Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Los ricos tambien lloran"

[para quem nunca viu novela mexicana na TVS, deixo aqui meus pêsames]

Essa é daquelas que todo mundo acha que é mentira ou exagero, mas eu juro que é verdade. Conheço todos os participantes, tenho nome e endereço, tudo certinho, para quem quiser checar. Mas, por motivos que ficarão óbvios assim que a história começar a tomar forma, todos tiveram suas alcunhas substituídas, pelo menos por enquanto.

04 de dezembro de 2005. Haveria o grande jogo de futebol que daria ao Corinthians o título de campeão brasileiro. Antecipando o sucesso da partida, os pais de Soraya Montenegro convidaram para grande almoço seguido de intoxicação por álcool na bela casa da rua Argentina.

Desnecessário comentar que certas reuniões são inadequadas apenas por sua essência. Um monte de gente que não presta secando o bar alheio, todos tomados pela euforia sem controle causada pelo fanatismo corintiano. Vai vendo. Os riscos do evento começaram a se materializar dois dias antes, qual a dúvida.

Não lembro exatamente da sequência de fatos que nos levou até o Filial no momento pós jogo/pós muito mé, mas sei bem que foi ali que encerrei minha participação na noite. E essa danadinha estava apenas começando, ceis nem imaginam. Caí dura na porta do bar e fui resgatada para casa, onde dormi no quintal por não conseguir abrir a porta da frente. Nem qualquer outra. Mas acreditem: o relento ainda foi uma opção melhor àquelas que o destino ainda reservava para o resto da noite e seus sobreviventes.

Começou que uma das integrantes da refinada mesa decidiu ir embora e, não encontrando um taxi imediatamente, optou por pegar uma carona com um motoqueiro entregador de pizza E FOI. Camisa do Curintia, dicção comprometida, equilíbrio idem, na garupa do motoca. Adoraria saber o que a elegante vizinhança da rua Argentina diria sobre isso. Ou o que o proprio motoqueiro diria sobre isso. Na verdade tenho uma vaga idéia.

A bebedeira prosseguiu e o grupo remanescente contava com Soraya Montenegro, Itala Roberta, Gustavo Frederico e Fernando Rodolfo, que havia levado sua noiva Miriam Rafaela para casa e acabara de retornar ao botequim.

CORTA.

Itala Roberta é acordada aos gritos de "vagabunda/piranha/puta da Augusta" e não compreende nada ao abrir os olhos e dar de cara com Miriam Rafaela arrastando-a pelos cabelos e gritando e gritando, enquanto Fernando Rodolfo, de ressaca, abestalhado, pensa estar alucinando.

Miriam Rafaela JOGA AS ROUPAS  de Itala Roberta PELA JANELA, atitude até explicável se levarmos em conta o fato de que ela chegou sem avisar de madrugada na casa de seu noivo Fernando Rodolfo e pegou a outra em sua cama. Adoraria saber a opinião da elegante vizinhança da rua Argentina sobre isso, mas até que imagino.

Eu mesma tenho pra mim que Miriam Rafaela foi é dar uma incerta, uma vez que ela sempre desconfiou do interesse de Fernando Rodolfo por Itala Roberta e nunca confiou no real apreço de sua cunhada, Soraya Montenegro, por ela. Importante frisar que Itala Roberta é unha e carne com Soraya Montenegro e a pureza desta amizade sempre encheu de rancor o coração de Miriam Rafaela.

Enfim. Miriam Rafaela arrancou Itala Roberta da cama de Fernando Rodolfo pelos cabelos, jogou suas roupas pela janela e começou a quebradeira. Quebradeira, de quebrar inteiro o finíssimo apartamento da região de Cerqueira Cesar. Como não pretendia tomar cascudos da corna noiva traída, Itala Roberta saiu correndo pelo vestíbulo em direção ao quarto de Soraya Montenegro. Ao entrar no recinto, deu de cara com - SUSTO - um Gustavo Frederico apavorado, querendo saber quantos Miriam Rafaela já havia matado.

E Itala Roberta NUA, em pé no meio do quarto, sem saber o que fazer, com a periquita de fora enquanto Gustavo Frederico olhava pra ela com cara de pastel, morto de medo da maluca que depredava o ambiente. Recuperando-se do pânico, ordenou que ela entrasse debaixo das cobertas, o que foi acatado imediatamente, porque, né. Imagina a situation. Ela deitou na cama , cobriu-se e os dois iniciaram um debate sobre o que havia acabado de ocorrer ali. E portas batiam e objetos quebravam-se nos aposentos vizinhos. Foi quando Soraya Montenegro despertou. Olhou para um lado da cama e viu Gustavo Frederico. Ao olhar para o outro lado, deu de cara com Itala Roberta e surtou:

"O que foi que a gente feeeezzzzzz????"

Antes estivéssemos falando aqui de uma suruba. Seria muito mais agradável ouvir comentários sobre o troca troca hipotético entre Gustavo Frederico, Soraya Montenegro e Itala Roberta, do que a cara de merda de Miriam Rafaela que, apesar de tudo, casou-se com Fernando Rodolfo e nos assombra em todo e qualquer evento familiar comandado por Soraya Montenegro. Isso sem contar o medo que temos de que ela nos corte a jugular com a faca elétrica da carne assada do almoço de Domingo.

