Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Aleluia irmão!

Cena: Eu, dentro da loja, sentada no meu canto, matando um pastel da feira e observando um dos vendedores que atendia uma crente maluca. Ela explicava que aquela calça era um presente para um irmão da igreja que não tinha condições de comprar roupas, e que quando eles descobrem que alguém precisa de ajuda todos se juntam pelo pobre, bla bla bla. Falando e me encarando.

Pacote feito, compra paga, ela foi embora?????? Claro que não. Atravessou a loja em direção à minha pessoa e mandou a pergunta que eu temia:

"E você??? Também é Evangélica??"

NÃO, grunhi.

"Mas vai ser. A gente vai conversar e você vai aceitar Deus no coração. Quando podemos combinar essa conversa?"

NUNCA, lati.

Era só o que me faltava.

Isso já havia acontecido comigo, quando um crente de outra espécie, cliente da loja da Lapa, veio me comunicar que o Senhor mandou uma mensagem para ele (importaaaaaante! Mensagem do Senhor, uia!) dizendo que a sua missão era salvar a minha alma e garantir a minha conversão. Para atingir seu objetivo, o método sugerido era simples e prático: bastaria eu me casar com ele.

Naturalmente, MANDEI o segurança da porta não mais permitir a entrada desse psico no meu estabelecimento.

Mas, grave mesmo, foi o caso da Testemunha de Jeová na porta da minha casa. Domingão, bati uma melancia inteira com vodka, coloquei este conteúdo em um copo e me estatelei na piscina.

É importante dizer que moro numa casa sem muro. O que separa a porta de entrada da calçada é apenas um jardim. Isso não me incomoda, pois realmente não creio que o Jason esteja me tocaiando. Antes fosse. Outro detalhe fundamental é o fato de, por iniciativa própria, eu não possuir campainha. Só entra aqui quem me avisar que está vindo. Puta idéia boa, essa minha.

Voltando: estou eu, me alcoolizando sob o sol, quando começo a ouvir umas porradas na porta. Não eram batidas toc toc, eram murros. Quase tive um treco e saí correndo para ver o que se passava, quem havia morrido. Abri a porta e, ali, dentro de minha propriedade privada, encontrava-se a Testemunha de Jeová, com uma bíblia na mão, orando aos berros. Obviamente, bati a porta na cara dela mas, antes de retornar ao meu ponto de origem, novos murros. Abri novamente a porta e ameacei a louca, dizendo que se ela não sumisse eu ia jogar um saco de pipoca sobre sua cabeça despenteada. E bati a porta novamente.

Ela começou a orar através da porta, gritando enlouquecidamente e dizendo que Jeová iria me salvar. Porquê que essas coisas acontecem comigo? Ela só foi embora quando abri a porta novamente, desta vez acompanhada de Lui, meu rottweiler assassino de 60 quilos e disse:

"Sai correndo que ele gosta de almoçar crente aos Domingos!"

E Adnaldo, meu guarda, rindo na calçada. Ninguém merece.

5 comentários:

Ricardo Soares disse...

se vc sempre cultuou o joel silveira leia o post que escrevi sobre ele no meu blog e aguarde documentário a respeito...abs

Bizarro disse...

HAHAHA, fala sério, Paulinas, excelente! Agora você só precisa instalar uma câmera de TV na entrada prá não precisar nem abrir a porta.
Ah, recomendo aqueles sistemas automáticos de irrigação também.

Red disse...

Paulinas, queridinha... titia vai ensinar como se incorpora um bom exu.

Bizarro disse...

Paulinas, tenho uma idéia. Ande sempre com um exemplar do livro 'Relatos de Belzebu a Seu Neto'. Afugenta qualquer crente. Garantido!

http://www.horuseditora.com.br/belzebu.htm

Unknown disse...

testemunhas de jeova e que nem carrapato quando gruda na gente e dificil de tirar.