Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 31 de março de 2009

Cultura popular

Acabo de ouvir o seguinte diálogo entre um de meus vendedores e uma pessoa viva que entrou nesta loja que Deus me deu:

Pessoa: "Oi! Vocês têm terno infantil?"

Vendedor: "Sim, senhora. Temos sim."

Pessoa: "Ahn, que interessante....Tem risca de giz?"

Vendedor: "Temos sim, senhora."

Pessoa: "E qual é a FAIXA ETÁRIA DE PREÇO desses ternos?"

Foi quando tive que agir com força, segurando o vendedor, para que o coitado não cometesse o suicídio Didi Mocó.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem sai ao seus.........degenera

Há aquela verdade absoluta que afirma que os cães adquirem a personalidades de seus donos, certo?

Bem, se eu levasse isso em conta, concluiria que antes de mim, a dona de minha canina Jurema foi Carmen Mayrink Veiga.


Não que eu seja totalmente desprovida de sofisticação e frescura. Mas acho que não foi exclusivamente minha personalidade que definiu a de Jurema. Entre meus 9 cães, seu comportamento se destaca.



Primeiro, porque tenho cer-te-za que um dia esta cachorra me olhará na cara logo que eu entrar em casa e me dirá: "Oitudobem?" Não estou supondo, tenho absoluta convicção de que isso ocorrerá. É uma forte característica de seu lado humano.




Jurema adooora pet-shops. Saltita de alegria quando conclui que é lá que passará o dia. É como seu eu estivesse me preparando para passar o dia no Wanderley. A empolgação é a mesma. Atenção: não estou tratando do assunto banho, simplemente, aqui. Cães curtem banhos. Falo da programação pet-shop como um todo.


Jurema dorme na minha cama. No pé da cama. E tem seu próprio travesseiro. Não se trata de um travesseiro canino, específico para animais de estimação. Ela não gosta. Prefere o que está acostumada. Um que tirei da rouparia e cedi para ela. Fronhas são essenciais. Se não houver fronha, ela joga o coitado no chão - "Eca! Que pocilga tá virando essa casa hein, Dona?" - e furta o meu. Como acho melhor não arriscar, revelo aqui que Juju possui suas próprias roupas de cama. Sim, eu sei...........


Vamos supor que eu programe uma viagem: Jurema está sabendo que, se meu destino não for Ubatuba, ela estará automaticamente vetada. Quando percebe que é este o caso, acha a mala que estou enchendo, entra dentro dela, finge que está dormindo e, quando estabeleço contato ("Sai daíííííííí!"), ela abre um olho só e vira para o outro lado. Tipo: "Alo-ou! Estou dormindo e não posso te ouvi-ir!"


Quando a pego de olhos abertos, ela simplesmente vira a fuça e olha para o infinito. Excelente.


O único ser autorizado a se aproximar da porta de meu (dela) quarto é o Tulipo, seu melhor amigo.



Se você não for o Tulipo e insistir no trajeto, prepare-se. Seu lado B toma forma. Importante informar que seu lado B é um Mastim Napolitano. Raivoso.





"Prazerrrrrrrr, Tulipo de Caraíva!"


Fica mais legal quando a aproximação de estranhos se dá no momento em que Juju tem uma de suas bolinhas na boca. Ela faz um escândalo em latidos sem abandonar o brinquedo. Fica uma coisa abafada estranhíssima. O som se assemelha a um velho engasgado com uma bisnaga tentando estabelecer contato com seus convivas através de gritos de socorro.


Falo aqui da rainha do Egito. Com seu rabo de espanador e latindo loucamente. Amo mais que chocolate.

domingo, 29 de março de 2009

Chata, muito chata......chatéééésima

Alimentando mau-humor. Este é meu status no momento. Para ser específica, estou neste modo há uns dois dias.

Este é um sintoma que me ataca de tempos em tempos. Como há um imenso gap entre meu último ataque de isolamento e este que agora me possui, parece que a intensidade do surto está um tantinho mais profunda.

