco name de “Goutieble”. Tirou isso de onde, essa palhaça?

Para os gênios criativos não descobertos, o que pega é juntar os nomes. Um clássico. Mas, por favor, atentem a este, especificamente: o nome do capiau é Duvan. Segundo o próprio uma mistura do nome da mãe com o do pai. Agora vem a parte importante. O nome da mãe da peça é Dulvarina. Ok, Dulvarina = Du. O do pai é Bastião.

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Bastião. A junção de Dulvarina com Bastião, em alguma dimensão desconhecida, dá DUVAN.

Agora me diga se uma pessoa que às 7 horas da manhã já está fora de sua cama merece uma merda dessas.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Novo método para lidar com a NET

**Provavelmente quem não tem Facebook ou tem, mas não autorizou e portanto não brinca com seus aplicativos babacas, achará o que vem a seguir um bololô sem nexo. Estou citando Mafia Wars, FarmVille, YoVille e Vampire Wars, respectivamente.

Hoje, mais uma vez, enfrentei um longo período de NET sem sinal. Praxe. Pelo menos uma vez por semana essa desgraça de empresa de internet a cabo me faz de otária deixando minha conexão inoperante por horas sem fim.

Tirando "ir até lá, me rasgar e estrebuchar no chão", já reclamei de TODAS as maneiras possíveis, de modo que atualmente tenho uma certa preguiça de telefonar, esperar séculos na linha, ouvir a gravação cretina, falar com um songo mongo que não deve conseguir nem se alimentar sozinho e, por fim, não ter meu problema resolvido.

O último técnico que aqui esteve veio arrumar uma falha no sinal da TV e acabou me deixando sem o Virtua. Ou seja, é melhor não arriscar. Estou sem internet? Vou falar mal de alguém ao telefone, tomo algum comprimido de natureza suspeita, leio a Caras, sovo uma massa, sei lá. Mas não ligo mais. Foda-se cansei desses caras, minha saúde agradece.

Eis que hoje tive uma idéia capaz de mudar esta minha convicção. Viciada dependente que sou dos tantos aplicativos babacas do Facebook, não vejo a hora desta merrrrrda falhar de novo para eu ligar lá e explanar para o atendente:

"Meu querido, sabe o que é? Fiz uns assaltos hoje durante o dia e a máfia rival virá roubar tudo o que tenho esta noite!!! E a culpa será sua!!! Quer dizer: serei assaltada a noite inteira porque VOCÊ não resolve o meu problema! Eles estão vindo!!!"

Ou

"Sabe o que acontece? Vou perder os tomates. Eles vão morrer. Se eu perder os tomates não consigo comprar uma cerca nova para os bebês elefante. Daí, como faço? Você tem alguém aí disponível para colher meus tomates? Hein? HEIN?"

Ou

"Queridão, coloquei umas tortas para assar, e a minha cozinha PEGOU FOGO!!! Culpa de vocês! E agora? Perdi todos os cookies também!!! Porra, meu.....puta fumacê!!!!"

Ou

"É o seguinte: PRECISO entrar no meu caixão para ver o que os demônios têm para me oferecer em recompensas nas apostas. Ah! Também preciso transferir o sangue que coletei para meu banco. Senão pode vir um zumbi e roubar, entendeu? Moço? Moço? Alô? [tu tu tu tu tu tu tu tu]"

Não vejo a hora.

Máximas - Anatomia Humana, lição I

Vamos chamar os protagonistas desta máxima de 'Analfabeto' e 'Aberração', como forma de externar meu apreço por tão exóticos seres vivos . Esta conversa foi ouvida por um confiável membro de minha família, dentro de uma das salas que abriga o alto escalão de uma importante estatal. Teoricamente, tal ambiente é frequentado por pessoas capazes de amarrar os próprios sapatos. Teoricamente.............................

Analfabeto: "Viu que o Titi voltou a jogar?"

Aberração: "Vi........ele teve pubalgia, né?"

Analfabeto: "Teve, teve sim........"

Aberração: "O que será que é isso hein?"

Analfabeto: "Ah! É uma inflamação, ora!"

Aberração: "Sim, isso eu sei!!! Mas aonde fica a puba?????"

Morte aos Asnos!!! - é o nome da campanha que acabo de lançar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma nativa de Creta

Não é novidade para ninguém que mulheres são estranhas e seu universo possui algumas características que o fazem girar paralelamente em relação aos acontecimentos plausíveis cotidianos.

Eu, por exemplo, não me considero um exemplar estranho, estraaaaaaaanho, assim como não acho estraaaaaaaanhas tantas outras mulheres com as quais convivo. Existem as loucas desgovernadas que compensam esta parcela da espécie desprovida de esquisitice transbordante na qual me incluo, mas isto não vem ao caso.

É importante esclarecer que meninas, sejam elas loucas ou não, cometem atos não condizentes com seu intelecto, idade, escolaridade ou posição profissional. Isso porque damos ouvidos à asneiras e, mesmo sabendo que aquilo certamente dará em merda, não nos furtamos em comprovar a teoria. A teoria da merda. É instintivo: mulheres são curiosas.

Pois bem. Quem nunca ouviu da avó, da empregada, da vizinha, da veterinária, da japonesa do pastel ou até mesmo da manicure, a infâmia:

"Cola com SuperBonder!" - diante da tristeza de uma unha quebrada.

Há nos salões de beleza uma pessoa especializada em resolver esse tipo de drama. É a mulher da unha de porcelana. A nega com a unha fodida vai lá, senta e a outra taca camadas infinitas de produtos tóxicos sobre o local comprometido. Lixa, lixa, lixa; espana, espana, espana, e lá está uma unha nova. Melhor que aquela porcaria que veio naturalmente em seu corpo.

Mas o problema é que a pessoa com a unha arrasada lembrou-se da imbecilidade envolvendo a cola caseira e decidiu testar a eficácia da crendice.

Agora eu estou aqui com praticamente toda a minha metade superior colada e qualquer movimento faz com que a situação piore. Um dedo grudou no outro e em seguida colaram-se as mãos. Mãos estas que se grudaram no roupão e em parte da embalagem da merda da SuperBonder. Estou com medo de me mexer e não há ninguém para me ajudar.

A unha continua quebrada.

Estou digitando através de movimentos das pálpebras, aquela técnica utilizada por Stephen Hawking.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sobre aqueles que protestam

Para quem não sabe, minha opinião sobre pessoas que "protestam" é a seguinte:

- Vá arranjar alguma coisa, QUALQUER outra coisa para fazer, infeliz. Apenas não me atrapalhe, cornudo. Não interrompa o trânsito de automóveis em vias como as avenidas Paulista e Consolação, não transforme o Vale do Anhagabaú em uma micareta de sindicato, NÃO subam naqueles carros de som mal equipados para berrar palavras de ordem incompreensíveis, já que UM pobretauro urrando diante de um microfone que possui UM amplificador para propagar o furdunço não é eficiente. Se faz barulho? Sim. Alguém consegue entender o que berra-se ali do alto? Duvido.

Tá. É mais ou menos isso que penso sobre manifestações. Meu trauma vem dos muitos anos em que trabalhei ali na Rua Maria Antônia, quase esquina com a merda da Consolação. Três vezes por semana, pelo menos, algum grupo de desocupados pegava a Paulista (berrando), descia a Consolação (berrando), fazia a volta no Centro (urrando) e voltava para o ponto de origem novamente via Consolação (berrando). Perdi as contas de quantas vezes fiquei presa naquele prédio, sem poder comparecer a reuniões, sem chances de almoçar em algum outro local que não fosse aquela praça de alimentação infecta localizada em frente ao Mackenzie, sem poder voltar para casa - a parte grave gravíssima da situação.

Apesar de odiar todas essas pessoas manifestantes, minha inteligência consegue compreender que eles estão lá, fazendo papel de palhaço e atrapalhando a vida de metade da cidade de São Paulo pois estão reivindicando algo palpável como aumento de salário, modificação em jornada de trabalho, um puteiro melhor para que suas respectivas mães exerçam o meretrício com mais conforto, enfim, a babaquice toda tem uma nesga de fundamento. Continuo sendo contra e se oportunidade houver, passarei com meu carro sobre piqueteiros ainda nesta vida. É um objetivo.

Agora, eis o que me aconteceu hoje: Estava eu, em minha empresa (sim, aquela de São Caetano do Sul), finalizando meu dia de extenuante trabalho e planejando mentalmente minha volta para São Paulo. Na teoria, eu voltaria para minha casa e após correr desembestadamente sobre a esteira, compensaria tal delírio com uma ida ao bar. Tomaria 120 chopps ou 67 doses de whisky - isso seria decidido na hora - e retornaria para o lar sem registros de nada importante em minha mente. Esta voltaria a funcionar apenas amanhã, após às 11h00.

Ao levantar de minha cadeira e mirar o estacionamento, irmã telefona com a notícia de que a saída de São Caetano está fechada pois há uma manifestação na favela. Por "manifestação na favela" entendam bombas caseiras explodindo sobre tudo e todos, automóveis e ônibus incendiados, torres de pneus em chamas fechando as vias, tropa de choque atirando aleatoriamente e - a melhor parte - os extras.

Chamo de "extras" aquela gutchada que, ao avistar a câmera da Band ignora a guerra que ocorre ali em frente ao seu barraco e sai de casa com a prima, a cunhada, a colega e a criança para chorar diante das lentes. A nega está cagando para o confronto armado. Ou vocês acham que ela vai perder a chance de aparecer no Datena? Se por azar não morrer, amanhã será famosa, a gostosona de Heliópolis. Ela merece, afinal de contas, chorou, gritou, falou que tudo o que eles querem é paz, expôs a criança, tinha ranho escorrendo pelo nariz..................gente, reconheçam o esforço de Desnaílva, por favor.

