Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

sexta-feira, 29 de junho de 2012

But I said 'no, no, no'

Tarrrra aqui pensando em começar um rehab, mas a agenda tá meio complicada porque amanhã eu tenho o aniversário do meu irmão, quarta feira tem final da Libertadores, 9 de julho é feriado, 7 de setembro cai numa sexta, assim como 12 de outubro. Em novembro temos o dia 2 e o dia 15 - entre eles há o aniversário da minha irmã e aí temos as comemorações dos anos da Reds, depois tem Natal - que só dá pra aguentar com muito psicotrópico na cabeça - o Reveillon, a temporada de verão em Caraíva, aniversário da Sams e o Carnaval 2013.

IMPOSSÍVEL.

Como essa gente arranja tempo para se desintoxicar?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Décadence SANS élégance

Saibam que minha intenção era publicar um estudo, uma tese, um treco profundo mesmo sobre a experiência antropológica pela qual passei na outra semana, mas fiquei com medo de desenvolver um tumor cerebral gerado pelas lembranças aterrorizantes, logo, vamos a uma versão resumida da coisa toda.

O mote é: O QUE ACONTECEU COM A NOITE PAULISTANA, MINHA NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL E MÃE DE JESUS CRISTO?

Será que eu imaginei o glamour que existia no meu tempo? Será que ele foi real e sumiu na poeira? Será que as pessoas que frequentam a noite atualmente são retardadas? Ou será que eu era xófem e não tinha discernimento suficiente? Será que as coisas eram assim e eu não enxergava? Se for isso, a parada é gravíssima e ainda bem que hoje sou uma VELHA que sabe diferenciar o certo do errado. Alguém me ajuda?

Estou confusa.

Pois juro pelos meus cachorros que a MINHA noite paulistana, a de outrora, em nada se assemelha ao que vemos hoje em dia por aí. Que. Medo.

Bem. Eu estava quieta e feliz tomando um chopp (tá, uns chopps. okay, milhares de chopps, que diferença faz?) no meu querido Filial quando fui induzida pela turma que me acompanhava a me mover de lá em direção a determinada casa noturna cujo nome não citarei porque VAI que o dono da birosca leia isso aqui e venha me importunar e....bom, seria obrigada a mandar ele para algum desses lugares que não constam no mapa mundi e usar de agressão verbal, uma vez que logo ao entrar no lugar, foi quebrado um copo no chão e o próprio chutou os caco tudo no meu pé. Tenho cicatriz, tenho marcas, posso provar, mas nem to muito a fim de estabelecer contato com uma besta humana dessa categoria. Derrrr me livre.

Tá. Entro no local e sou atacada pelo dono. Começamos mal. Mas mal mesmo tava a situação das pessoas que aguardavam na porta, porque vocês nem imaginam as vestimentas. Má nem em festa a fantasia, nem pra pagar aposta, tá ligado? Era um tal de legging preta com vestido branco, bota marrom e jaqueta laranja (na mesma pessoa, que fique claro), calça de lurex com blusa curta numa bunda de 120 cm e banha saindo pelas beiradas, saia hippie com scarpin Louboutin falso e camiseta de paetê, saia-cinto com top de barriga de fora com mais banhas pulando pra fora - estava frio+chuva e as nega nem um banlonzinho levaram, cadê a mãe dessa gente? - calça de couro preta com sandália dourada, top de couro vermelho e jaqueta de couro perfecto cinza, quase tive uma ataque epilético. Uma coisa amedrontadora, pavor, pânico, tendências suicidas se manifestando dentro do meu ser.

Bons tempos. O conceito "biscate não sente frio" é muito atual  para  mim, sabe?

Depois de passar por este conjunto de visões do inferno e ser atacada pelo dono da BOATE, numa tentativa de voltar ao normal escoro no bar e peço uma cerveja. Só tem Heineken e Sol. Malzaê, mas prefiro tomar água da privada, Crystal, Guaraná Jesus, coisas desse tipo. Posso odiar Heineken? E Sol, também posso? Putz, valeu hein, brigada mesmo.

Agora, por favor, me imaginem A SECO em um antro de breguice como este e calculem o tamanho do meu bom humor. Vamos lá, gente, a conta é fácil.

Ainda escorada no bar, tentando decifrar o que seria do meu futuro, um grupinho de pós adolescentes aproxima-se de mim tentando fazer amizade, o que era impossível no momento devido ao meu humor. Vocês calcularam, então fica fácil de imaginar. Tá. Para quem não calculou, eu estava BUFANDO, certo? Agronopoulos Style?

"Ooooooi, tudo bem? Como é seu nome?"

"hunf"

"Nossa, você não vai dar nem um sorriso?"

"grunf"

"Tanto homem (amigos rindo em volta) te achando a menina mais gata da balada e você nem vai dizer seu nome?"

"rumf"

"Tira uma foto nossa?"

E me passou um Iphone cuja tela estava com os ícones aparentes, sem câmera aberta, antes mesmo que eu pudesse responder "hunf".

Enquanto eu mexia na merda do telefone do garoto para abrir a câmera, tirar a foto e mandá-los, enfim, à merda, o mentor intelectual da turma dos babaca lança a pergunta:

"OW, você sabe mexer em Iphone?"

Não houve resposta. Montei um apanhado dos meus melhores olhares (reprovador/desprezo/pena/ódio absoluto/ameaça) e o encarei. Ele meio que se assustou e eu respondi:

"Juntaê seus mongol."

