Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Give me drugs

Dentre os tantos e incontáveis problemas metafísicos que fazem parte de meu complicado ser, tenho um carinho todo especial ao que se refere ao meu ombro esquerdo.

Meu ombro esquerdo, sem motivo nem aviso, constantemente sai do lugar. Desloca mesmo, com estalo, créc e tudo mais. Normalmente o bicho desencaixa e volta sem maiores complicações nem sequelas.

O que não ocorreu Domingo passado. Quando o ombro deu pobrema, voltou para seu devido local, mas eu nunca mais fui a mesma. Gravidade: 10.

Na segunda feira, não acreditando em tamanho estrago, meu quiropraxista cego me receitou um antiinflamatório básico, pois só após o efeito do medicamento ele poderia pensar em mexer nas minhas vértebras.

Atenção ao conteúdo do campo "Reações Adversas": cólica abdominal, dispepsia, flatulência, gastrite, diarréia, náusea, tontura, dor de cabeça, fraqueza, constipação, redução do apetite (opa!), sonolência, enrubescimento, sensibilidade da visão a claridade, aumento da ingestão de líquidos (pode cerveja, doutor?), nervosismo, insônia, vômito, visão obscura, sensação de ardência no tórax ou estômago, febre, dor e aumento da diurese, depressão mental, zumbido no ouvido (pãtz...), erupção de pele ou prurido, sangue nas fezes, dor no peito, diminuição da diurese (não era aumento, porra?), aumento de pressão sanguínea, cãibra, úlcera, manchas brancas na boca ou lábios, dor de garganta, edema ou sensibilidade na área do abdômen, edema de face, mãos, perna e pés (edema combo), inchaço de glândulas, cansaço ou fraqueza incomuns, ganho de peso (remédio com praga), olhos e pele amarelados, desmaios, manchas vermelhas puntiformes na pele, dispnéia, dificuldade em respirar, hemorragia. Ponto final.

Sóóóóóó isso? Tô pensando em tomar dois por dose, logo de uma vez.

Me senti uma música dos Titãs.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Querido Sr. Anônimo

Em resposta às suas questões de números "1" e "2", respectivamente, informo com todo meu apreço que não, realmente não publico seus comentários provincianos e mau escritos em meu lindo blog, pois considero seu conteúdo ignorante, grosseiro, tacanho, coisa digna de um genuíno bundão. E aqueles que lêem e aqui comentam integram uma facção distinta da espécie humana que em nada se assemelha à sua. Explicando: seres como meus leitores não se interessam por opiniões como as suas, portanto não as publico. Não é por covardia ou para não ser contrariada, como pensa sua pobre pessoa. É apenas lixo que descarto.

Sinto informar também que não, não me escondo atrás de um pseudônimo. Se você prestar bastante atenção, notará que "Paulinas" é um apelido carinhoso para meu nome, Paula. Sei que é difícil estabelecer e imaginar esta relação. A maioria das pessoas que me conhecem por Paulinas nem imaginam que meu nome seja Paula. É o disfarce perfeito, sou realmente genial.

Sobre seu comentário definindo minha personalidade como "mimada, irresponsável, burguesinha - palavrinha cafona -, cérebro de ostra, preconceituosa" e tantos outros termos amáveis que usou para demonstrar sua indignação em relação ao fato de eu "escrever só o que me interessa", eis o que eu tenho a lhe dizer, bonitão: escrevo o que eu quiser, sobre o que eu quiser, na hora que eu quiser no MEU blog. Quem manda nesta piromba aqui sou eu e estou cagando e andando para seus piquetes. Ah! E sou mesmo tudo isso aí que você disse. E muito mais. Sou uma péssima pessoa e me esforço a cada dia para piorar mais e mais. Com muito orgulho ;).

Finalizando, só para ilustrar, o Habla Sério não é especializado em:

- Política - "invés - burraldo - de ridicularizar pessoas que estão se candidatando para tentar melhorar sua cidade, você deveria se informar sobre seus projetos passados, presentes e futuros". Parece dono de tenda: 'Madame Zulmira - leio seu passado, seu presente e seu futuro';

- Religião - "aposto que você é uma pessoa sem fé, sem nenhum amor no coração, não cite Deus em vão, isso só diminui seu espírito e aumenta sua ignorância, você insulta Testemunhas de Jeová e Evangélicos, isso é preconceito......" . Preguiça monstra. Aleluia pra você também;

- Medicina - "você se acha muito esperta mesmo tentando convencer todo mundo - vou dominar o mundo!!!! - que entende tudo sobre asma. Tá querendo se passar por quem? Quem disse que humidade do ar interfere em uma doença crônica?" - E você é, de fato MUITO burro. Vá até o dicionário e pesquise o significado de 'doença crônica'. Aproveite e tente achar ÚÚÚÚmidade. Com U, de preferência;

- Turismo conspiratório - "provavelmente você ajuda a depredar a natureza em Caraíva com algum negócio lucrativo, por isso faz tanta 'publicidade' - ugh - da cidade....." - se eu tive um ataque de riso? Claro que sim. Pelo menos rimou....publicidade.....cidade.....

