Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Já que a pauta é Carnaval...

Meus clientes são realmente incríveis. Não me canso de afirmar. Certamente alguém andou distribuindo cartões de desconto para compras em meu estabelecimento dentro de alguma instituição especializada no tratamento de deficientes mentais. É a única explicação que me vem à cabeça para que tantos deles frequentem minha loja.

Minha fábrica funciona em um prédio de 4 andares, cuja frente tem uns 120 metros. Por se tratar de uma empresa que produz CAMISAS, minha fachada é coberta por uma imensa.........camisa. Importante explicar que a peça decorativa pende do alto do último andar ocupando toda a frente do imóvel, ou seja, é do tamanho de um prédio de 4 andares.

Nesta semana - que graças à Nossa Senhora das Empadas acabou, o que possibilita que eu me jogue no Rio de Janeiro - enquanto eu realizava alguma atividade realmente relevante para o futuro da indústria têxtil, um ser invade a sala. Aliás, adoro a facilidade com que essa gente invade minha sala. Sempre. Certamente eles pensam: "Sou cliente, estou pagando, vou lá importunar aquela otária".

Enfim, esta sujeita entrou na minha santa sala e lançou:

"Paula, queria te pedir um favor..."

Disse isso toda serelepe, quase saltitando.

"É que estou indo passar o carnaval lá em Puta que Pariu do Norte e o baile de carnaval é animadíssimo, todo mundo vai fantasiado....."

E eu, já prendendo a respiração, olhos ebugalhados, trilha de "Jaws" tocando em minha mente, sem saber o que esperar daquela fulana.

"E como no carnaval o lema é 'bota a camisinha', eu pensei em botar o camisão!"

E minha cara adquiriu a seguinte forma: "?". Fora o fato de a palhaça se achar a gênia da tirada inteligente. Morra.

"Então, eu queria saber se você não poderia me emprestar o seu camisão lá de fora! Eu uso no carnaval, lavo e te trago de volta!"

E eu: "Mas...........a camisa é do tamanho do PRÉDIO........não dá para você VESTI-LA.......tipo não dá, não cabe.......não!"

Ao que a pessoa retruca: "Mas eu dou um jeito, eu amarro ela do lado!"

E eu: ".............................................................................................."

Eu PRECISO da minha foice!

4 comentários:

Bizarro disse...

Paulinas, você precisa de um quarto do pânico igual aquele do filme. Claro que dá prá colocar um porteiro eletrônico na porta de sua sala, mas não teria o mesmo romantismo.

Carlota disse...

Ainda estou tentando entender como essa pessoa consegue viver em sociedade.

Red disse...

Com licença, vou me jogar pela janela, mesmo com grades. Adeus!

Unknown disse...

Paulinas, estas coisas só passam com vc ami! A sua cara este povo! hahahaha