Não, não estou em casa descabelada, grunhindo para estranhos e atirando objetos pontiagudos nos desavisados que teimam em se aproximar. Estou em retiro, comprando livros e mais alguns outros artigos não tão úteis via Submarino, assistindo coisas na TV a cabo em horários raramente aproveitados (sexta, 2 da manhã; sábado 3 e 30 da manhã e similares), testando se meus novos bobes auto-colantes conseguirão, por fim, fazer com que as pontas de meus cabelos enrolem (sim, estou parecendo uma LOUCA embobeada, sem mais detalhes. E não, parece que não obterei sucesso nesta empreitada), mergulhando em latas de Leite Moça recém saídas do freezer, comendo tudo o que não pode, passando creminhos nos cotovelos.........agora estou assintindo à corrida. Não é incrível? Acho que o último GP transmitido de madrugada que assisti foi aquele do Japão. O da batida com Alain Prost, no ano de 1648. E não pensem que eu estava quieta em casa, como faço hoje. Só vi a porra da corrida porque foi instalado um telão na boite do Sírio, local que já frequentava aos sábados mesmo sendo menor de idade. Ê mau exemplo.

Estou em fase de pura meditação. Mas prefiro chamar de ataque.

Retornarei a meu posto nos próximos dias.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Prynceza de Mônacu

Preciso parar de conviver com minha irmã. Pelo menos das 5 da tarde às 10 da noite. Pois só assim terei a garantia de que não assistirei à programação da Rede TV, o que me livraria por completo do risco de dar de cara com o cultural TV Fama e sua fina apresentadora, Siri.

Mas não estamos tratando aqui de Irislene ou do conteúdo do programa como um todo. Estamos falando sobre algo que fez uma pessoa falecida morrer de novo. De desgosto.

Outro dia, não me lembro quando pois também entrei em choque e por pouco não caí dura, descobri via TV Fama que o ser conhecido por Mulher Maçã - que vergonha alheia - possui sim um nome de batizmo. Que seria, no caso, Grace Kelly. Cuja grafia correta dever ser Greyce Quéli.

Por conta disso, Princesa Grace, a original, teve um colapso, virou zumbi, saiu da tumba e hoje ganha a vida assustando transeuntes.

sábado, 21 de março de 2009

A bunda assassina

Sabe uma ilustração que circula há eras por e-mail que mostra uma gordona com uma bunda imensa procurando seu chihuahua quando o pobre cão está, de fato, prensado entre suas grandes nádegas?

Então. Ontem à noite, enquanto eu e K incorporávamos Asterix e Obelix durante orgia gastronômica no Nagayama, ela passou pela nossa mesa. Sim, era ela. Reconhecemos pela grande tizak.

Temos muita sorte de não termos sido sugadas pelo rego assassino e continuarmos respirando. A cena daquele amontoado de banha vindo em nossa direção quase - eu disse QUASE - nos fez abandonar os hashis. Ainda não surgiu na natureza força capaz de fazer com que eu e K nos controlemos enquanto empunhamos talheres. Hashis estão inclusos na categoria.

Perguntas cretinas - que mereceriam respostas imbecis

Se não fosse eu a proprietária deste próspero comércio, juro que faria uso de todas as sentenças malcriadas que sonho em proferir e colocaria em prática alguns dos métodos de agressão contra idiotas que planejo diariamente no silêncio da noite.

Hoje meu terminal Mastercard acordou sem vontade de funcionar. Não há o que faça esta máquina conectar-se com a instituição bancária. Portanto, estou temporariamente impedida de receber pagamentos via Mastercard, Dinners, Maestro, Redeshop, ou qualquer outra porra que tenha que passar pelo sistema Mastercard para que o dinheiro chegue às mãos certas. As minhas, no caso.

A primeira imbecilidade que ouvi por conta disso, foi a da atendente do SAC da administradora de cartões de crédito - claro - ao chamar o 0800 da empresa para relatar o problema que ocorria com minha conexão:

"A senhora está certa de que o equipamento está conectado à rede elétrica?"

Quer dizer: uma trabalhadora do Brasil, amarrada ao tronco em pleno sábado santo, liga para a pessoa teoricamente apta a auxiliá-la com o problema de conexão do aparelho eletrônico pelo qual ela, a trabalhadora, paga uma fortuna mensal descomunal e a filha da puta lhe pergunta se a merda da máquina está ligada na tomada???????? Foice nela.

