Cena: Avenida Paulista, final de tarde.
Local: Estabelecimento comercial de alto garbo e elgância.
Protagonista: Suzy
Estamos falando aqui de um ser que não lamentou a morte do Napster. Esta pessoa alimenta aquele amor tátil pelos seus CDs, portanto COMPRA tudo aquilo cujo conteúdo lhe interessa. Simples desse jeito.
Como escolas de samba, carnaval na avenida e, consequentemente, os sambas de enredo fazem parte da sua lista de interesses, ela foi até a loja especializada no artigo para adquirir o exemplar do carnaval 2011, um treco que deve estar vendendo consideravelmente bem, já que o carnaval chegou, né. Espia o que aconteceu:
"Oi, eu queria o CD de Samba Enredo do Rio."
"Qual deles?"
"O de Samba Enredo. Do Rio de Janeiro. O Rio. De Janeiro. Sabe?"
"Você quer o desse ano?"
"Sim.(?)" - começando a se preocupar com o rumo que a conversa tomava. Questionando ali se a vida valia mesmo a pena.
"Mas ó: no CD vem todos os sambas, tá. De todas as escolas, eu digo"
"????????????????????????"
"Você vai querer?"
Interrogações infinitas. Sua vontade era dizer: "Não, eu queria um só com 'Pega no Ganzá'. Tem?" - confessou-me Suzy logo após o ocorrido.
Mas não saiu. Ela apenas foi embora sem o CD.
Eu já disse aqui e repito: estão colocando alguma coisa na água que essa gente bebe. Alguma coisa tóxica. Radioativa.
Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Aconteceu no Filial
Tô lá eu, sentada no Filial, naquele domingo de calor tosco em companhia da querida amiga Florits. Fomos encher a cara de chopp para ver se virávamos de vez um pudim de pinga debater a questão da paz mundial.
Tudo isso ao som da bateria da Pérola Negra que estava ensaiando ali na rotatória logo em frente ao nosso reduto e também não deixa de ser uma fonte infinita de inspiração, diz aí [pela fé de Abraão].
Eis que, das trevas, surge um ser que não soubemos identificar como humano, vegetal ou pedra - de acordo com a classificação de espécies amplamente divulgada nos anos 90 pelo patriarca do célebre clã Da Silva Sauro - Dino. Entramos em processo de catatonia.
A criatura em questão vinha atravessando a rua em meio àquele furdunço desgovernado que se forma quando juntamos 3 botequins apinhados de gente, um Domingo com a temperatura do sol e mais ritimistas, passistas e integrantes de uma escola de samba, além do casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, tudo junto ali no espaço de um quarteirão. Ele se parecia muito com aquela barata extraterrestre gigante em pele de fazendeiro morto do Men in Black. Mas naquela hora em que a roupa de humano já tá torta e o cara fica com a cara meio capenga, puxando de uma perna. Impressionante semelhança.
Ele atravessava a rua e vinha em nossa direção. Uma garrafa de breja vazia na mão. Talvez fosse apenas um chato. Talvez fosse apenas um bêbado. Talvez ele estivesse vindo apenas para adquirir uma nova garrafa. Talvez a missão dele fosse nos localizar e nos eliminar. Considerando a possibilidade do fulano ser, de fato, a barata gigante agressiva.
Logo que o tal sujeito se aproximou, pudemos notar que tratava-se de um pout-pourri de nossas impressões. Ele era um bêbado aparentemente chato atrás de mais mé. Nem queria matar a gente nem nada. O que não esperávamos era o texto que ele soltou ao escorar a carcaça em nossa mesa:
"Aeeeeee seus CUZÃO........zi eu uzzzaasse minnn saia e zoubessse crzzzaaar a pernassssiiimmm eu num prizzzava mais trabalhaaaaaaaaaa!"
Cambaleou, apoiou na pilastra do bar vizinho e foi embora.
Não importa com quem vc esteja falando. Nem seu objetivo. Você conseguirá a atenção de seu interlocutor.
Tudo isso ao som da bateria da Pérola Negra que estava ensaiando ali na rotatória logo em frente ao nosso reduto e também não deixa de ser uma fonte infinita de inspiração, diz aí [pela fé de Abraão].
Eis que, das trevas, surge um ser que não soubemos identificar como humano, vegetal ou pedra - de acordo com a classificação de espécies amplamente divulgada nos anos 90 pelo patriarca do célebre clã Da Silva Sauro - Dino. Entramos em processo de catatonia.