Ou seja, seu TAPADO:

Se você não gosta, não leia. Vá fazer outra coisa, ocupe seu tempo, bata um bolo, sei lá. Procure na internet algum fórum voltado para nerds que se acham sérios e importantes. Você deve encontrar se colocar na busca "limítrofes por um mundo melhor". Os grandes portais oferecem este tipo de entretenimento.

O seu problema é sofrer do único mal da humanidade que não tem cura. Você é chato, muito chato e chatice é irreversível, te contaram? E bobo também. E, claro, deve ser feio bagarai.

Dica: vá cagar no mato.

Beijo, outro, tchau.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Não, não sou Corinthiana. Sou uma religiosa"

Estava minha pessoa devidamente abundada no escritório da loja, pensando no que haveria de interessante pelas redondezas para ser deglutido como almoço, quando uma das vendedoras põe a carona na porta e diz:

"Ai Paula.............tem uma PESSOA aqui querendo falar com você de qualquer jeito........"

E o ser humano entrou em minha sala. Tratava-se de uma freira, daquelas freiras freiras mesmo, fantasiada de freira, com aquela roupona preeeeta e branca, que tinha ido até lá para divulgar - e quem sabe, até vender - seu novo CD.

Sorte minha estar sozinha naquele momento. Se qualquer membro de minha família estivesse no recinto a aparição da freira, seguida da informação de que ela era uma religiosa lançando um CD, seria responsável pelo maior acesso de riso do mês em mim. Bastaria um olhar. Pecado mortal.

Impossível não vizualizar Irmã Selma.

Vivarina

Amanhã vou perguntar para Gabi, querida irmã, qual a marca dos óculos de leitura dela. Porque esta é uma informação que interessará e muito para quem faz uso de tal artefato.

Hoje descobrimos que o modelo que ela adquiriu há algum tempo é imortal. Eles não quebram, não riscam, não entortam, não empenam. Como?

Faz uns dois dias que Gabi procurava seus óculos, encafifada, pois só os usa para ver TV no quarto, o que restringe quase que absolutamente a área de circulação do objeto, transformando em quase nulas as chances de perda ou roubo.

Hoje à noite, de bobeira, ela resolveu abrir sua máquina de lavar para tirar toda a roupa de cama que ali estava. Eram lençóis, fronhas, edredon, cobertor. Ao puxar a segunda ou terceira peça, o que veio junto? Sim, os óculos. Quer dizer: ela amarfanhou toda sua roupa de cama - óculos junto, jogou dentro de uma máquina de lavar, bateu aquilo, tacou sabão, amaciante, centrifugou....e nada aconteceu ao frágil objeto de acetato equipado com lentes quebráveis?

Amanhã faremos o teste no qual uma betoneira passará com duas rodas por cima deles.

Marley & Eu - Conclusões

Então. Hoje à tarde, após agradável almoço na companhia de Muso, resolvemos ir ao cinema. Quando ele me questionou sobre qual filme eu preferia ver, respirei, tomei coragem e respondi:

- "Eu queria ver o Marley."

Digo que tomei coragem porque TODAS as pessoas de minhas relações que assistiram ao filme se esgoelaram de tanto chorar e me alertaram sobre pensar na possibilidade de NÃO vê-lo, já que todos sabiam que o efeito canino seria infinitamente maior e mais descontrolado em mim. Muso, sabendo disso também, respondeu:

- "Mas o Marley é triste, você vai chorar."

- "Não, o filme é engraçado, só o final é triste. Eu li o livro, sou sabidona, sei o que acontece. Vamos ver o Marley, vamos, vamos, por favoooooooooorrrr!"

A realidade é que eu sabia o que me esperava, mas sabia também que não sobreviveria normalmente sem ver o Marley. Justo eu.

Fomos.

Não vou gastar o tempo de quem está lendo este post explicando o que aconteceu. É óbvio que quase morri de ataque cardíaco, chorei, solucei, arruinei com meu rímel, minha cara ficou parecendo um tomate, foi um sofrimento terrível, que tristeza. Anta, que deveria ter entrado no Benjamin Button e economizado 4 rugas na cara.

Este trauma fez com que eu tomasse uma decisão definitiva: se houver qualquer filme estrelado por um cachorrinho/gatinho/coelhinho/porquinho/vaquinha/passarinho e similares, no qual o final da história envolva a morte dele, neste filme eu não vou.