E antes de devolver o telefone emendei um discurso sobre quem é mais esperto, quem sabe mexer em Iphone, quem viu a internet chegar ao mundo e quem sempre operou Macs. Continuei dizendo que, enquanto ele mentia idade para poder entrar no mingau dançante do clube, onde a mãe dele o levava e a mãe do idiota ao lado ia buscar, eu estava comemorando o tetracampeonato bêbada pelas ruas de Monte Carlo com a bandeira nacional tremulando pela janela do meu carro e o jingle da Brahma - que deu origem à "musica oficial" das transmissões de futebol na Rede Globo - tocando no moderníssimo CD Player que eu já possuía instalado no painel. Prossegui dizendo que quem toma vodka com energético não tem o mínimo da estirpe exigida pela noite paulistana e jamais imaginou que, merda por merda, a gente tomava vodka com menta enquanto rodopiava pela pista do Rose Bom Bom ou assistia a algum show incrivel no Victoria. Isso sem contar as cortinas vermelhas da Creações Wally, onde de fato havia uma door policy decente. Não citei Nation, Madame Satã e Massivo, pois a esta altura, o menino já estava meio pálido. Também não comentei sobre ele pedir dinheiro ao pai para ir em matinées enquanto eu já estava dançando dentro de uma gaiola suspensa na Alameda Itu, pois concluí que ele certamente faz isso até hoje. Pedir dinheiro pro pai. Não confundam as pessoas, quem estava na gaiola era eu, pelo amor de Deus.

Finalmente decidi ir embora e, ao cruzar a porta em direção à liberdade, ainda tive o prazer de avistar uma garota entrando no lugar só de blusa. 9 graus e a mina de blusa.

A hostess olhou para mim como que pedindo ajuda, mas eu nada podia fazer por ela. Embarquei no meu carro e rumei para longe daquela danação.

É engraçado e triste ao mesmo tempo.

Lastimável, diria.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Efeito Colateral

Vou contar para vocês no que dá assistir o Cassino do Chacrinha que passa no Viva.

Olhar na cara de um dos jurados do show de calouros e achar o sujeito a cara do Vanucci, porém ter a certeza de que não se trata de nossa estrela maior em se tratando de Copas do Mundo. Descobrir quem é o cidadão após Abelardo Barbosa dizer "QUEM QUER A MANDIOCA DO ZÉ VICTOR OLIVA?".

Lembrar-se nitidamente de onde vem seu amor pela Elke.

E passar a segunda feira inteira cantando mentalmente:



Tentem e verão. Cada reprise uma música estranha a te perseguir.

bjs


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ser azarado e ser debiloide. Uma sutil diferença

Estou lá eu, deitadona em minha cama, assistindo o programa de nome "Estranhas Formas de Morrer" que vai ao ar pelo Discovery Channel.

Neste episódio, dois casos foram apresentados.

A primeira história é de uma mulher que embarcou em um veleiro com sua família para desfrutar das maravilhas de se navegar pelo Atlântico. Não, ela não era pescadora, não, ela não era mergulhadora e não, ela não era aventureira. Sua intenção era dar um rolezinho de barco ali no litoral da Flórida, tomar umas caipiras, no máximo comer umas torradinhas com sardella. Ou seja: desfrutar das maravilhas de se navegar pelo Atlântico. Daí, ela tava lá, aquele marasmo todo que é o sonho de qualquer pessoa normal, resolveu levantar a bunda da cadeira e foi ali na beira do barco olhar o mar.

PÁ!

Uma arraia venenosa gigante de 35kg a atacou.

A parte interessante é que ela não morreu envenenada pelo ferrão assassino do bicho, mas sim pela porrada que tomou na cabeça. O resultado da autópsia revelou que a nega sofreu diversas fraturas cranianas e lesões cerebrais irreversíveis.

Resumindo: um peixe imenso e venenoso, das profundezas do oceano, consegue te mirar no seco, dentro de um barco e você morre de batida na cabeça. O que é isso, meu povo?

AZAR.

Em seguida, tive o prazer de conhecer o vencedor universal do Darwin Awards - categoria "todos os tempos/história da humanidade e antes dela também". Eu realmente não sei de onde este caboclo tirou a idéia de que isso ia dar certo, mas enfim:

Entrou em um barril, se amarrou lá dentro e lançou-se Niagara Falls abaixo.

Talvez a inspiração tenha vindo do Pica Pau, o que por si só já o especifica como homo não sapiens não sapiens, mas daí a colocar em prática a parada? Amigo, tamo falando do PICA PAU, pelo amor de Deus!



Não, não deu certo, sim, morreu, não, nunca acharam o corpo, apenas uma MÃO que permaneceu amarrada dentro do barril.

Isto é SER DEBILOIDE.

Mas não podemos negar que o cara é um artista. Uma besta quadrada, porém um grande artista. Porque ARTE é um conceito de muitas vertentes, concordam?


E pensando bem, todos têm uma função na cadeia alimentar. Essa gente retardada não tá aí apenas gastando nossos recursos não renováveis. Quem, além deles, contribuiria de maneira tão espontânea para o conteúdo da grade de programação da TV mundial?

Olhem essa turma aqui, amigos. E essa gente aqui também. E deixo este ultimo link apenas para concluir o assunto.

bjs.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Comédia de Erros - Manual Prático

Junte-se a um mau elemento [se você não conhecer nenhum, adeus. Pare com a leitura e feche a aba no navegador. Aqui a gente só trata com corjas e similares].