Motivo da performance visigoda apresentada pelos habitantes de Heliópolis: Ontem, uma garota de 17 anos tomou um tiro e morreu. Sim. Já morreu. Será que eles descobriram que este comportamento Bangu I é o mais novo método para ressucitar gente morta? Porque, quebrar tudo, matar mais alguns seres, incendiar o carro alheio, tacar fogo nas próprias casas e fuder com a vida de que quer ir para casa depois de passar o dia aturando aquelas graças dos meus clientes, definitivamente não me soa como protesto. Na minha terra costumamos chamar tais atos de vandalismo puro e verdadeiro. Combinado com descomunal idiotice.

Fiquei extremamente irritada porque essa gente acabou com o meu timing. Tanto que NÃO estou no bar consumindo álcool como havia planejado anteriormente.

De resto..........matem-se. Para mim isso é seleção natural.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Homem do Saco

Para a grande parcela dos seres humanos que tendem fortemente a me classificar como alguém desprovida da capacidade de praticar atos de caridade, que não se importa com a condição dos menos favorecidos, faz chacota de situações onde o correto seria demonstrar compaixão, enfim, àqueles que, devido ao meu comportamento e comentários isolados acham que eu sou malvada e sirvo criancinhas com batatas sauté no almoço de Domingo, esclareço que não, não sou a Maria de Fátima Acioly e, se estiver ao meu alcance, o amor ao próximo será, de bom grado, exercitado. Tá, há algumas ressalvas aí, mas isso não vem ao caso agora. Destruiria meu discurso inicial.

Não sou a Zilda Arns, mas faço questão de enviar roupas e cobertores durante campanhas do agasalho, compro balinhas de crianças que passam a madrugada na rua sem poder voltar para casa sem dinheiro, levo sanduíches com milk shakes para famílias que vivem sob viadutos, envio doações para instituições como a Casa André Luiz, tenho dois "afilhados" em Paraisópolis para os quais mando kits com itens necessários para higiene e estudo - no Natal eles recebem uma cesta cheia de presentes que são entregues por Papai Noel em pessoa, ou seja, sou normal.

Tento executar um ato(zinho) de bondade(zinha) sempre que possível não por me sentir obrigada - já que diante da população carente estou em uma "posição privilegiada" - nem por culpa de nada, muito menos para tentar compensar meu lado negro (tá bom, tá bom........). Faço porque quero e não vejo nisso uma missão para a vida. Aliás, nunca escondi que minha prioridade são os cachorros, sim? Entre uma criança abandonada e um cãozinho idem............bem, não vou dizer nada. É por isso que alguns me consideram um ser desalmado e repreensível. Bah, não entrarei nesse mérito, dane-se quem não concordar.

O ponto é que em São Caetano - onde mais poderia ser? onde?, onde? - há um tiozinho retardadinho que há anos aparece na minha empresa vendendo sacos de lixo. Ele entra e diz:

"Bom dia, mooooooçaaaaaa! Vai comprar um saquinho de lixo pra me ajudaaaaaarrrr?"

Bem, a parada do tio custa 25 reau. Trata-se de um pacotinho com 10 sacos de lixo. Todo mundo sabe por quanto o referido produto sai nos pontos de venda oficiais, não? Empórios Santa Maria e Santa Luzia inclusos na lista.

SEMPRE comprei a porreta do saco de lixo do tio bobinho. "Tadinho, não custa ajudar, ele tem problema..." era o que todos comentavam enquanto aplaudiam minha atitude.

Em um belíssimo dia, fiz uma encomenda emergencial a um fornecedor secundário que sempre me salva a vida quando acontecem cagadas geradas por falhas no controle de estoque. Como o cara foi ninja e me entregou tudo o que eu precisava no prazo, paguei o material com o dinheiro que tinha disponível até aquele momento dentro da empresa. Inclusive é por isso que ele me entrega sempre tudo na hora.

Eis que, 10 segundos depois..........

"Bom dia, mooooooçaaaaaa! Vai comprar um saquinho de lixo pra me ajudaaaaaarrrr?"

Respondi: "não meu querido, hoje não estou precisando. Semana que vem eu compro, tá?". Sorrindo meigamente pro figura feito uma tonta. O que veio depois?

"Sua filha da puta, você é uma puta, enfia esse dinheiro no c*, vá se fo***, sua puta!"

E saiu andando, sem demonstrar nenhum dos sinais de retardamento mental que me fizeram gastar um montante que beira os 2 milhões de dólares durante todos esses anos.

Amadureci e hoje sou assumidamente má e alienada. Odete Roitman sabe tudo. Bando.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma pessoa idiota

Acabo de redigir o relato de uma pessoa lesada por uma empresinha ridícula de telefonia móvel: Eu, no caso.

Apesar de ser a feliz proprietária de um belíssimo laptop, é de meu gosto utilizá-lo sempre sobre minha mesa - a mesa eleita "a do computador" - pois ela é grande, bonita, confortável e é onde minha cadeira está. Acho um pé no saco ficar caminhando e me enroscando pela casa com um computador na mão. Sou velha. Tive PCs durante toda a minha existência. Tenho vínculos criados com a minha mesa.

Tá bom, não citei o problema que venho enfrentando com os roteadores dessa casa, problemas estes que me obrigam a permanecer com o fio da internet espetado no computador. Não vou falar sobre isso, visto que acabei de jorrar litros de mágoa interna com a história recém-relatada envolvendo a MERDA da Claro. Só vou dizer que o esclerosado do deficiente que me atendeu na NET realmente sugeriu que eu permanecesse com o fio ligado à entrada lateral do laptop..................sim, ele disse isso como se fosse o óbvio. Mas não gastarei a beleza natural de minha pele com este anormal. Voltemos à cadeira.

Minha cadeira é uma daquelas clássicas e lindas cadeiras "da presidência". Ela é grande, macia, fofinha, com imeeeeeenso espaldar. É giratória, tem rodas e reclina. Reclina até o ponto de quase deitar. Este ângulo é contolado através de uma trava lateral.

Resumindo, enquanto eu acabava de falar mal da MERDA da Claro aqui, dei uma espreguiçada, me reclinei animadamente com o semblante da vitória afixado em minha cara e..................tombei para trás. Dei com a crina nas tauba do chão, bati todos os ossos protuberantes que um ser humano possui do meio da coluna cervical ao crânio e provavelmente acabei de adquirir um coágulo no cérebro.

Sabe aqueles tombos que pessoas que frequentam a quinta série ginasial tomam durante a aula? Assim, caindo para trás? Foi ISSO que acabou de me acontecer. Ainda bem que não há ninguém além de mim no recinto.

Ridícula.

Eu & Claro, Claro & Eu

Feliz. É assim que me sinto neste momento. Pois estou em casa, planejando uma vingança mortal contra todo e qualquer ser humano - ou não - que tenha algum tipo de relação pessoal, profissional, sexual, espiritual ou religiosa estabelecida com a empresa CORNA de telefonia móvel auto-denominada Claro.

Sou cliente desta espelunca há 400 anos, mais ou menos. Fui uma daquelas pessoas que, diante do advento do telefone celular, logo adquiriu uma linha da extinta TELESP celular. Quando surgiu a birosca antes conhecida como BCP, ganhei de presente - um repasse, na verdade - o belíssimo e moderno aparelho Chroma, cujo sistema era operado pela referida empresa. Desde então, minha linha passou a pertencer à esta joça, Claro.

Mês passado recebi uma fatura que, envelopada, já pesava uns 37 Kg. Abri, intrigada com o tamanho do tolete endereçado a mim e constatei que aquela conta no valor de R$3.500,00 não pertencia à minha pessoa. Como cheguei à brilhante conclusão: tenho um plano de telefonia junto à empresa que, incluindo chamadas locais e internet, fixamente me custa 700 paus por mês. Tá bom, né? Bastante, não?

Bem, no tolete, discriminadamente, constavam ligações telefônicas de Israel para Belém; troca de dados entre algum lugar do leste europeu não especificado com o Paraná; toda a minha conta de minha última estadia no Rio de Janeiro, esta já paga e documentada na fatura recebida anteriormente. Question: Fui para Israel? Conheço alguém em Belém? Leste europeu? Paranáááá???????????? E por quê tudo o que já paguei após orgias em território carioca foi cobrado novamente? POHA.

Liguei para a MERDA do atendimento ao criente e o ser abissal que habitava o lado oposto da linha me garantiu que a fatura seria revisada, pois aquela cobrança era claramente indevida e me sugeriu que aguardasse por uma semana, dez dias levando em conta o prazo máximo, para que uma nova fatura fosse gerada e a babaca aqui pudesse, enfim, efetuar o pagamento da MERDA da conta.

Jacaré apareceu? Nem a fatura. Obviamente me perdi nos dias, já que, infelizmente sou um ser humano útil que trabalha e tem compromissos a granel diariamente. 24/7. Sim, eu sei. Trabalhar é coisa de pobre e ocupa nosso tempo com assuntos menores.

Deu que na sexta feira passada esta pocilga de empresa CORTOU a minha linha telefônica. Levando em conta que possuo um smartphone e sou dependente da internet móvel proporcionada pelo aparelho para trabalhar, inclusive, tentem desenhar mentalmente um quadro da situação em que me encontro. Tipo, estou nua, sim?

PROPOSTA DA CLARO: Eu poderia pagar os 3 paus e 500 desta conta que não é minha e este montante entraria como crédito a meu favor no sistema do bordel, digo, empresa.

RESPOSTA DE PAULINAS: "Tá. Levando em consideração o fato de vocês acharem que eu sou uma retardada mental e motora e eu venha a aceitar tal solução: pago R$3.500,00 que não gastei nesta porra hoje, amanhã sou atropelada por um ônibus, morro...............". Não terminei a frase. A atendente não teve preparo psicológico suficiente para replicar e desligou na minha face.

