Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A que ponto chegamos, senhores

Outro dia aí eu trabalhei até umas 11 da noite. Lembro não quando foi exatamente pois essa coisa de trampar até o dia seguinte em modo nonstop tornou-se uma constante nessa minha vida estranha, mas o importante, segundo vocês, é ter saúde correto? Então. Fiquem felizes, porque taí um troço que eu tenho. O que eu não tenho é dignidade nem capacidade de me impor, mas enfim. A saúde tá tinindo, estão felizes?

Ótimo. Todos felizes.

Pois bem. Logo que consegui me desvencilhar das talents estrangeiras que aqui estavam destruindo o que restava de minha pífia existência fotografando sei lá que porras com o Duran [visualizem as garotas louras, gatas, maquiadas, tirando retrato com o Duran e, consequentemente, ficando ainda mais deusas, se é que isso configura possibilidade e eu dependurada com o cara da airline, com o chauffeur, com a nega do hotel, cas produtora entre outros, tentando solucionar o insolucionavel], tomei o rumo de casa e decidi por entrar no drive-thru do McDonald's. Objetivo: gastar uma fortuna em toda sorte de trash food, porque eu me fodo mas sou magra, desculpaê. Além de ter SAÚDE, claro.

Para quem não sabe, amor no coração tem nome (Ronald), sobrenome (McDonald), apelido (garrafa de vodka no gargalo) e na minha opinião, com tudo isso ao nosso alcance, meus filhos, sofre quem quer, ser coitado é opção.

Saí de lá com diversos sacos pardos contendo um Big Tasty, um Quarterão Dijon, um Cheddar McMelt, uma batata grande e um Top Sundae de txocolate, ou seja: tava tudo bem agora.

Foi então que cheguei em casa, peguei uma daquelas maravilhosas bandejas de cama, a maior invenção do homem superada apenas pela roda e a pólvora (não necessariamente nessa ordem), e montei meu banquete composto por sódio, trans fat e substâncias cancerígenas em geral sobre o fantástico apoio supra citado enquanto ligava a televisão para tentar ver a última parte dessa novela que tá ficando mais estranha que a parada lá da Gloria Perez, combinemos. Deve ser alguma coisa que estão colocando na água potável do Rio de Janeiro, vai saber.

Corta.

Acordei no dia seguinte sentada, de roupa, sem ao menos ter tomado banho, com 3 ex-sanduíches tóxicos e algo que um dia foi uma batata frita boiando em uma poça de sorvete de chocolate com aspecto de pântano que suga gente originada pelo derretimento completo do Top Sundae.

A desgraça só não foi maior pois minha bandeja de cama tem bordas altas, coisa fina, porque eu tenho saúde mas compro objetos decorativos/auxiliares na Gabriel Monteiro da Silva, sacou? Nem topo favelizar ambiente que me pertence.

Que lição tiramos daqui? Ora, simples.

1- Fuja da senzala;
2 - Procure o endereço da CLEUSA na internet;
3 - Opte por modelos utilitários esculpidos a partir de uma peça maciça de jacarandá. Afirmo que essa é sua única garantia de levar uma V1D4 L0K4 apoiada pela impossibilidade concreta de encharcamentos oriundos de sorvete derretido que te dariam como única saída atear fogo naquilo que um dia foi sua cama. 

beijos.

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