FIM.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Festa Virtual Canastrona

Só faltou meu par de maracas para acompanhar o ritmo

Dá um Close nela

Pensando em contratar a Lelê como pauteira e transformar essa birosca em algo que trate estranhices em geral com embasamento científico.

Porque não me passa uma semaninha sequer sem que a dita cuja não surja com algo pitoresco ao telefone. Primeiro foi a história dos 738 travesseiros, depois foi o episódio do apartamento assombrado e agora temos o curioso caso da manicure que pretende induzir manifestações biológicas através da força do pensamento.

Não é seita ou culto, drogas tampouco, minha gente. É otimismo, força de vontade e fé no obscuro.

Vejam vocês que a manicure de Lelê nasceu Fernando, ou seja, estamos falando aqui de um travesti do mais alto garbo. Lelê nem faz muita propaganda de seus serviços, porque, diz por aí que profissional da beleza igual não há. Tudo o que sei é que faz uma trança de R$60,00 imbatível. Sucesso garantido.

Semana passada estava lá Lelê sentada com o travesti lixando-lhe as unhas quando surge o comentário:

"Letícia, estou desesperada, meu modess acabou, você tem um aí pra me emprestar?"

E eu aqui achando estranho o fato de ter tido uma manicure carioca que era amante do Neguinho da Beija Flor. Lelê: sempre um passo à frente.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Informação pertinente

Contei pra vocês que outro dia eu fiz um teste na internet e descobri que valho 36 camelos?

Tava ocupadona.

Tudo bem que na mesma conta também entram ovelhas e bodes - talvez completando casas decimais ou algo do gênero - mas nem um nem outro foram computados em meus totais, o que me leva a acreditar que OU não sou digna de ovelhas e bodes, OU minha cotação resultou em um número redondo. Prefiro trabalhar com a segunda hipótese, mas vocês estão livres para tirar suas próprias conclusões.

O que importa é que, tentando achar um sentido nisso tudo, andei pesquisando e descobri que no ano passado cada camelo era comercializado no Rio de Janeiro por R$60.000.00 à vista. Também não imagino quem exatamente tenha camelos para vender no Rio, mas enfim.

"Animais > Equideos > Outros

Camelo casal jovem (Cód. 33386) - Visitas: 1623

Clique na imagem para ampliar

Fotos:1 Preço a vista: R$ 60.000,00 / Unidade
Atualizado em 02/03/2010

Quantidade: 2

Cidade: rio de janeiro (ver no mapa)

Estado: RJ

Entrega: A combinar

Pagamento: Dinheiro

CAMELO
Vendo casal de Camelo mansos , jovens e perfeita saúde, ótimo para fazendeiros, sitiantes. Frete por conta do comprador. Preço do casal R$ 120.000,00, animal raro no Brasil. Com toda documentação, entrega imediata."


(tentei fazer um Print Screen, mas as funções deste laptop andam deixando a desejar)

Diante disso, poderíamos afirmar que estou R$2.160.000 mais rica ou seria uma atitude precipitada?

Pensei em férias por ilhas paradisíacas do Índico Africano com o Cauã me abanando, mas estou aberta a sugestões.

Beijo.

Festa Virtual

QUEM DIRIA que um dia eu daria uma festa com Arnaldo Antunes cantando algo que não fosse "Bichos Escrotos".

QUEM DIRIA

terça-feira, 7 de junho de 2011

Musa, tamojunta

Semana passada nossa querida Musa abriu seu coração e comentou sobre as perguntas cretinas com que somos bombardeados diariamente via Facebook. Afinal de contas o wall tá lá, né. Aberto. Para qualquer maluco mongolóide questionar o que bem entender, mesmo que não faça o menor sentido.

Tomo a liberdade de reproduzir aqui o post onde ela abordou o assunto:

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domingo, 5 de junho de 2011

 Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis

 Amigo posta no Facebook uma foto onde ele aparece (todo paramentado de smoking) dançando com a mulher vestida de noiva. Eis que um ser humano posta, abaixo da imagem, a seguinte pergunta: "Seu casamento?"

O episódio me lembrou a seção "Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis" da revista MAD. E me inspirou algumas soluções para tão peculiar sentença. Aí vão:


 -Seu casamento?
-Não, uma festa à fantasia.
-Não, a minha digníssima estava casando com outro. Eu era um convidado malandro que a arrastou prum cantinho do salão depois dessa contradança e destrui a união antes da noite de núpcias. O nosso enlace se deu meses depois.
- Não, montagem. Não tínhamos dinheiro pra cerimônia e um amigo bom de Photoshop fez essa pequena homenagem pra realizar o sonho da minha esposa.
1 comentários
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Como sou solidária à esta minha parceira infalível de reprise de novela dos anos 80 e prometi ser fiel na alegria e na tristeza, estou aqui para dizer que, Musa, meu bem, você não está só nesse mundo. Seu sofrimento não é isolado. Você passa por isso, eu passo por isso. Muitos por aí estão planejando respostas imbecis ou apenas um bom vaso para quebrar na cabeça dos idiotas que nos obrigam a coisas como:

a) Pessoa põe no ar um álbum intitulado "AUSTRÁLIA". Primeiro comentário: "Bahia, amiga? Que máximo!"