CONCLUSÃO: Meu telefone não efetua chamadas e não se conecta à internet. A conta da ampola de botox? Mandarei faturar para a Claro, claaaaaaaaro!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Saraiva

Hoje foi feriado naquela maravilha de cidade onde estabeleci minha empresa - e para onde, consequentemente, me dirijo diariamente para exercer minhas funções remuneradas - e por conta desta graça divina tive a rara oportunidade de passar minha terça-feira em casa, bundando, sem executar nenhum movimento dotado de qualquer tipo de utilidade, achando incível olhar pela janela e ver aquele povo camelando pela Paulista enquanto eu estava aqui, apenas coçando o dedão do pé.

Foi quando iniciei uma pequena reflexão sobre o quão intolerante é a classe dos seres humanos à qual eu pertenço. Faço parte daquela parcela da espécie que desenvolve ódio profundo e absoluto por todas as pequenas coisas que a incomoda. É óbvio que o gatilho para tais pensamentos foi justamente o fato de estar desfrutando de paz, atmosfera rara no dia a dia de uma empresa abecedana.

Tais pequenas coisas manifestam-se em sistema cíclico, ou seja, o que me desperta o William Foster que habita meu íntimo hoje, pode vir a adormecer e dar lugar à outra imbecilidade qualquer que ative tal instinto assasino daqui a um curto espaço de tempo. Não que seja esquecida, mas sua força pode ser minimizada por uma nova bizarrice, a chamada "bizarrice da onda", digamos assim.

Atualmente dois fatores externos andam contribuindo para meu envelhecimento precoce e o aumento de minha raiva pessoal para com o resto da humanidade. São eles:

a) Toques de celular infames - geralmente oriundos de aparelhos móveis pertencentes à seres das classes D, E, F e assim sucessivamente. No topo da lista, temos aquela idiota risada de bebê. Além de achar graça, muita graça, o proprietário e seus convivas também o classificam como "fofo" (esta pertinente observação - "é fofo" - foi brilhantemente feita por Red). Minha vontade é arrancar o telefone da mão do idiota que o configurou para tocar de tal maneira e arremessá-lo em direção ao asfalto. Quando um ônibus estiver de passagem pela rua, claro. E o babaca ficará lá, sem obter nenhum tipo de explicação, apenas pensando em chamar a polícia porque, naquele momento, ele estará certo de que lida com uma psicopata.

A variável #1 é o cretino "atende atende atende atende atende o celular atende atende atende atende". Que pessoa em sã consciência acha que este ruído pode ser gerado em via pública sem consequências que o atinjam diretamente? Sem contar que a voz da gravação parece ter sido produzida por aquele esquilo viciado em cafeína, personagem do fantástico Hoodwinked. Há opção em classificar um indivíduo desses em alguma categoria que esteja fora de "retardados e etc"?

Temos também o amplamente utilizado: "Fiu Fiiiuuuu [assovio]! Olha a mensagem!". Apenas RIDÍCULO. Adoraria saber o que tais abobados têm contra os tradicionais "Trim", "Blim", "Blom", "Tururu", "Blaam" ou o vibracall. Sim, sei que ainda não acharam a resposta para esta complexa dúvida.

b) Pessoas que fazem menção às suas crianças através de adesivos cretinos afixados nos vidros de seus respectivos veículos. Há aquele babaquíssimo "Bebê a Bordo", normalmente cedido como brinde - de extremo mau gosto - por aquelas lojas cafonóides de artigos infantis. Normalmente podem ser avistados em Zafiras, Picassos, Scénics, Merivas, essas mini vans que têm sempre ao volante uma mongolóide dirigindo a 30 km/h na faixa da esquerda. Afinal de contas, o bebê dela está a bordo, ela TEM um bebê, alguém um dia a comeu, o mundo TEM que saber disso e ela, consequentemente, dirige "com prudência".

Este modelo supra citado poderia isoladamente irritar a mim e a meus descendentes pelas próximas 15 gerações. Mas o grave mesmo em se tratando de carros/crianças/adesivos vêm na forma de:

"Laryssah chegou!" - em glitter, formando um meio círculo, colado no vidro traseiro de um gol 87 possuidor de um insulfilme ESPELHADO.

Ou:

"Nosso anjinho Danilo está a bordo" - em letras garrafais, novamente ocupando todo o vidro traseiro filmado em preto asa de graúna de uma bela Caravan 1712. Aquela cujas lanternas traseiras eram redondas.

Ou:

"Gabryelly - Levada pela mamãe, guiada pelo Senhor" - Me abstenho de comentar. Me aprofundar neste item poderá desencadear um AVC e danos irreversíveis em meu tecido cerebral.

Portanto, meu amigo, se você se enquadra na categoria "a", na "b", ou gravemente em ambas, mantenha distância. Você correrá o mesmo risco de dar de cara com a T-X. Caso fosse o John Connor, claro. Se bem que acredito que ela o agrediria mesmo você não sendo Connor, apenas por concluir que seria o correto. Merecimento, sabe? Ela é programada para executar sempre o "certo", afinal.

IMPORTANTE: esta não é uma obra de ficção. Os toques de celular mencionados, assim como as frases nos vidros dos automóveis são reais e foram testemunhados por esta que vos posta. Sim, eu mereço.

domingo, 26 de julho de 2009

Furtando o post alheio

Enfrentando mais uma crise de insônia sem solução nesta noite de clima agradável na cidade de São Paulo, tendo meu belo livro finalizado - pretendo começar o novo Jon Krakauer brevemente - e com minha fazendas e todas as tralhas Facebookianas devidamente organizadas, decidi que o momento era adequado para dar início à ronda dos blogs.

Daí, turma, achei este post aqui no blog da Carlota. Achei válido roubar e dividir tal merda com a parcela da população que não tenha acesso a ela, Carla. Divirtam-se. Porque EU, minha gente, entrei em crise de asma aqui.

http://causeimstrongenough.blogspot.com/2009/01/quem-vai-salvar-o-mundo.html

domingo, 12 de julho de 2009

A pessoa não é normal

Devido à banalidades cotidianas cheguei à conclusão de que sou uma pessoa com fortes tendências a desenvolver vícios. Não, não me refiro a álcool, tabaco, analgésicos e substâncias ilícitas. Estes itens não me causam dependência, são apenas necessários para a sobrevivência do ser humano como espécie.

Eis o que me aflige:

Enquanto membro do Facebook, tenho acesso à toda infinita gama de aplicativos que o site disponibiliza. Nunca enfrentei problemas em relação ao Pac Man ou ao Tetris. O Poker, jogo de vez em quando. Biggest Brain, Mini Golf, Mafia Wars e todos aqueles "hearts", "kiwis", "kisses", "rounds", "drinks", dentre a lista sem fim de babaquices, nunca me prenderam por mais de 10 minutos em frente à tela. Para vocês terem uma idéia, nunca fiquei com raiva de ninguém na disputa de pets do Friends for Sale. Até que um simples movimento modificou toda a minha vida.

Com um clique, baixei o aplicativo My Farm. Sim, é uma fazenda onde você ara a terra, compra as sementes, planta aquelas merdas, espera crescer, colhe, vende e ganha dinheiro. E assim sucessivamente. Durante o processo todo, você compra casas, cercas, bichos, moinhos, tratores, brejos com sapos, celeiros, poços e toda a tralha possível de ser encaixada em uma fazenda. Tá.

No auge de minha empolgação com essa piromba - eu já tinha comprado a casa grande, meus bois estavam com um pasto lindo, meu celeirão já estava lá plantado no meio da grama - descobri que esta não era a única fazenda no Facebook. Acabou aí minha vida social.

Hoje sou dona de 4 fazendas muito bem sucedidas e não tenho tempo para nada mais. Blogar, nem pensar. Recentemente sonhei que uma delas tinha sumido e quase dei um pulo desta altura ao acordar. Tipo retardada mesmo. Deficiente mental. Se a coisa continuar como está serei obrigada a parar de trabalhar, ou alguém acha que é viável manter 4 puta fazendas enquanto problemas menores desviam sua atenção?

Então está explicado. Vamos supor que eu suma. Eu não morri, não tive a casa arrasada por uma manada de elefantes, nada de estranho me aconteceu. Eu apenas me transformei em uma grande latifundiária virtual e devo estar aumentando meus rebanhos direto de alguma conceituada casa de repouso.

Agora tchau, que eu tenho que ir lá colher meu milho.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

No voice

Não possuo mais a habilidade de me comunicar através da fala. Isso acabou para mim após uma sucessão de eventos e excessos aos quais tive acesso durante os últimos dez dias.

A situação começou a se complicar ainda no Rio de Janeiro, onde estive soltando penas até quinta feira passada. A voz já falhava, a garganta já demonstrava sinais de stress, Rogéria começou a tomar conta de minha goela. Tudo teria se resolvido se eu tivesse retornado ao lar e repousado um dia, unzinho apenas. Mas nãããããão! Após cumprir o calendário carioca:

  • Festa na quinta;
  • Cervejas na praia na sexta;
  • Boteco até 6 da manhã na sexta;
  • Vodkas na praia no sábado;
  • Festa insana no sábado;
  • Noite em claro com frango à passarinho no Domingo;
  • Festa na segunda;
  • Boteco e festa na terça;
  • Festa na quarta;
  • Desembestada para o aeroporto na quinta.
Eu deveria ter planejado uma semana de repouso em algum convento, como já havia comentado por aí. Mas nããããããão! Tomando aquela atitude típica de quem descobre repentinamente que tem apenas um mês de vida, entrei no bonde em direção a Itu e lá me joguei em uma festa junina de loucos, da qual me retirei às 7 horas da manhã em um veículo onde tocava música no volume 110. Eu e amiga Bê, penduradas teto solar do veículo afora, cantávamos como se não houvesse amanhã. Alguém precisa me explicar esta relação que une gente alcoolizada e tetos solares. Baianice tem limite, gente.
Se deu errado? Claro que sim. Já estou me dedicando a aprender a linguagem dos sinais, porque para mim está claro que desta vez é definitivo. Minha voz não voltará a funcionar.
Em tempo: não, eu não descobri repentinamente que tenho apenas um mês de vida. Sou idiota mesmo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Máximas - Let´s Partyyyyyyyyyyyyyy

"Menina, vamos voltar pra festa!!! Aquilo está a daaaaaaança dos desesperados!!! Tem sangue pra todo lado!!!"