Entre no carro do tal mau elemento e desça a serra rumo ao litoral norte paulista. Opte por um cafajeste cujo carro acabou de sair da concessionária devido a uma colisão gerada por embriaguez. Estes detalhes são importantes. É como acertar o sal da comida, sabe? Dá todo o tom da coisa.

Durante o trajeto, PIREM em um artista e ouçam o mesmo playlist em loop eterno. Antes de chegar ao destino final, concluam que vocês não piraram no artista em si, mas em uma canção específica. Decidam que é isso - e apenas isso - que lhes servirá de trilha sonora pelos próximos 2 dias.

Poucos km antes de chegar ao local determinado, descubram que vocês não levaram nenhum dock pra tocar o Ipod. Entrem em desespero, afinal de contas, como ficará o plano que envolve ouvir a mesma música durante o período completo?

Vá para a praia e enterre o Iphone na areia, assim como se fosse um dock. Use uma camiseta/canga/toalha/papel engordurado do pastel de bacalhau que configurou seu café da manhã campeão para proteger o aparelho. E lasca o play, amigo. Faça daquele um momento "música ambiente", ouça ao fundo. O que importa é a melodia como um todo. Cantarole no ritmo.

Tome 640 cervejas. Vocês devem estar de cara cheia, pois as próximas decisões serão cruciais para garantia de que a merda seja executada completa e perfeitamente.

Saia da praia ao anoitecer e, chegando em casa, tenha em parceria com o imprestável que te acompanha a brilhante ideia de estacionar o veículo (recém saído da concessionária, importante lembrar) DE RÉ na garagem, pois assim o problema da falta de música soluciona-se, uma vez que basta ligar o Iphone no som do automóvel e abrir as 4 portas e porta malas para ter quase que um show ao vivo na varanda lateral. Quem disse que não se aprende nada com a ralé? Aí um ensinamento para a VIDA.

Né?

Ao entrar na garagem em marcha ré, BATA O CARRO NO BARCO que está guardado ali.

Enfim. A Beija Flor cantou em 1987, "para que chorar o que passou, lamentar perdidas ilusões". Quem somos nós para contestar Mazinho, Gilson Dr. e o grande Neguinho? Deixem este pequeno detalhe de lado, liguem o som e usufruam dos maravilhosos auto-falantes que equipam o sistema de áudio disponibilizado pela montadora.

Cantem, dancem, comemorem. Perguntem ao cosmos "para quê Ipod Dock, infeliz?". Isso, sintam a brisa da vitória em suas faces.

E aguardem o momento em que a bateria do carro acabará. Pois isso acontece. Pode parecer algo inviável, mas acreditem: ela acaba.

[fué]

Mas não há motivos para o desespero. Basta destravar o câmbio automático e fazer o carro pegar no tranco, certo?

ERRADO.

Daí chega o momento em que vocês têm a primeira atitude adulta e racional do dia. Que é ligar para a seguradora solicitando um motoca com o cabo da chupeta.

O cara chega lá e não consegue fazer o carro pegar. Pergunta na lata:

"Vocês tentaram dar um tranco neste carro?"

"Não. Imagina. Nem mexemos em nada e..."

"Porque, se tentaram, provavelmente queimaram o computador de bordo e ele deverá ser guinchado até a autorizada mais próxima, que fica em São José dos Campos"

"Sim. Tentamos. Desculpa, tio"

"Tentaram ou não tentaram?"

"Sim, tentamos. Desculpa, tio."

Mas Deus tá aí para proteger bêbados e retardados em geral. Esta premissa garantiu que, na segunda tentativa, surgisse uma luz que nos orientou no sentido de que o carro deveria estar com a marcha no P, não do D.

Funcionou. Ligou. Carregou. Imaginem a configuração guincho+estrada+2 imbecis sem som+São José dos Campos. Pereceríamos.

Então, se alguém estiver em dúvida sobre como fazer TUDO errado em apenas um dia, liga pra gente. Nós sabemos. Atendemos pessoa física e jurídica, em endereço comercial, via internet, telefone ou em domicílio.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Civilidade - Terceiro Ato

PEDESTRES X MOTORISTAS

É uma variante da total falta de compreensão em relação ao conceito "faixa de pedestre".

Resumindo de maneira extremamente simplista, depois da ampla divulgação sobre a importância de se respeitar a faixa de pedestres em prol dos MESMOS em vias desprovidas de semáforos, instituiu-se que:

SOU PEDESTRE. VEJO UMA FAIXA PINTADA NO CHÃO. ME JOGO NO MEIO DA RUA.

Independente de qualquer sinalização que possa haver ali ou se há um tráfego pesado de veículos no local.

Gente, vamos lá. É FÁCEL.

1 - Onde não há sinais de trânsito, se vossa pessoa está vindo a pé e chega a um cruzamento onde exista a tal faixa, tens a preferência. Desde que já não haja um carro/moto/ônibus/todos, já cruzando a faixa, em movimento. Não se jogue na frente dos carros. Pode acontecer de o motorista não conseguir frear a tempo e seu cérebro - ou o que quer que seja isso aí dentro da sua cabeça - ficar espalhado pelo asfalto. É esse o futuro que sonhaste para si? És suicida ó inteligência rara? Se os carros ainda não estiverem próximos à faixa, atravesse com cautela. Analise se não tem um ser a 140 km/h vindo em sua direção. Este elemento pode estar trocando a música e vai te atropelar. Mas como já foi mencionado, a preferência é sua. O motorista deve aguardar sua travessia. A maioria não respeita isso, eles estão errados, mas lembre-se que estamos falando aqui de galera sem civilidade. É o ponto crucial.

