Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tosquices Natalinas

Almoço de Natal na casa de titia. Putada reunida. Enquanto chafurda na baba de moça, um dos importantes itens que compuseram a básica sobremesa natalina deste ano, esta humilde filha de Papai Noel decide sentar a buzanfa na cadeira de balanço localizada ao lado da porta da varanda. Afinal de contas, ar seria algo necessário para que eu conseguisse enfrentar a imensa tigela de ovo com açúcar que estava prestes a enfiar goela abaixo naquele momento.

Fui até o local escolhido e me sentei na cadeira atacando o pote contendo 18 colheres da baba de moça. Em algum instante não exatamente determinado, fiz meu primeiro movimento corporal após sentar. A cadeira, por ser de balanço, balançou e eu achei que tivesse perdido o equilíbrio e fosse cair. Me esqueci que estava sentada nela.

Ao me prontificar a me segurar e salvar minha vida, tentei arremessar a mim mesma em direção ao chão, o que não surtiu efeito, pois fiz força para frente e a cadeira me empurrou de volta para trás, o que foi a gota d'água para que eu pensasse que tudo à minha volta estivesse ruindo.

E o pote de baba de moça ali, firrrme na mão.

Ao jogar meu corpo para trás, a cadeira me forçou novamente para a frente e isto me deixou sem opções a não ser tentar me jogar para o lado na tentativa de, enfim, atingir um ponto de equilíbrio.

Localizado à minha direita, o grande aparador de vidro comportava a maior parte da louça e talheres que utilizávamos neste belo dia de Jesus que eu amo Amém. E foi lá que meu cotovelo direito porrou após este breve surto de idiotice que me pegou desprevinida. Bati o osso magrelo do cotovelo em uns 6, 7 ou 8 itens metálicos, de vidro, de prata e com fogo e agora estou aqui sem poder mexer o braço, com uma BOLA inchada no local originalmente designado para o cotovelo humano, esperando o dia amanhecer para ir até algum lugar que me tire uma radiografia desta merda.

Tenho certeza que o tamanho da minha sobremesa está envolvido neste acidente. Castigo divino.

Sem mais, depois posto fotos do meu verão com o braço engessado em Caraíva.

Ridícula.

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