Tentativa #1 de me fazer retornar à incrível festa carioca que aconteceu no apartamento anexo no último fim de semana. Sim, deu certo. Depois dessa fui obrigada a retornar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Momento piada mongol

Três amigos conversando: um italiano, um francês e um português. O italiano diz:

"Minha mulher está me traindo com um jogador de futebol."

Os outros perguntam:

"Como você descobriu?"

E o italiano diz:

"Cheguei em casa ontem e notei que havia grama no tapete da entrada. Olhei para o lado e vi uma chuteira. Eu não tenho chuteira. E era tamanho 44. Meu pé é 41. Fui até o quarto, olhei embaixo da cama e achei uma camisa do Milan. Juntei tudo e descobri. Ela está me traindo e é com um jogador de futebol!"

O francês disse:

"Eu descobri que a minha, está me traindo com um inglês."

Os outros:

"Ohhh! Como você descobriu?"

O francês respode:

"Bem, cheguei em casa e senti cheiro de cachimbo. Eu não fumo cachimbo. Olhei pela sala e achei o cachimbo! Alguém fumou aquele cachimbo lá e não fui eu nem a minha mulher. Entrei no quarto, olhei embaixo da cama e achei uma boina xadrez......juntei tudo e descobri. Ela está me traindo com um inglês!"

Ao que o português emenda:

"Ora pois.....descobri que Maria está a me trair com um cavalo."

Os outros:

"Com um CAVALO, Manoel? Como você concluiu isso?"

E o Manoel:

"Cheguei em casa, abri o armário e um jóquei pulou lá de dentro....."

EU RI. MUITO. TÁ?

Máximas - Mapa Mundi

Hoje Muso embarcou para o Cairo. Como somos uma turma xipófaga e farofeira, organizamos nossa tradicional e lotada mesa e fomos todos almoçar com ele, já que passaremos os próximos dez dias sem nosso amiguinho por perto.

A conversa girou em torno de merdas em geral, sempre obedecendo o tema "Egito". Foi quando Gabi, minha irmã, se lembrou de uma conversa muito esclarecedora que teve há tempos com a querida amiga Lika. Querida amiga descolada, dona de intelecto altamente desenvolvido, cidadã européia e viajandona, que fique claro. Foi mais ou menos assim:

Lika: "Menina, o Egito fica na África, você acredita? Nunca tinha parado pra pensar que o Egito, na verdade, fica na África. Que loucura isso, né?"



Gabi: "Sim, e aonde você achou que ficava o Egito, criatura?"



Lika: "Sei lá! No Egito mesmo, ué!"

Isso é sequela. Tenho certeza.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dia de Banho

No ano de 1614, quando eu ainda frequentava a faculdade de jornalismo, havia um sujeito que sempre estacionava seu veículo automotor ali no mesmo local proibido da Praça Três Corações onde eu largava o meu próprio carro. Eu nunca o vi de fato, mas o automóvel da figura consistia em uma Parati zoada cuja lataria do porta-malas ostentava um singelo adesivo que dizia, em letras garrafais:

"DO NOT WASH THIS VEHICLE BEFORE A SCIENTIFIC TEST"

Hoje, ao avistar meu carro, a cena veio como um flashback instantâneo. É importante dizer que sou um ser humano daquela espécie que paga para não ter que entrar em um posto de gasolina. Tenho preguiça. Eu inclusive só abasteço o tanque quando concluo que o carro morrerá na próxima esquina e sua ignição não mais funcionará até que haja combustível novamente preenchendo o compartimento destinado para tal. Também não troco óleo e é constante a falta de água nos chuveirinhos dos pára-brisas. Portanto, é fácil imaginar que ir a um lava rápido é um ato quase impensável para mim.

Ocorre que hoje me senti a condutora de um veículo participante do último Camel Trophy. Ao sentar no banco do motorista, notei os vidros turvos. A pintura estava fosca, num tom indefinido. Não, aquela cor não era o prata original da GM. Havia sobre a lataria uma camada de lama, uma de lodo, outra de poeira, uma de craca, mais uma de fuligem, uma de limo e, por cima de tudo uma de sujeira generalizada, resumindo.

Inaceitável uma moça arrumadinha e bem apessoada como eu circular pela cidade dentro de um.............treco desses. Assim sendo, comunico a todos que acabei de sair do lava a jato e tenho em meu poder um carro brilhante e encerado. Os faróis iluminam e aposto que gastarei menos combustível devido à nítida redução no peso total do automóvel.

I´m happy.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Clientes - O Filme

Sabe quando comento sobre aqueles fatos pitorescos que ocorrem na minha loja, sempre envolvendo algum membro de minha equipe e um CLIENTE?

Pois é. Hoje, atualizando minha leitura no site do Mal Brifado, dei de cara com um lindo vídeo recém postado e nele vizualizei algumas situações corriqueiras em minha vida.

Assim sendo, apresento-lhes, diretamente do "Piores Briefings" para o mundo, Clientes - o Filme:

http://www.youtube.com/watch?v=uP8OhGzWat0

Tá bom pra vocês?

sábado, 30 de maio de 2009

Máximas - Um diálogo produtivo

Uma pessoa prejudicada mentalmente sempre agirá como tal. A prova concreta que tenho disso é meu amigo Preto em ação.

Preto é aquele sujeito simpático que certa vez perguntou ao futuro marido ruivo de uma fulana se os pelos do saco dele também eram laranjas. Durante uma festa de casamento. Não, eles não se conheciam.

Pois bem. Preto acaba de me chamar no messenger. Eis a nossa conversa:

"Pauleta.....tá aí?"

"Tô"

"Porra, to fudido aqui.....preciso de um favorzão seu"

"Manda" [em pânico, pensando em o que poderia estar afligindo este ser e que eu precisasse solucionar agora, à uma da manhã]

"Vc tem o número do meu celular?"

"Errrrrrrrr......tenho, LÓGICO" [nós nos comunicamos constantemente via telefone celular. Parece que o menino não tem registros desse fato]

"Puta, não acredito!!! Me passa?"

"234-5678. Por qual razão vc quer mesmo seu próprio número de telefone?"

"Obrigado, i love you!"

"Tá, tá, me too, mas pq vc me pediu isso?"

Não obtive resposta. Agora ele está offline e nunca desvendarei esse mistério. Assim são meus amigos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Frittata básica

Moço atrás do balcão da padoca master blaster plus, quase uma Barcelona aqui de São Caetano, prepara um omelete para mim. Enquanto bate os ovos com os ingredientes que compõem o recheio da delícia ouve:

"Mais queijo moço. Isso, mais. Mais, mais........mais presunto, mais presunto. Mais uma. Bacon, moço. Mais bacon. É, faz uma mãozada e joga dentro. Isso. Cadê o tomate? Claro que quero tomate, você faz omelete sem tomate? Não, moço! Tem que ter tomate em cubinhos. Pode por esse aí. Quanto? Ah, pode ser inteiro mesmo. Bom, bom. Agora orégano, muito orégano. Mais orégano, moço, mais orégano. Isso. E a cebola? O quê? Já pôs cebola? Eu não vi não, moço. Vai, coloca de novo. Acho que você tá me enganando, moço. O que é aquilo ali atrás, moço? Lombinho defumado? Ahn, moço, mas eu adoro lombinho defumado. Pode colocar? Eba, meu omelete terá lombinho defumado dentro! Mais um pouco moço. Pára de rir da minha cara moço, quanto mais gororobento melhor fica. Aquele treco ali é cheddar? Coloca um pouco também, moço. Isso. Dois jatos de cheddar. Agora vai ficar bom, moço....."

Penso que acabo de conseguir um odiador no mundo. A partir de hoje haverá uma foto minha pendurada na porta do estabelecimento proibindo permanentemente minha entrada.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Antes fossem fantasmas

Olha o que eu descobri: há muitos e muitos anos, em uma noite de lua cheia, uma bruxa malvada com uma verruga enorme no nariz cozinhava línguas de besouro em uma poção quando um raio caiu sobre ela e fez talhar o caldo. Ela ficou puta, jogou uma maldição naquela porra de clareira e saiu voando em sua vassoura por sobre a floresta.

Séculos depois, veio um moço e construiu uma bela casa exatamente ali sobre o lugar onde a bruxa tomou a raiada e errou a receita. Adivinhem quem mora nessa casa? Oeeeeeeeee!

Não há dados oficiais sobre o teor da praga que foi jogada aqui, mas valho-me de minha experiência para afirmar que envolve gente idiota e proximidade.

Muito já se falou aqui sobre quão graciosos são meus vizinhos. Não, não me refiro apenas às duas casas que fazem fronteira com a minha, mas ao quarteirão inteiro. Em comum, possuem o gosto por obras. Não uma reforminha aqui, uma pinturinha ali, um jardinzinho novo, quem sabe. Eles gostam de pegar as próprias casas, colocar abaixo e construí-las novamente. Seria mais fácil atear fogo a elas. Como essas pessoas MORAM nessas casas, o processo necessita agilidade. Para que tudo aconteça de acordo com a programação, uma média de 354 pedreiros compoem o staff de cada uma das obras que acontecem aqui.

O mais novo reformador de casas de Moema conta com uma equipe cujos trabalhadores adquiriram o péssimo hábito de latir toda vez que um dos meus cães é avistado. Sim, eles latem, mas não como se fosse uma simples imitação "Au Au Au!". É um modelo de latido mais "Woof Woof!" e tomei um puta susto quando ouvi pela primeira vez, pois achei que havia um outro cachorro que não um dos meus em meu quintal. Imaginem como ficam calmos meus dogs ouvindo este bando de corno latindo de cima do telhado.