Neste caso, ambas as partes erram constantemente. Porque pedestre não pode se jogar em meio ao trânsito achando que incorporou Moisés para abrir a travessia de forma bíblica e motorista não pode atropelar o cara que já está atravessando uma rua sem farol. É a já comentada questão do bom senso que está...

Onde está Bom Senso?

2 - Se houver uma merda de um sinal, querido pedestre, e este tiver um bonequinho vermelho aceso e se esta luz estiver dentro do seu campo de visão, NÃO ATRAVESSE A RUA, ANIMAL. Pense que neguinho dentro do carro tem à sua frente a luz verde. Não é porque há uma faixa ali que ele vai parar. Sinal verde = "carros, andem!" Parem com isso, parem de se arremessar em frente aos carros no cruzamento da Brigadeiro com a Paulista, por favor, parem. Respeito é um treco que deve ser mútuo, vocês conseguem entender? Esforcem-se, por favor. Parar o carro para um doido atravessando fora de hora pode ser a causa de um acidente que vocês nem imaginam.

E também, matar idiota dá 7 anos de azar. E eu não tô aqui pra isso.

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Mr. Corleone is a man who insists on hearing bad news immediately"

[HIPERVENTILANDO, HIPERVENTILANDO, ANSIEDADE TOMANDO CONTA DA MENTE. PERDENDO OS SENTIDOS E A RAZÃO. AVC EM ANDAMENTO]

Ms. Scarcelli is a devoted woman who is ordering this right now by the internet
Alguém pode me explicar COMO eu vivi durante todos esses anos sem isso? De onde eu tirava a vontade de prosseguir com a caminhada? Solucionem este mistério, por favor.

Bjs.

Festa Virtual VIRTUAL

Olha, contar pra vocês que nem tá rolando festa não. Mas entendam que isso aqui é pra cantar. SEMPRE. Meio que aquele papo da banana, que tem vitamina, engorda e faz crescer.

Sacaram?



bjs




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Civilidade - Segundo Ato

MOTORISTAS X PEDESTRES

Aquela história que grande parte do globo terrestre já entendeu mas que, aqui nesta província, parece um conceito relacionado à teoria da relatividade ou às grandes questões que envolvem a vida após a morte.

Incompreensível. Ninguém entende.

Você está lá na rua, dirigindo seu carro. Daí, tem que virar numa rua à direita onde não há semáforo. Nessas, tem um cara vindo a pé, atravessando a tal rua. Ele já está no meio da rua, OKÁ? Como proceder?

a) fazer a curva e jogar seu automóvel sobre a faixa mirando no transeunte, visando assim um alvo móvel. Idoso vale 50 pontos, criança 45, adultos 20. Se estiver chovendo você ganha um bônus de 5 pontos e uma vida extra;

b) PARAR seu carro no meio da grande avenida onde você está e esperar o cara atravessar. Esperar também a mina que ainda não chegou ali na beira da calçada e o cara que está vindo logo atrás dela. Aproveitar e aguardar a senhorinha de bengala que está conversando com o porteiro do prédio mesmo sem ter certeza sobre sua intenção em relação à travessia. Causar um congestionamento de 20 km e ficar sabendo no dia seguinte pelo noticiário que "jovem senhora teve um derrame cerebral por conta do transito caótico da cidade de São Paulo". Porque estou quase certa de que é este o meu destino.

c) Reduzir a marcha, dar a seta, fazer a curva devagar deixando a pista da avenida livre para quem vem atrás e não pretende entrar na tal travessa, aguardando que o cara termine de atravessar a via e assim, logo que ele sair do seu caminho, ir adiante e seguir a vida. Desse jeito fué mesmo. Sem emoção.

É com imensa tristeza que digo: em um grupo de 100 pessoas, MEIA escolhe a alternativa correta. MEIA.

Como é que esse gente conseguiu alfabetizar-se, Pai amado? Como conseguem amarrar os próprios sapatos?

Povinho.




Gente talentosa é assim

Certas pessoas têm a capacidade de fazer coisas que nós, mortais, jamais consideraríamos possíveis. Meu pai, por exemplo.

Apareceu em casa com "coisinhas de almoço divertido", leia-se antispastos, pães, queijos, essas coisas boas de enfiar a cara na tigela e comer numa bocada só.

Dentre os itens, havia um patê 4 fromage. Delícia. Quase comi o pote em si quando acabou. Fantástico. Fui ler o rótulo para saber do que era composta aquela maravilha, além dos 4 queijos, claro. Porque patês levam mais ingredientes do que aquilo que os dá nome.

Antes que eu chegasse à tal informação, passei pela tabela nutricional da coisa.

572 calorias por porção de 30 gramas.

Eu nunca consegui achar algo com tal poder em nenhuma prateleira dos tantos mercados e delicatessens que frequento.

Nunca.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Definindo HERESIA - Festa Virtual

Tudo começou quando decidi organizar agora há pouco mais uma de minhas aclamadas Festas Virtuais que têm como convidados apenas EU.

Pensei em iniciar o processo com nosso belo Bowie (classe e categoria - sempre indispensáveis) e tcharã. Playlist acionado com:



E daí fica fácil explanar porque a população mundial anda pegando depressão, sabe?