O que eu não sabia, era que o pior ainda estava por vir. Atenção aos seguintes diálogos. Favor considerar que os mesmos não integram quaisquer obras de ficção, apesar de que a transcrição das frases atribuídas à mocinha do caixa são livre interpretação desta que vos posta. A paciência desta pesoa está além da minha capacidade de compreensão.

Cliente - cujo nome deve ser Magda, certamente - escora no balcão e saca um cartão do Itaú. Moça responsável pelo caixa explica:

Desculpe, dona cliente, mas nosso Mastercard está fora do ar.

Ao que a mula retruca:

Mas o meu é Credicard

E a santa do caixa, pacientemente explana:

Sim, bela cliente. Eu vejo. Ocorre que seu Credicard é Mastercard. O que impede que sua conta seja paga através dele, já que o terminal que está bichado é justamente o de Mastercard. Se vossa belezura possuir um Credicard Visa, um Credicard Blévers, um Credicard Cruz das Almas, nossos problemas acabaram.

NOTA: Saibam que 98% da população com poder de compra desconhece absolutamente a diferença entre Credicard, Mastercard e Visa. Para eles, se for cartão, tá valendo. Dados coletados na Scarcelli's Inc.

E a cliente:

Visa? Tá, peraí, eu tenho.

Cavoca a bolsa por 10 minutos e de lá tira um........outro Mastercard.

Tó, passa esse aqui.

E a moça do caixa:

Poço de sabedoria, este cartão, sendo Mastercard como o outro, utiliza a mesma máquina, aqueeeela que está com falha na conexão, lembra, santa? OU VISA, OU CHEQUE, OU DINHEIROOOOOOOOOOO.

Cliente:

Ah, tá. Então passa esse aqui no débito então.

E dá um cartão de bandeira Redeshop na mão da garota do caixa.

Não dá vontade de ter uma enxada atrás do balcão???

quarta-feira, 18 de março de 2009

A hora do pesadelo

Estava eu, há pouco, em utilíssima conversa furada com minha tia Red via MSN. Ela me contava sobre um sonho estranho que teve na última noite cujos personagens eram eu, ela e seu pai. Mas eu não era eu, era uma pessoa ao telefone que pretendia levar um milhão de amigos para sua casa de campo em obras - e bem mais forte poder cantar.

Enquanto comentávamos sobre sonhos e suas estranhices, Red me informou que estava indo ao cabeleireiro dar um jeito na peruca, programa este ao qual eu mesma comparecerei amanhã.

Tal conversa amena fez-me lembrar do sonho que EU tive na noite passada. Vejam só o que uma mente prejudicada é capaz de produzir durante seus raros momentos de repouso:

Sonhei que estava justamente no cabeleireiro. Tudo era lindo, eu estava feliz, com os cabelos emplastrados de substâncias químicas que viriam a deixá-los belos e esvoaçantes num futuro muito próximo. O sol invadia o ambiente e podia ouvir os pássaros na grandes árvores da Rua Mário Ferraz.

Foi quando prestei atenção à minha volta e percebi que meu cabeleireiro não era ele. Na verdade, ele continuava sendo ele, mas sua cara era a da Alcione.


"Oi, fiz o cabelo com a Marrom!"


Tenho quase certeza de que tal relação surgiu após a visita de Dr. Alcione à minha loja.

terça-feira, 17 de março de 2009

Máximas - Pessoa cafuza II

" Pataqueopariu! Olha lá aquele idiota do Caco Falabella apoiando seus pertences em nossa mesa!"

Amigo Hugo, referindo-se a - claro - nosso que-ri-do Dado Dolabella, major league asshole, quando este, portando os indefectíveis Ray-ban de lentes amarelas, simplesmente pousou sua bunda sobre uma das cadeiras da mesa de nossa propriedade na casa de samba Traço de União.

Já acomodado, espalhou sobre a mesa toda a sorte de tralhas que carregava além dos óculos, enfiou a mão no (MEU!) balde de álcool localizado no centro do móvel e de lá tirou uma garrafa de Original.

