Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Furtando os bens alheios

A parte interessante de pegar um nego no pulo ROUBANDO um treco que nos pertence é apreciar a criatividade do caboclo. Por exemplo:

Minha revista Monet, da NET, assim como TODA a minha correspondência, é enviada para o meu endereço comercial, ou seja, a fábrica. Hoje durante a tarde eu vi o carteiro entrando com a revista na mão e entregando para um dos vendedores da loja, que a colocou sobre um balcão logo após acenar me avisando da entrega.

Daí que TRÊS minutos depois eu fui até o balcão pegar a porra da revista e não encontrei nada. Olhei para a minha direita e vi uma véia com uma revista embalada no plástico e a etiqueta com o nome PAULA SCARCELLI seguido de meu endereço voltada para o lado de fora, ou seja, eu podia enxergar nitidamente o pacote que acabara de chegar para mim.

Falei para a criatura: "Oi, acho que a senhora se enganou e pegou uma 'encomenda' que o carteiro acabou de me trazer." Ao que a pessoa respondeu: "Não, não, essa revista é minha, EU ACABEI DE COMPRAR."

E aquela baita etiquetona lá, com o meu nome.

É claro que eu reavi minha revista. Claro.

sábado, 17 de julho de 2010

Faltou só o Fagundes e o Stênio, gente

Só pra contar pra vocês que na frente da minha loja a guia é rebaixada e eu tenho vagas pros criente estacionarem seus automóveis bem na boca da muamba, sob a marquise e talz. Porque a gente TEM vontade de matar, mas no fundo trata bem quem garante a subsistência carcamana, não é mesmo?

Pois é.

Hoje, com este tempinho de corno que faz no país, garoa ininterrupta e 10 graus cravados no termômetro, o que salvaria a venda de um estabelecimento comercial de grande porte localizado a céu aberto? Ponto para quem respondeu "ESTACIONAMENTO". Estrelinha para quem disse "ESTACIONAMENTO COBERTO". Como eu sou fodona, digo que tenho estacionamento coberto e subterrâneo com entrada independente por DENTRO da loja. Ou seja: nada poderia atrapalhar meu movimento. Nem este frio da porra. Muito menos esta chuva lazarenta.

Isso eu afirmei ingenuamente, sem pensar na possibilidade de um.......sei lá....ataque de caminhões, vai saber.

Primeiro foi um caminhão da Nova Schin que obstruiu TODA a minha entrada e passou mais de 20 minutos descarregando engradados de breja sei lá para quem. Se fosse pra mim, pelo menos, né. Bem, quando vi que aquele trambolho estava parado em cima da minha calçada havia séculos me coloquei porta afora e constatei que o cara ainda ia começar a descer a primeira das CINCO geladeiras que estavam lá em cima. Desnecessário dizer que houve tumulto e o veículo foi expulso a pedradas.

Dez minutos depois, eu disse DEZ minutos, estacionou ali, na entrada da minha garagem, o caminhão dos morangos de Atibaia. Ignorando o mundo ao seu redor, o motorista desceu, abriu o toldo, montou a banca e acionou o autofalante: "MORANGOS, MORANGOS FRESQUINHOS, MORANGOS DE ATIBAIA...". Fa-la Sé-rio. Me fala. Sério. Por favor.

Logo após sua partida, que ocorreu sem a menor cordialidade, sobe na calçada um caminhão de "Água Potável".

Na sequência parou um guincho.

Reboque de caçamba assim que o guincho se mandou.

Logo depois chegou o "Óleo Lubrificante Usado". Quer dizer, o ser vivo não pensa que tá estacionando na porta de outrem um treco que transporta material inflamável, CARAMBA? Gente, é só pensar. Porque se eu sou capaz de atear fogo em algo ou alguém? OPA. Tamo aí. OUTREM é pura violência, OUTREM é sangue na parede.

Foi isso. Era só para dividir esta mágoa interna com terceiros. Ufa. Deu até asma.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Porque ZICA é uma coisa que se multiplica como Gremlins

Querido diário,

Até a semana passada eu tinha um celular, um PC, um laptop, uma câmera fotográfica, um secador de cabelos, enfim, eu era uma pessoa normal.

Daí TUDO quebrou neste curto período que separa a semana passada DESTA semana e hoje eu sou uma mulher solta, sem nada, desprovida de eletroeletrônicos de quaisquer espécies.

Claro que não incluirei os carros inutilizados nesta conta. Não vivo do passado, apesar deste passado especificamente não estar além de maio úrtimo.

Acabei de fazer um café e não há açúcar na minha casa. Levando em consideração o fato de que coisas como lâmpadas e quadros também andam despencando na minha cabeça, juro que a minha vontade era me mudar por tempo indeterminado para a beira do Rio Caraíva.

Mas não sei se é adequado pegar avião não. Diz aí. :-o

sábado, 10 de julho de 2010

Nada cai do céu, nem cairá-á

Alguém está tentando me matar. E olha, tá MESMO. Desde ontem eventos obscuros estão acontecendo ao meu redor causando a queda de objetos pesados, quebráveis e pontiagudos sobre minha cabeça. Eu inclusive ainda não consegui compreender como não tenho 20 pontos na testa e um leito no Sírio-Libanês.