Este Deus Mutante canta e minha cruel memória desprovida de filtros me remete àquele bando de retardados mentais auto denominados "Engenheiros do Hawaii" para cujos quais meus planos envolvem empalamento E praça pública. Não. Quero. Saber. Quem. Foi. O. Responsável. Pela. Versão. Infame. Pois me parece que foi aquela gente chamada "Nenhum de Nós", enfim, não importa. A culpa de tudo o que tem de errado com a música nacional É dos Engenheiros do Hawaii. Isso é indiscutível, por favor. Se foi o imbecil do Humberto Gessinger, se foi alguma anta da mesma categoria, juro que não me interessa. Agressão pessoal, é assim que eu encaro e no dia em que eu tomar o poder neste país, vocês verão onde essa gente vai acabar.

VALAS.

Fineza admirar David Bowie ali no primeiro vídeo. Quem for forte, compare com ISTO:



Dá pra ser feliz? Dá para querer continuar vivendo?

Mó baixo astral, sabe? Sssses nego não temem o dia do juízo final, onde eles foram educados, PFV?

Reformular a sequência aqui pra festa progredir.




terça-feira, 5 de junho de 2012

Civilidade - Primeiro Ato


CICLISTAS X O RAPA.

Trata-se daquela máxima absolutamente rejeitada pelos bicicleteiros da cidade:

"Ciclista quer ser veículo quando o transito flui e pedestre quando está parado".

Não sei quem disse isso, não tenho a menor ideia de onde veio e não me interesso pois nem considero a sentença tão brilhante assim. Portanto, guardem suas pedras. Não fui eu, percebam que o troço está entre aspas, pelo amor de Deus, regras gramaticais todos conhecem, sim? Digam que sim, por favor.

Vamos a um fato real.

Outro dia aí eu estava atravessando a pé a Avenida Cidade Jardim, com o sinal de pedestres iluminado na cor VERDE. Estivesse eu em NYC haveria um "walk" escrito no luminoso, sabem do que eu estou falando? BOA.

Um cretino que vinha pelo trânsito - paralisado pelo sinal VERMELHO - pedalando sua bicicletinha, todo fantasiado de ciclista, com roupinha brilhante, bermuda de lycra, capacete e Oakleys espelhados NÃO PAROU, afinal de contas ele não é carro, ele é BIKE, ele preza pelo bem estar do meio ambiente, ele é evoluído, infinitamente superior à mim, por exemplo, que POLUO a atmosfera terrestre pilotando meu veículo automotor assassino. Tipo isso aqui.

Bem, esse coitado me atropelou. Quando eu digo "esse coitado"....olha, quem me conhece sabe mais ou menos o rumo que este pequeno incidente tomou.

ABRE PARÊNTESE - porque se fosse o contrário, eu dirigindo meu carro e atropelando o coió que insiste em andar com sua bici em meio à insanidade do trânsito paulistano, seria crucificada e todo mundo teria que aguentar mais uma onda sem fim daquelas porra de "não foi acidente". Claro que foi acidente, cazzo. Ceis acham que as pessoas passam por cima de outras propositalmente porque são todos psicopatas assassinos e a-do-ram enfrentar um processinho e pagar indenizações? BAH. Obviamente seria um acidente, caralhos voadores. Vocês nem calculam o mau humor que isso me dá. FECHA PARÊNTESE.

Notem que ali na introdução eu disse que sou civilizada. Em nenhum momento afirmei que costumo colocar em prática os conhecimentos adquiridos na tradicional Escola Christine Yufon, instituição que, na minha época, ensinava boas maneiras às moças da sociedade paulistana. Também não vou dizer que sou mal educada, uma vez que isso seria uma ofensa direta aos meus pais. Eles me educaram. Conheço a teoria. É que eu uso pouco, sabe?

Em suma, o imbecil furou o sinal vermelho onde deveria estar paradinho esperando sua vez, aproveitando a ótima oportunidade para exibir sua roupinha fosforescente de suplex e só não passou por cima de mim pois sou dona de respeitável envergadura. Porém tomei uma bela de uma pancada que me rendeu um roxo imenso do meu lado direito inteiro das anca, costelas, braço, ARRANHOU TODO O ANEL NOVO QUE EU TINHA ACABADO DE COMPRAR NA SATYA, o celular saiu voando, o mendigo que mora ali debaixo da marquise da Dacon veio me devolver, enfim, sofri escoriações, tá? Doeu. Fora o susto do caramba que eu tomei. Tenho idade, logo tenho horror a fortes emoções.

Em tempo: aqui, queridos, NÃO FOI ACIDENTE. Ele bateu em mim devido à sua falta de civilidade. E responsabilidade. E idiotice congênita - gosto de ter esta alternativa sempre como primeira hipótese.

Voltando. O cara me atropelou com aquela merda de bicicleta e caiu devido ao impacto. Levantou bravinho, vejam que interessante. Juro que ainda estou em dúvida se minha fúria italiana foi despertada pela porrada que tomei de um palhaço que furou o sinal ou pela cara de cu com a qual ele me olhou quando levantou do meio fio sua bunda envolta pelo collant verde limão que trajava. Cara de "porra, olha só o tombo que você me fez tomar/entortou minha roda/puxou fio da minha legging/" ou sei lá o quê fez com que este sujeito me encarasse com aquela expressão enfadonha grudada na fuça.

O que ele não sabia é que acabara de arranjar confusão com uma pessoa de ascendência calabresa. Grossa. Corintiana. Ofensiva. Agressiva. Desequilibrada. Que não tem amor ao próximo. E que conhece palavrões cuja origem e significados ele nem imagina. E o mais importante: que estava com a razão.