Foi neste momento que avançamos e, sim, "Caco" foi enxotado.

domingo, 15 de março de 2009

Máximas - Pessoa cafuza

"Vamos ali naquela tenda, ver o show do Nego Maculelê!"

Amiga prejudicada, durante certo TIM Festival no Rio de Janeiro, sugerindo ao grupo assistir ao show de Nego Moçambique que aconteceria na tenda em frente.

terça-feira, 10 de março de 2009

Who?

Na última sexta-feira, durante festança na casa de Muso, o comportamento de alguns presentes ao interfone me fez recordar nosso último evento festivo antes do carnaval:

Era domingo à noite e, como manda a tradição, Muso reuniu toda a horda em sua aprazível residência para consumirmos drinks, pizzas e tirarmos conclusões coletivas sobre o fim de semana que acabávamos de enfrentar.

É importante frisar que este nosso grande grupo é composto por membros que não variam. Nunca. Sempre os mesmos cornos em qualquer tipo de evento que qualquer um de nós venha a organizar. Outro ponto importante diz respeito aos apelidos característicos que alguns carregam.

Legal. Um de nossos queridos amigos é um rapaz norte americano, já devidamente transmutado em genuíno brasileiro, cujo nome é Thack. Thack é seu nome. Todo mundo sabe, até minha avó sabe. Pois bem. Voltemos ao jantar de Muso.

Estávamos eu, Muso e K sentados na sala aguardando a chegada da putada. Eis que toca o interfone. K atende, faz uma cara de "te conheço?" e lança a pergunta enquanto o porteiro aguarda na linha:

"Quem é William? Quem diabos é esse cara? William?"

E voltando para o porteiro:

"O quê? Já subiu? NÃO! Não conhecemos nenhum ser humano de nome William!"

A porta da sala se abre e Thack adentra o recinto. Era ele o William.

A partir daí, a situação só se agravou. Logo na sequência o interfone toca novamente. K atende e solta:

"Gente! QUEM é Marcelo? Marcelo? Que Marcelo?"

Detalhe: por estar farto de saber quem são todos que pegam o elevador em direção à residência de Muso, o moço do interfone não se dá ao trabalho de estabelecer diálogo. Ele toca no apartamento, informa sobre quem JÁ está no elevador e bate o fone na cara de seu interlocutor. Automaticamente.

A porta da sala se abre e Cotô adentra o recinto. Como se não soubéssemos que seu nome é de fato Marcelo. Estamos tratando de manifestações senis aqui, que fique claro.

Mais 2 minutos, o interfone. K atende e em pânico diz:

"Gente! Tem um Flávio subindo! Quem é Flávio?"

Na verdade este foi um equívoco do porteiro. Ele quiz dizer Charles.

Descobrimos a cafusão assim que o próprio adentrou o recinto. Adentrou o recinto e atendeu o interfone que voltara a tocar:

"Alô.....quem? Eduardo? Quem é Eduardo? Gente! Tem um Eduardo subindo...."

E o Caixa entrou na sala. Interfone. Caixa atende:

"Quem? Daniel? Quem é Daniel????????"

E o Nagib chegou.

Quer dizer: Se isso não é esclerose coletiva, só pode ser excesso de álcool. Ou a falta de doses maiores. Claro que esta sequência de perdidos ao interfone fez com que levantássemos o assunto "apelidos comprometedores" e lembrássemos do Febem, do Zóinho, do Carcaça........

sábado, 7 de março de 2009

Maria José / José Maria

Acaba de se retirar de meu estabelecimento comercial um cliente de nome Alcione. Igual à Marrom.

Não há nada de excepcional em uma pessoa se chamar Alcione, se não levarmos em conta o fato de esta pessoa ser um senhor grisalho. E médico. Doutor Alcione.

Houve uma vez um relato sobre o pai de uma amiga, de nome Sueli. Não a amiga, o pai dela. Imagine suas coleguinhas de infância:

"Oi Tio Sueli!"

E o gerente do banco:

"Oi Seu Sueli!"