Este lado espirituoso já bastaria para me fazer querer empalar cada um dos retardados além muro, mas a coisa ainda piora. Eles ouvem música. No volume 52. Em um equipamento de som que distorce tudo. Que tipo de música? Tupi FM. Sintonizem em seus dials e tenham uma vaga idéia de meu sofrimento. Importante lembrar que a berraria começa diariamente com a obra, ou seja, às 6. Na minha janela. Cachorros latindo. E o sertanejo rolando. Alguém sabe fabricar bombas?

Ah! Como eu concluí que há uma bruxa envolvida? Ora, essa é facil! Ela mora aqui ao lado!

Prova número um

Prova número dois

Prova número três

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Juri

Essa é uma velha história, mas como desenterrei o assunto recentemente, aí vai:


Para quem não sabe, sou uma pessoa carnavalesca, empolgada e assídua frequentadora das festividades cariocas que marcam a data. Passo o carnaval no Rio de Janeiro há mais de 15 anos e sempre participei de quase todo tipo de esbórnia que viesse a ocorrer entre a sexta-feira inicial e o sábado da semana seguinte: ia aos blocos de rua, aos camarotes do sambódromo, à Feijoada do Amaral.......e aos bailes. Sim, não nego que integrei o público dos salões cariocas por vezes seguidas. Coisa phyna. Confesso que hoje sou mais contida e restrinjo-me a comparecer ao camarote da Brahma durante os três dias de desfile na Sapucaí, mas isso não vem ao caso.


Em todos esses anos, deixei de desfrutar o carnaval no Rio de Janeiro em apenas uma ocasião. Foi quando decidi ir para Salvador com o Muso e me transformei em uma pessoa desgovernada que atravessava o circuito Barra-Ondina de um camarote para outro em meio à pipoca, dava bola para Filhos de Gandhi em geral, tinha seu amigo inteiro pintado de Olodum, fez amizade com o Jacques Wagner ("goverrrrrnadooorrrrrr, vamoxxxx tirar umazzz fotozzz ali com a Pretahhh?") e, por fim, voltava a seu belo hotel completamente enlameada.


Mas isso também não importa.


Quero dizer que sou um ser atuante no carnaval carioca. Já fui entrevistada pela Rogéria no Scala, por exemplo. Conheço os seguranças da LIESA. Já cumprimentei Ronaldo no camarote, certa de que era alguém conhecido de quem não me lembrava no momento:


"Oiiii tudo bem?? Smack Smack!". E o cara, me olhando sem saber quem era aquela estúpida desorientada plantada à sua frente. Ele tinha na cabeça um turbante que compunha uma das fantasias da Mangueira. Claro que alguém passou pela avenida e atirou o treco para ele durante o desfile. E eu: "Saiu na Mangueira? Que bacana!". Ele: "Errrrrrrrr......não.....". Eu: "Tchau! Até mais!" - palhaça. O que me consola é que minha certeza de que ele era um nerd cujo nome e procedência eu não recordava foi absoluta naquele momento.


Já fui obrigada a fazer um check-in em Congonhas com a bateria so Salgueiro e 10 mulatas sambando no guichê da TAM. A moça do guichê dizia: "SEU DOCUMENTOOOO POR FAVOOOORRRR!". E eu respondia: "HEEEEEIIIINNNNN?". E o Salgueiro ali ao lado: "TUM CHIC TUM CHIC TUM TUM TUM!"


Falando em Salgueiro, foi durante um desfile da escola que iniciei uma linda amizade com.........o Belo. Amizade que se iniciou e terminou dentro do perímetro da marquês de Sapucaí, que fique claro. Já fui obrigada a fazer pipi na concentração pagando 2 real para que um fulano fizesse uma cabaninha tendo como base seu Fiat 147 e um pedaço suspeitíssimo de um plástico preto. E sua cara lá, de fora da cabana, pra todo mundo ver a otária. Sem contar quantas vezes invadi a pista e fui atrás da campeã. Naquele bonito estado em que as pessoas se encontram após uma semana praticando carnaval.


Bem, sobre os bailes, outra observação que me vem à mente está relacionada ao tradicional Baile das Panteras. Metropolitan - que hoje é um daqueles "Alguma Coisa Hall" - lotado. A putada reunida, Miele sobre o palco cumprindo seu papel de mestre de cerimônia. Eu e os meus devidamente instalados em um confortável camarote, isolados das pessoas nuas que enchiam o grande salão.


[Fecha na Prochaskaaaa!]


Foi quando teve início a movimentação em torno do concurso que elegeria a Pantera do ano. Miele convocava, um a um, os jurados da crucial eleição. Quando terminou de chamar pelos nomes, concluiu-se que dois membros do juri estavam ausentes. Talvez bêbados, jogados em algum canto do salão. Enquanto o apresentador pensava em uma solução, a assistente de palco apontou nosso camarote. Exatamente ao meu lado, plantava-se um grande amigo, companheiro de presepadas cujo nome não citarei por atualmente se tratar de um senhor casado e pai de família, mas que na época era o maior bon vivant do Brasil e tinha como único objetivo quebrar seus próprios recordes de badalação.


Por se tratar de uma conhecida figura, Miele optou por chamá-lo ao palco. Como a outra vaga ainda estava desocupada......lá que fui parar. Em um piscar de olhos estava ao lado do amigo presepada levando um lero como Miele sobre o palco do Baile das Panteras de 1995. Incrivel a capacidade do ser humano em se adaptar à situações não convencionais. Em menos de 20 segundos com a buzanfa sentada ali, já julgava com propriedade cada baranga que se apresentava fantasiada de onça. Apesar de decidir por dar nota 10 a todas, fiz isso muito conscientemente, afinal de contas, trata-se de um evento que revelou ao mundo nomes importantes como Regininha Poltergeist, por exemplo.

Foi o que eu disse: tive a oportunidade de fazer parte de uma atividade quase cultural. Tradição é a palavra. Finesse é o mote.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Meus incríveis clientes

Como é de conhecimento de quase todos os seres que habitam o planeta, minha loja funciona dentro de sua própria fábrica. Fábrica esta que produz, ininterruptamente, dois lotes distintos de mercadoria: um que é distribuído diretamente via atacado para outros lojistas e aquele destinado para seu próprio varejo - a loja.

A criação da referida loja veio da necessidade de dar fim nas naturais sobras de mercadoria da fábrica. Por exemplo: cliente Sezefredo encomendava uma grade de camisas, mas a quantidade de tecido cortado era suficiente para confeccionar duas peças a mais. Sezefredo não queria nem saber, pois seu pedido não poderia ser modificado senão seu pipi cairia, e acontecia que aquelas duas peças sobressalentes passavam a habitar nosso estoque.

Como o objetivo da minha clientela, desde os idos anos sempre foi "vamos f&%*r a Paula", desnecessário comentar que o caso supra citado ocorria em 90% dos pedidos.

Hoje a loja tem coleção própria e, como já disse, uma parte da produção destinada exclusivamente para ela. Mas, como no início, o que sobra em estoque na fábrica, continua sendo vendido ali. Esta mercadoria entra no saldão, ou seja: montamos araras de promoção com preços que variam entre R$ 5,00 e R$ 20,00. Tá bom, né? Baratinho, não?

NÃO.

Hoje peguei a seguinte conversa entre o puto do cliente e o pobre do vendedor:

Puto: "Essa camisa aqui está com este preço mesmo?"

Pobre Vendedor: "É sim, senhor. Cinco reais."

Puto: "Porquê esse preço? Tem defeito?"

Pobre Vendedor: "Não, senhor. São peças sem grade, sem numeração completa, que não fazem parte de nossa coleção, mas são produzidas aqui mesmo e..."

Puto: "Vou levar. Mas me diga......qual é o menor preço que você pode me fazer aqui?"

Pobre Vendedor: "Ãããããããããããããããã.........esta é uma peça de promoção, senhor. Está saíndo por cinco reais [CINCO REAIS, POOORRA] e não há como....."

Puto: "Vamos, eu sei que vocês fazem desconto para pagamento à vista. Quanto sai esta peça se eu pagar em dinheiro?"

Pobre Vendedor: "Sim, senhor. Mas foi o que eu acabei de lhe explicar.....essas são peças que já estão em promoção.....estão saindo por cinco reais...."

Puto: "Tá bom. Então não vou levar. Se o preço estivesse mais camarada valeria a pena....."

Estou organizando uma excursão chamada "Um Dia na Loja". Vocês terão a oportunidade de conhecer e até interagir com estas criaturas exóticas. É uma experiência única, eu garanto. Os interessados podem fazer as reservas na secretaria do hospício, ou seja, aqui.

É ou não é para me fuder?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Rebelde

A pessoa nunca foi santa, mas era capaz de se controlar. Nunca se alimentou de broto de bambu, semente de mamão, mas havia consciência habitando seu ser. Sempre teve em seu poder o telefone de delivery do El Kabong e semelhantes - e sempre os utilizou com certa moderação.

Era uma pessoa que, mesmo amarrada e arrastada à força, comparecia a seu compromisso diário com o maldoso professor que controlava seu treino na academia que frequentava. Ela treinava para maratonas e se esforçava nos exercícios com pesos. Em suma: sua alma era junkie mas havia lá a intenção em contornar este destino. E era dotada de um raro predicado, a vergonha na cara. Sim, ela realmente tinha vergonha naquela cara de pau.

Hoje ela está mudada. Sua vida é inteiramente dedicada a consumir itens gordurosos com a bunda fincada em alguma superfície macia. Há variações. É possível que ela saia de um estádio após assistir à final do campeonato estadual de futebol, entre na padaria Barcelona e se interesse por uma Torta Oreo exposta na vitrine de doces. Claro que isso não seria grave se o chopp do título no restaurante ao lado não estivesse ocupando o posto de primeira opção. Sim, ela tinha o chopp. Mas pensou na torta.