Certamente este otário está atualmente em tratamento psicológico e tomando medicamentos para o controle da síndrome do pânico adquirida após a conversinha que tivemos ali na esquina. Eu ganhei um roxo modelo corpo inteiro e só. Ele vai ter que fazer muita terapia para reaver sua auto-confiança. Garanto. Sou boa em foder a auto estima alheia. Diria que sou excelente. Palavras certas proferidas na entonação correta ecoam para todo o sempre nos pesadelos que assolam o equilíbrio de quem as ouve e assim constrói-se o inferno na mente dos fracos,  mas vamos concluir esse negócio aqui.

Nego sai de bicicleta. Quer fazer parte do tráfego pois tem este direito. Concordo.

EXIGE que todos os carros, ônibus, motocicletas e similares o respeitem. Porque ele é parte do trânsito. Manifesta, fecha a Paulista, enche o saco de todo mundo. Mas na hora que o sinal fica vermelho, ele ultrapassa. E atropela um pedestre.

Ora, vá se foder, sim? Seja normal, respeite a PORRA da luz vermelha e aí sim, saia com sua bicicleta na rua. A vida é sua. E repito: Darwin explica.

Civilidade em 3 atos - INTRODUÇÃO

Revelar aqui para vocês que, apesar de não parecer, eu sou uma pessoa civilizada. Quando afirmo isso, estou falando sobre ser favorável a determinados tipos de comportamento, como por exemplo acatar e me adaptar a certas regras ou protocolos que de repente nos são impostos.

É apenas uma questão de bom senso. Se me mandarem agir de um jeito com o qual não estou acostumada simplesmente porque "antes não era assim", garanto a vocês que ouço, absorvo a ordem, reflito e, supondo que eu encontre sentido naquilo, juro que não vejo motivo para fazer o contrário. Porque se tem algo que não podemos negar é o fato de haver dentro da maioria dos habitantes deste vasto país aquele sentimento inexplicável que o condiciona a acreditar que cumprir leis, horários, usar de boa educação e quando necessário CEDER, faz dele um bobão.

ERRADO. Bobão é quem não tem capacidade de entender uma orientação e agir de acordo com ela, civilizadamente.

Regras são criadas para que sejam cumpridas. Contrário fosse, a anarquia instaura-se-ia. Se é que tal processo já não está em andamento.

Vamos dar como exemplo um tema simples e de fácil compreensão: sinais de trânsito, faixas de pedestre, motoristas/motoqueiros/ciclistas e pedestres.

As predeterminações são simples, não há como negar. Vejam só:

1- Quem dirige qualquer tipo de coisa, motorizada ou não, pela pista é VEÍCULO.
2 - Quem está caminhando é PEDESTRE.
3 - Onde não há semáforos, apenas faixas, vale o tal do bom senso já citado anteriormente, conceito que infelizmente caiu em desuso. Deve estar de camiseta listrada com gorro combinando perdido por aí. "Onde está o bom senso?"
4 - Onde há semáforos, mesmo que haja faixas, a preferência é de quem está diante da luz verde. Quem está olhando para o vermelhinho deve aguardar.
5 - Vermelho = PARE
6 - Amarelo = ATENÇÃO - se vc já estiver atravessando, acelera e vai na fé. Se pintou o amarelo e vc tá antes do cruzamento, pare essa ximbica, pombas.
7 - Verde = SUA VEZ. Pode ir, seja de carro, seja a pé.

Prazer, Bom Senso.


Enquanto bons cristãos, vocês conseguiram memorizar DEZ mandamentos. Não é possível que estas pequenas regras, metade delas sinalizadas por cores primárias, sejam tão difíceis assim de serem assimiladas.

A sequência do drama poderá ser acompanhada nos próximos posts. Porque prefiro ser linchada aos poucos, tribo por tribo, compreendem? Se a atenção necessária for dispensada, facilmente notarão que não estou levantando bandeira alguma (DETESTO gente que faz piquete, não me canso de falar, nem sei como geral ainda não aprendeu isso), estou apenas comentando sobre a falta de educação generalizada deste povo, condição que me faz odiar um pouco mais a cada dia a vida nessa cidade infernal.

bjs.

Sobre o direito à segunda chance

Seguinte: quem não foi ao Rock In Rio de 1985, não foi. Perdeu. Sinto informar que não é comprando um DVDzinho que você saberá o que aconteceu ali, meu amigo. É triste, mas enfim, a realidade é um troço triste, convenhamos. É dura. É cruel. Aceite, apenas aceite.

PORÉM, se você não participou do terremoto que assolou o México neste mesmo ano e quer ter a chance de saber tudo sobre a grandiosidade do evento, basta você sair de casa em um dia como hoje, assim de pouca chuva, coisa tranquila, parar seu carro no Shopping Iguatemi e caminhar até o cruzamento da Av. Brigadeiro Faria Lima com a Cidade Jardim.

Pronto.

Já pode dizer com a soberba típica de quem conhece a fundo determinadas situações: "México'85 - Eu Fui"

Bjs.


Imagina na Copa

Mando um e-mail para um hotel carioca pertencente a uma grande rede internacional. Preciso de 20 apartamentos para os dias 19 e 20 de janeiro de 2013 pois haverá um evento e o responsável pela acomodação dos participantes precisa certificar-se da existência das PORRA dos lugares para confirmar o despacho deste grande ebó. No corpo do e-mail contendo a referida solicitação, foram copiadas inclusive as informações completas das reservas aéreas (cia aérea, DATAS, saída, chegada, aeroportos, tudo), devido à importância da coisa.