Preciso de um pote de sorvete de Sonho de Valsa para dormir em paz. Chuiiinfff!

Máximas - Renascer

E o pastor dizia: "Eu quero que este teto desabe sobre minha cabeça se eu estiver mentindo!"

Não fui eu, foi o Twitteiro Profissional. Achei ótema.

I do

Sabe quando a gente tem 15 anos e vai naquelas videntes que vêem no fundo do copo d'água a inicial do nome do cara com quem iremos nos casar?

Pois bem. Eu realmente não me lembro da letra que a mulher me passou, mas isso, agora, é um fato totalmente desprovido de importância. Porque eu mesma já decidi com quem eu quero casar. Cogito até a possibilidade de um casal de gêmeos para coroar nossa felicidade.

Ele é alto, grande, forte, moreno, uma lindeza de morrer e me atendeu hoje no bar do Ritz. Aquele tipo que qualquer mulher esperta sustentaria alegremente. Aconselho todas as meninas a passarem lá para checar.

Pitchulo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Trocadalho do Carilho

Durante conversa praiana, um amigo meu me disse que há em Belo Horizonte uma banda cover do Iron Maiden.

Nome: Aracy de Almaiden.

Nussa.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sobre meu retorno

Inacreditável a precisão da máxima que diz que tudo que é ruim ainda pode piorar.

Tudo bem, já digeri o ocorrido. Fui obrigada a entrar em uma canoa que me despachou para o lado errado do rio Caraíva - de modo que cá estou - e me esforçarei ao máximo para encerrar esta blasfêmia. Parei.

A questão é que além de eu ter sido forçada a passar por tal trauma, piso em São Paulo e eis o que encontro:

1 - A água de meu carro vaza. Logo, ele ferve. Segundo 15 frentistas, 4 mecânicos, 2 vigias da minha rua e 1 funcionário da fábrica, não há nada errado com a mangueira nem com o tanque. Nada justifica o sumiço da água. Voto na possibilidade "macumba".

2 - Ligo a TV na Globo, já que decidi ver o que se passa de tão formidável nesta novela, pois até meu pai desliga o telefone na minha cara caso eu venha a cometer a abissalidade de chamar enquanto Flora está no ar, e me deparo com uma chamada. Uma chamada para Lost. Uma chamada tipicamente Global, onde o locutor, babacamente, diz: "esta turma da pesada resolveu arranjar a maior confusão nesta ilha deserta...." Ridículo. E não comentarei a esplêndida dubragem.

3 - Saio daqui com a população psicótica com esta novela cafona. Em Caraíva TODOS estavam psicóticos com o raio da novela e quando volto essa porra ainda não acabou. Acho que vou estar preferindo o Lima Duarte fantasiado de indiano (ou seja lá qual seu papel na história).

4 - Logo após pisar em São Paulo e decidir que não estava nem um pouco a fim de ficar sozinha em casa, decido sair e - desavisadamente, que fique claro - fui parar em um lugar que atende por "Terçanejo". Creio que a sentença é auto-explicativa.

5 - Choveu, alagou tudo e onde eu fiquei presa? Em São Caetano. Onde? Na en-chen-teeeeeeeeeeeeeeeeeee.

Mas eu supero. De meus 9 cães, 5 estão comigo em São Paulo, incluindo meus monstros, Lui e Luna, que vieram de Ubatuba para passar o Natal e permanecem até então. É lógico que este simples fato me faz esquecer por completo dos 5 itens supra citados.

Espia:

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Caraíva - Amargo Regresso

Me acudam. Voltei. Ainda estou em choque cultural não sendo capaz de desenvolver atividades simples, como me comunicar, por exemplo.

Após 15 belos dias vivendo em um universo paralelo, será necessário tempo e compreensão para que eu volte a meu estágio de pessoa que habita a cidade grande. Onde as ruas não são de areia. Onde as pessoas fazem algo além de se alcoolizar sob o sol.

Após 15 belos dias acordando, dando 20 passos e um mergulho no mar, ainda preciso me adaptar à idéia de acordar, entrar no meu carro e dirigir em meio ao caos até São Caetano do Sul.

Após 15 belos dias sem saber as horas - minha referência baiana se restringe a "é de manhã", "é de tarde", "é de noite" e "já dá para pedir uma cerveja" - o que será de mim quando tocar o primeiro alarme ORDENANDO que eu me levante da cama?

Quero só ver o que farei quando precisar colocar qualquer espécie de sapato que não seja um par de Havaianas. Porque nem isso eu usava mais. Também preciso pensar sobre cochilos vespertinos e mergulhos noturnos no rio.

Em fase de readaptação.