Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Homem do Saco

Para a grande parcela dos seres humanos que tendem fortemente a me classificar como alguém desprovida da capacidade de praticar atos de caridade, que não se importa com a condição dos menos favorecidos, faz chacota de situações onde o correto seria demonstrar compaixão, enfim, àqueles que, devido ao meu comportamento e comentários isolados acham que eu sou malvada e sirvo criancinhas com batatas sauté no almoço de Domingo, esclareço que não, não sou a Maria de Fátima Acioly e, se estiver ao meu alcance, o amor ao próximo será, de bom grado, exercitado. Tá, há algumas ressalvas aí, mas isso não vem ao caso agora. Destruiria meu discurso inicial.

Não sou a Zilda Arns, mas faço questão de enviar roupas e cobertores durante campanhas do agasalho, compro balinhas de crianças que passam a madrugada na rua sem poder voltar para casa sem dinheiro, levo sanduíches com milk shakes para famílias que vivem sob viadutos, envio doações para instituições como a Casa André Luiz, tenho dois "afilhados" em Paraisópolis para os quais mando kits com itens necessários para higiene e estudo - no Natal eles recebem uma cesta cheia de presentes que são entregues por Papai Noel em pessoa, ou seja, sou normal.

Tento executar um ato(zinho) de bondade(zinha) sempre que possível não por me sentir obrigada - já que diante da população carente estou em uma "posição privilegiada" - nem por culpa de nada, muito menos para tentar compensar meu lado negro (tá bom, tá bom........). Faço porque quero e não vejo nisso uma missão para a vida. Aliás, nunca escondi que minha prioridade são os cachorros, sim? Entre uma criança abandonada e um cãozinho idem............bem, não vou dizer nada. É por isso que alguns me consideram um ser desalmado e repreensível. Bah, não entrarei nesse mérito, dane-se quem não concordar.

O ponto é que em São Caetano - onde mais poderia ser? onde?, onde? - há um tiozinho retardadinho que há anos aparece na minha empresa vendendo sacos de lixo. Ele entra e diz:

"Bom dia, mooooooçaaaaaa! Vai comprar um saquinho de lixo pra me ajudaaaaaarrrr?"

Bem, a parada do tio custa 25 reau. Trata-se de um pacotinho com 10 sacos de lixo. Todo mundo sabe por quanto o referido produto sai nos pontos de venda oficiais, não? Empórios Santa Maria e Santa Luzia inclusos na lista.

SEMPRE comprei a porreta do saco de lixo do tio bobinho. "Tadinho, não custa ajudar, ele tem problema..." era o que todos comentavam enquanto aplaudiam minha atitude.

Em um belíssimo dia, fiz uma encomenda emergencial a um fornecedor secundário que sempre me salva a vida quando acontecem cagadas geradas por falhas no controle de estoque. Como o cara foi ninja e me entregou tudo o que eu precisava no prazo, paguei o material com o dinheiro que tinha disponível até aquele momento dentro da empresa. Inclusive é por isso que ele me entrega sempre tudo na hora.

Eis que, 10 segundos depois..........

"Bom dia, mooooooçaaaaaa! Vai comprar um saquinho de lixo pra me ajudaaaaaarrrr?"

Respondi: "não meu querido, hoje não estou precisando. Semana que vem eu compro, tá?". Sorrindo meigamente pro figura feito uma tonta. O que veio depois?

"Sua filha da puta, você é uma puta, enfia esse dinheiro no c*, vá se fo***, sua puta!"

E saiu andando, sem demonstrar nenhum dos sinais de retardamento mental que me fizeram gastar um montante que beira os 2 milhões de dólares durante todos esses anos.

Amadureci e hoje sou assumidamente má e alienada. Odete Roitman sabe tudo. Bando.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma pessoa idiota

Acabo de redigir o relato de uma pessoa lesada por uma empresinha ridícula de telefonia móvel: Eu, no caso.

Apesar de ser a feliz proprietária de um belíssimo laptop, é de meu gosto utilizá-lo sempre sobre minha mesa - a mesa eleita "a do computador" - pois ela é grande, bonita, confortável e é onde minha cadeira está. Acho um pé no saco ficar caminhando e me enroscando pela casa com um computador na mão. Sou velha. Tive PCs durante toda a minha existência. Tenho vínculos criados com a minha mesa.

Tá bom, não citei o problema que venho enfrentando com os roteadores dessa casa, problemas estes que me obrigam a permanecer com o fio da internet espetado no computador. Não vou falar sobre isso, visto que acabei de jorrar litros de mágoa interna com a história recém-relatada envolvendo a MERDA da Claro. Só vou dizer que o esclerosado do deficiente que me atendeu na NET realmente sugeriu que eu permanecesse com o fio ligado à entrada lateral do laptop..................sim, ele disse isso como se fosse o óbvio. Mas não gastarei a beleza natural de minha pele com este anormal. Voltemos à cadeira.