Foi mais ou menos assim, só para vcs terem uma idéia [mentira, foi exatamente isso, CTRL C CTRL V nos e-mails]:

Subject: cotações/bloqueios Janeiro 2013


Boa tarde. Trabalho diretamente junto à coordenação do setor de hotelaria da XXXXXXX e tenho um cliente que precisa de 20 apartamentos no hotel por conta de um evento que estará organizando no Rio. Já temos os bloqueios do aéreo e as datas confirmadas
são:

JJXXXX N 19JAN 6 CGHSDU HK70         
JJXXXX N 20JAN 7 SDUCGH HK70          

Por favor, me enviem tarifas, condições e como devemos proceder para garantirmos tais reservas. Como ela faz questão do XXXXX (o hotel), já podemos bloquear também estes lugares. Os apartamentos podem ser todos DBL.
Ainda não tenho em mãos a lista com os nomes dos PAX's, portanto, inicialmente, deixaríamos a reserva em nome da agência.

Aguardo retorno com as informações.

Muito obrigada pela atenção,

PS.


RESPOSTA DA FULANA QUE LEU O E-MAIL ENVIADO POR MIM.

Subject: Rio+20 [OI? Rio+20? OI?]

Prezada,

Como você deveria saber, já que integra equipe de renomada empresa da área do turismo, durante todo o mês de junho/2012 acontece no Rio de Janeiro um evento de proporções mundiais, o Rio+20.
Por conta disso, infelizmente não temos disponibilidade de 19 a 20/06. Apenas a partir do dia 23/06.

A Sra. gostaria da cotação
Fico no aguardo
Obrigada

Babaca Analfabeta
Fone (XX) 234-5678

Desnecessário comentar que este "como você deveria saber...." fez minha calábria interior aflorar seguida pela bateria completa, rainha, princesa, ala das passistas, mestre sala e DUAS porta bandeira.

RESPOSTA À FULANA

Bom dia, sua vaca gorda, estrupício que não sabe LER. Quem te disse que eu quero enfiar meus hóspedes nesta porra de Rio+20? O quiéqui tá escrito no e-mail que eu te mandei? Que dia são os vôos que eu afirmei estarem confirmados, sua galinha? 19 de junho de 2012, 19 de janeiro de 2013 é tudo a mema merda pra vc, já entendi. Gente retardada parte de princípios um pouco mais complexos do que este seu, mas enfim. Pega o Rio+20 e faça dele o que quiser. Escolha o orifício e vá fundo. Aprenda a ler e escrever, responda o que te foi perguntado e pontue corretamente seus e-mailzinhos limítrofes.
Prefiro acampar meus clientes na areia de Copacabana com todos aqueles pombos e a galera do batuque ou em Ipanema, bem ao lado do do cara do abacaxi do que ter que falar com vc novamente, portanto, tudo o que eu desejo é que vc caia em um abismo sem fim levando consigo sua peculiar lerdeza mental. Bjs e boa morte.

Subject: Rio+20/ reservas para JANEIRO DE 2013

Cara Sra. Analfabeta:

Desculpe-me se não me fiz compreender de forma clara. As cotações solicitadas pela minha agência são para janeiro de 2013. Não temos interesse em vagas para o período da Rio+20. Por favor, se este tarifário (JANEIRO/2013) já estiver disponível, favor enviar que eu me viro aqui, foda-se que entro em acordo com meu cliente.

Grata,

PS

NOVA RESPOSTA ENDEREÇADA À MIM:

Subject: Rio+20 [BANG!]

Prezada Senhora,

Como já foi explicado anteriormente, há um evento acontecendo no Rio de Janeiro durante este período. Há flexibilidade em suas datas?

Babaca Analfabeta.

Diante disso, amigos, fica a pergunta: para onde vai a vontade de viver?

Bjs.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Aquela obrigação que a gente tem de conhecer todo mundo só porque é da mesma cidade. OU: Essa é a mistura do Brasil com o Egito.

Este é um post em homenagem à Querida Lika. Para quem não a conhece, estamos falando aqui de uma GRANDE ARTISTA ítalo-brasileira. Tudo começou com uma fabulosa descoberta geográfica feita por ela e relatada neste pulgueiro em um antigo post, lá pelos idos de 2009, cujas entrelinhas continham uma história secreta envolvendo nossa diva italiana e Anne Frank. Hoje, finalmente tive acesso às informações ainda não reveladas por esta saudosa emigrante. Resumindo, ela meio que se explicou ali nos comments do post supra citado e ficou me devendo o tal relato. NÃO EDITAREI. Porém, darei uma sequência aos fatos da seguinte maneira: postarei o texto original novamente - o da grande descoberta que a transformou quase que em um Cabral dos anos 2000, a explicação do fato, vinda de próprio punho (punho da Querida Lika, sem confusão, gente) e a façanha da qual estamos falando agora, também narrada pela própria. O elemento. A emigrante. Nossa Querida Lika. Vamos lá:

1 - TEXTO ORIGINAL:

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Máximas - Mapa Mundi


Hoje Muso embarcou para o Cairo. Como somos uma turma xipófaga e farofeira, organizamos nossa tradicional e lotada mesa e fomos todos almoçar com ele, já que passaremos os próximos dez dias sem nosso amiguinho por perto.


A conversa girou em torno de merdas em geral, sempre obedecendo o tema "Egito". Foi quando Gabi, minha irmã, se lembrou de uma conversa muito esclarecedora que teve há tempos com a querida amiga Lika. Querida amiga descolada, dona de intelecto altamente desenvolvido, cidadã européia e viajandona, que fique claro. Foi mais ou menos assim:


Lika: "Menina, o Egito fica na África, você acredita? Nunca tinha parado pra pensar que o Egito, na verdade, fica na África. Que loucura isso, né?"