Não sei de onde certos pais tiram essa liberdade de gênero no momento em que escolhem as alcunhas de seus descendentes.

Considerando a cara da senhora de Dr. Alcione, desconfio que seu nome seja Waldemar. Dona Waldemar.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rocky Balboa

Hoje, plantada na calçada em frente a loja, um idiota - certamente deficiente mental - passou pela rua pedalando algo que se assemelhava muito a uma bicicleta, se não levássemos em consideração as partes retorcidas, as enferrujadas e aquelas que se soltariam do resto da estrutura em um futuro breve. Este exemplar do elo perdido para ao meu lado, tira da cara algo que realmente parecia um par de óculos escuros, olha pra minha cara e diz:

"Que saúde hein, gostosa!"

Quer dizer: além de TODOS os erros identificados acima, ele ainda me solta uma grosseria demodé? A limitação cultural desse povo me mata de desânimo. Nem me dei ao trabalho de mandar o símio à merda. Prefiro não estabelecer comunicação com certas espécies. Apenas virei as costas e entrei na loja. Civilizadamente.............

Daí, que este incidente me fez lembrar de um babaca que não teve a mesma sorte.

Há uns dois anos, a pessoa aqui caminhava pela rua Silva Bueno às 8 e 30 da manhã com o objetivo de abrir a loja que possuía no local. Havia uma tempestade desabando e todos estavam apressados. Foi quando um desavisado cruzou meu caminho e proferiu diversas baixarias impublicáveis tendo como base aquela meiga palavra de sufixo "...uda".

Fatos importantes desconhecidos pelo sujeito, até então: eram 8 e 30 da manhã. Isso é cedo, muito cedo para mim. Meu humor se altera de maneira incontrolável no período matinal. Eu diria que tenho ódio, um ódio gratuito por tudo durante este horário.

Chovia. Eu odeio tomar chuva, mesmo que eu esteja no Sahara, mesmo que esteja em trajes de banho, mesmo que eu fosse a protagonista de "Dançando na Chuva". Chuva é água fria caindo sobre mim e isto, às 8 e 30 da manhã, também faz com que eu desenvolva ódio pelo mundo.

Eu me preparava para abrir a loja porque a funcionária que deveria estar lá fazendo isso me acordou às 7 horas da manhã dizendo que estava passando mal e ia para o hospital. Eu odeio essa mania de hospital, odeio.

Portanto, aquela besta humana não sabia qual era o nível de meu potencial agressivo naquele momento. Por isso, não esperava......apanhar. Sim, eu o agredi fisicamente utilizando uma bolsa e uma pasta como armas.

Minha atitude fez com que ele se pusesse a gritar e me ameaçar. Ele dizia coisas como: sua louca! Maluca! Vou dar queixa contra você! Isso dá cadeia! Desequilibrada! Entre outros.

E os seguranças da rua, todos me aplaudindo.

Da série "Coisas que não Surpreendem Ninguém"

"Joelma perde bebê aos dois meses de gestação", disse a notícia.

Sim, e qual é a surpresa? Ou alguém acha que Deus é capaz de errar duas vezes? Alguém realmente acredita que Ele permitiria que uma mutação da espécie como o casal Joelma e Chimbinha procriasse?

Não, meus queridos...........essas pessoas suspeitas têm o veto divino quando o assunto é dar continuidade à sua linhagem.

Momento canino-carnavalesco

Houve coisa mais linda/fofa/amada/pura emoção nos últimos 1000 anos?


EU acho que não. Não em minha opinião. Não envolvam cães nos fatos. Eles me influenciam, fazendo de mim uma pessoa tendenciosa.

Ah, se eu estivesse na pista.............................

domingo, 1 de março de 2009

Eletrocutados

Bem, este relato narra o episódio mais cretino de todas as imbecilidades que eu e meus convivas cometemos durante o carnaval que passou.

Segunda-feira passada foi o segundo dia de desfiles na Sapucaí. Como no Domingo já havíamos comparecido aos camarotes e consumido quantidades cavalares de álcool e similares, estávamos imprestáveis. Passamos o dia todo jogados no enorme sofá com o ar condicionado a uma temperatura de -5º sem nos movimentarmos.