Ontem mesmo, lá pelas 10 da manhã, estava eu em meu maravilhoso ambiente de trabalho, aquela Industria Vital, quando uma lâmpada fluorescente CAIU DO TETO de 5 metros de altura, em cima da minha cabeça. Vocês entenderam? Que a lâmpada de 1 metro e 20 de comprimento despencou em cima de mim? E quebrou em 500 mil pedaços, fora aquele gás suspeito que sai de dentro dela? Cara, tinha vidro no meu olho, na minha boca, na minha orelha, no meu sapato e meu cabelo ficou tilintando o dia inteiro. Fora a porrada, porque na hora eu achei que meu crânio tinha se partido em 2 e meu cérebro estava escorrendo pelo canto esquerdo. Sabotagem certa, diz aí. ARMADO. Pra me pegar. Mas não deu certo.

À noite fui tomar uns mé jantar na casa de Muso e estava lá sentada no sofá habitual felizona quando CATAPLOFT. O quadro posicionado logo acima de mim CAI. É, é, na minha cabeça, é!!!! Um puta treco enorme com um vidro de espessura a prova de balas e uma moldura de FERRO, ou sei lá o que era aquilo que quase me partiu a cara. Quer dizer. Vai falar que não tem alguém sabotando, porque tem, né.

Gente, eu quase morri duas vezes.

Agora tô atenta olhando pro céu, porque já dizia Ivan Lins:

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Doutor Chucrutes

Então né. A macumba pegou forte na família Scarcelli e teve um dia aí que eu e minha irmã estávamos em consultas médicas. Eu no ortopedista-com-nítidos-problemas-de-relacionamento-humano e ela no vascular-primo-do-Nerso-da-Capitinga.

Fui parar neste ortopedista porque já fazia uma semana que RESPIRAR me doía tudo. Era uma dor que partia do omoplata direito, dava a volta pela lateral pegando parte das costelas e terminava no externo. Coisa básica. Complementando o quadro, eu estava com uma TOSSE maluca e imaginem um ser humano tossindo sem parar tendo em mãos tais condições físicas. Tava bacana, bem legal. Agradável e indolor. Diante disso e me valendo de meus conhecimentos básicos decidi me automedicar com Nisulide, conhecido anti-inflamatório disponível no mercado. Após duas semanas me drogando sem nenhum resultado alcançado achei por bem marcar uma consulta com um especialista, já que meu fígado se dissolveria em dois dias no máximo caso eu continuasse a fazer uso de tal medicamento pesado. Marquei a merda da consulta e fui. esperei 40 horas, perdi a Argentina entrando em campo e enfim, o médico me chamou.

O cara era estranhíssimo, não conseguia pronunciar palavras inteiras e nem me olhar na cara. Sentei na cadeira do outro lado da mesa, expliquei a situação e ele, sem dizer nada, NADA, pegou o receituário e começou a escrever. Me passou o papel e enfim disse:

"Tome NISULIDE por 7 dias, um comprimido a cada 8 horas."

NI-SU-LI-DE. PORRA. Fala sério.

Caso Gabi:

A Gabi tá com um treco estranhíssimo na perna que vários bêbados, o veterinário, minha tia, o caseiro de Ubatuba e o cara do lava rápido diagnosticaram como sendo sua safena inchada. Maior treta esse negócio de safena inchada, vamos ao vascular ver que merda é essa, né.

Tá. Chegando lá, ela toda trabalhada para a consulta, me aparece o médico, primo de primeiro grau do Nérso. Um caipira maluco que olhou pra perna dela e disse: "VIIIIIIIIXE!!!!". A partir daqui, reproduzirei os diálogos. Lembrem-se que o cara tem um sotaque caipira da porra.

"Vixe? o que foi doutor? Me disseram que isso é a minha safena...."

"IHHHHHHH!!! É a safena mesmo......mas tá GRAVE hein!! VIIIIIXEEEE!"

"Mas grave quanto? Porque podemos tratar isso, não podemos?"

"Tratar???? IHHHHHHHHHHHHH! Isso não tem tratamento não!! O máximo que a gente pode fazer é operar!"

"Ah, que bom, então vamos operar, é isso?"

"NÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!! Na sua idade não fazemos esse tipo de operação. Agora não dá pra fazer nada viu. Mas que isso vai te dar problema, ah vai! E vai ser grave, nem te digo, viiiixeeeee!"

"Mas não é melhor tratarmos OU operarmos ANTES de dar o problema?"

"Não, não. Você só vai ter problema daqui a uns 30 anos. Mas daí vai ser grave, viu!! Porque sem tratamento nem cirurgia, quando você tiver uns 60 anos, isso aí vai ser uma BOMBA! Trombose na certa!"

"MAS POR QUE NÃO OPERAMOS AGORA ENTÃO?????"

"Ah, porque na sua idade isso não costuma dar problema não. Fique tranquila. Tente usar meias Kendall se pegar aviões, tá? Tchau."

E a Gabi lá, catatônica.

Isso, para mim é Pegadinha do Mallandro, me diz.

Máximas - Biduzona

ACABOU de acontecer comigo:

O telefone aqui de casa tocou e do outro lado era novamente minha irmã. Sabe aquelas pessoas que GOSTAM de te ligar? Pois é. Ela. Eu perguntei:

"Morreu alguém pra você me ligar DE NOVO hoje e a esta hora?"

Resposta de Gabi:

"MORREU. A avó de Fulaneta. Velório a tal hora, enterro na sequência. Esteja lá."

Minha filha, eu e o Polvo Paul, ninguém sabe quem é quem, percebe?