Gabi: "Sim, e aonde você achou que ficava o Egito, criatura?"


Lika: "Sei lá! No Egito mesmo, ué!"


Isso é sequela. Tenho certeza.


2 - EXPLICAÇÃO DA "MESMA":

"HAHAHAHAHA. Hola que tal a todos...Gostaria imensamente de esclarecer a proveniência dessa minha teoria egipiciana, já que ela entrou para os nossos ANAIS...

Na minha primeira viagem à Europa eu fui dividir apartamento com umas pessoas da ALBÂNIA (que sinceramente até hoje nao sei muito bem aonde está) e meu ex namorado me dizia:


"Lika, nao vá morar com albaneses. Eles não são pessoas confiáveis" (readaptei o texto porque fico com medo de causar uma guerra entre povos, caso nossa grande amiga Paulinas tenha algum amigo albanês). Porque na verdade ele dizia:


"Caralho Lika, essa raça não vale nada, são uns ignorantes"


Enfim. Um belo dia estava arrumando meu cafofo e a menina albanesa que morava comigo entrou no quarto, pegou minhas fotos do Egito e disse:


"Nossa, você foi pro Egito...tenho vontade conhecer essa parte da África."


Quando meu namorado me ligou, falei pra ele (com cara de inteligente):


"Simon, você tem razão. Os albaneses são muito ignorantes.Você sabe o que a menina falou pra mim hoje? QUE O EGITO FICA NA ÁFRICA."


Depois de alguns minutos de silêncio oriundo do lado de lá do aparato telefônico, o namorado consegue perguntar com muito esforço:


"Lika, mas onde você acha que fica o Egito?"


E aí vem a minha gloriosa resposta de MINA DO ABC que nem sabia que a África era um continente:


"Ué, no Egito, UÉ. Por acaso você já viu algum negão no Egito?"


Enfim novamente. No meu aniversário de namoro ele me deu um Mapa Mundi de presente.


Quando der eu volto com a minha pérola sobre a Anne Frank"

A partir daí, amigos, ela nunca mais me deu uma satisfação. Desapareceu. Achou que eu fosse me esquecer dessa dívida de sangue. Hoje peguei a maluca pelos colarinho via FB e exigi esclarecimentos. Tem TRÊS ANOS que estou esperando isso, dava até para eu ter morrido nesse meio tempo sem saber, vai vendo. Olha a gravidade da situação. Porra. Vamos prosseguir.


3 - FAÇANHA - PÉROLA ENVOLVENDO ANNE FRANK - Por Lika, a retirante que retirou-se com classe, uma vez que se mandou para o velho mundo:

"Bom, quando eu cheguei aqui na Oropa, mais precisamente na Itália e exatamente no ano de 1999, ainda éramos conhecidos mundialmente como uma tribinho de índios lá dos tropicos. Éramos mulatas do Sargentelli travelling around the world and looking for an up grade in their lives.

Toda vez que eu chegava em algum lugar e dizia que era brasileira, um estrangeiro qualquer me dizia:

- Ah, BRAZIL?? Where?

Ao que a trouxa aqui respondia:

- São Paulo

Daí o ser dizia:

- Ahhhh São Paulo, voce conhece a Vanessa? Ela é loira, meio alta e meio baixa...

No começo, com o meu idiolatim bem meia boca, eu tentava explicar que São Paulo era maior do que a Itália inteira, mas depois do quinto imbecil, começei a dar o seguinte texto:

- Ah a Alexandra, conheço. Ela mora cinco árvores pra baixo da minha, nós pegamos bananas no mesmo cacho quase toda a semana.

Bom, o tempo passou, eu fui descobrir mundos, tipo Holanda, lugar incrível aonde, por um momento, eu pensei em largar essa idiotice de ser inteligente e virar "prima". Porque lá o negócio é tão profissional que a mulher do Belo ia ficar com vergonha.

Depois de lindos 3 meses de coffee shop, volto para a terra do macarrão e encontro com duas bibas italianas que conheci antes de viajar. Depois de 15 garrafas de vinho as bibas me perguntam:


- Amore, a Holanda é o maximo né? Foi conhecer a casa da Anne Frank? (detalhe: com lágrimas nos olhos)


Eu com o idiolatim afiadíssimo e cheia de mim, virei para as BI e disse:


- Gente, vocês na Itália são uns pazzo mesmo. Sabe quantas pessoas têm na Holanda? Como é que eu ia conhecer justamente essa amiga de vocês, Anne, e além de tudo ir na casa dela?


Bom, eu nao tenho talento o suficiente para narrar a cara das biba, que nao sabiam se eu estava brincando ou falando sério...Preciso esclarecer que falava sério? Penso que não, sim? Não[não preciso]. Sim [estava]. Quando cheguei em casa e contei essa história, a tribo que morava comigo cagou de rir até o sol raiar"



Nós imaginamos, Querida Lika. Temos a imagem nítida em nossas mentes. Se Assis Valente soubesse disso, jamais diria que o cara vestiu uma camisa listrada, saiu, por aí, daí a batucada foi começando e apesar da cabocla não deixar nem consentir que se debochasse dela ele pegou as coisas da sujeita, DEU O QUE FALAR, se fantasiou de Antonieta e dançou no Bola Preta até o sol raiar. 


Isso começaria com "vestiu uma camisa listrada e encontrou a Lika na Itália" - finalizando com "cagou de rir até o sol raiar". 


SEM DÚVIDA.