Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cretinice matinal

Então. Quando eu digo que esse negócio de acordar cedo pela manhã é um hábito primitivo, agressivo e nocivo, os defensores do despertar precoce - seres cuja função no mercado de trabalho provavelmente consiste em assentar tijolos sobre cimento em horário comercial - não hesitam em me classificar como um exemplar indolente da espécie humana.

Obviamente tal conclusão não afeta em nada a evolução de meu cotidiano, já que me recuso sequer a abrir os olhos enquanto a temperatura e claridade externas não atingirem o nível mínimo determinado por mim mesma. Imaginem então as condições exigidas para que eu me levante e por fim ponha minha fuça porta afora. Trata-se de uma combinação rara, além de milimetricamente calculada.

Um exemplo de atividades suspeitas executadas antes das 10 horas da manhã: O Bom Dia Brasil, jornalístico que vai ao ar às SETE horas, exibiu esta semana uma matéria sobre os nomes preferidos pelos habitantes deste estranho país. A mesma matéria também citava criaturas que não convivem harmoniosamente com seus nomes. Sim, também nem imagino quem foi a ameba que pautou ISTO, não me perguntem. Se soubesse, o pequeno gênio já teria tomado na cabeça um 'croc intimidador de insights cretinos'.

Pois bem. Durante a referida reportagem, três personagens chamaram a atenção dos telespectadores habituados (ou não) a despertar com os animais silvestres.

A primeira, sacaneada pela mãe, foi batizada com a alcunha de Gessiana. Mas, claro, ela não gosta desta merda de nome. Compreendo. Eu também me atiraria ponte abaixo caso alguém me chamasse por Gessiana em público. Exigiria pelo menos um "Gê" aí. Curiosamente, ela é conhecida como "Jô". A razão? É por causa da Joelma (Sim, Calypso). Ela gosta muito. É aquela típica mudança de Maria Merda para Maria Bosta, na minha opinião.

Já a segunda figura que surgiu é chamada de "Gê" por todos pois também odeia seu nome. ODEIA. Gostaria de deixar claro que seu nome é apenas Geralda. Nada grave. Penso que Geralda is overreacting. Foda seria ter o nome de Genusa ou, pior, Genecilda, duas coitadas entre seus 14 irmãos. Credo.

Seguindo o apego familiar com a inicial, "Gê" deu a seu pobre filho o pitoresco name de “Goutieble”. Tirou isso de onde, essa palhaça?

Para os gênios criativos não descobertos, o que pega é juntar os nomes. Um clássico. Mas, por favor, atentem a este, especificamente: o nome do capiau é Duvan. Segundo o próprio uma mistura do nome da mãe com o do pai. Agora vem a parte importante. O nome da mãe da peça é Dulvarina. Ok, Dulvarina = Du. O do pai é Bastião.

????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

Bastião. A junção de Dulvarina com Bastião, em alguma dimensão desconhecida, dá DUVAN.

Agora me diga se uma pessoa que às 7 horas da manhã já está fora de sua cama merece uma merda dessas.

3 comentários:

Cheshire cat disse...

História verídica: o marido de uma amiga se chama Ivamar - mistura do nome do pai com o da mãe. Aí você pensa - papai se chama Ivan e mamãe se chama, sei lá, Lucimar. Ledo engano. Papai se chama Valdemar e mamãe se chama Ivanoska.
Sempre dá pra piorar.

Carlota disse...

Pena que perdi essa reportagem! Se eu soubesse, teria mandado a minha empregada, AGUINACILDA, pra fazer parte da matéria! Eles iam amar!!!

Que gentinha que gosta de foder a vida dos outros, não?!

Luciano disse...

Isso só pode ser coisa de gente que não gosta do filho... (ou de pobre, perdoem-me mas pobre adora botar nome em ingrês, vide Letisgo [let's go])

Agradeço a deus todos os dias por não terem deixado juntar os nomes dos meus pais (algum parente distante sei lá de onde que sugeriu)

Gregório + Cristina = Cristório (pra menino) Gregina (pra menina)... Pelamor... ainda bem que me chamo Luciano!

EHAUEhAEUhAEuAHEuaEHu

Seu cachorrinho trava todo meu navegador =S (finalmente descobri que era ele!!!)