Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E de quem é, de quem é, Sou negão!

Desde ontem à noite tento me adaptar ao novo reflexo que produzo quando me ponho diante do espelho.

Calculando que 7 meses se passaram desde que eu, pessoa praiana, torrada de sol, senti os últimos raios UVB sobre minha pele, posso dizer que ontem foi um dia transformador.

A questão é que, apesar de possuir uma simpática casa na praia - constantemente tomada por todos aqueles que conheço, importante comentar - não a frequento com a devida assiduidade, já que meu trabalho saudável e quaaaase escravo me impede de viajar nos finais de semana. E durante a semana também. E em qualquer feriado que não aconteça no sábado, especificamente. Portanto, esqueçamos "praia".

Levando em consideração o fato de que tenho os Domingos livres (opa! valeu, hein!) e minha residência paulistana ser equipada com bela piscina no ensolarado jardim, podemos, otimistas, pensar:

"Do que esta anta reclama? Sua situação não é tão grave assim..."

Não seria. Se, de março para cá, tivéssemos presenciado algum - unzinho apenas - Domingo COM sol, tudo estaria relativamente sob controle. Eu haveria sentado minha bunda na beira d'água e teria preservado um tom pelo menos aceitável para a cútis.

Como isto não ocorreu, passei metade do ano com um colorido muito especial, cujas nuances variam entre cinzas e verdes. Pela manhã, é uma beleza. Transeuntes que cruzam seu caminho não conseguem definir se aquela é uma pessoa viciada que há tempos perdeu as cores ou se é alguém com olheiras jamais vistas, a quem a ciência deveria dar atenção (em todos estes anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isto me acontece).

Até ontem.

Logo que despertei e notei a presença de sol na cidade, me joguei sobre uma cadeira da piscina e de lá, so me retirei para votar. Fried Paula. Como manda minha tradição pessoal, saí correndo, esbaforida, sem ao menos pentear o cabelo. Caso contrário, não chegaria em tempo de cumprir meu dever cívico.

O primeiro espelho que cruzou meu caminho, foi o do Mercearia São Roque, à noite. Dei um grito. Quem era aquele ser zulu? EU??? Champagne!

Quanto orgulho de mim mesma.

4 comentários:

Red disse...

Veja bem... essa etapa de minha vida está deveras próxima, companheira Paula. Seguindo seus conselhos, já estou quase acabando o primeiro pote de Oenobiol Solaire. Não admito ficar algo abaixo da cor piche.

Red disse...

Quem é que eu tento enganar? Pessoas brancas como eu nunca ficam zulus. Ficam, no máximo, cor de pastel...

Carlota disse...

Hahahaha!!! Adoray!!!
Primeiro, fico felicíssima por ti. Aqui em Santos também anda um negrume total - meu aluno teve a petulância de perguntar se eu tava doente...
Segundo, AMEI o "em todos esses anos...". Achei que só eu lembrava desse episódio! Depois do das Cataratas, é o meu preferido!!!
Beizos!!!

Anônimo disse...

tenho que hablar serio paulinas..demorou mas meu cinzeiro do maradona,ao contarario da bolsa,esta em alta.Agora mais do que nunca ganhara um lugar de destaque em nossa humilde residencia.Por favor horarios de visita para fotos agendados com antecedencia.