Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Caraíva - Amargo Regresso

Me acudam. Voltei. Ainda estou em choque cultural não sendo capaz de desenvolver atividades simples, como me comunicar, por exemplo.

Após 15 belos dias vivendo em um universo paralelo, será necessário tempo e compreensão para que eu volte a meu estágio de pessoa que habita a cidade grande. Onde as ruas não são de areia. Onde as pessoas fazem algo além de se alcoolizar sob o sol.

Após 15 belos dias acordando, dando 20 passos e um mergulho no mar, ainda preciso me adaptar à idéia de acordar, entrar no meu carro e dirigir em meio ao caos até São Caetano do Sul.

Após 15 belos dias sem saber as horas - minha referência baiana se restringe a "é de manhã", "é de tarde", "é de noite" e "já dá para pedir uma cerveja" - o que será de mim quando tocar o primeiro alarme ORDENANDO que eu me levante da cama?

Quero só ver o que farei quando precisar colocar qualquer espécie de sapato que não seja um par de Havaianas. Porque nem isso eu usava mais. Também preciso pensar sobre cochilos vespertinos e mergulhos noturnos no rio.

Em fase de readaptação.

3 comentários:

Carlota disse...

Uma questã: como é o Ano Novo em Caraíva??? Tô curiosa!!!

Paulinas disse...

Carlota, é algo fantástico! Festança na praia com comes (todos), bebes (TUDO), sonzera (tudo tb) até o dia seguinte. Até os Pataxós vão à festa, com roupas "de gala" e cocares incríveis! Normalmente tudo termina com um lindo mergulho no rio. Eu recomendo.

Carlota disse...

Que delícia, deve ser o paraíso! Sem esse calor infernal, sem esse monte de farofeiros em Santos, sem os congestionamentos... Ai, ai... Um dia eu chego no seu level.