Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rocky Balboa

Hoje, plantada na calçada em frente a loja, um idiota - certamente deficiente mental - passou pela rua pedalando algo que se assemelhava muito a uma bicicleta, se não levássemos em consideração as partes retorcidas, as enferrujadas e aquelas que se soltariam do resto da estrutura em um futuro breve. Este exemplar do elo perdido para ao meu lado, tira da cara algo que realmente parecia um par de óculos escuros, olha pra minha cara e diz:

"Que saúde hein, gostosa!"

Quer dizer: além de TODOS os erros identificados acima, ele ainda me solta uma grosseria demodé? A limitação cultural desse povo me mata de desânimo. Nem me dei ao trabalho de mandar o símio à merda. Prefiro não estabelecer comunicação com certas espécies. Apenas virei as costas e entrei na loja. Civilizadamente.............

Daí, que este incidente me fez lembrar de um babaca que não teve a mesma sorte.

Há uns dois anos, a pessoa aqui caminhava pela rua Silva Bueno às 8 e 30 da manhã com o objetivo de abrir a loja que possuía no local. Havia uma tempestade desabando e todos estavam apressados. Foi quando um desavisado cruzou meu caminho e proferiu diversas baixarias impublicáveis tendo como base aquela meiga palavra de sufixo "...uda".

Fatos importantes desconhecidos pelo sujeito, até então: eram 8 e 30 da manhã. Isso é cedo, muito cedo para mim. Meu humor se altera de maneira incontrolável no período matinal. Eu diria que tenho ódio, um ódio gratuito por tudo durante este horário.

Chovia. Eu odeio tomar chuva, mesmo que eu esteja no Sahara, mesmo que esteja em trajes de banho, mesmo que eu fosse a protagonista de "Dançando na Chuva". Chuva é água fria caindo sobre mim e isto, às 8 e 30 da manhã, também faz com que eu desenvolva ódio pelo mundo.

Eu me preparava para abrir a loja porque a funcionária que deveria estar lá fazendo isso me acordou às 7 horas da manhã dizendo que estava passando mal e ia para o hospital. Eu odeio essa mania de hospital, odeio.

Portanto, aquela besta humana não sabia qual era o nível de meu potencial agressivo naquele momento. Por isso, não esperava......apanhar. Sim, eu o agredi fisicamente utilizando uma bolsa e uma pasta como armas.

Minha atitude fez com que ele se pusesse a gritar e me ameaçar. Ele dizia coisas como: sua louca! Maluca! Vou dar queixa contra você! Isso dá cadeia! Desequilibrada! Entre outros.

E os seguranças da rua, todos me aplaudindo.

2 comentários:

Mosana disse...

adorei
engraçado q ele podia te agredir verbalmente.. hora que vc retrucou vc que era louca.. ah que ótimo...
merecidos aplausos dos guardinhas!
kisses

Red disse...

Os homens realmente acham que nós deveríamos agradecer por ouvir vocábulos fofos. Eles ficam REALMENTE ofendidos quando você demonstra que a grosseria deles não foi bem recebida. Isso rende terapia.