Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Se for por falta de adeus....

Tchau gents. Vou pra Caraíva. Não sei se volto porque posso:

a) Não sobreviver ao Reveillon;

b) Não sobreviver às doses cavalares de Netuno que pretendo ingerir; (improvável)

c) Virar hippie e mandar esta minha vida de empreendedora à merda;

d) Não sobreviver ao desgosto de ter que atravessar o rio pro lado de cá;

e) Ser eleita presidente da vila, já que além de certo europeu oficialmente ainda não temos quem mande naquela porra;

f) Não sobreviver à festa de batizado do meu sobrinho;

g) Não sobreviver ao retorno de minha cunhada à guerra;

h) Não sobreviver à temporada como um todo, pois eu tenho idade e esse negócio de Caraíva na veia não é brinquedo não.

Fiquem tranquilos, não falecerei sem avisar.

Feliz ano novo, gente bonita. Facebookearei lá de riba.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Chama o Gikovate

Úl-ti-mo, prometo. E vou processar o Frota, porque estou quase certa de que sua última aparição está totalmente associada a este destempero emocional que me ataca. Parei galera, juro. Aqui é Corinthians.

"Aflição de ser eu e não ser outra.

Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.

(A noite como fera se avizinha)


Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."

HILDA maravilhosa HILST soberana.

A partir do próximo post, retornaremos à programação normal. Agradecemos a compreensão. Vou tomar uma cerveja agora. Tá tudo bem.

Gente, é só uma fase, viu?

Porque todo mundo um dia pira, depois volta ao normal, daí PIRA novamente de forma mais grave, tornando a voltar ao normal e assim sucessivamente, até o dia que o nego fica lelé de vez e sai pela rua no melhor estilo "Ala dos Mendigos Beija Flor 1989" empurrando um carrinho de supermercado cheio de entulho igual fazem aquelas velhas loucas de Nova York; ou como diz a Red, "de terninho e havaianas, dançando a babuska com uma guirlanda na cabeça".

Né?

Pois eu estou numa fase não muito organizada mentalmente, fase esta que iniciou-se no século passado, a bem da verdade.

A questão é que ao invés de decidir por sair correndo pelada com a tal guirlanda pela Avenida Paulista em plena invasão natalina de transeuntes desgovernados - extraterrestres, creio eu, porque ME EXPLICA tamanha comoção causada por edifícios iluminados - eu entrei numas de lembrar do nada certos textos mais eruditos, digamos assim.

Estilo: to sentada no sofá assistindo, sei lá, "Mayday", por exemplo, coisa que costumo fazer com frequência para manter forte aqui a tradição do autoflagelamento e de repente, PÁ!! Me vem um Vinicius na cabeça. E daí eu vou atrás, leio todo o poema, acho lindo, descubro ali coisas que não havia notado antes, essas coisas de gente que não bate bem.

Essa merda toda já tinha começado quando eu confessei aqui ser discípula de Hildoca. Mas o contexto ali era diferente, estava apenas tentando mostrar que neguinho não precisa ser genial para valorizar material de qualidade. Basta apenas ser alfabetizado e definir o que mais lhe agrada. Ponto. Ó, foi aqui.

Daí que hoje eu estou aqui numa conversa telefônica totalmente dispensável, no sentido de que seu conteúdo era absolutamente desprovido de........ahn, conteúdo, e de repente.....TCHUMBA. Me veio mais um Hilda Hilst na cachola, assim, de lampejo. Postarei agora porque acho esse UM TRECO. Na verdade é um trecho de alguma coisa mais complexa, não sei, não me confunde, porra. Aí ó:

"E por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas, obscenas,
porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo, prazer, lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando Aquele Outro.
E te repito: por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me."

E é isso. Se eu tiver outra visão eu conto aí. E prometo me dedicar com mais afinco ao consumo de álcool, feito? Pela minha experiência, é o que resolverá tais sintomas de surto. Aguardemos. Grata pela atenção, hein?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

APOCALIPSE

Não tenho nada a dizer. Apenas que o tão esperado fim dos tempos chegou. As sete bestas, de fato, vieram até nós. Não sei se num futuro muito distante, novas civilizações terão acesso aos nossos obsoletos arquivos digitais, mas faço questão de deixar registrado aqui o que desencadeou o cataclisma final.

TURUMMMMM....TSSSSSSSSSSS!!!



E assim extinguiu-se a humanidade. FIM. Fodeu tudo.

E eu aqui achando que ter sido entrevistada pela Rogéria num Gala Gay aí da vida nos anos 90 foi o auge da bizarrice desta minha mísera existência.........to espumando pela boca até agora, desce uma tequila. Dupla. Twist. Carpada.