Tentativas de reverter tal quadro não foram registradas até o momento. E a pessoa permanece lá, comendo Pic Burgeres e reclamando da buzanfa; Consumindo Ribs on the barbie e notando a presença de um panceps antes inexistente; Pedindo por Polpettones com Nhoque e notando suas bochechas corarem.

A vergonha na cara? Provavelmente era de cor verde. Um burro passou, achou que era grama e comeu. Não há mais vergonha na cara.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Salve o Corinthians Campeão

Após uma semana aturando a gripe assassina que me atacou - no meu caso, poderíamos classificá-la como 'gripe cetácea' - decidi arriscar minha saúde e bem-estar e compareci ao Pacaembu para ver meu belo time campeão. Foi uma beleza. Só quem é corintiano sabe!





Assisti metade do jogo com a fuça colada no alambrado e havia um certo Osama Bin Laden do Corinthians ali nas redondezas. Pena que não consegui uma foto, foi bizarro e valeria a pena.


No segundo tempo arrumei um lugar bacaninha bem ali de frente para o gol do pobre Fabio Costa, onde o Corinthians atacaria. Essa mudança veio a calhar, pois ao meu lado no alambrado estava o único garoto fino do estádio. Me pareceu que ele estava um tanto chocado com as expressões chulas por mim proferidas. Enquanto eu gritava "ei juiz vai tomar no c*!", ele berrava: "seu idiota!". Enquanto eu comentava com Patsy: "f**eu!", ele dizia: "que droooga!". Eu: "vi**o c**ão!". Ele: "Presta atenção seu retardado!". Eu: "filho da p**a!". Ele: "vamos! vamos!". Foi mau, hein menino fino e louro?


Da próxima vez me esforçarei no método que usa "descendenteeee de praticanteeeee do meretríciooo!" - para se refereir ao bandeira ou qualquer outro elemento que cause transtornos em campo. Prometo.






O evento como um todo foi calmo, se compararmos o comportamento da torcida durante o jogo de hoje com o padrão já adotado. Claro que não estamos levando em conta o ser humano que invadiu o campo para dar um oi para nosso górdo nem o incêndio que atingiu nosso gato capitão.



Ó o maluco invasor aí



We won!



Valeu ;) !

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Típico

Drama do mês na loja envolvendo 2 clientes imbecis e um vendedor:

Cliente Imbecil 1 telefona para meu estabelecimento comercial meses atrás perguntando sobre blaser tamanho 74. Ele deseja presentear Imbecil 2, também cliente da loja com a pequenina peça. Imediatamente é informado de que tal artigo no ecxiste. Blasers são confeccionados apenas até o tamanho 72.

Imbecil 1 diz que não há problema. Seu plano consiste em comprar o blaser 72, dar para Imbecil 2 - o blaser, claro - e efetuar a troca por um tamanho maior, caso a peça não seja compatível ao corpitcho esbelto da figura. Quer dizer: ele não ouviu uma palavra sequer sobre a inexistência do tamanho maior.

Após ser alertado 708 vezes sobre a impossibilidade da troca, Imbecil 1 leva o blaser. Imbecil 2 veste e constata que doesn´t fits. Claro, todos nós já sabíamos disso.

Agora, enquanto Imbecil 1 liga diariamente cobrando a substituição da piromba do blaser, Imbecil 2 reclama seu dinheiro de volta. Não se esqueçam que Imbecil 2 ganhou esta merda de presente. E quer o dinheiro de volta. O dinheiro que não era dele, o dinheiro que outro ser humano gastou por ele. Me expliquem, por favor.

domingo, 26 de abril de 2009

Pobremas ténicos

Resumindo:

Amiga K apanha de seu novo telefone celular, uma piromba de um iPhone. Ela tenta mandar uma mensagem questionando o status de uma terceira pessoa. Segue o resultado de tal conversa:

Celular de K: "Cedi visi?"

Quando a tentativa era enviar "Cadê você?". Não desistindo, ela novamente digita "cadê você" e na tela aparece...........

"Cise visi"

PORRA

E de novo me aparece um "Cezi visi" na merda da tela. Sim.

De repente, a resposta: "Estou aqui. Quem é?"

"Marin"

OUTRA:

"Talin"

A partir daí, seu nome, Karin, executou a proeza de aparecer corretamente grafado na tela.

É incrível que a única palavra que saiu certa de primeira foi......Caralho. Típico.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Duas tias de Francisco.......

......este é um título obtido da consequência de amigo Marcão ser rápido e lançar a piada em primeira mão. Assumo que eu mesma não havia pensado no comentário. E claro tenho uma irmã, a outra tia.

Então. Meu sobrinhozinho nasceu bem no feriado do dia 21. Estava eu em Angra fazendo porra nenhuma vezes mil e justo eu, que não ligo nada, nada mesmo para bebês, fui tomada por um ataque de ansiedade visando a vitrine da Pro-Matre. Como boa integrante de família italiana, fui tomada pelo tumulto gerado em torno do evento e perdi o timing da história.


Agora imaginem a camorra reunida no hospital. Reunida com a facção baiana e agregados que somam 5 mil. Foi o que eu disse: o tumulto gerado fez com que o segurança do corredor executasse seu papel para com toda aquela gente empolgada.

Meu sobrinho é lindo de morrer, a cara do Dodô e tudo sobre ele contaremos no http://www.aventurasdefrancisco.blogspot.com/

É um gatão.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Milagre

Só para constar que sim, milagres ocorrem de tempos em tempos e atingem pessoas comuns, pecadoras, maus exemplos, assim como eu ou você.

Anteontem, Domingo de Páscoa, uma querida amiga fez aniversário, evento que não podia de maneira alguma passar sem o tradicional furdunço. Portanto, no sábado à tarde, eu e mais 3 integrantes da ala feminina decidimos providenciar um grande e belo bolo para que os trabalhos comemorativos tivessem seu início garantido exatamente à meia-noite.

Pois lá fomos nós caçar um bolão e outros mantimentos necessários para a realização da grande festa. Simples? Sim, teoricamente.

Começou que estávamos em Campos do Jordão em uma casa habitada por 14 pessoas. Portanto, nada de bolinho. Precisávamos encontrar um exemplar dos grandes. Eram mais de 6 horas da tarde de pleno sábado de Aleluia, ou seja: todos os estoques de tudo, na cidade toda, estariam certamente comprometidos. Logo, não seria ali na doceira que confecciona sob encomenda os bolos descolados de Campos que encontraríamos um Floresta Negra de imediato. Sim, havia um drama no ar...........

Nesse meio tempo, concluímos que a tradicional padoca da avenida principal seria a solução de todos os problemas existentes. Além dos extras, adquiriríamos o bolo da aniversariante na confeitaria local.

Estava tudo resolvido até nos enfileirarmos em frente à vitrine que expunha os 15 bolos prontos para consumo - exatamente aquilo que procurávamos, era embalar e levar. Bem, nem tanto. Pânico, eles eram todos.......roxos em chantilly. E rosas, azuis, listrados, com granulados, cerejas e morangos caramelizados, tudo isso e tudo junto em cada um deles. Aquilo faria com que aniversariante sofresse uma crise de epilepsia ao assoprar as velinhas.

Como àquele horário já não havia mais opções, escolhemos o menos apoplético entre os bolos disponíveis (o que continha todos os elementos decorativos supra citados, menos o chocolate granulado), tacamos dentro do carro e tomamos o caminho de casa.

Foi quando Di, sentada ao lado da motorista e oficialmente responsável pela integridade do conteúdo do embrulho, concluiu que o painel do veículo era suficientemente grande para acomodar o pacote do bolo, de modo que decidiu largá-lo sobre o console no exato instante em que o carro encontrou sua primeira lombada.

Fez até barulho. Um barulho como o de.........sei lá, automóveis se chocando. Além de o bolo ter se estabacado de ponta cabeça, Di, na tentaviva de salvá-lo, enfiou seu polegar na massa e tentou agarrá-lo com a mão oposta amassando-o com toda a força que seus 5 dedos puderam produzir. Gravidade 115 na escala de 1 a 10, estávamos certas de que ali acabara de ocorrer aquilo que costumamos chamar de perda total.

Após um ataque de riso maníaco, chegamos em casa e, apavoradas, começamos a remover o papel que embalava nosso acidentado. Por alguma razão desconhecida o roxo/rosa/azul/listrado/xadrez com morangos estava intacto. Parece que a camada de chantilly colorido funcionou como uma espécie de cimenticola quartzolit.

Além de tudo, o recheio de doce de leite com morangos e a massa branca fofíssima, fizeram do estranho bolo uma delícia sem fim.

Sim, milagre.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Nobody deserves

Recebi isto por e-mail. Sou retardada, ri e me senti na obrigação de dividir com o mundo. O tema é "Aquecimento Global" e parece que as pérolas a seguir foram colhidas em algum ENEM da vida. Tosquice em 35 itens - Edição comentada.

- "O problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias ONGS já se estalaram na floresta." (e estão lá. Batucando. E estalando, seja lá o que estiverem estalando)

- "A amazônia é explorada de forma piedosa." (...)

- "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta." (disse Capitão Planeta)

- "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (em velocidade 5)

- "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (num ninho de mafagafos haviam 7 mafagafinhos.....)

- "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (sei lá, entende?)

- "Espero que o desmatamento seja instinto." (...)

- "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (falou o Azambuja. E seria interessante os animais extintos celebrando o ar limpo com uma cerveja)

- "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (noffffa)

- "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

- "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)

- "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)

- "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)

- "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)

- "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)

- "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

- "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (ÃHN?)

- "Paremos e reflitemos." (quase deu certo essa)

- "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo numa hora dessas?)

- "Retirada claudestina de árvores." (caraulio!)

