Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Coisas contra as quais eu não tenho forças para lutar

Tarra aqui iniciando com Sams uma discussão sobre o que leva essa gente toda a chamar de PaÔla, nego de nome Paola.

Mas daí ia aparecer aquele povo dizendo que Paola é sim PaÔla, igual qui a Paôla Oliveira e Paula é Paula porque é com "U" e eu nem tenho talento para essa coisa de ensinar o básico para supostos homo-sapiens. Contrário fosse eu poderia estar lecionando em escolas primárias, já que pelo menos há esperança de que uma criança que não saiba nada um dia aprenda algo, mesmo que este dia esteja bem distante. Mesmo que ele nunca chegue, o que é muito comum se observarmos o ambiente, seja ele qual for.  

Como eu não tenho saco pra criança, apesar de acreditar que elas possam ser alguém na vida, continuo aqui explicando para adultos PAGANTES que a Croácia não é Ucrânia, que a Polônia é outro país, que é possível pegar táxis fora do Brasil, que o Grand Bazaar é no Grand Bazaar e que Bermudas é, inacreditavelmente, um dos vértices do Triângulo das Bermudas.

Me nego a elucidar o que é 'vértice', bem como me recuso terminantemente a ensinar gratuitamente que nomes próprios têm tal denominação por motivos auto-explicativos.

E assim, sem nem mesmo começar, teve fim nosso breve debate.

bjs.

2 comentários:

Cheshire cat disse...

Lembro aí de uma novela italiana que tinha uma PaÔla. Só lá pelo meio da novela se ligaram e começaram a falar direito o nome da dita cuja.

Gabs C. disse...

Acho que Paôla, diferente do Italiano Paola é um nome tipicamente brasileiro. É triste, mas parece que certas mais, principalmente nos anos 80, diante de um misto de miscigenação italiana com ignorância pura mesmo, começaram a achar mais bonito, mimoso e até charmoso batizar suas crias com o nome de Paôla mesmo e a fazer questão da pronúncia criativa. Agora, por quê raios alguém iria preferir chamar a criança de Paôla, ao invés de Paola ou, simplesmente, Paula... ISSO, colega, eu jamais entenderei.

Mas me parece ser o mesmo conceito de pais que apreciam a sonoridade do nome Michael e criaram a alcunha Maicon. Também por volta dos anos 80 e também, veja você, SOMENTE no Brasil.

Ah, essas Brasilidades...