*Porra. Jura?*

b) Pessoa publica seu último check in efetuado no Foursquare. O sucinto texto não deixa dúvidas quanto à localização do ser. Um infeliz comenta: "Nem chamou...". O autor do post replica: "Vem pra cá". E ganha como resposta: "Pra cá ONDE?????"

*Porra. Jura?*

c) Pessoa posta "@ Rio de Janeiro". TRÊS segundos depois, aparece o primeiro comentário: "Tá no Rio?" (NÃO, TO NA PUTA QUE O PARIU DANDO O RABO PARA UM E.T.)

d) Pessoa informa que "was at Sociedade Hípica Paulista". PAULISTA. PAU. LISTA. Nego comenta: "Conseguiu sair de Buenos Aires ou ainda tá presa por causa do vulcão?"

e) Restaurante informa: "novo horário de funcionamento: terça, quarta e quinta - 19h00 às 00h00; sexta - 19h00 às 02h00". Pergunta da leitora: "O quê? Não entendi..."

ELA NÃO ENTENDEU, MINHA GENTE. Faça-me o favor.
Isso tudo não pode ser sério. Galera anda com graves problemas de cognição. Diagnosticados. A humanidade regride a olhos vistos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Moral da história

Dormir pra quê, se posso gastar esse tempo difamando minha família na internet?

Ê MAMÃ-ÃE

O que dizer de alguém que vai ao show de rock and roll do amigo, enche a cara, invade o palco e, empunhando o microfone do cantor,  puxa um refrão como "tchaaaco, eu tô em cima eu tô embaixo, ê mamã-ãe"?

Terrorista.

Meses depois você dá de cara com uma enquete no Facebook sobre momentos que marcaram a temporada de verão do estabelecimento onde tudo ocorreu. A maioria das pessoas cita a mulher maluca que invadiu o show do Nabor vestindo apenas um biquini e uma bolsa como blusa para arruinar a apresentação do cara entoando a Melô do Tchaco. De pensar que o artista foi conivente, calculem.

Certas atitudes resumem de maneira muito prática o âmago de determinadas pessoas. Agora adivinhem se a criatura em questão possui algum tipo de parentesco comigo?

Evitem envolvimento com os meus. Nós não prestamos.

Agora cante conosco:

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ainda sobre líquidos e laptops

Em minha defesa, gostaria apenas de deixar registrado que derrubei a calda quente no teclado por puro descontrole emocional. Momento de gula desenfreada, euforia, esganamento. Quer dizer, uma situação absolutamente explicável, a meu ver.

Triste mesmo foi a Karin, que estava montando uma planilha qualquer num momento inadequado, já que ela tomou tal iniciativa justamente na hora em que todas as pessoas hospedadas no poleiro da Vieira Souto decidiram tomar a primeira vódega. Largou o laptop sobre o sofá. Foi até a cozinha e pegou um copo de água. Voltou para o sofá e reposicionou o computador seguindo todas as normas de segurança. Pegou o copo na mão e, ao invés de levá-lo à boca, despejou seu conteúdo sobre o aparelho.

Teve que inventar uma história meio paranormal no TI da firma. Parece que mencionou "vozes na cabeça".

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Má que beleza

Decidi quebrar o marasmo aqui no aconchego do meu lar e concluí que o tamanho da minha larica já estava proporcionalmente equiparado à minha vontade de usar este gás encanado que acende as seis bocas do fogão ali da cozinha.

Perigo.

Se tem uma coisa que não é adequada, esta coisa sou eu manipulando ingredientes, panelas e fogo, uma vez que sou absolutamente desprovida do básico da mínima coordenação motora exigida para manusear tais elementos. Riscos: o grude ficar uma bosta; incêndio; unidade de queimados; similares.

Mas enfim, minha gula superou a parca capacidade de raciocínio que ainda possuo e decidi fazer uma calda quente de chocolate para comer com umas mexiricas que estavam dando pinta ali na fruteira e que, para ser sincera, nem desconfio como chegaram até aqui. Afinal de contas estamos falando de frutas, seres pertencentes a algum grupo alimentício solenemente ignorado por mim.

MAS ENFIM, NOVAMENTE.

Por mais incrível que possa parecer eu não produzi fogo, fumaça ou vítimas durante o processo de cocção do chocolate com leite condensado e a parada até que ficou com uma cara bem simpática. Sempre tem a primeira vez, né. Com fé, um dia a gente acerta. Chegou meu dia.

O que eu não podia prever era que, ao levar minha bandeja de frutas com chocolate para o aposento anexo e me sentar no sofá com o laptopo no colo, eu engasgaria com uma banda de mexirica e terminaria por derrubar a calda quente sobre a porra do teclado.

Daí o povo fala que perante a Deus todos nós temos vez, ou algo do gênero. To vendo.