- "Temos que criar leis legais contra isso." (estamos fartos de leis chatas)

- "A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)

- "A Amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

- "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração." (e sem cérebro...)

- "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "o maior enchedor de lingüiça")

- "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)

- "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio do coeficiente. E dos plurais)

- "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes". (Red bull para todos, dizem as árvores)

- "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório." (ótima)

- "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (sacou? o aumento continua amumentando)

- "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (é a globalização.. .)

- "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (que burragem)

- "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles!)

- "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh god!)

- "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)

Ê povinho...........

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coisas que a gente descobre no bar

Lembrei dessa história em recente conversa com minha amiga Di. O assunto era "de onde saíram nossos amigos":


Algum tempo atrás, durante uma das longas noites em que costumamos reunir a horda em nosso boteco preferido, conversávamos sobre viagens: quem já foi para a Irlanda, quem comprou um pedaço do muro de Berlim no camelô, quem subiu a Torre Eiffel de escada, quem já tinha sido preso, quem já havia batido o carro, quem deu foras terríveis, quem já nadou pelado na fonte, quem foi deportado, quem já fez algo absurdamente cretino pelo fato de estar alcoolizado, essas coisas.


Foi quando surgiu o assunto de certa viagem que dois suspeitíssimos integrantes da turma fizeram juntos à Cancun, se não me engano. Na verdade a localização do ocorrido é o de menos. Levando em consideração a cena da presepada como um todo, pode ser que isso tenha acontecido em algum navio, sei lá.

Bem, os dois estavam ali, como direi........tortos. Alcoolizados no melhor estilo "pudim de pinga". E havia um karaoke ou um show case, algo do gênero. Sei que havia um palco envolvido. E pessoas cantando em cima dele.

Durante o trágico evento, Amigo 1 inicia uma amizade com uma velha cucaracha, enquanto Amigo 2 observa a cena encostado no bar.

Basicamente o show consistia em pessoas escolherem um tema, subirem no palco e cantá-lo.

De repente, do nada, a velha se levanta e, aos berros, informa ao ser humano que comandava a palhaçada que Amigo 1 é brasileiro e vai cantar uma música. Brasileira, claro. Qual música? "Aquarela do Brasil", sugere Amigo 2.

Amigo 1 se dirige ao palco. A platéia ansiosa pela canção que todos conheciam. Quase um segundo hino brasileiro. E Amigo 1 sem saber nem quem ele era naquele momento. O DJ solta o som e vem a introdução. A introdução de "Aquarela do Brasil", o clássico:

"Tã tã tã, tã tã tã, tã tã tã, tã..." - Ou este aqui, que eu a-do-ra-va.

Amigo 1 empunha o microfone e dá início à cantoria (com o indefectível sotaque Roitman):

"Nuhhmhha fozlha quahxlquerrrr eum dezszzenho umnmn szol amareeeeeluuuuuu....."

Amigo 2 quase foi hospitalizado devido ao tempo em que sua respiração ficou interrompida durante o ataque histérico de riso.

Máximas - Sem Noção

"Ei, você está na menopausa?"

Criatura do sexo masculino lançando sua dúvida cretina em relação ao ciclo menstrual da moçoila com que saía havia menos de dois meses à própria. Esclarecendo: ela tem 38 anos de idade e é usuária de popular método contraceptivo que inibe o fenômeno.

É claro que ele, milagrosamente, sumiu.

terça-feira, 31 de março de 2009

Cultura popular

Acabo de ouvir o seguinte diálogo entre um de meus vendedores e uma pessoa viva que entrou nesta loja que Deus me deu:

Pessoa: "Oi! Vocês têm terno infantil?"

Vendedor: "Sim, senhora. Temos sim."

Pessoa: "Ahn, que interessante....Tem risca de giz?"

Vendedor: "Temos sim, senhora."

Pessoa: "E qual é a FAIXA ETÁRIA DE PREÇO desses ternos?"

Foi quando tive que agir com força, segurando o vendedor, para que o coitado não cometesse o suicídio Didi Mocó.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem sai ao seus.........degenera

Há aquela verdade absoluta que afirma que os cães adquirem a personalidades de seus donos, certo?

Bem, se eu levasse isso em conta, concluiria que antes de mim, a dona de minha canina Jurema foi Carmen Mayrink Veiga.


Não que eu seja totalmente desprovida de sofisticação e frescura. Mas acho que não foi exclusivamente minha personalidade que definiu a de Jurema. Entre meus 9 cães, seu comportamento se destaca.



Primeiro, porque tenho cer-te-za que um dia esta cachorra me olhará na cara logo que eu entrar em casa e me dirá: "Oitudobem?" Não estou supondo, tenho absoluta convicção de que isso ocorrerá. É uma forte característica de seu lado humano.




Jurema adooora pet-shops. Saltita de alegria quando conclui que é lá que passará o dia. É como seu eu estivesse me preparando para passar o dia no Wanderley. A empolgação é a mesma. Atenção: não estou tratando do assunto banho, simplemente, aqui. Cães curtem banhos. Falo da programação pet-shop como um todo.


Jurema dorme na minha cama. No pé da cama. E tem seu próprio travesseiro. Não se trata de um travesseiro canino, específico para animais de estimação. Ela não gosta. Prefere o que está acostumada. Um que tirei da rouparia e cedi para ela. Fronhas são essenciais. Se não houver fronha, ela joga o coitado no chão - "Eca! Que pocilga tá virando essa casa hein, Dona?" - e furta o meu. Como acho melhor não arriscar, revelo aqui que Juju possui suas próprias roupas de cama. Sim, eu sei...........


Vamos supor que eu programe uma viagem: Jurema está sabendo que, se meu destino não for Ubatuba, ela estará automaticamente vetada. Quando percebe que é este o caso, acha a mala que estou enchendo, entra dentro dela, finge que está dormindo e, quando estabeleço contato ("Sai daíííííííí!"), ela abre um olho só e vira para o outro lado. Tipo: "Alo-ou! Estou dormindo e não posso te ouvi-ir!"


Quando a pego de olhos abertos, ela simplesmente vira a fuça e olha para o infinito. Excelente.


O único ser autorizado a se aproximar da porta de meu (dela) quarto é o Tulipo, seu melhor amigo.



Se você não for o Tulipo e insistir no trajeto, prepare-se. Seu lado B toma forma. Importante informar que seu lado B é um Mastim Napolitano. Raivoso.





"Prazerrrrrrrr, Tulipo de Caraíva!"


Fica mais legal quando a aproximação de estranhos se dá no momento em que Juju tem uma de suas bolinhas na boca. Ela faz um escândalo em latidos sem abandonar o brinquedo. Fica uma coisa abafada estranhíssima. O som se assemelha a um velho engasgado com uma bisnaga tentando estabelecer contato com seus convivas através de gritos de socorro.


Falo aqui da rainha do Egito. Com seu rabo de espanador e latindo loucamente. Amo mais que chocolate.

domingo, 29 de março de 2009

Chata, muito chata......chatéééésima

Alimentando mau-humor. Este é meu status no momento. Para ser específica, estou neste modo há uns dois dias.

Este é um sintoma que me ataca de tempos em tempos. Como há um imenso gap entre meu último ataque de isolamento e este que agora me possui, parece que a intensidade do surto está um tantinho mais profunda.

Não, não estou em casa descabelada, grunhindo para estranhos e atirando objetos pontiagudos nos desavisados que teimam em se aproximar. Estou em retiro, comprando livros e mais alguns outros artigos não tão úteis via Submarino, assistindo coisas na TV a cabo em horários raramente aproveitados (sexta, 2 da manhã; sábado 3 e 30 da manhã e similares), testando se meus novos bobes auto-colantes conseguirão, por fim, fazer com que as pontas de meus cabelos enrolem (sim, estou parecendo uma LOUCA embobeada, sem mais detalhes. E não, parece que não obterei sucesso nesta empreitada), mergulhando em latas de Leite Moça recém saídas do freezer, comendo tudo o que não pode, passando creminhos nos cotovelos.........agora estou assintindo à corrida. Não é incrível? Acho que o último GP transmitido de madrugada que assisti foi aquele do Japão. O da batida com Alain Prost, no ano de 1648. E não pensem que eu estava quieta em casa, como faço hoje. Só vi a porra da corrida porque foi instalado um telão na boite do Sírio, local que já frequentava aos sábados mesmo sendo menor de idade. Ê mau exemplo.

Estou em fase de pura meditação. Mas prefiro chamar de ataque.

Retornarei a meu posto nos próximos dias.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Prynceza de Mônacu

Preciso parar de conviver com minha irmã. Pelo menos das 5 da tarde às 10 da noite. Pois só assim terei a garantia de que não assistirei à programação da Rede TV, o que me livraria por completo do risco de dar de cara com o cultural TV Fama e sua fina apresentadora, Siri.

Mas não estamos tratando aqui de Irislene ou do conteúdo do programa como um todo. Estamos falando sobre algo que fez uma pessoa falecida morrer de novo. De desgosto.

Outro dia, não me lembro quando pois também entrei em choque e por pouco não caí dura, descobri via TV Fama que o ser conhecido por Mulher Maçã - que vergonha alheia - possui sim um nome de batizmo. Que seria, no caso, Grace Kelly. Cuja grafia correta dever ser Greyce Quéli.

Por conta disso, Princesa Grace, a original, teve um colapso, virou zumbi, saiu da tumba e hoje ganha a vida assustando transeuntes.

sábado, 21 de março de 2009

A bunda assassina

Sabe uma ilustração que circula há eras por e-mail que mostra uma gordona com uma bunda imensa procurando seu chihuahua quando o pobre cão está, de fato, prensado entre suas grandes nádegas?

Então. Ontem à noite, enquanto eu e K incorporávamos Asterix e Obelix durante orgia gastronômica no Nagayama, ela passou pela nossa mesa. Sim, era ela. Reconhecemos pela grande tizak.