Minha cadeira é uma daquelas clássicas e lindas cadeiras "da presidência". Ela é grande, macia, fofinha, com imeeeeeenso espaldar. É giratória, tem rodas e reclina. Reclina até o ponto de quase deitar. Este ângulo é contolado através de uma trava lateral.

Resumindo, enquanto eu acabava de falar mal da MERDA da Claro aqui, dei uma espreguiçada, me reclinei animadamente com o semblante da vitória afixado em minha cara e..................tombei para trás. Dei com a crina nas tauba do chão, bati todos os ossos protuberantes que um ser humano possui do meio da coluna cervical ao crânio e provavelmente acabei de adquirir um coágulo no cérebro.

Sabe aqueles tombos que pessoas que frequentam a quinta série ginasial tomam durante a aula? Assim, caindo para trás? Foi ISSO que acabou de me acontecer. Ainda bem que não há ninguém além de mim no recinto.

Ridícula.

Eu & Claro, Claro & Eu

Feliz. É assim que me sinto neste momento. Pois estou em casa, planejando uma vingança mortal contra todo e qualquer ser humano - ou não - que tenha algum tipo de relação pessoal, profissional, sexual, espiritual ou religiosa estabelecida com a empresa CORNA de telefonia móvel auto-denominada Claro.

Sou cliente desta espelunca há 400 anos, mais ou menos. Fui uma daquelas pessoas que, diante do advento do telefone celular, logo adquiriu uma linha da extinta TELESP celular. Quando surgiu a birosca antes conhecida como BCP, ganhei de presente - um repasse, na verdade - o belíssimo e moderno aparelho Chroma, cujo sistema era operado pela referida empresa. Desde então, minha linha passou a pertencer à esta joça, Claro.

Mês passado recebi uma fatura que, envelopada, já pesava uns 37 Kg. Abri, intrigada com o tamanho do tolete endereçado a mim e constatei que aquela conta no valor de R$3.500,00 não pertencia à minha pessoa. Como cheguei à brilhante conclusão: tenho um plano de telefonia junto à empresa que, incluindo chamadas locais e internet, fixamente me custa 700 paus por mês. Tá bom, né? Bastante, não?

Bem, no tolete, discriminadamente, constavam ligações telefônicas de Israel para Belém; troca de dados entre algum lugar do leste europeu não especificado com o Paraná; toda a minha conta de minha última estadia no Rio de Janeiro, esta já paga e documentada na fatura recebida anteriormente. Question: Fui para Israel? Conheço alguém em Belém? Leste europeu? Paranáááá???????????? E por quê tudo o que já paguei após orgias em território carioca foi cobrado novamente? POHA.

Liguei para a MERDA do atendimento ao criente e o ser abissal que habitava o lado oposto da linha me garantiu que a fatura seria revisada, pois aquela cobrança era claramente indevida e me sugeriu que aguardasse por uma semana, dez dias levando em conta o prazo máximo, para que uma nova fatura fosse gerada e a babaca aqui pudesse, enfim, efetuar o pagamento da MERDA da conta.

Jacaré apareceu? Nem a fatura. Obviamente me perdi nos dias, já que, infelizmente sou um ser humano útil que trabalha e tem compromissos a granel diariamente. 24/7. Sim, eu sei. Trabalhar é coisa de pobre e ocupa nosso tempo com assuntos menores.

Deu que na sexta feira passada esta pocilga de empresa CORTOU a minha linha telefônica. Levando em conta que possuo um smartphone e sou dependente da internet móvel proporcionada pelo aparelho para trabalhar, inclusive, tentem desenhar mentalmente um quadro da situação em que me encontro. Tipo, estou nua, sim?

PROPOSTA DA CLARO: Eu poderia pagar os 3 paus e 500 desta conta que não é minha e este montante entraria como crédito a meu favor no sistema do bordel, digo, empresa.

RESPOSTA DE PAULINAS: "Tá. Levando em consideração o fato de vocês acharem que eu sou uma retardada mental e motora e eu venha a aceitar tal solução: pago R$3.500,00 que não gastei nesta porra hoje, amanhã sou atropelada por um ônibus, morro...............". Não terminei a frase. A atendente não teve preparo psicológico suficiente para replicar e desligou na minha face.

CONCLUSÃO: Meu telefone não efetua chamadas e não se conecta à internet. A conta da ampola de botox? Mandarei faturar para a Claro, claaaaaaaaro!