A criatura em questão vinha atravessando a rua em meio àquele furdunço desgovernado que se forma quando juntamos 3 botequins apinhados de gente, um Domingo com a temperatura do sol e mais ritimistas, passistas e integrantes de uma escola de samba, além do casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, tudo junto ali no espaço de um quarteirão. Ele se parecia muito com aquela barata extraterrestre gigante em pele de fazendeiro morto do Men in Black. Mas naquela hora em que a roupa de humano já tá torta e o cara fica com a cara meio capenga, puxando de uma perna. Impressionante semelhança.
"Vai uma Kaiser aí?"
Ele atravessava a rua e vinha em nossa direção. Uma garrafa de breja vazia na mão. Talvez fosse apenas um chato. Talvez fosse apenas um bêbado. Talvez ele estivesse vindo apenas para adquirir uma nova garrafa. Talvez a missão dele fosse nos localizar e nos eliminar. Considerando a possibilidade do fulano ser, de fato, a barata gigante agressiva.
Logo que o tal sujeito se aproximou, pudemos notar que tratava-se de um pout-pourri de nossas impressões. Ele era um bêbado aparentemente chato atrás de mais mé. Nem queria matar a gente nem nada. O que não esperávamos era o texto que ele soltou ao escorar a carcaça em nossa mesa:
"Aeeeeee seus CUZÃO........zi eu uzzzaasse minnn saia e zoubessse crzzzaaar a pernassssiiimmm eu num prizzzava mais trabalhaaaaaaaaaa!"
Cambaleou, apoiou na pilastra do bar vizinho e foi embora.
***AE SEUS CUZÃO***
Não importa com quem vc esteja falando. Nem seu objetivo. Você conseguirá a atenção de seu interlocutor.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Surtei de novo
i carry your heart with me(i carry it in
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear
no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart (i carry it in my heart)
e.e.cummings
Eu sei, eu sei. Me deixa. Se serve de consolo, eu dei um copy paste.
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear
no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart (i carry it in my heart)
e.e.cummings
Eu sei, eu sei. Me deixa. Se serve de consolo, eu dei um copy paste.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Nas portarias da vida
Conversa verídica ocorrida na semana passada entre esta coitada aqui e o porteiro do prédio da calega:
"Oi, eu vim deixar uma sacola para a dona Adriana. O senhor avise a ela que está aqui, sim? Só não me lembro se ela mora no 4º ou no 5º andar..."
E o cara tira o fone do gancho e começa a tocar em um dos apartamentos.
"Não tem ninguém em casa não."
Merda.
"Mas o senhor ligou no 4º ou no 5º andar?"
"Liguei no 2º. Lá também tem uma mulher chamada Adriana"
LIGOU NO SEGUNDO ANDAR.
"Não moço. Ela mora ou no 4º ou no 5º. Coincidência haver uma pessoa com o mesmo nome no 2º andar, mas NÃO É ELA [caralho]."
E o homem me olhando na cara como se eu estivesse fantasiada com uma roupa de pavão.
"Olha, no 5º andar morava um homem, mas ele mudou e o apartamento tá vazio..."
"Então ligue no 4º andar que é lá."
"Mas como é que a senhora sabe?"
Agora diz aí: esse nego tava me sacaneando, não tava?
"Oi, eu vim deixar uma sacola para a dona Adriana. O senhor avise a ela que está aqui, sim? Só não me lembro se ela mora no 4º ou no 5º andar..."
E o cara tira o fone do gancho e começa a tocar em um dos apartamentos.
"Não tem ninguém em casa não."
Merda.
"Mas o senhor ligou no 4º ou no 5º andar?"
"Liguei no 2º. Lá também tem uma mulher chamada Adriana"
LIGOU NO SEGUNDO ANDAR.
"Não moço. Ela mora ou no 4º ou no 5º. Coincidência haver uma pessoa com o mesmo nome no 2º andar, mas NÃO É ELA [caralho]."
E o homem me olhando na cara como se eu estivesse fantasiada com uma roupa de pavão.
"Olha, no 5º andar morava um homem, mas ele mudou e o apartamento tá vazio..."
"Então ligue no 4º andar que é lá."
"Mas como é que a senhora sabe?"
Agora diz aí: esse nego tava me sacaneando, não tava?
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