Temos muita sorte de não termos sido sugadas pelo rego assassino e continuarmos respirando. A cena daquele amontoado de banha vindo em nossa direção quase - eu disse QUASE - nos fez abandonar os hashis. Ainda não surgiu na natureza força capaz de fazer com que eu e K nos controlemos enquanto empunhamos talheres. Hashis estão inclusos na categoria.

Perguntas cretinas - que mereceriam respostas imbecis

Se não fosse eu a proprietária deste próspero comércio, juro que faria uso de todas as sentenças malcriadas que sonho em proferir e colocaria em prática alguns dos métodos de agressão contra idiotas que planejo diariamente no silêncio da noite.

Hoje meu terminal Mastercard acordou sem vontade de funcionar. Não há o que faça esta máquina conectar-se com a instituição bancária. Portanto, estou temporariamente impedida de receber pagamentos via Mastercard, Dinners, Maestro, Redeshop, ou qualquer outra porra que tenha que passar pelo sistema Mastercard para que o dinheiro chegue às mãos certas. As minhas, no caso.

A primeira imbecilidade que ouvi por conta disso, foi a da atendente do SAC da administradora de cartões de crédito - claro - ao chamar o 0800 da empresa para relatar o problema que ocorria com minha conexão:

"A senhora está certa de que o equipamento está conectado à rede elétrica?"

Quer dizer: uma trabalhadora do Brasil, amarrada ao tronco em pleno sábado santo, liga para a pessoa teoricamente apta a auxiliá-la com o problema de conexão do aparelho eletrônico pelo qual ela, a trabalhadora, paga uma fortuna mensal descomunal e a filha da puta lhe pergunta se a merda da máquina está ligada na tomada???????? Foice nela.

O que eu não sabia, era que o pior ainda estava por vir. Atenção aos seguintes diálogos. Favor considerar que os mesmos não integram quaisquer obras de ficção, apesar de que a transcrição das frases atribuídas à mocinha do caixa são livre interpretação desta que vos posta. A paciência desta pesoa está além da minha capacidade de compreensão.

Cliente - cujo nome deve ser Magda, certamente - escora no balcão e saca um cartão do Itaú. Moça responsável pelo caixa explica:

Desculpe, dona cliente, mas nosso Mastercard está fora do ar.

Ao que a mula retruca:

Mas o meu é Credicard

E a santa do caixa, pacientemente explana:

Sim, bela cliente. Eu vejo. Ocorre que seu Credicard é Mastercard. O que impede que sua conta seja paga através dele, já que o terminal que está bichado é justamente o de Mastercard. Se vossa belezura possuir um Credicard Visa, um Credicard Blévers, um Credicard Cruz das Almas, nossos problemas acabaram.

NOTA: Saibam que 98% da população com poder de compra desconhece absolutamente a diferença entre Credicard, Mastercard e Visa. Para eles, se for cartão, tá valendo. Dados coletados na Scarcelli's Inc.

E a cliente:

Visa? Tá, peraí, eu tenho.

Cavoca a bolsa por 10 minutos e de lá tira um........outro Mastercard.

Tó, passa esse aqui.

E a moça do caixa:

Poço de sabedoria, este cartão, sendo Mastercard como o outro, utiliza a mesma máquina, aqueeeela que está com falha na conexão, lembra, santa? OU VISA, OU CHEQUE, OU DINHEIROOOOOOOOOOO.

Cliente:

Ah, tá. Então passa esse aqui no débito então.

E dá um cartão de bandeira Redeshop na mão da garota do caixa.

Não dá vontade de ter uma enxada atrás do balcão???

quarta-feira, 18 de março de 2009

A hora do pesadelo

Estava eu, há pouco, em utilíssima conversa furada com minha tia Red via MSN. Ela me contava sobre um sonho estranho que teve na última noite cujos personagens eram eu, ela e seu pai. Mas eu não era eu, era uma pessoa ao telefone que pretendia levar um milhão de amigos para sua casa de campo em obras - e bem mais forte poder cantar.

Enquanto comentávamos sobre sonhos e suas estranhices, Red me informou que estava indo ao cabeleireiro dar um jeito na peruca, programa este ao qual eu mesma comparecerei amanhã.

Tal conversa amena fez-me lembrar do sonho que EU tive na noite passada. Vejam só o que uma mente prejudicada é capaz de produzir durante seus raros momentos de repouso:

Sonhei que estava justamente no cabeleireiro. Tudo era lindo, eu estava feliz, com os cabelos emplastrados de substâncias químicas que viriam a deixá-los belos e esvoaçantes num futuro muito próximo. O sol invadia o ambiente e podia ouvir os pássaros na grandes árvores da Rua Mário Ferraz.

Foi quando prestei atenção à minha volta e percebi que meu cabeleireiro não era ele. Na verdade, ele continuava sendo ele, mas sua cara era a da Alcione.


"Oi, fiz o cabelo com a Marrom!"


Tenho quase certeza de que tal relação surgiu após a visita de Dr. Alcione à minha loja.

terça-feira, 17 de março de 2009

Máximas - Pessoa cafuza II

" Pataqueopariu! Olha lá aquele idiota do Caco Falabella apoiando seus pertences em nossa mesa!"

Amigo Hugo, referindo-se a - claro - nosso que-ri-do Dado Dolabella, major league asshole, quando este, portando os indefectíveis Ray-ban de lentes amarelas, simplesmente pousou sua bunda sobre uma das cadeiras da mesa de nossa propriedade na casa de samba Traço de União.

Já acomodado, espalhou sobre a mesa toda a sorte de tralhas que carregava além dos óculos, enfiou a mão no (MEU!) balde de álcool localizado no centro do móvel e de lá tirou uma garrafa de Original.

Foi neste momento que avançamos e, sim, "Caco" foi enxotado.

domingo, 15 de março de 2009

Máximas - Pessoa cafuza

"Vamos ali naquela tenda, ver o show do Nego Maculelê!"

Amiga prejudicada, durante certo TIM Festival no Rio de Janeiro, sugerindo ao grupo assistir ao show de Nego Moçambique que aconteceria na tenda em frente.

terça-feira, 10 de março de 2009

Who?

Na última sexta-feira, durante festança na casa de Muso, o comportamento de alguns presentes ao interfone me fez recordar nosso último evento festivo antes do carnaval:

Era domingo à noite e, como manda a tradição, Muso reuniu toda a horda em sua aprazível residência para consumirmos drinks, pizzas e tirarmos conclusões coletivas sobre o fim de semana que acabávamos de enfrentar.

É importante frisar que este nosso grande grupo é composto por membros que não variam. Nunca. Sempre os mesmos cornos em qualquer tipo de evento que qualquer um de nós venha a organizar. Outro ponto importante diz respeito aos apelidos característicos que alguns carregam.

Legal. Um de nossos queridos amigos é um rapaz norte americano, já devidamente transmutado em genuíno brasileiro, cujo nome é Thack. Thack é seu nome. Todo mundo sabe, até minha avó sabe. Pois bem. Voltemos ao jantar de Muso.

Estávamos eu, Muso e K sentados na sala aguardando a chegada da putada. Eis que toca o interfone. K atende, faz uma cara de "te conheço?" e lança a pergunta enquanto o porteiro aguarda na linha:

"Quem é William? Quem diabos é esse cara? William?"

E voltando para o porteiro:

"O quê? Já subiu? NÃO! Não conhecemos nenhum ser humano de nome William!"

A porta da sala se abre e Thack adentra o recinto. Era ele o William.

A partir daí, a situação só se agravou. Logo na sequência o interfone toca novamente. K atende e solta:

"Gente! QUEM é Marcelo? Marcelo? Que Marcelo?"

Detalhe: por estar farto de saber quem são todos que pegam o elevador em direção à residência de Muso, o moço do interfone não se dá ao trabalho de estabelecer diálogo. Ele toca no apartamento, informa sobre quem JÁ está no elevador e bate o fone na cara de seu interlocutor. Automaticamente.

A porta da sala se abre e Cotô adentra o recinto. Como se não soubéssemos que seu nome é de fato Marcelo. Estamos tratando de manifestações senis aqui, que fique claro.

Mais 2 minutos, o interfone. K atende e em pânico diz:

"Gente! Tem um Flávio subindo! Quem é Flávio?"

Na verdade este foi um equívoco do porteiro. Ele quiz dizer Charles.

Descobrimos a cafusão assim que o próprio adentrou o recinto. Adentrou o recinto e atendeu o interfone que voltara a tocar:

"Alô.....quem? Eduardo? Quem é Eduardo? Gente! Tem um Eduardo subindo...."

E o Caixa entrou na sala. Interfone. Caixa atende:

"Quem? Daniel? Quem é Daniel????????"

E o Nagib chegou.

Quer dizer: Se isso não é esclerose coletiva, só pode ser excesso de álcool. Ou a falta de doses maiores. Claro que esta sequência de perdidos ao interfone fez com que levantássemos o assunto "apelidos comprometedores" e lembrássemos do Febem, do Zóinho, do Carcaça........

sábado, 7 de março de 2009

Maria José / José Maria

Acaba de se retirar de meu estabelecimento comercial um cliente de nome Alcione. Igual à Marrom.

Não há nada de excepcional em uma pessoa se chamar Alcione, se não levarmos em conta o fato de esta pessoa ser um senhor grisalho. E médico. Doutor Alcione.

Houve uma vez um relato sobre o pai de uma amiga, de nome Sueli. Não a amiga, o pai dela. Imagine suas coleguinhas de infância:

"Oi Tio Sueli!"

E o gerente do banco:

"Oi Seu Sueli!"

Não sei de onde certos pais tiram essa liberdade de gênero no momento em que escolhem as alcunhas de seus descendentes.

Considerando a cara da senhora de Dr. Alcione, desconfio que seu nome seja Waldemar. Dona Waldemar.