Foi quando alguém percebeu: era quase meia-noite, horário limite para pegar o micro-ônibus no aterro do Flamengo que nos desovaria no camarote da Brahma. Sam saiu na frente, pois precisava resgatar um membro do grupo que encontrava-se ausente. Sobramos em casa eu, K e Ben. Aguardávamos uma amiga que estava incumbida de nos dar o boi.

Foi quando ela ligou dizendo que estava nos esperando na esquina da Visconde de Pirajá com a Farme de Amoedo, dois quarteirões para trás de nossa casa, pois não conseguia chegar até a praia devido ao furdunço gerado pelos blocos, bandas, batucadas e bêbados que dominavam Ipanema.

Sendo assim, saímos caminhando pela rua Vinícius de Moraes a seu encontro. Quando chegamos na primeira esquina, Ben ordenou:

"Vamos entrar aqui e ir pela Farme. Lá está vazio"

Para quem desconhece o fato, a rua Farme de Amoedo é o maior reduto gay do universo. É lá que eles frequentam, se encontram, jantam, pegam praia, etc. durante todo o ano. Sempre. É um ponto de encontro gay conhecidíssimo. E durante o carnaval, é lá que fazem sua esbórnia, assim como todo o resto do Rio de Janeiro o faz em toda a cidade.

Pois bem. Ben queria ir até a próxima rua via Farme de Amoedo. Ele afirmava que estava vazia, que nada acontecia ali naquele momento, o que era absolutamente improvável. Eu e K tentamos convencê-lo do contrário. Tentamos dizer que aquele quarteirão devia estar tomado em toda sua extensão por alguma manifestação carnavalesca gay - o que para nós, eu e K, não seria tão grave, desconsiderando o tumulto. Já para ele...............

Mas Ben foi incisivo. Iríamos pela Farme de Amoedo pois aquele era o melhor caminho até nossa amiga. Assim, seguimos pela rua Prudente de Moraes até a esquina da Farme. Quando entramos a pé pela rua, susto. Havia uma quantidade próxima de 500 mil homens pulando ao som de música eletrônica, tomando as calçadas, o asfalto, os bares, assentos de cadeiras, tudo. Não havia ar para respirar, nenhum centímetro para caminhar. Começamos a derreter e ali, não havia mais nada a fazer senão seguir em frente até alcançarmos a esquina que nos daria um carro com ar condicionado e o rumo da Sapucaí.

Fato relevante: Ben é um rapaz moreno, alto, bonito e sensual. Para que seja possível vizualizar o impacto causado por sua presença em terras homossexuais.

Iniciamos nossa caminhada em fila indiana em meio ao tumulto. Eu ouvia um "linda!", a K ouvia um "oxigenada!" e o Ben, um beliscão na bunda. Eu ouvia um "perua!", a K ouvia um "peituda!" e o Ben, um beliscão na bunda. Eu ouvia um "maravilhoosa!", a K ouvia um "loirudaaa!" e o Ben, bem.......mais um beliscão.

Foi quando chegamos nas proximidades da esquina, onde a passagem para transeuntes se afunilava devido à imensa concentração de foliões na porta de um bar. Eu começava a sentir meus pés fora chão, a massa me empurrando para longe de meu destino. K, à frente da fila, ignorando o que um moço (?)disse a ela grunhindo, de modo que só ela ouviu, se apoiou em um postezinho de ferro à sua frente para alavancar sua próxima passada e abrir caminho para os que vinham atrás.

TTTTTTZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ! TLÉC! - um choque elétrico inominável em meio à multidão. Claro que Ben, vindo logo atrás, não notou o ocorrido, apoiou no poste e...

TTTTTTTTZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ! TLÉC! - E o copo de whisky que portava entornou-se, fazendo com que seu conteúdo fosse parar diretamente sobre a camiseta que vestia.

A múmia que vos fala, alheia a tudo que se passava devido ao calor, gritaria e confusão que me cercavam, apoia no mesmo poste e TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ! TLÉC! Eletrocutada também.

Ridículos? Certamente.