Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Páscoa e a ressurreição das coisas todas

[Ai, to até vendo os católicos fervorosos me perseguindo empunhando tochas em um futuro próximo mas enfim]

Nessa Páscoa eu descobri o verdadeiro sentido da RESSURREIÇÃO:

Fui para Teresópolis e choveu pouco, viu? Quase nada, uma aguinha só que caiu em trombas na cidade todos os dias a partir das 6 da tarde. Tranquilo. A casa da mulher que me hospedou é cortada por um RIO, então imaginem que já estávamos arrebanhando espécimes aos pares, seguindo o exemplo de Noé. Eu mesma, se fosse a dona da linda residência, teria um barco ancorado ali, porque OLHA....é água passando e fazendo estrondo. Você olha para o tal rio e vê uma palmeira imperial sendo arrastada e pedras do tamanho do meu carro rolando numa facilidade que dá até pra começar a pensar em homicídio. Porque nada mais fácil do que jogar um mala em uma corredeira como essa e se livrar da figura instantaneamente. Sério.

Mas isso tudo é só para todos entenderem que choveu MESMO. Tempestade louca, tempestade de raios. Nenhuma tragédia aconteceu ali onde estávamos, se não contarmos a falta de luz no primeiro dia e de água no terceiro, o que não é grave de fato, já que bebemos o suficiente para não nos estressarmos com pouco.

Acontece que o dono do carro que me levou e me trouxe de volta largou uma das janelas traseiras escancaradas. BOA. Durante a noite toda, neste dilúvio alucinógeno. E no Domingo de Páscoa, ao sentar no banco do veículo, ouvi o som de tchoooofff do estofamento alagado. Possuída, mudei de lugar e prossegui viagem, não sem antes colocar meu celular num daqueles buracos que existem na porta de muitos carros, que na verdade servem para os passageiros as puxarem..

Obviamente o tal vão estava com água até a tampa. E meu telemóvel foi afogado em pleno dia santo. E parou de funcionar na mesma hora. Sequei, coloquei no sol, reiniciei e a parada lá, queimada.

Horas mais tarde, quando insisti em colocar a bateria para tentar conectá-lo ao laptop na tentativa de salvar alguma coisa...

Ressurreição.

Muitos dizem que ele voltou a funcionar por ter secado completamente. Eu acredito em milagres e na ressurreição de Jesus Cristo e BlackBerries.

3 comentários:

Unknown disse...

O meu, ressuscitou no terceiro mês (e não no terceiro dia), depois de ser sepultado em um "TAPOUÉRE" recheado de grãos de arroz cru... Amém!

Paulinas disse...

tática e ténica

Carlota disse...

Já tentei a do arroz com um Motorola, sem sucesso algum. Mas preciso dizer que estou soltando fogos pelo Blackberry ressucitado, afinal não sou das mais coordenadas em tarefas árduas como carregar coisas e tals.